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04 novembro 2013

Rir é o melhor remédio

Como as pessoas se sentem quando estão bêbadas? Do lado direito, o sentimento do bêbado; do esquerdo, a realidade. 



História da Contabilidade: O Inicio da Padronização

Na semana passada mostramos como a padronização com empresas de outros países começou a ser discutida no Brasil na década de cinquenta. Os anos 1950s também foram marcados pela tentativa de padronizar diversos setores da economia. Nestes anos, setores como partidos políticos, futebol, hotéis, entre outros.

Conforme mostrado em Niyama e Silva (2013) existem três formas de fazer a regulação contábil: livre mercado, iniciativa privada e setor público. A padronização da contabilidade brasileira era basicamente originária do livre mercado durante o século XIX. Naquele momento, a existência de poucas obras didáticas facilitava o tratamento contábil mais uniforme. O aumento na quantidade de livros de contabilidade, a mudança de influência econômica, a presença de imigrantes com conhecimento contábil, a entrada das empresas de auditoria e a expansão da economia, com a consequente complexidade, foram fatores que aumentaram a diferença na contabilidade das entidades.

A década de cinquenta do século XX apresentou uma tendência à padronização, originária do setor público. Entretanto, antes disto já era possível perceber um avanço neste sentido. Em 1935 Carneiro de Rezende apresenta um projeto no legislativo federal para padronizar a contabilidade das empresas de transportes (1). Nesta mesma época existia um esforço no sentido de padronizar a contabilidade pública (2). Ou dos depositários judiciais (3).

Outro aspecto interessante é que a padronização da contabilidade começou a ser discutida em congressos específicos de diversos setores. Isto ocorreu com hotéis (V Congresso Nacional Hoteleiro, 1952) (4), com empresas de propaganda (I Congresso de Propaganda, 1957) (5), as ferrovias (Primeiro Congresso Pan-americano de Engenharia, 1949) (6) e (7) e as cooperativas (Segundo Congresso Brasileiro de Cooperativismo Ervateiro, 1957) (8).

Em alguns casos, a padronização foi motivada por autoridades governamentais. Este foi o caso que ocorreu em 1947, onde o delegado regional do trabalho de Alagoas designou uma comissão para estudar a padronização dos sindicatos de classe (9). Outro exemplo ocorreu no município do Rio de Janeiro, que estabeleceu, em 1958, um código de contabilidade para empresas de ônibus e lotações através do decreto municipal 13.884 (10). Um ano antes o Conselho Nacional de Petróleo constituiu um grupo de trabalho em 1957, composto por três engenheiros, três economistas e um contador, para elaborar a contabilização do custo industrial dos derivados de petróleo produzidos no Brasil. A designação indicou que a base do estudo seria o Outline of Petroleum Industry Accounting, do American Petroleum Institute (11).

Entre os diversos casos existentes naquele período, destacamos os partidos políticos, as usinas de açúcar e as companhias aéreas.

Partidos Políticos
O Tribunal Superior Eleitoral passou a atuar para que os diferentes partidos políticos tivessem uma contabilidade organizada. Em outubro de 1950 o TSE apresentou instruções sobre a contabilidade dos partidos políticos (12). Em 1951 o TSE determinou que os partidos usassem dois livros: Caixa e Registro de Contribuições e Auxílio (13). Isto mostra que o regime de competência não era usado por estas entidades. Em 1953 uma estranha indicação foi aprovada:

Ficam os partidos, legalmente registrados, obrigados a informa ao T.S.E., no prazo máximo de 20 dias, se possuem outros livros de contabilidade além dos de “contribuições e auxílios” e “caixa”. Em caso afirmativo, o partido terá de informar ainda qual o estado atual de sua escrituração, devendo também apresentar sugestões no tocante a finanças e contabilidade partidária, bem como quanto a despesas com pleitos eleitorais e candidatos (14)


Usinas de Açúcar
A regulamentação do setor estava sob a supervisão do IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool). O problema contábil já tinha sido detectado há anos. Em 1949 uma comissão, comandada pelo General Anápio Gomes, examinou o preço do açúcar cristal e considerou que o problema devia-se a contabilidade das usinas. A comissão sugeriu a padronização da contabilidade das usinas (15). E que “enquanto a referida contabilidade não estiver em ordem e em dia, de acordo com a orientação do I.A.A., nenhuma modificação de preço do açúcar seja levada em consideração (...)” (16). Esta recomendação não era nova. Em 1946, uma mesma comissão que estudou o mesmo problema já tinha recomendado a padronização e nenhuma providência foi considerada (17).

