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05 outubro 2010

Financiamento flex

Depois do carro flex, agora as condições de financiamentos para a compra de veículos também são flex. Para conquistar o consumidor de baixa renda e de olho nos reajustes salariais e no 13º salário, as concessionárias começaram a oferecer financiamentos com prestações flexíveis. As 12 primeiras parcelas são menores e o valor sobe a partir da 13ª, quando se pressupõe que a condição financeira do comprador tenha melhorado.

"Planos com prestações flexíveis serão um diferencial de vendas neste mês e estão sendo implementados com força no varejo", afirma José Alberto Gisondi, diretor da Lemar, com duas revendas Ford em São Paulo. Ele observa que a intenção é conquistar os compradores da baixa renda para carros populares.

Por essa nova modalidade de financiamento, que na realidade é um leasing, operação sem incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), um veículo popular Uno Mille, parcelado em 60 meses, tem as 12 primeiras prestações de R$ 368. A partir da 13ª, a parcela dobra e vai a R$ 737, sem entrada e com juros de 1,40% ao mês.

"Estamos fazendo financiamentos sob medida para o consumidor e jogando forte em promoções nos planos em 60 meses", afirma Marcos Leite, gerente de vendas da Amazon, revenda Volks com duas lojas em São Paulo. Ele conta que a empresa criou um plano de pagamento batizado de "Balão", no qual as primeiras prestações são mais baixas, mas as parcelas aumentam em novembro e dezembro, quando ocorre a entrada do 13º salário.

Outra novidade implementada pela revenda é a possibilidade de parcelar a entrada do carro em três vezes no cartão de crédito, diz Leite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Venda de carros tem financiamento 'flex' - Por AE

Bolha Brasil

O texto a seguir traça uma análise pessimista do futuro do nosso país. Também faz uma análise política da situação. É polêmico. Retirei as questões políticas, mas deixei o essencial.

Esperar para ouvir mais e mais sobre o Brasil nos próximos meses. A eleição ea recente venda da Petrobras - que foi usado para ajudar o governo a cumprir suas metas de orçamento - pode ser apenas o que levou a colocar este país no radar.

Martin Hutchinson em PrudentBear.som analisa o caso:

O Brasil é o caso mais simples. Seu ministro das Finanças, Guido Mantega esta semana denunciou a "guerra de moedas" que ele viu em desenvolvimento, entre as maiores economias do mundo, pelo qual cada país tenta desvalorizar sua moeda para alavancar sua economia. (...) Em qualquer caso, a verdadeira motivação Mantega de proclamar uma guerra moeda era para protestar contra o aumento real brasileira está acima Rs.1.70 = 1 dólar, e desviar o eleitorado brasileiro da verdadeira situação econômica do país antes da eleição de domingo.

O real está aumentando por causa da massa de capital especulativo flui para o Brasil, atraídas pelo seu crescimento rápido e aparente riqueza dos commodities. Em uma economia bem gerida como a do Chile, os ingressos de moeda deste tipo são esterilizados pelo governo para criação de um rainy-day fund (fundo de dia chuvoso), que pode ser utilizado quando o preço das commodities cair. No entanto, isto obriga o governo a manter os gastos públicos sob controle. Conforme Mantega sabe perfeitamente, sendo ministro da Fazenda, o Brasil não fez nada disto.


Forget China, The New Buzz Will Be All About The Collapse Of Brazil - Joe Weisenthal

A partir daqui o texto analisa as eleições e a postura da candidata do atual presidente.

Resistência Francesa

Após uma década na supervisão dos padrões contábeis internacionais, David Tweedie tornou-se estudante amador de psicologia francesa.

O escocês confrontou-se várias vezes com a França como chefe do Conselho de Normas de Contabilidade Internacional (Iasb, na sigla em inglês), o órgão que elabora as Normas Internacionais de Demonstrações Financeiras (IFRS), as regras contábeis seguidas na União Europeia e em vários outros países, como o Brasil.

A fascinação por seu adversário é tanta que, recentemente, ele jogou em minhas mãos um estudo acadêmico intitulado "França e o modelo 'Anglo-Saxão': Perspectivas Contemporâneas e Históricas". O artigo explora a hostilidade sentida frequentemente na França em relação à forma britânica e americana de se fazer negócios.

