Translate

18 julho 2016

O papel da contabilidade forense no terrorismo

Pouquíssimos terroristas são pegos em flagrante então prendê-los envolve uma grande e detalhado processo de investigação. A investigação para encontrar terroristas pode levar meses ou anos. Desde o início do FBI contadores são parceiros fundamentais para ajudar agentes a construírem um caso contra terroristas e outros criminosos. The Nest mostra como o FBI emprega a contabilidade forense para ajuda-los a “seguir o dinheiro”:

Analista financeiro
A contabilidade forense é essencial ao ciclo de inteligência empregado pelo FBI. Terroristas precisam de dinheiro porque os criminosos precisam de treinamento, equipamento e armas. Alguém tem que financiar essas compras ou dar fundos para que os próprios terroristas adquiram o que necessitam. Contadores forenses recebem um treinamento específico para conseguirem encontrar e interpretar os detalhes de transações financeiras. Eles analisam e auditam dados bancários, companhias de investimento, empresas aéreas, caixas eletrônicos e detalhes telefônicos, além de organizações duvidosas de caridade. Os contadores ajudam a encontrar terroristas ao revisarem os dados financeiros de indivíduos ou negócios suspeitos de envolvimento com o terrorismo. Eles completam análises financeira de negócios e dados pessoais para criar perfis que identificam pessoas ou negócios suspeitos de terrorismo ou de apoio a terroristas.

Provas e evidências
Ao revisar dados financeiros, acompanhar atividades financeiras, depósitos e saques em diversas contas, os contadores forenses colhem evidências que podem ser utilizadas para antecipar e localizar atividades terroristas suspeitas ou processar terroristas conhecidos. Nos anos iniciais do FBI, os contadores ajudaram a pegar criminosos notáveis como Al Capone, preso por evasões fiscais. Contadores forenses também conseguem reconstruir atividades juntando informações de fontes diversas. Após juntar as evidências financeiras, os contadores reportam seus achados em relatórios investigativos.

Fontes de recursos

A atividade terrorista começa ao encontrar negócios ou pessoas que financiam criminosos. Um contador forense passa muito tempo procurando fontes de recursos e transações inter-relacionadas para determinar a atividade terrorista. Em 2009, o FBI desenvolveu a posição de contador forense como uma função investigativa auxiliar tanto para o terrorismo quanto para outros crimes financeiros. Desde os atentados de 11 de setembro o FBI tem contadores acompanhando uma variedade de transações financeiras que podem envolver a transferência de grandes somas monetárias, células terroristas dormentes ou treinamento terrorista.

Testemunha perita
Alguns contadores testemunham seus achados no tribunal. Eles podem se encontrar com o promotor público para construir o caso contra terroristas. Eles discutem estratégias e procedimentos antes de um caso ir a julgamento. Assim que um caso judicial se inicia, alguns contadores podem testemunhar como peritos. Contadores forense devem estar familiarizados com princípios e práticas contábeis, políticas e procedimentos de aplicação de leis, regras federais relacionadas a provas criminais, protocolos de segurança em nível nacional e procedimentos jurídicos.

Rir é o melhor remédio

A segunda-feira chegando...

17 julho 2016

Por que os títulos da dívida americana são ativos seguros?

Resumo:

US government bonds are considered to be the world's safe store of value, especially during periods of economic turmoil such as the events of 2008. But what makes US government bonds "safe assets"? We highlight coordination among investors, and build a model in which two countries with heterogeneous sizes issue bonds that may be chosen as safe asset. Our model illustrates the benefit of a large absolute debt size as safe asset investors have "nowhere else to go" in equilibrium, and the large country's bonds are chosen as the safe asset. Moreover, the effect becomes stronger in crisis periods.




A explicação para os títulos da dívida norte-americana serem ativos seguros é que a crença dos investidores de que os ativos são seguros faz com que os investidores tomem ações que tornam esses ativos seguros. Além disso, os autores mostram que a segurança desses títulos depende do superávit fiscal dos EUA em relação aos outros países.

Tristan Harris: Como uma tecnologia melhor pode nos proteger da distração

Com que frequência a tecnologia interrompe o que realmente deveríamos estar fazendo? No trabalho e no lazer, gastamos uma quantidade surpreendente de tempo distraídos por "pings" e "pop-ups". Ao invés de nos ajudar a usar bem nosso tempo, muitas vezes, a tecnologia parece roubar este tempo de nós. O pensador de design Tristan Harris oferece novas reflexões para a tecnologia que criem interações mais significativas. Ele pergunta: "Com o que se parece o futuro da tecnologia quando se projeta para as questões mais profundas e os mais profundos valores humanos?"

