Translate

27 fevereiro 2014

Petrobras também financiou o MST


A Petrobrás fechou um contrato de patrocínio, sem licitação, com entidade ligada ao Movimento dos Sem Terra (MST) para evento realizado no 6.º Congresso Nacional do MST, realizado há duas semanas em Brasília. A estatal confirmou ter contribuído com R$ 650 mil.

O congresso do movimento culminou com uma tentativa de invasão do Supremo Tribunal Federal e um quebra-quebra na Praça dos Três Poderes que deixou 32 feridos, sendo 30 policiais.

A reportagem já tinha revelado que a Caixa Econômica Federal e o BNDES colaboraram com um total de R$ 550 mil para o evento, por meio de patrocínios para a Associação Brasil Popular (Abrapo).

A Abrapo recebeu os patrocínios para a Mostra Nacional de Cultura Camponesa, atividade que serviu como ponto de encontro para os integrantes do congresso do MST. Ao todo, foi gasto cerca de R$ 1,6 milhão em recursos públicos e de empresas com economia mista.


Fonte: aqui

Listas: As companhias aéreas mais pontuais

Do mundo

Da América Latina

 

Decolar

Um exemplo de planejamento tributário:

A Afip, equivalente argentina da Receita Federal, fechou dois escritórios físicos em Buenos Aires da agência online de viagens Decolar.com e pediu a suspensão de sua licença para continuar operando. O órgão do governo argentino acusa a Decolar.com de evadir divisas para não pagar impostos no país. Uma investigação que teria começado há um ano, segundo a Afip, apontou que a agência faturaria suas operações realizadas na Argentina por meio de uma empresa localizada nos Estados Unidos.

Fonte: Folha de S Paulo

Efeito Refis

A Vale registrou prejuízo de R$ 14,868 bilhões no quarto trimestre de 2013, após assumir (1) uma dívida de R$ 22 bilhões com o Refis, referente ao pagamento de Imposto de Renda de controladas no exterior. A perda (2) é maior do que a esperada pelo mercado e praticamente zerou os ganhos dos trimestres anteriores, levando a mineradora a um lucro de apenas R$ 115 milhões em 2013, contra um lucro de R$ 9,7 bilhões em 2012. Excluído o efeito do acordo com o governo para adesão no Refis, a Vale teria obtido um ganho (3) de R$ 26,47 bilhões em 2013 e um resultado positivo de R$ 3,7 bilhões no quarto trimestre –inferior ao registrado no terceiro trimestre (R$ 8,3 bilhões, usando o mesmo critério do chamado lucro básico, que desconta alguns efeitos atípicos). No quarto trimestre do ano passado, o lucro havia sido de R$ 7,95 bilhões

(1) ou seja, registrar o passivo
(2) prejuízo, não perda.
(3) ou seja, lucro

Muito lucro, pouco imposto

Um estudo nos Estados Unidos mostrou que, entre 2008 a 2012, muitas grandes empresas pagaram pouco imposto. 11 de 288 maiores empresas, incluindo Boeing, GE e Verizon, não pagaram imposto no período. E 111 de 288 não pagaram em pelo menos um ano. Algumas destas empresas negam, pois consideram também os impostos estaduais e municipais.

Onde entra a contabilidade? A discussão é sobre o acerto dos dados. Segundo os críticos, a entidade que fez o estudo tomou as informações incorretas, usando o valor contábil e não o fluxo de caixa.

Competição no futebol

Um artigo muito interessante traz uma análise sobre a competitividade dos campeonatos nacionais. Para cada campeonato, o autor verificou os maiores vencedores. Por exemplo, na Itália, um terço dos títulos foram vencidos pela Juventus. Quando soma os títulos do Milan e da Inter o total é de 71%.