Embora o tom seja acadêmico, havia algo perturbador em ver Tweedie brandindo o estudo durante a entrevista. Mas também há bons motivos pelos quais a França continua sendo razão de preocupação para a mentalidade do Iasb, cuja sede fica em Londres.

No início de 2010, um novo órgão nacional de padrões contábeis, o ANC, foi criado a pedido da ministra das Finanças da França, Christine Lagarde. No fim de julho, o órgão divulgou que iria resistir ao que via como um foco excessivo do Iasb nas necessidades dos investidores de curto prazo nas novas regras que estava elaborando.

Além disso, o ANC criticou a forma quase independente como o Iasb é administrado, eriçando-se com a carga de trabalho exigida pela meta potencialmente quixotesca de harmonizar os IFRS com os padrões dos Estados Unidos em junho de 2011 - um projeto que já teve de ser encolhido.

Para entender melhor até que ponto Paris tentará agora purificar o programa de revisão do IFRS do que vê como excessos anglo-saxões, fui me encontrar com Jérôme Hass, diretor do ANC, em seu descuidado escritório em Paris, perto da Gare de Lyon.

Formado na École Nationale d'Administration, a escola de aperfeiçoamento para os servidores públicos de elite na França, Haas declarou que as contas das companhias não são apresentadas apenas para os investidores. Ele também não acredita que a ascensão da Ásia signifique que a Europa precise se resignar a ter menos influência sobre as normas contábeis internacionais.

Haas é cauteloso no que se refere a quanto da retórica do ANC pode realmente acabar em alguma ação. Mas ele deu algumas pistas sobre quais serão as batalhas.

A contabilidade do arrendamento, por exemplo, é uma área em que a França continua sem se convencer da necessidade de mudança. O Iasb e o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), encarregado das normas nos EUA, propuseram em agosto uma reforma sincronizada do sistema de contabilidade de arrendamento, que permite a algumas companhias deixar grandes dívidas fora de seus balanços patrimoniais.

A mudança poderia deixar algumas companhias tecnicamente em infração das condições de seus empréstimos e vem sendo criticada por muitas grandes empresas, especialmente do varejo.

Enquanto os protestos da Tesco nunca tiveram chance de mudar a política de não intervenção do governo do Reino Unido para que fizesse lobby em seu nome, o ANC da França está atuando como um amplificador das preocupações mostradas por nomes como a PPR, o grupo varejista e de bens de luxo.

Reescrever as regras contábeis das operações de "hedge" - uma área em que os bancos franceses estiveram entre os beneficiados por uma polêmica exceção em 2004 - também poderia produzir explosões.

A exceção supostamente seria temporária. Continuará em vigor? Parece possível, mesmo que isso possa minar a reivindicação do IFRS de formar um sistema igual para todos.

No front da governança, as sensibilidades francesas também provavelmente serão um fator em determinar quem sucederá Tweedie no comando do Iasb quando se aposentar no fim de junho de 2011.

À medida que o processo de seleção se aproxima do fim, os rumores indicam que o favorito é Ian Mackintosh, nascido na Nova Zelândia e que usa passaporte australiano, atualmente presidente do Conselho de Padrões Contábeis, o órgão nacional de contabilidade do Reino Unido.

Caso realmente assuma o cargo e queira uma relação menos explosiva com Paris, ele faria bem em ressaltar suas credenciais oceânicas em vez das anglo-saxônicas.


Resistência francesa é desafio à contabilidade globalizada
Valor Econômico - Adam Jones | Financial Times, de Londres - 04/10/2010

04 outubro 2010

Rir é o melhor remédio



Gordo e o Magro ao som de Santana (Dica de Alexandre Alcantara, grato)

Teste #360

Três programas que passam na TV a cabo nos EUA possuem um valor de 56 bilhões de dólares, mais do que o valor de muita grande empresa. Estes programas, em ordem alfabética, são Bob Esponja, [The] Closer e Sportscenter, com valores de 25,6; 17,2 e 13 bilhões, não neste ordem. Você saberia dizer qual o programa mais valioso?

