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07 abril 2016

Ilusão da objetividade

“Have you ever noticed when you’re driving,” the comedian George Carlin commented, “that anybody driving slower than you is an idiot, and anyone going faster than you is a maniac?”

True enough. But when you think for a moment about Carlin’s quip, how could it be otherwise? You’ve made a decision about the appropriate speed for the driving conditions, so by definition everybody else is driving at a speed that you regard as inappropriate.

If I am driving at 70 and pass a car doing 60, perhaps my view should be, “Hmm, the average opinion on this road is that the right speed is 65.” Almost nobody actually thinks like this, however. Why not?

Lee Ross, a psychologist at Stanford University and co-author of a new book, The Wisest One in the Room, describes the problem as “naive realism”. By this he means the seductive sense that we’re seeing the world as it truly is, without bias or error. This is such a powerful illusion that whenever we meet someone whose views conflict with our own, we instinctively believe we’ve met someone who is deluded, rather than realising that perhaps we’re the ones who could learn something.

The truth is that we all have biases that shape what we see. One early demonstration of this was a 1954 study of the way people perceived a college-football game between Dartmouth and Princeton. The researchers, Albert Hastorf and Hadley Cantril, showed a recording of the game to Dartmouth students and to Princeton students, and found that their perceptions of it varied so wildly that it is hard to believe they actually saw the same footage: the Princeton students, for example, counted twice as many fouls by Dartmouth as the Dartmouth students did.

[...]

We see what we want to see. We also tend to think the worst of the “idiots” and “maniacs” who think or act differently. One study by Emily Pronin and others asked people to fill in a survey about various political issues. The researchers then redistributed the surveys, so that each participant was shown the survey responses of someone else. Then the participants were asked to describe their own reasoning and speculate about the reasoning of the other person.

People tended to say that they were influenced by rational reasons such as “attention to fact”, and that people who agreed with them had similar motives. Those who disagreed were thought to be seeking “peer approval”, or acting out of “political correctness”. I pay attention to facts but you’re a slave to the approval of your peers. I weigh up the pros and cons but you’re in the pocket of the lobbyists.

Even when we take a tolerant view of those who disagree with us, our empathy only goes so far. For example, we might allow that someone takes a different view because of their cultural upbringing — but we would tend to feel that they might learn the error of their ways, rather than that we will learn the error of ours.

Pity the BBC’s attempts to deliver objective and neutral coverage of a politicised issue such as the British referendum on leaving the EU. Eurosceptics will perceive a pro-Brussels slant, Europhiles will see the opposite. Both sides will assume corruption, knavery or stupidity is at play. That is always possible, of course, but it is also possible that passionate advocates simply don’t recognise objectivity when they see it.

t is hard to combat naive realism because the illusion that we see the world objectively is such a powerful one. At least I’ve not had to worry about it too much myself. Fortunately, my own perspective is based on a careful analysis of the facts, and my political views reflect a cool assessment of reality rather than self-interest, groupthink or cultural bias. Of course, there are people to the left of my position. They’re idiots. And the people on my right? Maniacs.

Fonte: Tim Harford- Written for and first published at ft.com.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

06 abril 2016

Créditos suplementares e operações de crédito


Em seu relatório, Jovair Arantes verificou "haver indícios mínimos de que a presidente Dilma praticou atos enquadrados nos seguintes crimes de responsabilidade: Abertura de créditos suplementares por decreto sem autorização do Congresso e contratação ilegal de operações de crédito.

 Fonte: Aqui

Inversão corporativa e Pfizer

Em uma inversão corporativa, uma filial forma uma nova subsidiária em um país com tributação mais atrativa. Em seguida a filial é transferida para o país com a melhor legislação tributária.

O presidente Barack Obama condenou esse tipo de transação, comentando ainda que as empresas que participam de “inversões” têm o benefício de serem consideradas estadunidenses sem realmente serem (como o Burger King, cuja sede é, atualmente, no Canadá).

Foi publicado pela BBC que o Tesouro norte-americano avisou há alguns dias que seria mais rigoroso em relação às normas de “inversão”. Em consequência, a maior negociação na indústria farmacêutica deixou de acontecer.

A Pfizer tinha a intenção de adquirir a irlandesa Allergan e mudar sua sede para Dublin, onde os tributos são mais amenos. O negócio foi avaliado em US 160 bilhões e seria o maior exemplo de uma “inversão”, caso tivesse acontecido. A Pfizer alegou que pagará à Allergan US 150 milhões de reembolso por despesas relacionadas à transação.

Rir é o melhor remédio 2

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

05 abril 2016

Caixa

Conforme Leandra Peres e Ribamar Oliveira, no Valor

A programação orçamentária e financeira feita pela área econômica só garante recursos para as despesas do governo federal até o fim deste mês, início do próximo, de acordo com fonte do governo.