 Na Alemanha a situação é pior. O Bayern ganhou 45% dos campeonatos. Os demais títulos estão razoavelmente divididos entre os demais times.
 Na Holanda, Ajax, PSV e Fayenoord quase 90%.
 Portugal ainda é pior. Os campeonatos vencidos por Benfica, Porto e Sporting representam 97%. Domínio completo dos três times.
 Na Espanha, Real Madrid e Barcelona conquistaram 65% dos títulos. Fica fácil decidir por que você irá torcer...
O campeonato brasileiro é bastante equilibrado. Os quatro principais times paulistas conquistaram quase a metade dos títulos, mostrando que São Paulo é a terra do futebol brasileiro. (Mas dizem que o Fluminense está contestando esta estatística).

O campeonato inglês (particularmente, meu preferido) também é equilibrado. Manchester U, Liverpool e Arsenal  somam 45% dos títulos.

26 fevereiro 2014

Rir é o melhor remédio

Progresso

Casa de ferreiro...

O jornal britânico The Telegraph pegou a Fundação IFRS numa série de irregularidades. Pelas normas do Reino Unido, onde fica a Fundação IFRS, as entidades devem comunicar as mudanças na entidade dentro de 21 dias. A Fundação inicialmente negou que estava irregular. Depois, reconheceu os problemas, mas evitou afirmar que seus registros eram bagunçados.

A entidade responsável pelas normas contábeis adotados por diversos países, inclusive parcialmente pelo Brasil, teve que reconhecer algumas coisas óbvias. Um dos diretores afirmou: "Identificamos deficiências históricas incompatíveis com nossa resposta inicial".

Alguns exemplos apresentado pelo jornal. Tommaso Padoa-Schioppa, ex-diretor financeiro, saiu da fundação em 2010, mas o regulador britânico - Companies House - só recebeu a notícia em fevereiro de 2013, dois anos após sua morte. Seu sucessor, Philip Laskawy, um ex-funcionário da EY, não teve seu nome notificado. Gerrit Zalm, que era chairman dos curadores desde outubro de 2007, mas nunca teve seu nome enviado para a Companies House.

O que um economista faz no Facebook?

O economistas do Facebook Michael Bailey responde:


I currently (Feb 2014) manage the economics research group on the Core Data Science team. We are a small group of engineer researchers (all PhDs) who study economics, business, and operations problems. As Eric Mayefsky mentioned, there are various folks with formal economics training spread across the company, usually in quantitative or product management roles.

The economics research group focuses on four research areas:

Core Economics - modeling supply and demand, operations research, pricing, forecasting, macroeconomics, econometrics, structural modeling.

Market Design - ad auctions, algorithmic game theory, mechanism design, simulation modeling, crowdsourcing.

Ads and Monetization - ads product and frontend research, advertiser experimentation, social advertising, new products and data, advertising effectiveness, marketing.

Behavioral Economics - user and advertiser behavior, economic networks, incentives, externalities, and decision making under risk and uncertainty.

I think a more interesting question is “what *could* an economist at Facebook do?” because there is a LOT of opportunity. There are incredibly important problems that only people who think carefully about causal analysis and model selection could tackle. Facebook’s engineer to economist ratio is enormous. Software engineers are great at typical machine learning problems (given a set of parameters and data, make a prediction), but notoriously bad at answering questions out of sample or for which there’s no data. Economists spend a lot of time with observational data since we often don’t have the luxury of running experiments and we’ve honed our tools and techniques for that environment (instrumental variables for example). The most important strategic and business questions often rely on counterfactuals which require some sort of model (structural or otherwise) and that is where the economists step in.

Relatório de Administração

Um texto sobre relatório da administração (denominado de comentário). Não faz muito sentido a defesa da regulação na área. A grande (e principal) vantagem é a liberdade. E querem acabar com isto.

A crescente complexidade dos resultados das empresas já ensejou muitos debates. No momento, há a percepção de que um de seus efeitos será o de criar uma dependência maior de outras formas de prestar informação útil aos investidores. De fato, o Conselho de Padrões Internacionais de Contabilidade (IASB, na sigla em inglês) publicou recentemente [2005] um artigo sobre o que ele rotula de “comentário da administração”.