Resposta do Anterior: Daniel = Opportunity; Edmar = Santos; Eliana = Daslu; Zuleido = Gautama Fonte: Aqui

Ignobel

Os mistérios do sexo dos morcegos, uma forma de recolher o muco das baleias e uma maneira incomum de aliviar a dor humana foram as pesquisas merecedoras da edição 2010 do Prêmio IgNobel, uma paródia ao Nobel.

Dez pesquisadores foram declarados vencedores numa cerimônia realizada no Sanders Theatre da Universidade de Harvard, em cerimônia transmitida pelo Youtube.

A ideia de usar um helicóptero guiado por controle remoto para recolher muco de baleia deu o prêmio de engenharia para uma equipe britânico-mexicana.

Uma dupla de cientistas alemães levou o prêmio de medicina por sua descoberta de que um passeio numa montanha-russa pode tratar os sintomas de asma, enquanto uma equipe japonesa foi premiada por "usar o limo para determinar rotas mais adequadas para trilhos ferroviários".

O prêmio de física foi atribuído a pesquisadores da Universidade de Otago, Nova Zelândia, por demonstrar que usar meias por fora dos sapatos ajuda a reduzir as quedas no gelo.

Três pesquisadores britânicos da Keele University foram laureados com o IgNobel da Paz por provar que xingar alivia a dor.

O prêmio de economia coube aos executivos da Goldman Sachs, AIG, Lehman Brothers e outras figuras centrais da crise financeira dos Estados Unidos por "novos modos de investir dinheiro, modos que maximizam os lucros financeiros e minimizam os riscos para o mundo econômico".

Uma visão mais científica do mundo empresarial foi agraciada com o prêmio de gerenciamento, que foi entregue para pesquisadores da Universidade de Catania, Itália, "por demonstrar matematicamente que as organizações podem se tornar mais eficientes se promoverem as pessoas aleatoriamente".

Por fim, uma equipe sino-britânica levou o prêmio de biologia por revelar que os morcegos da fruta praticam felação.

O IgNobel é uma paródia bem-humorada ao Prêmio Nobel promovida por Harvard e cujo objetivo é "fazer as pessoas rirem e depois pensar".

Marc Abrahams, editor da Annals of Improbable Research, que escolhe os premiados, encerrou a cerimônia de entrega dos prêmios de sua maneira tradicional: "Se você não ganhou um IgNobel este ano e especialmente se você ganhou, melhor sorte no próximo ano".


Palavrão para aplacar dor, sexo de morcego e muco de baleia levam o IgNobel
Por AFP

Aqui, a referência completa do estudo de administração. Aqui, uma descrição mais completa dos premiados.

Custos das Eleições II

As eleições brasileiras em 2010 custarão R$ 480 milhões para a Justiça Eleitoral, segundo informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A dotação orçamentária [1] para essas eleições é de R$ 549 milhões. O valor corresponde a R$ 3,56 por eleitor, considerando um total de 135.804.433 votantes. O valor é mais baixo que o das eleições de 2006 (R$ 3,58 por eleitor) e de 2002 (R$ 4,31). [2] Em 2006, a Justiça Eleitoral desembolsou R$ 450 milhões e, em 2002, R$ 495 milhões.

Apenas com o transporte das urnas para todos os locais de votação, o gasto foi de R$ 35 milhões. Neste ano, serão utilizadas 477 mil urnas, das quais 420 mil foram para as seções eleitorais e o restante servirá de reserva em caso de necessidade de troca por defeito ou falhas. Este ano, pela primeira vez, mais de um milhão de eleitores de 60 municípios espalhados por 23 Estados votarão em urnas com leitor biométrico. A expectativa da Justiça Eleitoral é a de que todo o eleitorado esteja cadastrado biometricamente em 2018. [3]

As eleições de hoje contarão com o apoio de 2,1 milhões de mesários. O gasto estimado com o pagamento de lanche para essas pessoas é de R$ 82 milhões, considerando a realização de primeiro e segundo turno [4]. Cada mesário receberá R$ 20,00 por turno de votação. Sem a realização de segundo turno, a despesa com alimentação poderá cair até R$ 30 milhões. Em campanhas na televisão, no rádio e na internet, o TSE utilizou R$ 4 milhões. [5]

