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26 fevereiro 2009

Teste #25

Grau de dificuldade: ** médio

Uma empresa construiu uma fábrica com capacidade de produzir 12.800 unidades/mês. Por questões de planejamento operacional, a controladoria decidiu começar produzindo poucas unidades por mês e dobrar a capacidade a cada período. Com isto, a controladoria acreditava ser possível aproveitar ao máximo a aprendizagem produtiva. Em dez meses a empresa conseguiu atingir a capacidade total da fábrica. Em quantos meses foi possível produzir metade da capacidade produtiva?

Resposta do Anterior: 1) Sim, Moonitz, da consolidação, nasceu em 1910 e Gantt, pioneiro na contabilidade de custos, morreu em 1919; 2) Sim, Andersen morreu em 1947 e o raiom foi inventado em 1890; 3) Não. Mckinsey morreu em 1937 e o Brasil foi campeão em 1958.

Teste para os Bancos

Difícil solução para os bancos
Maria Clara R. M. do Prado - 26/2/2009 - Valor Econômico

(..) Ontem, um passo promissor foi dado com o anúncio do Tesouro dos Estados Unidos de que até o final de março se saberá afinal em que situação se encontra o capital das 19 maiores instituições bancárias do país tanto em termos de valor, quanto de qualidade dos ativos. A avaliação está sendo feita por um arsenal de especialistas enviados pelo governo americano para escrutinar a contabilidade daquelas instituições com base na aplicação de modelos de testes de estresse que vão contemplar dois distintos cenários econômicos pela frente. No primeiro cenário, a economia dos Estados Unidos sofre queda de 2% este ano e tem expansão de 2,1% em 2010. No segundo, mais drástico, o PIB cairá 3,3% este ano e terá variação positiva de apenas 0,5% no ano que vem.

Os resultados dos testes de estresse darão a dimensão das perspectivas de perdas e da necessidade de capital adicional de cada banco. Os bancos terão um tempo - fala-se em seis meses - para levantar o capital indicado como necessário a partir da revisão dos seus balanços. A nova injeção poderá vir de fundos privados ou do governo, sendo que este se daria na forma de ações preferenciais conversíveis em ações com direito a voto.

Essas novas informações ajudam a clarear o quadro, mas não respondem às inúmeras dúvidas que envolvem questões como regulação e supervisão bancária, forma de atuação das instituições financeiras e atividades que poderão ou não exercer daqui para frente. Por exemplo, devem os bancos comerciais ser proibidos de negociar no mercado de capitais, como defende Paul Volcker, ex-presidente do Fed e atual presidente do Comitê Consultivo para a Recuperação Econômica? A que instituição deve ser conferido o poder único e inconteste da regulação bancária?

Mais relevante de tudo é saber se o arsenal de contabilistas e gerenciadores de risco incumbidos de mergulhar nos balanços dos bancos será capaz de definir o efetivo preço dos ativos considerados podres - os chamados "ativos tóxicos" - com potencial de contaminar o capital dos grandes bancos. Esse é o ponto básico no qual esbarram as tentativas de estabilizar o sistema financeiro dos Estados Unidos. Dele depende a definição crucial do aporte necessário para qualquer plano que busque isolar (pela venda a terceiros) ou cobrir (com injeção de capital), os ativos ruins na esperança de recuperar a confiança no setor.

Problemas com a Epson

Epson inflou lucros no Brasil por nove anos
Folha de São Paulo - 26/2/2009
ÁLVARO FAGUNDES - JULIO WIZIACK

A Epson, fabricante japonesa de equipamentos eletrônicos, como impressoras e projetores de imagens, anunciou ontem os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2008 com uma surpresa: diretores nas subsidiárias do Brasil e do México manipularam os balanços, provocando perdas de US$ 45,2 milhões, sendo US$ 13,4 milhões no ano em exercício e o restante (US$ 31,8 milhões) nos nove anos anteriores.

Em comunicado, a empresa afirma que três executivos brasileiros inflaram os lucros em US$ 42 milhões por nove anos, incluindo o ano fiscal corrente.

Uma equipe de investigação do escritório da Epson nos EUA afirmou que o "incidente" foi causado por um erro na hora de ajustar os diferentes padrões contábeis do Brasil e dos EUA. Mas o mesmo comunicado afirma que os executivos brasileiros devem ter tentado "cobrir suas posições", um jargão que no mercado significa "disfarçar perdas".

No México, um executivo está envolvido acusado de aumentar os lucros em US$ 4,1 milhões por quatro anos. Segundo a Epson, os executivos foram demitidos ou afastados, mas nomes e a situação de cada um não foram revelados.