Rir é o melhor remédio

Corte de gastos

Indicado por Ricardo Dias, a quem agradecemos.

16 julho 2016

Fato da Semana: Temos que pegar

Fato: Jogo do Pokemon vira uma febre mundial

Data: meados de julho de 2016

Fonte: Imprensa mundial

Notícia boa para contabilidade? Neutro. O evento mostra a grande dificuldade da contabilidade de avaliar intangíveis. Os números do jogo são impressionantes: é um aplicativo que tem uma taxa de usuários diários igual ao Twitter; o tempo médio diário é maior do que aquele usado no WhatsApp; o sucesso fez a ação da Nintendo aumentar substancialmente; etc. Como isto poderia ser mensurado pela contabilidade? É papel da contabilidade fazer esta mensuração? A diferença entre o valor contábil e o valor de mercado está aumentando no tempo? A febre do Pokemon pode ser um bom momento para algumas reflexões sobre a questão do intangível.

Desdobramentos - Não acredito que isto altere alguma coisa na mensuração contábil. Mas deveríamos pelo menos pensar no assunto, não?

Mas a semana só teve isto? A dívida da BP, a falta de transparência das multinacionais brasileiras e a aprovação parcial da LDO também deveriam ser lembrados. Sem falar nos dois grandes eventos políticos (atentado em Nice e tentativa de golpe da Turquia) e seus potenciais efeitos sobre a contabilidade. Falaremos mais sobre isso durante a próximas semana, mas aqui é oportuno salientar a importância da contabilidade forense na prevenção de ataques terroristas. Para ajudar a encontrar terroristas o FBI já emprega contadores que realizam análises financeiras, reúnem provas, encontram fontes de recursos, testemunham em tribunais como especialistas.

Resenha: Vies Otimista

O Vies Otimista é um livro da cientista Tali Sharot. Com onze capítulos e 334 páginas, a obra pretende discutir as consequências das pessoas serem otimistas. São mesmo?

Um teste simples mostra isto: pergunte a um grande grupo de pessoas quantas acreditam que são melhores motoristas do que a média da população. De uma maneira geral, de 70 a 80% das pessoas irão responder que são melhores motoristas. Isto não faz sentido, já que provavelmente metade de nós deveria pensar que somos piores no volante que a média e somente a metade que seriam melhores. Mas as pessoas geralmente acreditam que nas habilidades na direção. Somos otimistas por natureza.

O livro mostra as consequências, para o bem e para o mal, deste vies. Mas será que tem fôlego para explorar em 334 páginas este assunto? Apesar de reconhecer a importância do tema e da qualidade científica de Sharot, a minha resposta é não. O grande problema da obra é que este deveria ser um livro de divulgação científica, mas em diversos trechos lembra mais um livro técnico. A obra não consegue transitar entre os exemplos diários e didáticos e o tratamento mais científico. Fica a impressão que faltou um ghost-writer que ajudasse nesta tarefa. Alguém como Dubner no Freakonomics ou Gardner para Superprevisores. Além disto, não existe uma discussão adequada sobre como mensurar o otimismo.

Quando o leitor tem a vontade de pular páginas (e faz isto) é um sinal que obra não consegue atrair sua atenção.

Vale a Pena? Se você não estiver pesquisando sobre o assunto minha sugestão é ler obras mais agradáveis, como os livros de Dan Ariely.

SHAROT, Tali. O Vies Otimista. Rocco, 2015.

Evidenciação: o livro foi adquirido com recursos do blogueiro. 

Informações financeiras: tangíveis x intangíveis


The overall health of capital markets depends, in large part, on the quality and transparency of financial reporting. Trustworthy information inspires investor confidence, which in turn leads to financial stability and efficiency.

And yet, says Stanford professor of accounting Iván Marinovic, financial statements are becoming less and less relevant compared to other sources of information, such as analysts and news outlets. Perhaps in at attempt to keep pace in the information age, and to tell the whole story of increasingly complex businesses, he says, there is a creeping trend in financial disclosures away from the reliance on verifiable assets and toward more intangible elements of a business’s operations.
What is the distinction you make between hard and soft information, and why is it important?