Eleições 2010 custarão R$ 480 milhões, diz TSE
Por Célia Froufe

[1] Percebe-se aqui que o termo correto seria gasto. Ou seja, "As Eleições 2010 Gastarão R$480 milhões do orçamento público, diz TSE"
[2] Como a projeção deve estar considerando somente o primeiro turno, a comparação não é adequada. Além disto, acredita-se que parte dos gastos são fixos por eleição (as máquinas de votação devem ser, em sua maioria, as mesmas). E está sendo considerado somente parte dos custos.
[3] É bonito, mas a relação custo-benefício é interessante?
[4] Observe que não considera os custos destes mesário, somente alimentação. Cada participante possui um custo de oportunidade (pelo trabalho realizado), além das externalidades (possibilidade de um dia de falta no serviço).
[5] Não se considera aqui os custos da redução do imposto de renda em razão do horário eleitoral gratuito. (vide reportagem a seguir)

Risco e seguro

A frente de baixa pressão que provocou inundações na cidade de Görlitz, na fronteira oriental da Alemanha com a Polônia, se desenvolveu no Mediterrâneo, contornou o flanco oriental dos Alpes, dirigiu-se para a Polônia e finalmente fez uma parada em Erzgebirge, ao longo da fronteira entre Alemanha e República Checa. Mas Angelika Wirtz ainda não estava preocupada.

Quando as chuvas tombaram o longo do Rio Neisse, ela começou a ficar mais atenta. Görlitz foi inundada na noite de 7 de agosto, quando as águas do rio subiram quatro metros em três horas. Quando Angelika recebeu a notícia, fez algumas anotações no computador, mas não muito longas - já tinha visto coisa pior.

No fim de semana das inundações em Görlitz, o Paquistão foi assolado por chuvas de dimensões apocalípticas; na Rússia, houve notícias de mais de 800 focos de incêndio; um temporal na Finlândia deixou 70 mil pessoas sem eletricidade; e pelo menos 80 pessoas morreram e centenas estavam desaparecidas devido a deslizamentos de terra na China.

Angelika Wirz colocou todas essas informações no seu computador na manhã de 9 de agosto. Ela está habituada às provações que a vida prepara para os seres humanos. Há 17 anos dirige a chamada “célula de crise” da Munich Re, a maior empresa de resseguros do mundo.

O banco de dados da Munich Re contém informações sobre desastres que já ocorreram e também sobre os que estão começando ou podem ocorrer no futuro. Dados de todos os terremotos e tremores na crosta terrestre, sobre a altura das ondas oceânicas, temperaturas do ar e da água, e sobre a direção e velocidades das correntes. Informações sobre o derretimento das geleiras no Himalaia e nevascas no Ártico e Antártida também estão documentadas.

Os novos conhecimentos nas áreas de nanotecnologia, incineração de lixo, produção de petróleo, construção naval, os avanços no campo médico dos transplantes e da reprodução também estão armazenados nos computadores.

Essa oferta ilimitada de dados, provavelmente sem paralelo em tamanho e profundidade, flui de cada continente para um grupo de prédios ao lado do Jardim Inglês em Munique. A Munich Re é uma seguradora das companhias de seguros. Ela assume os riscos que são grandes demais para gigantes do setor, como a Allianz ou a alemã Gothaer.

Probabilidades. Contando com suas subsidiárias, a empresa tem 47 mil funcionários em todos os continentes, e mais de um quarto da população do mundo, cerca de dois bilhões de pessoas, está indiretamente garantido por meio dela. As decisões tomadas por essas pessoas, os acidentes que elas sofrem, as circunstâncias do seu nascimento e morte, todas essas informações são transmitidas para a Munich Re. O objetivo é encontrar padrões dentro do caos e probabilidade no que é improvável.

