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08 setembro 2007

Estrutura de custos na BMW

Uma notícia de agosto da BMW mas com alguns ensinamentos interessantes sobre custos.

Para reverter queda nos lucros, BMW cogita parceria com rivais
Joseph B. White
The Wall Street Journal - 31/08/2007

O presidente da BMW AG, Norbert Reithofer, tem uma maneira simples de expressar o problema que confronta a montadora alemã de carros de luxo.

"Se o faturamento aumenta", diz, "o lucro deve crescer com ele. Essa é a verdadeira questão."

Isso não está acontecendo agora na BMW. O lucro do segundo trimestre caiu 23%, apesar de um aumento de 7,3% nas receitas. Numa entrevista ao Wall Street Journal, no escritório americano da BMW em Nova Jersey, Reithofer acrescentou: "Não estou satisfeito".

As soluções não são simples. Com a exigência de autoridades e consumidores nos Estados Unidos e Europa de que todas as montadoras aumentem significativamente a eficiência no consumo, a BMW enfrenta a alta dos custos de desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias para economia de combustível. Além disso, ela tem de lidar com problemas de custo relacionados ao forte euro e aos preços mais altos das commodities.

Reithofer reconhece que a BMW terá de fazer mais de algo que outras na indústria automobilística já fizeram: forjar alianças com montadoras rivais para diluir os custos numa base de volume maior. O desafio será equilibrar a necessidade de parceiros com o comprometimento de longo prazo da BMW de permanecer independente e acima da faixa mais concorrida do mercado de carros de massa.

"A independência está em nossos genes", disse.

Rivais alemãs do segmento de luxo controladas por grandes conglomerados, como a Mercedes, da DaimlerChrysler AG, e a Audi, da Volkswagen AG, têm registrado aumento nas vendas e nos lucros ultimamente, graças a novos modelos e — no caso da Mercedes — medidas de reestruturação. Marcas asiáticas de luxo, como a Lexus da Toyota Motor Corp. e a Infiniti da Nissan Motor Corp., estão atacando mais agressivamente a BMW nos EUA e na Europa.

Para fazer com que o lucro volte a crescer, Reithofer iniciou uma análise, por parte do conselho diretor, da estrutura e da estratégia da BMW, acelerou os esforços da empresa para expandir a produção fora da zona do euro e incentivou a adoção de novas tecnologias para economia de combustível em todas as linhas de modelos. O custo disso inclui o aumento do orçamento publicitário para promover as iniciativas de eficiência de combustível a consumidores que costumam ser atraídos pela velocidade e potência dos BMWs.

Reithofer disse que a BMW não ficará aquém de sua meta anunciada anteriormente de obter lucros superiores aos 3,75 bilhões de euros (US$ 5,13 bilhões) do ano passado, excluindo um ganho não-recorrente de 372 milhões de euros com a venda de alguns valores imobiliários. "Não comigo na presidência", afirmou.

Reithofer disse que não terá condições de discutir as conclusões da análise administrativa antes de outubro.

Mesmo assim, alguns elementos de como seria uma BMW reformada estão ficando visíveis, como a possibilidade de que ela vã se apoiar mais em montadoras rivais para dividir a carga de custosas novas tecnologias.

A BMW, assim como suas rivais, enfrenta pressões de autoridades européias para reduzir drasticamente a emissão de dióxido de carbono de sua frota. Este ano, a BMW diz que 40% de seus carros vão atingir a meta de emissão de 140 gramas de CO2 por quilômetro. Mas as autoridades da União Européia falam de um padrão de 130 g/km. O governo americano também está decidindo entre propostas para aumentar o padrão de eficiência em mais de 25%.

Reithofer disse que a BMW está reagindo ao promover em toda sua frota um pacote de tecnologias para economia de combustível que a empresa chamou de "dinâmicas eficientes". Entre os recursos estão tecnologias que desligam o motor quando o veículo está parado, desligam acessórios como o compressor de ar condicionado quando não são necessários, e luzes do painel que sugerem ao motorista mudar de marcha para atingir melhor eficiência de combustível.

Todas essas iniciativas custam caro, especialmente para uma empresa relativamente pequena. A BMW espera vender cerca de 1,4 milhão de veículos este ano, contra mais de 10 milhões da Toyota. A BMW informa que os custos de pesquisa e desenvolvimento deram um salto de 22% no primeiro semestre, para quase 1,5 bilhão de euros.

