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26 junho 2014

Rir é o melhor remédio


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Curso de Contabilidade Básica: Balanços de bancos

Quando um estudante avança nos estudos da contabilidade poderá perceber que geralmente os livros evitam falar dos bancos. Parece um assunto “proibido”. Na realidade existe uma razão para este “esquecimento”: as demonstrações contábeis destas entidades subvertem a lógica contábil tradicional. Vamos explicar através do balanço de final do ano do Banco do Estado de Sergipe (Banese). Para começar, veja o ativo do Banese:


O valor do imobilizado é uma parcela muito reduzida do ativo (2% ou 81 milhões por 3,5 bilhões). A maioria do ativo é composta por “empréstimos e recebíveis”, com 42% do total (51% no final de 2012). Enquanto numa empresa normal, o empréstimo é parte do seu passivo, para o banco esta conta é tradicionalmente uma conta com saldo devedor (do ativo). Quando paramos para analisar com cuidado isto realmente faz sentido para o banco: afinal, quando o Banese empresta dinheiro para alguém saiu dinheiro do seu caixa (crédito) e foi para um contrato de empréstimo com terceiro (débito).

Podemos também analisar da seguinte forma: simplificadamente, ativo é tudo aquilo que permite a empresa ficar mais rica. Quando um banco empresta dinheiro para alguém, sua pretensão é ficar mais rico, recebendo os juros e principal da operação. Então o empréstimo, para o banco, é um ativo.

Vamos agora olhar o outro lado do balanço.

É possível perceber que o valor do patrimônio líquido do banco é relativamente reduzido em relação ao total do passivo e patrimônio líquido: 8% no final de 2013. Assim, o “endividamento” do banco é elevado. Isto decorre da capacidade que um banco possui de criar moeda com os empréstimos. (Isto geralmente é estudado na aula de introdução à economia).

Observe que destacamos os depósitos, que fazem parte do passivo do Banese. Numa empresa, um depósito bancário é um ativo; mas para um banco é um passivo. Quando o banco recebe um depósito, aumenta seu caixa (debita-se caixa) e passa a ter uma obrigação (credita-se passivo) de devolver o dinheiro quando o correntista for sacar o dinheiro. Assim, o depósito bancário é passivo para o Banese.

Esta inversão – empréstimo como ativo e depósito bancário como passivo – causa estranheza. Para quem está aprendendo contabilidade, os professores preferem concentrar nas regras gerais, não nas exceções. Voltaremos a falar sobre o assunto.

Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)

SEC adotando IFRS?

Segundo o sítio Cherry Becker, a Securities and Exchange Commission (SEC), entidade que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos, considera que as normas internacionais de contabilidade ainda são uma prioridade. A afirmação feita por Mary Jo White, principal autoridade da SEC, foi realizada em Nova Iorque. Isto é, até certo ponto surpreendente, já que anteriormente a SEC tinha publicado um documento, denominado Final Staff Report: Work Plan for the Consideration of Incorporating International Financial Reporting Standards into the Financial Reporting System for U.S. Issuers onde apresentava críticas a entidade responsável pela emissão destas normas, o Iasb.

O documento representou um retrocesso na possibilidade da maior convergência das normas de contabilidade. Acrescente a isto, a incapacidade que Fasb e Iasb demonstram em concluir os trabalhos conjuntos, como é o caso de leasing (vide postagem de hoje sobre o assunto)

... mas dirigente do Iasb está descrente

O vice-presidente do Iasb, Ian Mackintosh, mostrou descrença com a convergência do Fasb às normas internacionais. Mackintosh afirmou no início desta semana que o Fasb não está preocupado com a convergência e está adotando uma abordagem que aceita a diferenças contábeis entre os países. Ele afirmou que os líderes do Fasb voltaram no tempo, antes do início da busca pela convergência (Acordo de Norwalk).

Mackintosh não aceita o argumento que diferenças culturais justifiquem as divergências contábeis. E cita o caso de países distintos, como Brasil e Coréia, que adotam as IFRS.

É bom lembrar que Mackintosh é o "especialista" contábil na direção do Iasb. Hans Hoogervorst, o presidente do Iasb, tem muito mais um papel "político", conforme ele mesmo admitiu quando foi indicado para o cargo. (Ele é formado em história)

Veja mais aqui

Leasing somente em 2015

O presidente do Financial Accounting Standards Board (FASB) deu a entender que a norma sobre arrendamento, em produção conjunta com o International Accounting Standards Board (IASB) não deverá ser emitida este ano. Isto significa dizer que a norma deverá levar dez ou mais anos para ser concluída.