O artigo reúne todo o trabalho que tem sido desenvolvido nessa área e funciona como uma etapa anterior no processo de criação de um padrão nesse tema pelo IASB.

Não será fácil. Nos EUA, os comentários da administração existiram por anos na forma de discussão e análise da diretoria (M & A, na sigla em inglês). No Reino Unido, as empresas só agora estão se preparando para oferecer uma análise financeira e operacional, que passará a ser obrigatória para períodos de prestação de contas iniciados em ou depois de 1º de abril deste ano. (O documento equivalente aos comentários da administração, na legislação societária brasileira, é o relatório da administração.)


As complexidades de se oferecer coesão global nesse processo são várias. Nos EUA, o tema é regido pelo principal órgão regulador do mercado de capitais, a Securities and Exchange Commission (SEC). No Reino Unido, o Conselho de Normas Contábeis (ASB, na sigla em inglês), que integra o Conselho de Informações Financeiras, provê as normas, amparadas na legislação.

No longo prazo, será necessário definir se os comentários da administração são de responsabilidade dos órgãos reguladores do mercado de valores mobiliários ou dos organismos de padrões contábeis. “É uma tendência global”, disse David Loweth, membro da equipe do projeto que elaborou o artigo do IASB, e secretário da ASB do Reino Unido. “Existe uma necessidade de se criar algum tipo de estrutura global para a narrativa e os relatórios da administração”.

Muitas outras questões também precisam ser resolvidas. “Esse é o primeiro passo”, afirmou Loweth. “As pessoas podem tecer comentários e apresentar reações - por exemplo, se [a publicação] deve ser indicada como melhor prática, ou se deve ser obrigatória, que é o que nos preferimos.”

O que não se contesta é a importância crescente dos relatórios da administração no processo de fornecimento de informação corporativa aos investidores. A experiência acumulada ao longo do ano passado na implementação de normas internacionais para os demonstrativos financeiros indicou que, pelo menos no curto prazo, os números estão se tornando mais opacos para os usuários das demonstrações contábeis.

Loweth ressalvou: “O perigo é que os relatórios financeiros se tornem mais complicados e mais difíceis de acompanhar”. As técnicas dos comentários da administração precisarão reduzir a distância. Considerando que indicadores de valores intangíveis, mais do que números fundamentais parecem estar promovendo maior entendimento, o movimento vai na direção de documentos como a análise financeira e operacional, do Reino Unido. “A análise oferece uma oportunidade de contar a história de uma forma equilibrada, que pode colocar os demonstrativos financeiros num contexto”, disse.

Ela também está em conformidade com outras tendências globais de oferecer tipos diferentes de apresentações de relatórios. A Federação Internacional de Contadores (Ifac) estabeleceu um projeto de apresentação de exposições em relatórios. A categoria dos contadores nos EUA está tentando criar um processo chamado de informações gerenciais aprimoradas. Todas essas iniciativas apontam para a apresentação de relatórios com mais temas não-financeiros. Richard Mallet, diretor de desenvolvimento técnico do Instituto de Contadores Gerenciais, disse: “É preciso encontrar uma maneira que permita à diretoria explicar o desempenho e as perspectivas da empresa”.

Até agora, especialmente com a já obrigatória análise financeira e operacional no Reino Unido, o esforço tem se concentrado em criar uma estrutura informal dentro de uma estrutura jurídica, na esperança de que isso estimule as empresas a gerar informação relevante, e não apenas em conformidade com a legislação, para os usuários dos relatórios e demonstrações contábeis. “O grande desafio está no elemento da perspectiva futura. Os parâmetros do quadro amplo já foram estabelecidos, porém dentro deles ainda existe muito espaço para uso da capacidade de discernimento e do bom senso”, afirmou Loweth.