Também tem destaque na lista de afazeres de Reithofer a aceleração do crescimento da produção fora da Europa Ocidental. A BMW está preparando a expansão da capacidade de sua fábrica em Spartanburg, no Estado americano da Carolina do Sul, para "bem mais que 200.000" veículos por ano", disse Reithofer.

Está aumentando também a capacidade de produção na Rússia, Índia e China, onde a demanda por seus veículos é alta entre a população afluente.

22 dezembro 2009

Executivos brasileiros

Benjamin Steinbruch, da CSN, e Maurício Botelho, que comandou a Embraer de 1995 a 2007, são os dois brasileiros que aparecem na lista dos 200 presidentes-executivos com melhor desempenho, segundo ranking que será publicado na edição do próximo mês da "Harvard Business Review". (...)

Desde que [Steinbruch] assumiu a chefia da CSN, em 2002, ele agregou US$ 18 bilhões ao valor de mercado da empresa, diz o estudo.

Maurício Botelho, por sua vez, que hoje é presidente do conselho da Embraer, aumentou em US$ 9 bilhões o valor de mercado da companhia sob seu comando. Ele aparece no 66º posto entre os executivos com melhor desempenho.

Para chegar ao resultado final, foram analisados 1.999 presidentes-executivos das principais empresas globais, que estão no cargo, no máximo, desde o começo de 1995. Isso explica, segundo a publicação, a ausência na lista de Bill Gates, Warren Buffett ou Jack Welch, que estão em seus cargos há mais tempo.

Outros nomes famosos como Carlos Ghosn (Renault-Nissan) e John Mack (Morgan Stanley) também ficaram de fora. E por uma razão diferente: eles não tiveram necessariamente um resultado fraco, mas não estão entre os presidentes-executivos que geraram maior retorno aos acionistas das companhias que administram.

Brasileiros estão em lista de Harvard de melhores executivos - Folha de São Paulo - 22/12/2009 - MARIA CRISTINA FRIAS

04 agosto 2015

Game como profissão

Felix Kjellberg (foto) nasceu na Suécia em 1989 e é muito conhecido na internet como PewDiePie. Possui verbete na Wikipedia, inclusive em Português. Nada mal para quem abandonou o curso de Economia Industrial e Gestão da Tecnologia. Kiellberg já apareceu em dois episódios de South Park.

A popularidade de Kjellberg deve-se ao seu canal do YouTube, que possui a maior quantidade de inscritos: 38 milhões. O segundo colocado tem 22 milhões, enquanto Taylor Swift possui 15 milhões. Kjellberg faz algo pouco usual por muitas pessoas: jogar games. O canal mostra Kjellberg fazendo comentários com games variados.

O número de pessoas que se dedica a assistir outra jogando cresce a cada dia. Um dado diz que 125 milhões nos Estados Unidos fazem isto. E que no mundo pode atingir a mais de 400 milhões. As razões para que uma pessoa assista alguém jogar games são as mesmas de alguém que assiste a uma partida entre Federer e Djokovic: diversão e dicas para melhorar seu próprio nível de jogo. As competições de games estão sendo transmitidas por canais de esportes e já existe programas específicos na TV aberta brasileira. E os jogadores também possuem treinadores, como informa Needleman, com salários que chegam a 50 mil dólares por ano, que pode incluir bônus por desempenho. Kjellberg ganhou 4 milhões de dólares em 2013, mas este valor certamente é reduzido em relação ao que ele ganha hoje ou ao seu potencial na internet. Algumas “equipes” de jogadores possuem contratos de marketing, como é o caso da Team Liquid, que é apoiada pela Nissan e HTC.

03 janeiro 2020

A fuga de Ghosn

O ex-CEO da Nissan, Carlos Ghosn, fugiu do Japão na noite de domingo, após secretamente embarcar em dois aviões particulares para retornar à sua casa no Líbano.

Segundo Robert Allen, um professor da Tulane e especialista em segurança, estima-se que a fuga de Ghosn esteja na faixa de alguns milhões de dólares.

As descrições das pessoas que Ghosn contratou para coordenar a operação de fuga variaram. A Reuters se referiu a eles como uma "empresa de segurança privada", enquanto o Financial Times usou o termo "agentes de segurança privada". Quem planejou a fuga de Ghosn provavelmente era habilidoso, disse Allen, mas provavelmente não foi o trabalho de uma empresa de segurança respeitável, que não iria querer arriscar o dano de ser pego à reputação.