Em 1952 o presidente da República aprovou a padronização das usinas de açúcar, através da Comissão de Padronização da Contabilidade das Usinas do País, que incluía instruções sobre contabilidade industrial (18).

Companhias Aéreas
O setor aéreo brasileiro na época estava sob a supervisão do então Ministro da Aeronáutica. Em 1951 uma comissão presidida pelo engenheiro Alberto de Melo Flores (19) entrega um relatório em novembro com a padronização para empresas de transporte aéreo. Esta comissão foi criada pela Portaria 153, de 4 de agosto de 1949. Isto significa dizer que a comissão levou mais de dois anos para fazer a padronização (20).

A portaria 398, de 14 de novembro de 1951, aprovou o Plano de Padronização da Contabilidade das Empresas de Transporte Aéreo. Durante o primeiro semestre de 1952 o Plano foi adotado em caráter experimental, para aperfeiçoamentos. A Portaria 398 já incorpora estas mudanças (21).

As empresas aéreas eram obrigadas a entregar anualmente o balanço e a demonstração de lucros e perdas. Além disto, trimestralmente a Diretoria da Aeronáutica Civil receberia as despesas por centros de custos, os resultados por linhas e categoria de serviço e por tipo de avião e os custos médios por tipo de avião (22).

Referências
(1) Jornal do Brasil, 18 de setembro de 1935, ed. 223, p. 8.
(2) Vide por exemplo Jornal do Brasil, 10 de outubro de 1939, ed. 240, p. 5. Isto inclui a padronização da contabilidade dos municípios fluminenses (do então estado do Rio de Janeiro) conforme Correio da Manhã, 15 de janeiro de 1938, ed. 13246, p. 4. Vide também Correio Paulistano, 16 de agosto de 1938, ed. 2587, p. 8, sobre tema discutido no Congresso Paulista de Contabilidade.
(3) A Noite, 12 de julho de 1939, ed 9849, p. 18.
(4) Estado de S Paulo, 19 de agosto de 1952, ed 23702, p. 1.
(5) Diário de Notícias, 31 de outubro de 1957, ed 10729, p. 15.
(6) Correio da Manhã, 23 de julho de 1949, ed 17285, p. 3. Vide também Diário de Notícias, 23 de julho de 1949, ed. 8205, p. 2.
(7) Estado de S Paulo, 23 de julho de 1958, ed 25528, p 13.
(8) Diário do Paraná, 16 de julho de 1957, ed 694, p. 10. Sobre isto, veja BELDA FILHO, João. Subsidio á padronização legal da contabilidade nas cooperativas. Estado de S Paulo, 8 de novembro de 1942, ed 22446. A segunda parte do artigo foi publicado na edição 22528, de 14 de fevereiro de 1943.
(9) Diário de Notícias, 23 de novembro de 1947, p. 5.
(10) Diário de Notícias, 25 de maio de 1958, ed 10897, p. 9. Vide também Correio da Manhã, 6 de maio de 1958, ed 19970, p. 3.
(11) Diário de Notícias, 4 de outubro de 1957, ed 10706, p. 8.
(12) Estado de S Paulo, 26 de junho de 1950, ed. 23348, p. 3.
(13) Estado de S Paulo, 24 fev de 1951, ed. 23246, p.3.
(14) Estado de São Paulo, 21 de julho de 1953, ed. 23985, p. 3. Ou seja, o TSE gostaria de saber se algum partido tinha uma contabilidade mais avançada do que aquela exigida na lei.
(15) Correio da Manhã, 21 de julho de 1949, ed 17283, p. 18.
(16) Correio da Manhã, 4 de agosto de 1949, ed 17295, p. 2. Vide também A Manhã, 4 de agosto de 1949, ed 2450, p. 13.
(17) Correio da Manhã, 5 de agosto de 1949, ed 17296, p. 14.
(18) Estado de S Paulo, 10 de abril de 1952, ed. 23592, p. 1.
(19) Estado de S Paulo, 1 de novembro de 1951, ed. 23458, p. 1. Vide Diário de Notícias, 1 novembro de 1951, ed 8902, p 7, com os nomes dos demais integrantes da comissão.
(20) Estado de S Paulo, 16 de dezembro de 1952, ed. 23804, p. 7.
(21) Estado de S Paulo, 16 de dezembro de 1952, ed. 23804, p. 7.
(22) Estado de S Paulo, 16 de dezembro de 1952, ed. 23804, p. 7.

