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24 julho 2012

Barclays

A seguir, trechos de um artigo de James Surowiecki (do livro A Maldição das Multidões) para New Yorker. O assunto é o escândalo da manipulação das taxas Libor pelo Barclays:

Para funcionar bem, os mercados precisam de um nível básico de confiança. Como Alan Greenspan disse que, em 1999, "Em praticamente todas as transações confiamos na palavra das pessoas com quem fazemos negócios." Então o que acontece com um mercado em que a premissa mais fundamental é uma mentira?


Manipular a LIBOR era chocantemente fácil. As estimativas não são auditados. Eles não são comparados com os preços de mercado. E a LIBOR é montada por um grupo comercial, sem qualquer supervisão efetiva partindo de órgãos reguladores do governo. Em outras palavras, manipular a LIBOR não requer muita ginástica financeira complicada. Os bancos só tinha de dizer algumas mentiras simples. (...)


A coisa mais impressionante sobre esse escândalo é que era previsível; a maneira com que a LIBOR foi projetada praticamente convidou a corrupção e ainda ninguém fez nada para detê-la. Isso porque, durante décadas, os reguladores e as pessoas na indústria financeira assumiram que o desejo dos bancos era proteger a sua reputação manteria-os honestos. Se os bancos apresentassem estimativas falsas da LIBOR, o argumento era que o mercado inevitavelmente descobriria e as pessoas iriam parar de confiar neles, com terríveis consequências para os seus negócios. LIBOR era supostamente um grande exemplo de evidência da auto-regulação, que o mercado poderia cuidar melhor do que os reguladores poderiam.


Mas, se a história recente nos ensinou alguma coisa, é que a auto-regulação não funciona em finanças, e a preocupação com a reputação é um impedimento fraco para prevaricação corporativa.

Leia o restante aqui

Capa da Revista

Infeliz coincidência

Código

Segundo a Forbes, numa das linhas de um programa da Microsoft aparecia o seguinte código:

0xB16B00B5

Não é a primeira vez que a empresa tem que reconhecer que linhas de programação de seus softwares foram usadas para este tipo de humor de adolescente.

(Fica a cargo do leitor "descobrir" a mensagem por trás do código)

Brics: mercados submergentes?

Brasil, Rússia, Índia e China, os países que há uma década foram chamados de “Brics” e sobre os quais foi dito que poderiam ocupar o espaço das nações ricas até 2050, agora são chamados de “mercados submergentes” pela revista The Economist, a mais respeitada na área de economia.

Essa expressão foi usada no título de um gráfico (reproduzido abaixo) dentro da edição que chega às bancas do Reino Unido nesta sexta-feira, 20. O desenho mostra que as projeções que o FMI (Fundo Monetário Internacional) faz para o crescimento econômico dos Brics em 2012 não param de cair, com exceção da Rússia.

economist_submergentes.jpg

É claro que há um exagero nessa expressão. Na verdade, as perspectivas de analistas são de uma desaceleração na taxa de crescimento, mas com poucas chances de uma virada brusca. A mediana das projeções dos bancos brasileiros são de um crescimento de A própria Economist reconhece que, “para o padrão do mundo rico, os mercados emergentes ainda estão muito bem”.

O problema é que, segundo a revista, os países ditos emergentes enfrentam dois riscos: o de uma desaceleração cíclica e o de uma erosão de longo prazo no crescimento potencial do PIB (produto interno bruto). “Com o primeiro é relativamente fácil lidar. Com o segundo, não”.

Para enfrentar o primeiro risco, os governos têm as suas armas: baixar juros e conceder estímulos fiscais. Ainda, vários pontos fracos que esses países tinham no passado não existem mais: os bancos têm capital, o câmbio é flutuante (tirando o da China), a inflação está controlada e as reservas internacionais estão altas.

Já quando se pensa nos problemas de longo prazo, na opinião da revista é preciso considerar que em boa parte o crescimento recente dos mercados emergentes se deve a “anabolizantes”. O periódico destaca a questão do aumento do crédito. A relação entre os empréstimos e o PIB cresceu mais de 20 pontos porcentuais desde 2002 no Brasil e mais de dez pontos na Índia e na Rússia. O aumento do crédito como proporção do PIB nesse ritmo pode significar, na avaliação da Economist, “o reflexo de um potencial ciclo de desestabilização financeira”.

Isso não quer dizer que virá o caos. Para a Economist, “quando a poeira (da crise) baixar, os emergentes continuarão crescendo a taxas superior às registradas antes de 2002″. Mas se os países quiserem voltar ao ritmo dos últimos dez anos, diz o semanário, precisam “manter a disciplina macroeconômica e retomar as reformas microeconômicas”.