Para realizar esse tipo de operação de alto risco, você precisa planejá-lo de forma a minimizar suas chances de ser detectado. Isso significa viajar à noite e usar um aeroporto privado, o que permitiria ao passageiro embarcar em suas aeronaves mais rapidamente do que em um aeroporto público e evitar verificações de segurança extensas, disse Allen.

Adaptado de: aqui e aqui.

18 agosto 2012

Teste da Semana

Eis um teste para verificar se você estava atento ao que ocorreu na contabilidade esta semana:


1 - Uma empresa japonesa teve sua auditoria, realizada pela PwC, reprovada por um órgão regulador:
Financial Services Authority (FSA) do Japão
Ministério das Finanças japonês
PCAOB dos EUA

2 – Qual o nome da empresa japonesa da questão anterior?
Nissan
Sony
Toyota

3 – A safra de balanços das empresas de capital aberto do Brasil revelou um desempenho abaixo do ano anterior. A principal causa, segundo os jornais econômicos, foi:
Aumento das despesas com pessoal
Comportamento do dólar
Redução nas receitas financeiras com títulos públicos

4 – O Chairman desta entidade afirmou que não haverá novidades sobre a convergência para normas internacionais nos EUA até as eleições presidenciais:
AICPA
Fasb
Iasb

5 – Um executivo do frigorífico Minerva foi condenado por divulgar informações indevidas. O balanço onde isto ocorreu era do exercício social encerrado em 31 de dezembro de:
2008
2009
2010

6 – Jana Ryan é esposa do candidato a vice-presidência pelo partido republicano. Descobriu-se que Jana tem um vínculo com a contabilidade:
É filha de um contador famoso, Hendricksen Ryan
Tem o CPA, que permite fazer contabilidade nos EUA
Trabalhou como lobista na PwC

7 – Anunciou-se o tamanho do rombo do banco Cruzeiro do Sul. É de
2,23 bilhões
3,1 bilhões
8,9 bilhões

8 – Esta famosa cantora está envolvida numa confusão com seus antigos contadores. Esta semana os contadores resolveram comprar briga com:
Lady Gaga
Madonna
Rihana

9 – Esta semana o prefeito do Rio de Janeiro informou sobre o orçamento do Rio 2016:
Que não existe orçamento atualizado
Que o orçamento foi reajustado para 15 bilhões de dólares
Que os custos serão menores que anteriormente divulgados

10 – A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, resolveu incorrer na falácia do custo perdido, investindo 36 milhões de reais num empreendimento que tem apresentado uma grande história de prejuízo:
Costa do Sauípe
Perdigão
Valec

Verifique a resposta nos comentários. 
Acertou de 9 a 10 = parabéns. Medalha de Ouro
7 ou 8 questões certas = está no caminho. Prata
5 ou 6 questões = quem sabe um dia você chega ao ouro.
Abaixo de 5 questões = não desanime. 

31 janeiro 2018

Já não se fazem japoneses como antigamente...

As recentes fraudes em empresas japonesas mostraram que a imagem Made in Japan de qualidade talvez seja falsa. Os exemplos: a montadora Nissan fez um recall de dois milhões de veículos, a Kobe Steel falsificava dados de qualidade do produto, a Toshiba manipulava os dados contábeis, entre outros exemplos. Um texto do Financial Times (publicado em português aqui) analisa esta imagem construída e estes episódios recentes. Para Peter Wells e Leo Lewis:

A sensação de que os problemas foram frutos de conspirações dentro das empresas aumentou ainda mais depois das admissões de que as fraudes e mentiras existiam há anos e, em alguns casos, há décadas. Há inúmeros casos difíceis de explicar. Os escândalos implicam, segundo especialistas, uma disposição institucionalizada de violar regras dentro de instituições que se orgulham especificamente por segui-las de forma inflexível.


Fotografia: executivos da Sony

06 março 2009

Relatórios Trimestrais e Crise

O artigo a seguir faz um ataque aos relatórios trimestrais, usando como exemplo o Japão e a Ásia:

Maldição trimestral assola os mercados
William Pesek – 2/3/2009 - Valor Econômico

(...)
A americanização do Japão tem sido um objetivo dos Estados Unidos por décadas. (...) Há indícios de que as autoridades dos EUA estejam recebendo o que queriam, e isso não é necessariamente uma coisa boa. (...)