O problema de caixa no governo federal já existia nos anos anteriores e está mais grave nos últimos meses. Também nos últimos meses ocorreu um descolamento entre o orçamento e o financeiro. No passado, ter orçamento significava ter financeiro. Hoje uma unidade do governo precisa conquistar o orçamento e depois o financeiro.

Rir é o melhor remédio

Mentira

04 abril 2016

Primeira vítma do Panamá Papers

Informa o El País

Chile tiene el primer caído luego de la filtración de los papeles de Panamá y, paradójicamente, se trata del presidente de Chile Transparente, el capítulo chileno de Transparencia Internacional. El abogado Gonzalo Delaveau Swett presentó esta tarde su renuncia luego de que el Centro de Investigación Periodística (CIPER), del Consorcio Internacional de Periodistas de Investigación (ICIJ), revelara este lunes que el profesional se desempeñó como intermediarios entre los propietarios reales de las sociedades y el bufete panameño Mossack Fonseca. “Ha gestionado a través de Mossack Fonseca la administración de una serie de sociedades offshore con domicilio en Bahamas, desde las que se controla un millonario proyecto minero e hidroeléctrico en la V Región”, publicó el medio de comunicación

Corrupção

Sobre as recentes notícias de corrupção, o The Conversation resume:


Em termos econômicos, corrupção é simplesmente outro imposto do governo.

Talvez não seja exatamente isto, mas o texto faz a comparação para dizer que o dinheiro da corrupção tem que sair do resultado da empresa, assim como o imposto. A diferença é que o governo retorna, parcialmente, o valor cobrado para a sociedade. Mas ambos desencorajam os negócios e reduzem o incentivo para produção.

Além disto, a existência de corrupção (1) reduz a crença das pessoas no governo; e (2) é mais desconhecida e variável que os impostos. Existe uma relação entre aumento na corrupção e redução no crescimento econômico, maior nível de pobreza e desigualdade.

Links

Petrobras é a empresa mais controversa

Apple está patenteando gestos

O contador diante das regras fiscais

Assistir vídeos de gatos no trabalho melhora a produtividade

Descoberta bactéria que come PET

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

03 abril 2016

Panama Papers

A divulgação do Panama Papers já está incomodando muita gente. Parece que na relação dos envolvidos estão Messi e Platini, Putin, presidente da Rússia, Joaquim Barbosa, presidente da Argentina Macri e diversas pessoas já acusadas na lava-jato ou em vias de.

É importante notar que a operação revelada pelos jornais este final de semana não são necessariamente ilegais.

Qual a relação com a contabilidade? Com a palavra o El País:

El Grupo Mossack Fonseca, una firma mundial con sede en Panamá y oficinas en 27 países en los cinco continentes, es una de las más importantes empresas proveedoras de servicios contables, fiduciarios y legales, con un abanico de ofertas que contemplan desde trabajos en propiedad intelectual, asuntos migratorios o leyes de telecomunicaciones, hasta registros médicos, de cosméticos, yates y alimentos para animales, pasando por prevención de fraude y lavado de dinero.

Resenha da Resenha

Lendo um monte de e-mails acumulados encontrei um texto escrito por Juliana Cunha sobre a resenha de Bartleby o Escrevente:

Tenho lido muitas vezes a história de Bartleby, um escrivão de Wall Street que, ao ouvir pedidos do patrão, responde com franqueza que “preferiria não fazer”. Imagina que incrível: seu chefe te pede para preparar um relatório e você simplesmente diz: “Prefiro não fazer”. Quem algum dia preferiu fazer?

Wall Street é um lugar estranho porque é, ao mesmo tempo, uma rua cheia de pessoas obcecadas pelo trabalho e um símbolo do capitalismo financeiro, sistema que permitiu que a geração de dinheiro fosse desconectada do trabalho. Ou seja, que dinheiro gerasse dinheiro, sem necessariamente passar por toda aquela burocracia de produzir bens, vendê-los e só então obter lucro.
Bartleby trabalha nessa rua de lógica torta: a rua que possibilitou que tantos ricos preferissem não mais fazer coisas, não mais lidar com funcionários, não mais produzir.

Seu próprio patrão, um advogado velhinho, acha que a forma mais fácil de levar a vida é sempre a melhor, mas fica transtornado quando um simples funcionário resolve levar seu conselho ao pé da letra.
No começo do conto — esqueci de avisar que estamos falando de um conto de Melville, autor de “Moby-Dick” —, Bartleby até que trabalha. Logo depois de ser contratado, parece ávido por copiar documentos, mas copia mecanicamente, sem alegria, o que aborrece o chefe.

Não lembro em que livro Bukowski conclui que, para o patrão, o fato de você entregar um trabalho bem feito nunca é suficiente. É preciso amar o trabalho, fazer declarações públicas de amor a ele.