Fonte: Estadão

23 julho 2012

Rir é o melhor remédio

Nova tentação nacionalista

Nova tentação nacionalista
Editorial O Estado de S. Paulo - 11/07/2012


Se, efetivamente, estender para todo o setor de energia elétrica a política de conteúdo local em vigor para a indústria do petróleo - medida já em discussão no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) -, o governo premiará mais um segmento específico da indústria nacional, como tem feito com outras medidas de estímulo à atividade econômica. É muito pouco provável, contudo, que com essa medida beneficie o País. A possibilidade de se exigir dos fornecedores de equipamentos para as áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica um índice mínimo de componentes nacionais, repetindo o que já se faz no setor de petróleo, pode criar uma reserva de mercado para determinadas empresas instaladas no País, com todas as consequências negativas inevitáveis nesse tipo de prática.

O governo argumenta que a extensão para o setor elétrico da política de conteúdo local permitirá combater o aumento das importações, dotar a indústria nacional de maior competitividade e dar mais segurança e confiabilidade ao sistema - além de aumentar o emprego. São, basicamente, os mesmos argumentos de que lançou mão para justificar essa política para o setor de petróleo.
Segundo o governo, é cada vez maior a presença de fornecedores estrangeiros em obras de infraestrutura, em particular em projetos de exploração de recursos naturais. Primeiro vieram os europeus, depois os chineses. É crescente, segundo o Ministério de Minas e Energia, a participação de equipamentos importados e também da mão de obra estrangeira na execução e operação dos projetos nessa área. Como mostrou reportagem do Estado, o documento em estudo pelo CNPE lembra que problemas como esses no setor do petróleo foram enfrentados com a adoção da política de conteúdo local.


Ao estudar meios de ampliar essa política nacionalista, o governo Dilma dá continuidade a mais um dos muitos equívocos de seu antecessor. A contratação, no Brasil, de equipamentos para a indústria do petróleo foi uma importante bandeira eleitoral do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Ela tinha o poder de encantar uma parte do empresariado, aquela que seria diretamente beneficiada pelo aumento das encomendas, outros que ganhariam com a dinamização da atividade em sua área e os trabalhadores, pois representaria mais empregos para eles.

A realidade, porém, tem sido muito diferente do cenário prometido pelo governo na defesa dessa política. A falta de capacidade de produção da indústria nacional para atender a encomendas de grande porte, como são comuns no setor de petróleo, vem retardando projetos da Petrobrás.
Mesmo que a indústria nacional esteja preparada para atender aos pedidos volumosos nas áreas de petróleo e de energia elétrica, há outros riscos decorrentes da exigência de conteúdo nacional. A existência de um mercado cativo para o produtor local desestimula a busca da eficiência e abre espaço para a prática de preços incompatíveis com o mercado internacional. O resultado pode ser produto de qualidade inferior ao de similares disponíveis no mercado externo, mais caros e entregues fora do prazo contratual.


Não se contesta a intenção do governo de estimular e incentivar a produção local. Trata-se de discutir os limites a incentivos desse tipo. Se exagerados ou muito seletivos - como são muitos dos concedidos pelo governo Dilma a pretexto de reduzir os impactos da crise mundial sobre a economia brasileira -, resultam em perdas para os demais setores e para os contribuintes e consumidores em geral, ao aumentar custos.


No exame dessa questão - que deve levar em conta a capacidade da indústria local e os compromissos assumidos pelo Brasil na OMC, entre outros fatores, como se anuncia que será feito -, o CNPE não pode deixar de observar os objetivos para os quais foi criado, como órgão de assessoramento do presidente da República. Entre eles está a proteção dos interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos e a promoção da livre concorrência. A exigência de conteúdo nacional pode resultar no oposto desses objetivos.

Questionário rápido: responda, por favor

Queridos leitores,

um aluno que está desenvolvendo uma pesquisa para o doutorado precisa da ajuda de vocês: basta responder um rápido questionário que leva no máximo 5 minutos.

https://www.surveymonkey.com/s/9RZMQBK

Não há publico especifico e se puderem, por favor, peçam para seus colegas, familiares e amigos responderem também. Quem já trabalhou com questionário sabe como é uma metodologia delicada, pois precisa de terceiros para obter sucesso. Vamos ajudar?

22 julho 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte: Depósito de Tirinhas, por Liniers http://www.porliniers.com/

Instagram: 1 bilhão de dólares

Publicado no HyperScience que Mark Zuckerburg acaba de anunciar que o Facebook comprou o Instagram por um bilhão de dólares (R$ 1,83 bi). Pode parecer estranho a rede social comprar outro sistema de divulgação de fotos, mas o serviço andava ficando muito famoso e possui uma interface interessante. Como estratégia de mercado, o Facebook comprou o sistema antes que ele ficasse “grande demais”.