Como os números divulgados não impactam os balanços anteriores, segundo a Epson, os US$ 45,2 milhões lançados indevidamente serão computados como perdas extraordinárias no balanço do quarto trimestre de 2008. Até setembro de 2008, as receitas fecharam em US$ 9,9 bilhões, queda de 12,6% em relação ao mesmo período de 2007.

Entre os motivos alegados pela matriz japonesa estão a fragilidade do mercado de tecnologia na América Latina, a falta de controle da contabilidade pelos presidentes das subsidiárias e até a diferença geográfica e de cultura dos países.

Ainda segundo a Epson, os presidentes da filial no Brasil e no México terão de aprimorar o controle da contabilidade. A assessoria da Epson no Brasil disse que o presidente comentaria o caso, mas não retornou até o fechamento desta edição. O escritório dos EUA também não respondeu.

É a segunda vez que uma empresa global do setor admite manipulação contábil em dois meses. Em janeiro, o presidente do conselho da Satyam Computer Services, admitiu cometer uma fraude de US$ 1 bilhão.

Caixa

A média de caixa por ativo para empresas industriais dos EUA mais que dobrou entre 1980 a 2006. Uma medida da importância econômica deste aumento é que ao final do período da amostra, uma empresa média pode pagar todas as suas dívidas com seu caixa. A taxa de caixa aumentou em razão do fluxo de caixa das empresas estarem mais arriscados. Além disto, as empresas mudaram: elas possuem menos estoques e contas a receber e elas são mais intensivas em P&D. Enquanto o motivo precaução tem um importante papel na explicação do aumento da taxa do caixa, nos não encontramos nenhuma evidência consistente que os conflitos de agência contribuem com o aumento.
Why do U.S. firms hold so much more cash than they used to? Thomas W. Bates, Kathleen M. Kahle, and René M. Stulz
Journal of Finance

Estatização dos Bancos

Aqui, as principais instituições do setor financeiro que foram estatizadas:

Citigroup (Estados Unidos) = 40% das ações com o governo
Lloyds (Inglaterra) = 43%
Northern Rock (Inglaterra) = 100%
RBS (Escócia) = 70%
Kaupthing (Islândia) = 100%

Fonte: WSJ via Seeking Alpha

O mistério dos gêmeos

A cidade de Candido Godoi tem sido notícia no mundo (Mystery of the ‘Land of Twins’: Something in the Water? Mengele?, New York Times Alexei Barrionuevo, 23/2/2009) pela grande quantidade de gêmeos. Qual a explicação? São 38 pares de gêmeos entre 80 famílias.

A cidade possui uma grande parcela de habitantes com descendentes alemães. Uma possível explicação é a água.

Alguns pesquisadores sugerem a possibilidade de Josef Mengele, medico nazista conhecido do holocausto, estar envolvido.

Mengele rondou a região como veterinário, nos anos 60, no momento que o fenômeno começou.

Para Justificar a Contabilidade

José Carlos Batista, ex-sócio da Guaranhuns Empreendimentos, envolvida no caso do mensalão, afirmou à Justiça em dezembro que a empresa produziu um contrato fictício em 2005 para justificar valores recebidos da agência SMP&B, do empresário Marcos Valério.

Segundo a Procuradoria Geral da República, a Guaranhuns repassou os recursos oriundos da SMP&B em 2003 e 2004 ao PL (atual PR), então sob o comando de Valdemar da Costa Neto, num esquema montado por dirigentes do PT para comprar o apoio de políticos do PL.

Os R$ 6,1 milhões foram repassados a Costa Neto, segundo a Procuradoria. Após o escândalo do mensalão, Costa Neto renunciou ao mandato de deputado federal, mas foi eleito novamente à Câmara em 2006.

Em depoimentos anteriores à CPI dos Correios e à PF, Batista não havia apontado que o contrato com a SMP&B era de fachada. O relato dele à Justiça reforça o conjunto de indícios sobre a existência de uma estrutura financeira para fazer repasses do PT para o PL. Em depoimento à PF, Marcos Valério já havia afirmado que o contrato foi feito "para justificar a entrada de recursos na contabilidade da Guaranhuns".

Empresa do mensalão diz que fez contrato fictício
Folha de São Paulo – 23/2/2009 – Flávio Ferreira

Para Justificar a Contabilidade

José Carlos Batista, ex-sócio da Guaranhuns Empreendimentos, envolvida no caso do mensalão, afirmou à Justiça em dezembro que a empresa produziu um contrato fictício em 2005 para justificar valores recebidos da agência SMP&B, do empresário Marcos Valério.

Segundo a Procuradoria Geral da República, a Guaranhuns repassou os recursos oriundos da SMP&B em 2003 e 2004 ao PL (atual PR), então sob o comando de Valdemar da Costa Neto, num esquema montado por dirigentes do PT para comprar o apoio de políticos do PL.