Hard information is information, let’s say about an asset, that the firm took some costly actions to make credible to investors, like hiring an auditor or a rating agency. It’s been certified by a third party that doesn’t have a conflict of interest. Soft information, by contrast, is information that can potentially be manipulated by a manager, like accounts receivables or asset write-downs.

Another important distinction is that while some potentially soft information can become hard through actions like certification, other soft information, like the value of a brand, is by its nature uncertifiable. It can never become hard. It will always be subjective.

This is important because financial statements are becoming more and more soft. They are plagued with soft information that depends on a manager’s expectations about the future and are therefore subject to credibility issues. In other words, financial markets are relying more and more on trust, and the information is getting more and more intangible.

[...]

Fonte: aqui

Resumo:

We study optimal disclosure via two competing communication channels; hard information whose value has been verified and soft disclosures such as forecasts, unaudited statements and press releases. We show that certain soft disclosures may contain as much information as hard disclosures, and we establish that: (a) exclusive reliance on soft disclosures tends to convey bad news, (b) credibility is greater when unfavorable information is reported and (c) misreporting is more likely when soft information is issued jointly with hard information. We also show that a soft report that is seemingly unbiased in expectation need not indicate truthful reporting. We demonstrate that mandatory disclosure of hard information reduces the transmission of soft information, and that the aggregation of hard with soft information will turn all information soft.

Fonte: aqui



A reputação de Warren Buffett

SÃO PAULO – O maior investidor de todos os tempos e CEO da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, é dono de um patrimônio de mais de US$ 66 bilhões. Como alguém conseguiu ser tão bem-sucedido? Lawrence Cunningham escreve em seu livro “Berkshire Beyond Buffett: The Enduring Value of Values” (Berkshire além de Buffett: O valor duradouro dos valores, em tradução livre), que o segredo da Berkshire Hathaway para o sucesso é algo intangível, mas poderoso: a reputação.

[...]
Raf Weverbergh, colunista do site Entrepreneur, explica que houve diversos cenários em que esta afirmação se confirma. Uma delas foi em 1972, quando uma empresa chamada Wesco, na qual Buffett tinha interesse, estava prestes a comprar uma outra companhia por um preço elevado. O Oráculo de Omaha, então, convenceu o CEO da Wesco a desistir da compra e se preparar para a entrada da Berkshire Hathaway.

Inicialmente as ações da Wesco despencaram para US$ 11, o que seria um ótimo negócio para Buffett. Ele, porém, não achou que seria justo, já que ele foi o responsável pela queda dos preços. Com isso, o CEO da Berkshire Hathaway ordenou que seus corretores comprassem as ações por US$ 17, fechando a oferta em US$ 15.

Por que ele fez isso? Buffett explica que ele pagou um preço mais alto para mostrar integridade, ou seja, disse que pagar esse valor “extra” tem um valor econômico, já que a integridade é uma vantagem na reputação de uma empresa e outros valorizarão isso em transações posteriores.

A boa reputação da Berkshire Hathaway é o que atrai empresários quando estes estão à procura de um adquirente, resultando em várias oportunidades à companhia, como por exemplo, a aquisição de empresas por valores inferiores às apostas dos concorrentes.

Buffett já afirmou diversas vezes que valoriza muito uma boa reputação: “Perca dinheiro para a empresa e eu entenderei. Perca um pingo de reputação e eu serei implacável”.

Ele afirma, porém, que para alcançar isso não é necessária uma área de compliance gigantesca, até porque, “algumas das organizações com os maiores setores de compliance, como Wall Street, têm os maiores escândalos”. E completa: “Não é tão simples assim para você só criar um grande setor de compliance”. A solução seria, na opinião do investidor, selecionar pessoas de confiança para compor a equipe e mais, se basear em uma cultura de credibilidade para manter a boa reputação.


Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio


15 julho 2016

Novos padrões de ética para contadores e auditores

Accountants will soon get a new and expanded rule book that gives them step-by-step guidance on what to do if they uncover corporate misdeeds, from money laundering to environmental abuses.

The International Ethics Standards Board for Accountants plans to release new standards this week aimed at resolving potential conflicts of interest for internal and external accountants and auditors, who can feel bound by strict client confidentiality rules, even when they uncover wrongdoing.

More than six years in the making, the new standards come amid a spate of high-profile corporate missteps—from Volkswagen AG’s emissions-cheating scandal to allegedly inadequate money-laundering controls at financial firms like HSBC Holdings PLC andU.S. Bancorp.