O Instagram já tem mais de 30 milhões de usuários, e acaba de liberar o download do aplicativo para usuários do Android. No comunicado oficial do Facebook, a empresa afirma que “agora, poderemos trabalhar ainda mais próximos da equipe do Instagram, e também oferecer as melhores experiências na divulgação de fotos de portáteis”. “Nós acreditamos que essas [Facebook e Instagram] são experiências diferentes que se complementam. Mas para que isso aconteça bem, precisamos manter e construir a força e as habilidades do Instagram, ao invés de apenas integrar tudo com o Facebook. Por isso nos comprometemos em crescer o Instagram independentemente”.

De acordo com a empresa, o Instagram vai continuar conectado com outros serviços, não sendo uma exclusividade do Facebook.

Peso

Os candidatos às eleições 2012 dizem ser proprietários de um verdadeiro cofre do Tio Patinhas. No total, as declarações de bens registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) somam mais de R$ 1 bilhão em dinheiro vivo, fora de banco ou de qualquer fundo de investimento, dentre os R$ 62 bilhões totais declarados. Em notas de R$ 10, o valor seria suficiente para preencher mais de 30 containers e pesaria 100 toneladas.

Bilhão suspeito sob os colchões - AMANDA ROSSI , JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO - O Estado de S.Paulo

Fiquei intrigado com o peso. Cada nota pesa 0,25 gramas. Como são R$1 bilhão, isto significa 100 milhões de cédulas. Ou seja, seu peso seria 25 milhões de gramas ou 25 toneladas.

As lâminas da tesoura e a indústria

As lâminas da tesoura e da indústria
08/07/2012
AFFONSO CELSO PASTORE -ECONOMISTA, EX-PRESIDENTE DO BC, ESCREVE MENSALMENTE PARA O ESTADO - O Estado de S.Paulo

Para sentir os efeitos da gravidade não é preciso saber se ela vem de uma força, como explicou Newton, ou da curvatura do espaço, como explicou Einstein. Quando a economia mundial se desacelera, o Brasil é atingido, entre outros canais, através: da piora das exportações; da redução dos fluxos de capitais; ou do crescimento da aversão ao risco, derrubando os investimentos e as decisões de consumo.

Há anos que os dados mostram uma correlação positiva elevada entre os ciclos da produção industrial mundial e brasileira em torno das respectivas tendências, e essa correlação se elevou depois da crise mundial de 2008. O contágio da crise mundial explica em parte a estagnação da indústria brasileira desde o início de 2010, mas ele é apenas uma parte da explicação.

Quando cai a atividade econômica, fatores de produção ficam ociosos e por isso ocorrem simultaneamente: a queda na utilização de capacidade instalada; e o aumento da taxa de desemprego. Desde o início de 2010, o nível de utilização de capacidade na indústria brasileira vem oscilando abaixo dos níveis máximos atingidos no passado, indicando ociosidade, mas a taxa de desemprego continua caindo mês a mês. Ao longo da trajetória de queda do desemprego, os salários reais vêm se elevando, e recentemente ocorreu o aumento da taxa de participação - a proporção entre a população economicamente ativa e a população em idade ativa. Provavelmente estimuladas por salários mais altos, pessoas que haviam decidido sair da força de trabalho, voltando a estudar ou dedicando-se a outras atividades, retornaram ao mercado de trabalho. Se a taxa de participação não tivesse se elevado, a taxa de desemprego ajustada pela sazonalidade atualmente não estaria um pouco acima de 5%, como mostram os dados do IBGE, mas sim em apenas 4% da força de trabalho. Esses dados indicam que no mercado de trabalho estamos em pleno emprego, ou até acima dele.

Como é possível simultaneamente ocorrerem: capacidade ociosa na indústria; e pleno emprego no mercado de trabalho? Da mesma forma como são necessárias duas lâminas para que uma tesoura possa cortar, a explicação para o que vem se passando na indústria requer duas condições. A primeira vem do fato de que a indústria é um setor muito aberto ao comércio internacional, sendo a sua capacidade de reajustar preços limitada pela competição das importações. O baixo crescimento da Europa e dos Estados Unidos deprime os preços de produtos manufaturados no mercado internacional, o que somado à valorização cambial, fixa os preços internacionais em reais em níveis baixos, impedindo que se eles ajustem em resposta a empurrões de custos.

A segunda condição vem da elevação do custo unitário do trabalho medido em reais. O crescimento dos salários reais e do pessoal empregado é uma boa notícia para as vendas reais do comércio. A intuição, confirmada pela econometria, mostra que o crescimento da população ocupada e dos salários reais (junto com juros reais baixos) eleva as vendas reais do comércio e o consumo das famílias. É isso que está por trás da expansão contínua das vendas reais, que se mantiveram em firme crescimento mesmo depois que a indústria entrou em estagnação.