Uma área em franco desenvolvimento é o uso de indicadores-chave de desempenho. Em seu artigo, o IASB cita uma pesquisa conduzida pela Deloitte no ano passado que demonstrou que “92% dos que responderam concordaram com a afirmação de que os indicadores financeiros, por si só, não conseguem capturar adequadamente os pontos fortes e os pontos fracos das suas empresas”.

É aqui que os indicadores-chave entram, porém precisamente quais deles devem ser divulgados depende de cada empresa. A escolha foi deixada em aberto para que cada setor de mercado possa gradualmente estabelecer o que é necessário. Loweth disse: “Isso precisava ter vindo do mercado. É muito difícil impor um senso de interesse comum nos indicadores-chave agora. As pessoas que querem comparar empresas, os usuários dos balanços, podem se reunir e tentar desenvolver o tema, para que as empresas possam considera-los numa base comparativa. Isso deverá se originar a partir da comunidade de investimentos”.

Em algumas áreas, como a de relatórios ambientais, já foi iniciado o trabalho para se obter uma padronização. “O padrão contábil dá uma descrição muito precisa de como deve ser um indicador-chave. Porém, a forma como a análise financeira e operacional foi formulada oferece um senso de discernimento aos diretores”, afirmou Simon Thomas, executivo-chefe da Trucost, instituto de pesquisas da área ambiental.

Um setor específico pode ser ajudado com sugestões de outros setores. A Trucost tem atuado com o Departamento para Assuntos Ambientais, Alimentares e Rurais do Reino Unido (Defra) para gerar exatamente esse tipo de sugestão. Como resultado, o Defra deverá emitir em breve as diretrizes para a apresentação de relatórios para indicadores-chave ambientais. “Ele determina 23 indicadores relevantes, e também mostra quais são mais importantes para setores específicos”, disse. Thomas.

As empresas tampouco precisarão gerar enormes quantidades de indicadores. A pesquisa deste ano da Deloitte sobre práticas estabelecidas revela que entre as 350 empresas mais destacadas, uma porcentagem ligeiramente superior a 70% já reporta indicadores-chave de desempenho com uma média de quatro empresas. Nem todas as empresas reportarão indicadores ambientais. “Bancos, por exemplo, não estão tão envolvidos ambientalmente como a indústria química”, explicou Thomas. Ele observou, porém, que as empresas estão concluindo que reportar informações de que são mais eficientes nas emissões de carbono que seus concorrentes está “fomentando um círculo vicioso”.

As empresas no Reino Unido já estão bem adiantadas no processo de organização de suas informação antes da publicação. Trata-se de um primeiro passo rumo a uma revolução que poderá gerar informação mais inteligível e mais relevante para os investidores. Os resultados serão avaliados atentamente. “No momento estamos num laboratório evolucionário”, disse Loweth.

Fonte: BRUCE, R. Sozinhos, números não explicam balanços. Valor Econômico, p. B2, 21 nov. 2005. (artigo Financial Times) Via Aqui

Facebook comprou um problema?

Sobre a aquisição do Facebook, eis um texto interessante que concentra na aquisição:

Um dia após o Facebook ter anunciado sua maior aquisição, Wall Street estava preocupada com a possibilidade de a rede social ter pago um preço altíssimo por uma empresa com poucas perspectivas de trazer muito dinheiro no futuro próximo.

O Facebook concordou em comprar o WhatsApp, um serviço de mensagens para celulares em rápido crescimento, por US$ 16 bilhões, além de US$ 3 bilhões em ações oferecidas aos fundadores e funcionários da startup.

O problema é que esses fundadores, Jan Koum e Brian Acton, parecem detestar anunciantes – e a publicidade constitui o alicerce financeiro do Facebook. Eles também demonstram aversão à maioria das outras formas de ganhar dinheiro com serviços ao consumidor na internet.