“The standards clarify that professional accountants must be active and not turn a blind eye to noncompliance,” said Stavros Thomadakis, chairman of the IESBA, whose rules are used in over 100 jurisdictions. “It’s trying to bring about early, early detection, if you will, but also early action by management or authorities.”

“In times of crisis, there may be more of a temptation to not comply,” he added.

Some experts have doubts about the usefulness of the guidelines, at least in the U.S., where the Securities and Exchange Commission already takes accountants to task for failing to raise a red flag when they learn of regulatory infractions.

“If the SEC prosecutes, and it turns out the auditor knew, the SEC has the power to go after the accountant or auditor,” said Shivaram Rajgopal, a professor of accounting and auditing at Columbia Business School. “Maybe it might help in other countries” with less rigorous standards, he said.

Others wonder whether more ethics policies are necessary. “All of the professional accounting firms have codes of ethics,” said Cynthia Clark, director of the Harold Geneen Institute of Corporate Governance at Bentley University. For example, “if I violated the ethics code at KPMG, I would likely be fired,” she said.

Accountants need ethics codes given the conflicts inherent in the auditing process—which can pit their independence against their duty of confidentiality. But such codes aren’t the most important factor in resolving conflicts, said Hans Hoogervorst, chairman of the International Accounting Standards Board.

“I’ve always believed that a strong relationship between [a company’s] audit committee and the accountant, that should be the key to strengthening the independent role of the accountant,” he said.

Still, said Ms. Clark, “It’s hard to argue against more ethics guidelines.”

Even in the U.S., with its comparatively strict rules, problems abound. There were 71 class-action lawsuits related to allegations of improper accounting in 2015, the third straight year of increases, and up from the 10-year average of 67 filings, according to Cornerstone Research. The disclosed dollar losses totaled $34.8 billion last year, a 21% increase from 2014.

The increasingly complex interplay of compliance, transparency, and confidentiality makes more guidance helpful, said Anthony Poidomani, a professor of accounting at Northwestern University and finance chief for a logistics organization.

“You’re going to need to have a checklist, or a road map,” he said. “The ability to comply across the board and have your auditor comply is more difficult than it has been in the past 10 to 15 years.”

The new IESBA rules—about 20 pages— offer straightforward guidance on what an accountant who discovers or suspects wrongdoing should do. “Discuss the matter with the appropriate level of management and, where appropriate, those charged with governance,” the rules advise.




[...]

Fonte: WSJ

Bayer aumenta oferta pela Monsanto

Ao longo das últimas semanas, a Bayer se engajou em conversas privadas com a Monsanto. Após receber informações adicionais sobre o negócio, a Bayer elevou a oferta financeira aos acionistas da Monsanto de 122 para 125 dólares por ação. O anúncio foi feito verbalmente em 1º de julho e oficializado por uma proposta atualizada submetida à Monsanto em 9 de julho. Além disso, a Bayer atendeu os questionamentos da Monsanto em relação ao financiamento da transação e assuntos regulatórios, e está preparada para firmar compromissos com as autoridades regulatórias, se necessário, para concretizar a negociação.

A Bayer reafirmou que a sua oferta proporciona garantias para a transação e não estaria sujeita a uma condição de financiamento. Um acordo de empréstimo sindicalizado suficiente para financiar toda a transação está pronto e preparado para ser co-subscrito por cinco bancos (BofA Merrill Lynch, Credit Suisse, Goldman Sachs, HSBC e JP Morgan).

A Bayer permanece confiante em sua capacidade para obter todas as aprovações regulatórias necessárias em tempo hábil dada a complementariedade geográfica e do portfólio de produtos. Além de certos compromissos com as autoridades regulatórias, que devem ser exigidos, a Bayer oferece uma multa de 1,5 bilhão de dólares caso o negócio não seja aprovado, reafirmando a confiança em um desfecho bem sucedido.

"Estamos convencidos que esta transação é a melhor oportunidade disponível para proporcionar um valor altamente atraente, imediato e certo aos acionistas da Monsanto. A Bayer está totalmente empenhada em concretizar esta transação", disse Werner Baumann, CEO da Bayer AG.

A Bayer acredita que sua oferta está de acordo com o valor de mercado da Monsanto, e acredita na sinergia e nos benefícios que a aquisição propiciaria. A oferta revisada representa um prêmio de 40% sobre o preço de fechamento da ação da Monsanto em 09 de maio de 2016.

Os termos específicos de qualquer acordo de transação definitiva continuam sujeitos à aprovação final do Conselho da Bayer.

Fonte: Aqui