As pessoas mais poderosas do Mundo

1) Vladimir Putin - Presidente - Russia
2) Barack Obama - Presidente - EUA
3) Xi Jinping - Secretário Geral - China
4) Papa Francisco - Papa - Vaticano
5) Angela Merkel - Chanceler - Alemanha
6) Bill Gates - Empresário - EUA
7) Ben Bernanke - FED - EUA
8) Abdullah bin Abdul Aziz Al Saud - Rei - Arábia Saudita
9) Mario Draghi - Presidente do Banco Central da Europa
10) Michael Duke - CEO Wal-Mart
11) David Cameron - Primeiro Ministro - Reino Unido
12) Carlos Slim Helu & família - Empresário - México
13) Warren Buffett - CEO - EUA
14) Li Keqiang - Premier - China
15) Jeff Bezos - CEO Amazon.com
16) Rex Tillerson - CEO Exxon Mobil
17) Sergey Brin & Larry Page - Google
18) Francois Hollande - Presidente - França
19) Timothy Cook - CEO Apple
20) Dilma Rousseff - Presidente - Brazil

Fonte: Forbes

Contra a Previsão

Dillow, em Against Forecasts, afirma que não existe nenhuma profissão respeitável que possui sua reputação na previsão. Dillow completa: qual a razão dos economistas buscarem os poderes de clarividência?
Esta questão talvez possa ser considerada também para a contabilidade. Cada vez mais, a contabilidade moderna depende da previsão para entregar informação para o usuário: basta ver a questão do teste de recuperabilidade, onde o contador faz projeções do fluxo de caixa, para confrontar com o valor contábil e o valor de mercado.

Mas a previsão não deveria ser a função do usuário? Usando o raciocínio de Dillow, existem três argumentos contrários à tentativa de trazer a previsão para a contabilidade. Em primeiro lugar, a realidade é muito complexa e muitas vezes difícil de prever. Optar por considerar este aspecto na informação contábil pode ser muito irreal. Em segundo lugar, muitas previsão são impossíveis de serem realizadas corretamente. No caso da contabilidade, muitos ativos não possuem informação suficiente para fazer uma previsão adequada. Neste caso, a previsão aproxima-se muito do chute. Em terceiro lugar, como as pessoas reagem a incentivos, o uso de previsão tende a estar associada aos incentivos recebidos pelos preparadores da informação. Se elas recebem bônus por desempenho, dificilmente optariam por fazer uma baixa contábil que afete o dinheiro que irá receber.

As Finanças da Pirataria

Um texto muito interessante mostra os aspectos financeiros da atividade de pirataria, que ocorre no Chifre da África (região da Somália). O assunto desperta interesse em razão do novo filme de Tom Hanks, que narra a história de um navio capturado pelos somalis (Captain Phillips).
A atividade rendeu entre 339 milhões de dólares a 413 milhões, entre 2005 a 2012 (gráfico). Um valor médio de 2,7 milhões de dólares por sequestro. Os piratas recebem entre 30 mil a 75 mil dólares, além de bônus, menos o consumo de Qat, um narcótico mastigável, alimentos e multas por mau comportamento. Além disto, recebem pagamentos os cozinheiros, advogados, milícias de portos e até rebeldes islâmicos.

O custo da expedição é relativamente reduzido. Uma expedição maior pode custar 30 mil dólares e pode ter "investidores". Além disto, existe um setor financeiro capaz de levar o dinheiro do resgate para o exterior.

Photoshop

Fonte: Aqui

Kevin Breel: Confissões de um humorista depressivo

Kevin Breel não parecia ser uma criança depressiva: capitão do time, em todas as festas, engraçado e seguro de si. Mas ele conta a história da noite em que percebeu que -- para salvar sua própria vida -- ele precisava dizer três palavras bem simples.

03 novembro 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Confisco

A Venezuela assumiu o controle de duas plataformas de petróleo pertencentes a uma unidade da norte-americana Superior Energy Services depois de a companhia fechá-las porque a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) está meses atrasada em seus pagamentos.

A estatal justificou a expropriação dos equipamentos dizendo que eles são essenciais para o desenvolvimento e o bem-estar social do país sul-americano, de acordo com a ordem judicial vista pela Associated Press. Funcionários da companhia foram instruídos a deixar as plataformas e entrar em caminhões para serem levados a "poços importantes" em outras regiões, de acordo com o documento.