Não é divertido ser uma empresa de capital aberto nos nossos dias - não com as economias desabando e os mercados de crédito paralisados. Os acionistas estão exigindo ação dos executivos do alto escalão e, portanto, eles estão recorrendo a cortes de pessoal. A motivação para estas iniciativas parece bastante clara: o próximo balancete trimestral.

Pode ter chegado a hora de abolir este extremamente apreciado pilar do capitalismo ao estilo americano.

Uma das semelhanças existentes entre as explosões da Enron e do Lehman Brothers é o pensamento de curtíssimo prazo e os bizarros modelos de remuneração. O sistema dos EUA agora em frangalhos estimulou a contabilidade criativa, como: exagerar no valor dos ativos; diminuir a importância dos riscos e ocultar o que não se consegue explicar fora do balanço patrimonial.

Se os executivos não precisassem impressionar os investidores a cada poucos meses, estariam menos inclinados a assumir riscos extremos ou a cozinhar os números. Longe de resultar em menos transparência, um mundo sem dramas trimestrais poderia estimular rendimentos mais regulares e menos orgulho financeiro arrogante.

Qualquer pessoa que quiser deitar os olhos nessa linha de pensamento desejará ler "The Smartest Guys in the Room" (os mais espertos da sala), o livro de 2003 de Bethany McLean e Peter Elkind sobre o desaparecimento da Enron. Seu relato sobre os procedimentos de fritura pesada da contabilidade corporativa é valioso como nunca, nesse momento em que Wall Street arde.

Até executivos que não estão se envolvendo com fraude podem deixar as pressões dos demonstrativos de resultados trimestrais distorcerem o seu modo de pensar.

O Japão começou a exigir que todas as empresas registradas em bolsa informassem trimestralmente os seus resultados em 2003. Agora os executivos podem estar tomando providências contraproducentes que lamentarão em mais cinco anos. NEC, Nissan, Panasonic e outras estão ajudando a alarmar os consumidores, induzindo-os a uma hibernação plurianual. Em vez de gastarem mais, os 127 milhões de habitantes do país pouparão mais agressivamente.

(...) Grandes coisas podem advir de empresas que aderirem mais a padrões internacionais e acolherem positivamente o investimento estrangeiro. Maior diversidade internacional nos gabinetes dos diretores das corporações e entre os grandes acionistas poderia sacudir o Japão S.A. para melhor.

Num mundo perfeito, apresentar relatórios a cada poucos meses força a responsabilidade e a transparência, mas isso joga desproporcionalmente o enfoque num período de 90 dias, à custa do quadro mais amplo.

Hong Kong, por exemplo, quer instituir relatórios trimestrais para substituir o sistema semestral atual. É o caso de se questionar se é benéfico ter executivos na nona maior economia da Ásia sendo constantemente distraídos pelo placar.

Informes semestrais - ou até anuais - podem criar um ambiente mais estável. À medida que os executivos fortalecerem as lacunas com atualizações confiáveis aqui e acolá sobre rentabilidade e riscos, haverá menos enfoque direto sobre preços de ações.

Os investidores poderão recompensar empresas que voluntariamente oferecem análises aprofundadas reais sobre sua saúde, em contraponto às que não o fazem. Se a realidade a cada seis a 12 meses não combinar com a informação, as ações seriam castigadas. Falemos sobre deixar os mercados livres funcionarem.

A Ásia precisa se abrir mais ao mundo financeiro ao seu redor. Os comunicados recentes sobre demissões nos levam a perguntar se o Japão estaria aprendendo as lições erradas com o Ocidente.

Observe que existe uma crítica interessante a adoção das normas internacionais. Convergir para único padrão implica em reduzir a criatividade dos mercados locais.

27 setembro 2006

Notícias

Duas notícias publicadas no Wall Street Journal de hoje. A primeira sobre a Telemar, onde os acionistas minoritários estão se organizando para combater o plano de reorganização societária da empresa. Isto é interessante pois representa um salto em governança corporativa, assunto muito debatido no Enanpad 2006. Clique aqui para ler.

O segundo, a General Motors Corp. planeja exigir uma "contribuição de equalização", que poderia ser uma bolada de bilhões de dólares, da Nissan Motor Co. e da Renault SA para aceitar uma possível união entre as três. Clique aqui para ler.