Até onde vai o risco de um acidente com um cargueiro no Midland Canal, na Alemanha, provocar um apagão na Itália? Quanto pode custar para assegurar toda a cadeia logística de uma montadora internacional, um total de quatro mil empresas espalhadas por todos os continentes, contra qualquer problema concebível na entrega dos veículos, desde greves até erupções vulcânicas? Esses são os tipos de pergunta que os pesquisadores da Munich Re têm de responder. A tarefa deles é avaliar os riscos o maior cuidado possível, porque o nível de risco vai determinar o quão frequentemente um prejuízo pode ocorrer. E a frequência desses prejuízos, ou pedidos de indenização, é que vai determinar o valor do prêmio a ser pago. Por exemplo, se uma determinada casa tem risco de ser inundada por um rio uma vez por ano, o prêmio do seguro vai corresponder ao valor da casa.


Munich Re, a central de riscos do mundo - Uwe Buse SPIEGEL ONLINE - 4 Out 2010 - O Estado de São Paulo - TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO

As previsões dos técnicos da Munich Re nem sempre são acertadas. Interações que não foram levadas em conta, condições que mudaram muito rapidamente ou o impossível se tornou possível são algumas das causas de riscos mal avaliados.

Os atentados de 11 de setembro em Nova York são um bom exemplo. Os matemáticos da Munich Re tinham calculado o custo de um incêndio em dez andares de uma das Torres Gêmeas provocado pelo choque de um avião contra o edifício. Mas parecia impossível que dois aviões com os tanques repletos de gasolina intencionalmente se espatifassem nas duas torres. Calcularam o custo de Nova Orleans ser diretamente atingida por um furacão e estavam cientes também das consequências de uma grande inundação na cidade. Mas não calcularam o custo de um furacão atingindo a cidade e o colapso dos diques ao mesmo tempo.


Nem toda tragédia pode ser prevista - 4 Out 2010 - O Estado de São Paulo

Qual a possibilidade de a histórica Cidade Velha de Colônia ser inundada uma segunda vez no próximo ano? 10%. Ou de San Francisco ser atingida por um terremoto este ano? 1%. E qual seria a possibilidade de a Copa do Mundo na África do Sul ter sido cancelada por causa de um ataque terrorista? Essa probabilidade, segundo estimativas dos analistas de risco da Munich Re, era de 1% também.

Há 130 anos, analistas da companhia colocam a teoria em prática na sede da central de risco global. O trabalho deles é adaptar os modelos dos matemáticos a casos individuais e se manter informados sobre estratégias de segurança, a força dos muros corta-fogo, o desempenho de sistemas de combate a incêndio e a estabilidade de governos nacionais. Eles veem o mundo como uma coleção de riscos e tentam quantificar esses riscos. Usam um método indutivo com base no qual enfocam o desconhecido, o que significa tirar conclusões gerais a partir de incidentes isolados.

Desvios da norma são calculados e levados em conta. No final, depois que tudo foi pesado e medido, aparece o prêmio a ser pago. É assim que os riscos do mundo são dissecados e avaliados na Munich Re. É uma tentativa ambiciosa de oferecer uma rede de proteção para o capitalismo global, usando todas as ferramentas do comércio e sem intervenção do governo.


A complexa matemática dos desastres - 4 Out 2010 - O Estado de São Paulo

Custos das Eleições


O horário eleitoral é gratuito mesmo?
Não, não é. Os partidos políticos não pagam nada pelo espaço cedido pelos meios de comunicação, mas não pense que as emissoras arcam com todo o prejuízo. “De acordo com a lei, 80% do valor que a empresa iria receber, caso o espaço publicitário fosse vendido, pode ser deduzido do Imposto de Renda dela”, explica Walter de Almeida Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. É como se o governo pagasse boa parte dessas despesas. “Os 20% restantes seriam uma contribuição das emissoras para a democracia. Como são concessões do governo, as emissoras têm obrigação perante o poder público”, diz Alexandre Rolio, advogado especialista em direito eleitoral.

Patrocínio Involuntário
Saiba de onde vem o dinheiro que paga o horário eleitoral

Cidadão
De tudo o que você compra, vende ou recebe, uma parte do dinheiro vai para a Receita Federal em forma de imposto. Esse dinheiro passa a fazer parte dos cofres públicos, ou seja, é a grana que o governo usa para administrar o país – para investir na saúde ou na educação, por exemplo.
O cidadão também pode ajudar o seu político favorito, doando diretamente ao candidato ou fazendo um depósito para o comitê do partido.