Bartleby é pura passividade paciente. Fica parado, contemplativo, quase zen. Só se alimenta de pães de mel. Não trabalha nem se dá o trabalho de fingir. O chefe ficaria aliviado caso ele se recusasse a trabalhar, mas ele não se recusa, apenas apresenta um empecilho incontornável: ele preferiria não trabalhar. Como obrigar uma pessoa a preferir algo?


No original em inglês, a frase usada soa esquistia. Barlteby diz “I would preferer not to”, enquanto a construção maiscomum seria “I would rather not”.

Deleuze fez um texto sobre esse conto em que diz o seguinte:

“A fórmula I PREFER NOT TO exclui qualquer alternativa e engole o que pretende conservar assim como descarta qualquer outra coisa; implica que Bartleby para de copiar, isto é, de reproduzir palavras; cava uma zona de indeterminação que faz com que as palavras já não se distinguam, produz o vazio na linguagem. Mas também desarticula os atos de fala segundo os quais um patrão pode comandar, um amigo benevolente fazer perguntas, um homem de fé prometer. Se Bartleby recusasse, poderia ainda ser reconhecido como um rebelde ou revoltado, e a esse título desempenharia um papel social. Mas a fórmula desasticula todo ato de fala, ao mesmo tempo que faz de Bartleby um puro excluído, ao qual já nenhuma situação social pode ser atribuída”.

Traduzindo para linguagem de dia de semana, a força de Bartleby está em não recusar nem aceitar, em dar uma resposta esquisita que coloca os outros numa posição igualmente esquisita.

O advogado do conto chega a dizer que “nada irrita mais uma pessoa honesta do que a resistência passiva”. Por conta dessa resistência passiva e irritante, alguns críticos chegam a compará-lo a Gandhi e eu chego a considerá-lo um herói da classe trabalhadora.


Duas observações: (1) Peço desculpas para Juliana, pois só agora notei o texto; (2) o comentário dela é tão interessante que merece uma postagem.

Panama Papers: ocultação de patrimônio em paraísos fiscais



Fonte: aqui

Pesquisa 1

A doutoranda Ivone Vieira Pereira solicita a contribuição dos leitores para uma pesquisa sobre Teoria do Prospecto. Aqueles que puderem responder clique aqui

Pesquisa 2

Uma aluna de graduação da UEPB solicita contribuição dos leitores para responder questionário sobre Six Sigma. Para acessar o questionário clique aqui

Rir é o melhor remédio


02 abril 2016

Fábrica de Corrupção



Uma reportagem do The Huffington Post e Fairfax Media  desvenda os meandros de uma empresa que o texto denominou de “fábrica da corrupção”. A empresa atua no setor de petróleo, mas a investigação mostrou que tradicionais empresas ocidentais, como Rolls-Royce, Halliburton, Samsung e Hyundai. E não é a Petrobras.

Trata-se a Unaoil, com sede em Mônaco. É bem verdade que afirmar que se trata do maior escândalo de corrupção do mundo é um exagero. Mas a corrupção da Unaoil atingiu o Iraque, o Irã, a Líbia, a Síria, o Iêmen, o Kuwait e a os Emirados Árabes.

Além disto, a imprensa tem tratado o escândalo de forma tendenciosa, conforme pode ser visto aqui

Fato da Semana


Fato: Desempenho das Estatais

Data: Durante a Semana

Fonte: Diversos

Precedentes:
28-mar-16 = O lucro do BNDES é de 4,5 bilhões devido ao resultado da Petrobras.31/mar/16 = Eletrobras divulga prejuízo de 14 bilhões.
31/mar/16 = Segundo a Exame, o lucro das empresas brasileiras caiu mais de 80%. As estatais ajudaram muito neste desempenho.
01/abr/16 = O Estado de S Paulo revela que o empréstimo chinês na Petrobras está atrelado a compra de equipamentos daquele país. Esta informação não consta das demonstrações da empresa.
01/abr/16 = O resultado somado de cinco estatais atinge a 60 bilhões de reais de prejuízo

Notícia boa para contabilidade? Novamente, a contabilidade deve refletir a realidade da entidade. Os resultados divulgados são reflexos da má gestão, da recessão na economia e da falta de controle. Quando se considera que parte do desempenho é resultante de problemas de governança e controle, a notícia é ruim para a contabilidade. Infelizmente ela não está desempenhando seu papel.

Desdobramentos - Nos anos anteriores, a distribuição de dividendos ajudou o governo a manter o superavit. Agora a situação indica que as estatais não irão gerar dividendos para União como podem chamar seu controlador para salvar as empresas da derrocada. Problemas no médio prazo.

Mas a semana só teve isto? - A possibilidade de criação de uma associação internacional dos CPAs poderia ser a notícia da semana.