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11 agosto 2016

Petrobras

A empresa estatal de petróleo brasileira Petrobras divulgou hoje os resultados do segundo trimestre de 2016. A análise mostra alguns bons números e outros nem tanto.

O grande destaque positivo da empresa foi a redução do endividamento. E este é uma informação importante, já que a Petrobras tinha na excessiva alavancagem o seu principal problema. Como tentar reverter a situação de crise com financiamentos de mais de 580 bilhões existentes no final de 2015 para um ativo de 900 bilhões? Seis meses depois a dívida onerosa era de 400 bilhões, uma redução de 180 bilhões de reais. Mas esta boa notícia deve ser considerada com ressalvas. A diminuição não foi resultado de operações de troca de dívidas ou de pagamento de financiamentos (somente 40 bilhões dos 180). A empresa contou com um comportamento da taxa de câmbio favorável, já que uma grande parte dos financiamentos foram captados em dólar. Mas o acaso também faz parte de uma gestão.

O fato positivo encontra-se na linha de baixo da demonstração do resultado. Enquanto os analistas esperavam um resultado acima de 2 bilhões de reais, conforme pesquisa realizada pelo jornal Estado de S Paulo, o lucro líquido foi de 900 milhões. É bem verdade que este valor é melhor que o prejuízo do primeiro trimestre e ficou muito próximo do valor do segundo trimestre do ano passado. Mas depois de tantas amortizações, esperava-se que o resultado começasse a expressar a boa diferença entre o preço de compra do petróleo no mercado internacional e o preço cobrado internamente. Além disto, redução de passivo deveria significar melhor resultado financeiro. Isto não ocorreu.

Outro ponto negativo foi a queima do caixa da empresa. No final de 2015 a empresa tinha quase 100 bilhões de caixa e equivalente. Em seis meses a reserva de caixa reduziu em 35 bilhões de reais. Neste ritmo, em menos de um ano o volume de caixa irá zerar. É bem verdade que a empresa continua gerando caixa das operações, como tem feito ao longo dos últimos anos. Este talvez seja o parâmetro mais consistente da empresa. No trimestre gerou-se 22 bilhões de caixa das operações, acima dos 17 do trimestre anterior. Mas comparando os dados do semestre, o valor do caixa das operações foi praticamente o mesmo: 39 bilhões.

Em resumo, a questão do endividamento melhorou na empresa, mas graças a um fator externo. O lucro reduzido pode ser revertido, já que durante os últimos anos a Petrobras tem conseguido gerar caixa das operações. A crise ainda não passou, mas talvez a empresa esteja começando a sair da UTI.

Anna Kendrick e o contador

Tweet bem descontraído da atriz Anna Kendrick anunciando um novo trailer para o filme "O Contador".

- Minha mãe é uma contadora. Eu acredito que esse seja um dia típico de trabalho para ela também. (Anna Kendrick)






Custo do Rio 2016

Um estudo da Oxford University (Flyvbjerg, Bent et al. The Oxford Olympics Study 2016: Cost and Cost Overrun at the Games) mostra que o custo real para se fazer as olimpiadas é de 5,2 bilhões de dólares em média. O custo para os jogos de inverno é de 3,1 bilhões em média. O estudo mostrou que os jogos mais caros foram Londres (15 bilhões, em 2012) e Sochi (21,9 bilhões, em 2014). A série analisada pelos pesquisadores compreende o período entre 1960 a 2016 e abrange somente os custos relacionados ao desporto. Assim, este custo médio é maior na prática. Um segundo aspecto do estudo é a análise do cost overrun. Conforme já comentamos aqui, o conceito de cost overrun refere-se ao incremento do custo em relação ao orçamento. Isto já foi observado na Comperj, Boeing e olimpíadas, entre outras situações. A estimativa dos autores é que em metade dos casos o valor orçado ultrapassou ao dobro do valor original. Em Montreal, por exemplo, o valor gasto foi de 720 por cento acima do valor orçado; em Barcelona foi de 266%. O percentual de cost overrun do Rio foi de 51% (Londres igual a 76%)

Agora atenção:

the Rio 2016 Games, at a cost of USD 4.6 billion, appear to be on track to reverse the high expenditures of London 2012 and Sochi 2014 and deliver a Summer Games at the median cost for such Games. The cost overrun for Rio – at 51 percent in real terms, or USD 1.6 billion – is the same as the median cost overrun for other Games since 1999.

O custo dos jogos do Rio estão estimados em 4,6 bilhões de dólares, bem inferior a Londres (15 bilhões), Pequim (6,8 bilhões), mas superior a Atenas (2,9 bilhões) e Atlanta (4,1). Quando se compara o custo por atleta temos 0,4 para o Rio, 1,4, 0,6 e 0,5 para Londres, Pequim e Sidnei.

Eis uma tabela comparativa:

Custo do aumento do salário mínimo

O custo fiscal da política de valorização do salário mínimo foi de R$ 47,5 bilhões em 2014, segundo estimativa do Tesouro Nacional, tornada pública pela primeira vez. O valor correspondeu a 0,92% do Produto Interno Bruto (PIB). Em termos de comparação, o gasto do governo federal com o programa Bolsa Família naquele ano foi equivalente a 0,47% do PIB.

Fonte: aqui



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Nosso café é tão bom que é uma substância banida nos jogos olímpicos de 2016.