(...) As empresas de petróleo estão receosas em trabalhar com a PDVSA, que vem acumulando grandes dívidas com prestadores de serviços dos quais depende para desenvolver as maiores reservas provadas de petróleo do mundo. A Superior é uma empresa de serviços de petróleo com mais de 14 mil funcionários em todo o mundo e US$ 4,5 bilhões em receita anual.
Fonte: Associated Press.

Até cafezinho

Na lista de credores da OGX que acumula dívidas de R$ 11,3 bilhões, constam até os fornecedores de cafezinho, que têm para receber cerca de R$ 10 mil. O calote atingiu também serviços de refrigeração, no valor de R$ 11 mil, empresas de aluguel de automóveis (R$ 6 mil), cooperativas de táxis (R$ 9 mil) e material de papelaria (R$ 4 mil). As contas de telefone celular e serviços de telecomunicações acumulam valores de R$ 85 mil não honrados por Eike Batista.

No rastro de inadimplência da OGX, amargam prejuízos fundos de investimentos, bancos, órgãos públicos e até fornecedores de materiais e serviços - de refrigeração à papelaria.

No relatório encaminhado à Justiça em que elenca todos os credores, a OGX informa ainda que as dívidas com a Petrobrás somam R$ 37 milhões e já têm prazo de pagamento vencido. Com a subsidiária Petrobrás Distribuidora, as dívidas passam de R$ 3 milhões e ainda não estão vencidas. Juntas, as empresas detêm 0,21% das dívidas da petrolífera do grupo X. Procurada, a Petrobrás não comentou os valores.

Outros órgãos estatais também figuram na lista. A Caixa Econômica Federal é credora de cerca de R$ 121 mil, e o Ministério dos Transportes, R$ 100 mil. Também constam como credores o Ministério da Fazenda, o Tribunal de Justiça e a prefeitura do Rio.
No total das dívidas da empresa de Eike, pouco mais de R$ 740 milhões são de títulos vencidos. Entre os principais credores, estão fundos de investimentos com mais de R$ 8 bilhões. O grupo francês Schlumberger, da área de petróleo, acumula mais de R$ 150 milhões em títulos. O relatório também expõe a dívida entre as empresas irmãs do grupo X.

A OSX reclama o pagamento de R$ 1,6 bilhão por contratos de locação de equipamentos, como plataformas de exploração. A OGX, entretanto, reconhece dívidas de apenas R$ 770 milhões.

A petroleira de também deixou de pagar serviços básicos da empresa, como o aluguel da sede do grupo EBX. A administradora do Edifício Serrador, no Centro do Rio, cobra uma dívida de mais de R$ 757 mil referentes ao aluguel do espaço. Em função das dívidas, as empresas do grupo começaram a deixar o prédio no início de outubro.

Assembleia. Esvaziada, a assembleia extraordinária de acionistas da OGX, elegeu ontem três membros independentes para o Conselho de Administração. Apenas dois acionistas minoritários foram à assembleia, no auditório do Grupo EBX. A reunião de ontem teve poucos minutos e começou pontualmente ao meio-dia. O presidente da OGX, Paulo Narcélio Simões Amaral, não foi. Eike Batista também mandou um representante.


OGX deve até para fornecedor do cafezinho
Por Mariana Durão, Antonio Pita , Mônica Ciarelli, com colaboração de Vinicius Neder

OGX

Ainda sobre a empresa, mais revelações:

Em julho de 2012, a principal sala de reuniões da OGX, no 19º andar do edifício Serrador, no Rio, foi palco de uma discussão acalorada. Gerentes das áreas de exploração, reservatório e produção não chegavam a um consenso sobre um dado crucial para uma empresa de petróleo: o tamanho de suas reservas. A briga foi provocada por um levantamento feito a pedido de Luiz Carneiro, presidente da OGX. Ele acabava de substituir Paulo Mendonça em um momento delicado para a empresa, que tinha divulgado que os primeiros poços do campo de Tubarão Azul estavam produzindo 5.000 barris/dia, abaixo dos até 20 mil anteriormente previstos

Ou aqui:

Um ano antes de a real situação da empresa vir à tona, estudos feitos a pedido da diretoria da OGX, de Eike Batista, indicavam que as principais áreas de petróleo da empresa na bacia de Campos (RJ) poderiam ter reservas equivalentes a apenas 17,5% do que fora divulgado ao mercado, revelam documentos da petroleira obtidos pela Folha. As projeções pessimistas, fruto de avaliações de técnicos da OGX e confirmadas por uma prestadora de serviços externa, chegaram a provocar uma briga dentro da empresa e não foram tornadas públicas na época.