(...) Numa reunião de teleconferência com analistas a respeito da compra do WhatsApp, Zuckerberg  (foto) disse a eles que os anúncios não são a única maneira de ganhar dinheiro com mensagens.

Isso gerou preocupação em Wall Street. Recentemente, Zuckerberg resolveu o problema da falta de receita do Facebook nos celulares com novos tipos de anúncios. Agora, ele gastou quase US$ 20 bilhões para assumir um problema de ‘monetização’ nas mensagens – e a solução anterior não pode ser aplicada neste caso.

Incluindo o prêmio em ações, o Facebook está pagando US$ 19 bilhões pelo WhatsApp. Para justificar tal preço, o WhatsApp teria de gerar cerca de US$ 1 bilhão em fluxo de caixa anual até 2018, estimou Wieser.

Esta geração de caixa tende a ser maior, já que o texto está assumindo um fluxo de caixa denominado de periodicidade (ou anuidade). Neste caso, o fluxo é constante no tempo; mas este não deve ser o padrão do WhatsApp, que irá parte de um fluxo reduzido nos primeiros anos. Isto faz com que o volume de caixa a ser gerado seja superior a este 1 bilhão.

“A empresa ofereceu poucos dados para sustentar tal suposição, pois são poucos os dados disponíveis”, acrescentou o analista. “E os administradores indicaram esperar que o WhatsApp se ocupe do produto e do usuário em vez de encontrar formas de ganhar dinheiro.” Ken Sena, analista da Evercore, rebaixou a nota dos papéis do Facebook ontem, dizendo haver um ponto de interrogação envolvendo a melhor maneira de ganhar dinheiro com serviços de mensagens como o WhatsApp.

Estas poucas informações são decorrentes do próprio negócio. Empresas que estão iniciando num negócio tendem a ter poucas informações. O rebaixamento das ações do Facebook é típico de uma situação de aquisição, quando não se tem muitas informações. Talvez se o mercado avaliasse que o Facebook eliminou uma ameaça, a reação não teria sido tão forte.

Instagram. Wall Street também se preocupou com a forma de ganhar dinheiro a partir do Instagram, e os analistas ficaram aliviados quando o serviço começou a exibir anúncios no ano passado.

Esta opção não vale para o WhatsApp. Em vez disso, o serviço cobra atualmente US$ 1 pelo uso após o primeiro ano.

Se o WhatsApp conseguir que um bilhão de usuários paguem um dólar por ano, isto pode gerar uma renda anual de US$ 1 bilhão, o equivalente a um lucro operacional de US$ 600 milhões.

De acordo com a estimativa de Mahaney, isso representaria um ganho de aproximadamente US$ 0,12 por ação em lucro extra para o Facebook em 2015.

Isso reduziria muito o impacto da emissão de muitas novas ações por parte do Facebook para pagar a aquisição – jogada que dilui o lucro teoricamente disponível para os acionistas da empresa.

“Talvez essas suposições soem agressivas, mas existe também a distinta possibilidade de o potencial de monetização do WhatsApp superar em muito a marca de US$ 1 por ano”, disse Mahaney.

Mas nem todos estão convencidos desse potencial. Wieser, da Pivotal, acredita que se o WhatsApp cobrasse US$ 2 por ano, muitos usuários migrariam para outro serviço de mensagens que cobrasse menos ou não tivesse assinatura.

Não é difícil para que outra empresa com software competente e habilidade no desenvolvimento de produtos crie um aplicativo como o WhatsApp. Já há muitos rivais do WhatsApp, e alguns deles fazem sucesso em diferentes partes do mundo. O Kakao é grande na Coreia do Sul, o Line domina no Japão e o WeChat lidera na China.

Listas: Melhor investimento de 2014

O ano nem começou mas já temos a relação dos melhores investimentos do ano. Em primeiro lugar, café, que sofreu uma valorização de 53% graças aos problemas da safra no Brasil. Depois gás.