Emissora
Elas cedem uma hora e quarenta minutos aos partidos políticos, além das inserções no meio da programação. O tempo que cada um tem no ar depende do tamanho das coligações, e a ordem de exibição de suas propagandas é definida por sorteio.

Receita Federal
Em época de eleição, as emissoras podem pedir isenção fiscal pelo espaço cedido ao horário eleitoral. Neste ano, a Receita Federal estima que 851 milhões de reais deixarão de ser pagos pelos meios de comunicação. E, para cobrir os gastos, o dinheiro público entra em cena.

Horário Eleitoral
Sua novela foi substituída pelos galãs da política nacional. E, se você odeia propaganda eleitoral, melhor começar a prestigiar o que está financiando. Afinal, é o seu dinheiro que vai ajudar os partidos a produzir os programas e a pagar pelo espaço de exibição.

Fundo PArtidário
Os partidos também recebem assistência do Fundo Partidário, que usa a grana dos cofres públicos. É como se cada eleitor contribuísse com 35 centavos. Segundo o TSE, a doação deste ano será de cerca de 160 milhões de reais. O valor será dividido de acordo com o tamanho de cada partido.

Fonte: Mundo Estranho. Contribuição de Isabel Sales, grato.

03 outubro 2010

Rir é o melhor remédio


De um lado, a lista do que vamos fazer no dia seguinte. Do lado direito, a lista das realizações.

Olimpíadas e o controle do TCU

Depois da festa, a cobrança. Um ano após a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos de 2016, o Comitê Olímpico Brasileiro e o Ministério do Esporte estão atrasados na prestação de contas da candidatura. Foi o que apontou o Tribunal de Contas da União, no relatório de sua sessão ordinária publicado no dia 22 de setembro. O TCU deu prazo de 15 dias – que vence no fim da próxima semana – para que as instituições se manifestem, sob ameaça de reter a verba pública destinada ao desenvolvimento do projeto olímpico.

Procurado pelo GLOBOESPORTE.COM, o COB alegou que todas as prestações já foram encaminhadas para o Ministério do Esporte. A análise em Brasília seria obrigatória, já que todos os contratos foram firmados entre as duas entidades. Em nota, o Ministério garante que o processo está correndo como o esperado.

- O COB já enviou ao Ministério do Esporte as prestações de contas dos convênios da candidatura Rio-2016. O Ministério está cumprindo todas as formalidades nesta análise – diz o comunicado.

De acordo com o COB, não há risco de que as verbas sejam retidas. A ata do TCU, no entanto, deixa claro que, caso as contas não sejam apresentadas, os convênios do Ministério seriam considerados inadimplentes, o que impossibilitaria o repasse de dinheiro público:

“Determinar à Secretaria Executiva do Ministério do Esporte que no prazo de 15 dias (...) proceda ao registro da inadimplência (...) dos convênios a seguir relacionados e adote as providências para instauração de tomada de contas especial, caso persista (...) a omissão da prestação de contas ou a ausência de manifestação relativa a diligências realizadas junto ao Comitê Olímpico Brasileiro”, pede o texto.

O TCU questiona o pagamento não-autorizado de prestadores de serviços em setores como administração, publicidade e contabilidade do projeto para 2016. Além disso, são cinco convênios firmados com possíveis irregularidades, somando pouco mais de R$ 12,6 milhões. Há ainda 11 outros contratos, de até três anos atrás, que, apesar de estarem em dia, são questionados nos aspectos técnico e financeiro – eles somam mais de R$ 44 milhões. Nestes casos, contudo, Ministério e COB têm 60 dias para se manifestarem.

O Tribunal procura saber se os prestadores de serviço que atuaram na candidatura também não foram utilizados em outros setores.

“Avaliar, nas prestações de contas dos convênios celebrados com o Comitê Olímpico Brasileiro, relativos à candidatura olímpica do Rio de Janeiro, se os trabalhadores designados pelo COB trabalharam integralmente nas atividades desses convênios, de forma a justificar a indicação dessa força de trabalho como contrapartida dos referidos convênios, explicando o que não estiver comprovado”, sugere o documento.


Um ano após anúncio de 2016, TCU coloca em dúvida contratos do COB - João Gabriel Rodrigues São Paulo