Pela proposta conjunta, haveria dois tipos de formas de reconhecimento. Mas as críticas foram intensas e as entidades reguladoras decidiram mudar um pouco a proposta. Tanto que o Iasb deverá adotar somente um modelo, enquanto o Fasb está tendente a dois. Isto significa dizer que ainda não será desta vez que haverá uma convergência nesta área.

O próprio presidente do Iasb já tinha manifestado resignação com a impossibilidade de concluir a tarefa este ano.

Debêntures Smiles

A Agência Estado informou:

O conselho de administração da Smiles aprovou nesta quarta-feira, 25, a primeira emissão de debêntures não conversíveis em ações da companhia, no valor total de R$ 600 milhões. A emissão será em série única, de até 60 mil debêntures, com o valor unitário de R$ 10 mil.

Os recursos serão destinados exclusivamente ao pagamento, aos seus acionistas, proporcionalmente às suas respectivas participações no capital social da emissora, do valor da redução de capital da companhia, conforme deliberada em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 30 de abril.

Gana traz 3 milhões para o Brasil

O governo de Gana está mandando 3 milhões de dólares para o Brasil, informou CNBC.com (via aqui). O governo quer evitar que os jogadores boicotem o jogo contra Portugal. Os jogadores querem "dinheiro", enquanto o governo gostaria de pagar através de uma transferência bancária, mas muitos jogadores não possuem conta bancária em Gana. Obviamente também existe a preocupação do governo não cumprir a promessa.

Recentemente alguns dirigentes de Gana foram filmados afirmando que poderiam arranjar qualquer resultado. O vídeo foi divulgado pelo The Telegraph.

Reconhecimento da Receita

Ken Tysiac, ao analisar o novo padrão Fasb/Iasb para o reconhecimento de receita, chama a atenção para a necessidade das empresas começarem a se preparar desde agora. A norma entrar em vigor após 1o. janeiro de 2017 - ou daqui a dois anos e meio - para quem adota as IFRS, mas existe o período de transição. Ou seja, a "comparabilidade". Para isto, em certos casos, as empresas deverão começar a obter as informações nos próximos meses.

No caso do Brasil, as empresas deverão esperar um pronunciamento do CPC.

Listas: Seleções mais valiosas

As seleções mais valiosas:

25 junho 2014

Rir é o melhor remédio

Rapidinhas:

Existem três tipos de contadores: aqueles que sabem contar e aqueles que não sabem contar
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O que você dá para uma pessoa que tem tudo? Uma investigação fiscal.

Curso de Contabilidade Básica: Valores Acumulados

Os valores que constam da demonstração do resultado e da demonstração dos fluxos de caixa se referem a um período de tempo: um mês, um trimestre, um semestre, um ano etc. Já os valores do balanço patrimonial dizem respeito a uma data específica. Por esta característica, os valores da DR e da DFC podem ser somados para compor um período de tempo maior: se somo a receita de janeiro e fevereiro de um ano eu tenho a receita do primeiro bimestre, por exemplo. Mas não posso fazer o mesmo com os valores do balanço. Esta característica da DR e da DFC permite que a análise possa ser realizada no curto prazo (mês), médio prazo (um ano, por exemplo) ou longo prazo (cinco anos). Assim, é possível ter a receita mensal, anual ou quinquenal de uma empresa pela soma da receita de cada um dos subperíodos.

Quando o usuário utiliza as demonstrações contábeis, esta característica da DR e da DFC pode ser considerada na análise. Eis um gráfico dos três grandes grupos da DFC da empresa BR Pharma. Esta empresa possui uma rede de drogarias (Rosário, Guararapes, Farmais, Mais Econômica, Big Bem, Santana etc) e seu desempenho não parece muito animador:


Na maioria dos trimestres o fluxo das operações (linha azul) teve saldo negativo, especialmente no último, quando o valor foi de menos 271 milhões de reais. Já o fluxo de investimento (linha vermelha) foi todo negativo no período. Se a empresa não está gerando caixa das operações nem dos investimentos, será no financiamento que os recursos devem surgir. Com efeito, olhando o gráfico é possível perceber que o fluxo de financiamento foi positivo na maioria dos trimestres.

Mas os valores trimestrais podem ser enganosos já que em alguns momentos os fluxos sofreram grandes variações. Para reduzir o efeito disto, consideramos o fluxo acumulado ao longo do tempo.

É possível perceber que tanto os fluxos de financiamento quanto de investimento apresentaram uma tendência crescente ao longo do tempo. Particularmente no início de 2012, quando a empresa fez duas grandes aquisições (Santana e Big Ben). E o primeiro trimestre de 2014, quando a empresa teve um prejuízo consolidado de 185 milhões em razão do aumento nos custos e despesas operacionais.