Os R$ 6,1 milhões foram repassados a Costa Neto, segundo a Procuradoria. Após o escândalo do mensalão, Costa Neto renunciou ao mandato de deputado federal, mas foi eleito novamente à Câmara em 2006.

Em depoimentos anteriores à CPI dos Correios e à PF, Batista não havia apontado que o contrato com a SMP&B era de fachada. O relato dele à Justiça reforça o conjunto de indícios sobre a existência de uma estrutura financeira para fazer repasses do PT para o PL. Em depoimento à PF, Marcos Valério já havia afirmado que o contrato foi feito "para justificar a entrada de recursos na contabilidade da Guaranhuns".

Empresa do mensalão diz que fez contrato fictício
Folha de São Paulo – 23/2/2009 – Flávio Ferreira

Erro da Microsoft

Quando uma empresa como a Microsoft erra é notícia:

WASHINGTON, feb 23 (Reuters) - Un error de contabilidad de Microsoft Corp obligó al mayor fabricante de software del mundo a notificar a algunos empleados despedidos la semana pasada que deberían devolver parte de su finiquito.

La compañía despidió a 1.400 trabajadores el mes pasado, los primeros de los 5.000 que Microsoft ha dicho que prevé eliminar en los próximos 18 meses.

Se cree que el error llevó a pagar de más a algunos ex empleados y a otros menos de lo debido. Los que recibieron más dinero del que les correspondía recibieron cartas en las que les piden que devuelvan el dinero a la compañía enviando un cheque o un giro postal.
Microsoft intenta recuperar dinero pagado de más a despedidos
23/2/2009 - Reuters - Noticias Latinoamericanas

Novo Déficit

O presidente Obama baniu quatro truques contábeis que o presidente George W Bush usou para fazer a projeção do déficit parecer menor. (…)

A nova contabilidade envolve gastos com a Guerra no Iraque e Afeganistão, reembolso do Medicare para médicos e o custo da resposta aos desastres.
Obama Bans Gimmicks, And Deficit Will Rise, Jackie Calmes, 20/2/2009, The New York Times, Late Edition - Final
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Em outro texto (Obama quer cortar déficit em 50% até 2013, 24/2/2009 - Folha de São Paulo) além da questão orçamentária, destaca a crítica que o atual presidente faz em termos da contabilidade:

O presidente Barack Obama confirmou ontem na abertura de uma cúpula na Casa Branca que pretende diminuir o déficit fiscal dos EUA, atualmente estimado em US$ 1,3 trilhão, em 50% até o final de seu primeiro mandato. A declaração chega três dias antes da data marcada para o novo governo entregar ao Congresso seu primeiro projeto orçamentário geral, que poderá chegar a US$ 3 trilhões para o ano fiscal de 2010.
(...) Entre as inúmeras críticas que fez ao governo anterior, uma das principais foi em relação à contabilidade "desonesta". "Por muito tempo o Orçamento foi um exercício de manipulação", disse Obama. Desta vez o governo pretende incluir em sua proposta de Orçamento gastos com as guerras no Iraque e no Afeganistão e provisões para desastres naturais -todos solicitados extraordinariamente ao Congresso na administração passada.

Dívida pública e Crise

Uma consequência inesperada da crise é a atuação dos governos democráticos no sentido de evitar que grandes instituições fechem suas portas. Isto significa que esta participação, pelas regras da contabilidade nacional (ONS conjures up a statistical shocker; Public sector debt, 20/2/2009 - Financial Times - London Ed1 – 02) devem ser consideradas como dívida pública.

Investimento ou despesa

Novamente a questão do regime de caixa x competência na área pública:

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) não tem condições financeiras para custear as despesas decorrentes de uma ampliação do seguro-desemprego para até dez parcelas, segundo avaliação da área técnica do governo. Essa ampliação, cuja possibilidade foi admitida no início do mês pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, teria de ser bancada com recursos adicionais do Tesouro ou pela redução ou eliminação dos empréstimos do FAT ao setor produtivo.

(...) Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), no acórdão nº 1.817, de agosto de 2008, recomendaram que o Codefat estabeleça medidas para evitar o déficit. O TCU considerou ser de “extrema gravidade” a situação apresentada pelo Fundo. (...)

Nos bastidores, Lupi trava uma queda de braço com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que o governo aceite eliminar os 20% da DRU sobre o PIS e o Pasep. Lupi quer também alterar a contabilidade do Fundo para lançar como investimento, e não despesas, os 40% dos recursos destinados ao BNDES. Com isso, Lupi diz que o FAT seria superavitário. (...)

Deficitário, FAT não tem dinheiro para ampliar seguro-desemprego
Ribamar Oliveira, BRASÍLIA – Estado de São Paulo - 20/2/2009