Custo do trabalho. Mas será que a elevação de salários é uma boa notícia para a produção industrial? Os dados da PIMES mostram que entre 2004 e 2007 os salários reais da indústria cresciam à mesma taxa de aumento da produtividade média do trabalho. Mas do início de 2010 até o presente, os salários reais continuaram crescendo ao lado da queda da produtividade média do trabalho na indústria. Com isso, o custo unitário do trabalho vem aumentando, tendo se elevado em torno de 12% em termos reais do início de 2009 até agora.

Em trabalho em coautoria com Marcelo Gazzano e Maria Cristina Pinotti (Por que a produção industrial não cresce desde 2010, disponível em www.acpastore.com), foi estimado o comportamento do índice de utilização de capacidade instalada na indústria em função da taxa real de juros e do custo unitário do trabalho, controlando para o hiato da produção industrial mundial. O hiato da produção mundial melhora significativamente as estimativas, mas não explica, sozinho, a queda na utilização de capacidade a partir do início de 2010. A queda se deve ao aumento do custo unitário do trabalho, que reduziu a utilização de capacidade instalada na indústria mesmo diante da queda das taxas reais de juros.

Obviamente, uma elevação de 12% no custo unitário do trabalho não teria levado a uma contração da produção e da utilização de capacidade caso a indústria conseguisse repassar esse aumento de custos para os preços. Porém, a competição internacional e o câmbio valorizado impedem esse repasse, estreitando as margens da indústria, levando à contração da produção e ao aumento da capacidade ociosa. E para onde vai a demanda não atendida pela produção industrial? Ela vaza para o exterior na forma de importações líquidas. Todos estes fatos vêm ocorrendo desde o início de 2010.

Os industriais costumam afirmar que "quem paga os bons salários" é a indústria. Não é verdade. O IBGE publica os salários médios por setores, e eles mostram que o setor de serviços, que empregava 60 milhões de pessoas em 2009, paga em média salários próximos aos da indústria, que empregava em 2009 em torno de 20 milhões de trabalhadores. Note-se que essa proporção de 1 para 3 no emprego dos dois setores vem se mantendo ao longo do tempo. Não esperaríamos uma equalização perfeita dos salários médios entre estes setores, porque há diferentes composições de treinamento, educação, sexo, idade, etc. Mas os dados mostram que no agregado essas diferenças se diluem, e há uma mobilidade de mão de obra suficientemente grande para que os salários se aproximem.

Dada a sua participação menor no mercado de mão de obra, não é necessário que o nível de emprego na indústria cresça para que seus salários médios se elevem. Basta que ocorra um aumento da demanda de mão de obra no setor de serviços, que é o "grande empregador". Quando o governo usa políticas macroeconômicas para ampliar a demanda agregada estimula os dois setores, com o setor de serviços demandando um grande acréscimo de mão de obra, elevando os salários. A elevação do custo unitário do trabalho na indústria não decorre necessariamente do crescimento da demanda de mão de obra no setor, que recentemente vem caindo, e sim do que se passa no setor de serviços. Chegamos, assim, ao paradoxo de uma economia caracterizada pela expansão do consumo, mas que não consegue elevar a produção industrial, que vaza para o exterior na forma de importações líquidas.

Depreciar o real poderia ser uma "solução", mas não tão simples quanto parece à primeira vista. Para ter o efeito desejado, a relação câmbio/salário deveria ser alterada a favor do câmbio, e para que a indústria conseguisse reconquistar um pedaço da "competitividade perdida" teria que repassar totalmente essa depreciação para os preços, jogando por terra o argumento de que o "repasse" da depreciação para os preços é baixo. Por isso, talvez, o Banco Central venha intervindo no mercado de câmbio para evitar que o real se aproxime de R$ 2,10/US$. Por outro lado, neste quadro de estagnação da indústria a queda da taxa real de juros não consegue libertar o "espírito animal" que levaria ao aumento do investimento.

Recentemente o Caged publicou dados que apontam para uma direção um pouco diferente no mercado de mão de obra. Mostram uma queda no fluxo mensal de contratações de trabalhadores formais. Esta pode ser uma indicação de que a desaceleração mundial, afinal, já estaria afetando o setor de serviços, reduzindo o seu crescimento, e que em breve a taxa de desemprego começaria a se elevar. Se este for o caso, a economia brasileira precisará de muito mais estímulos de demanda, porque estaríamos caminhando para um crescimento medíocre do PIB, abaixo da atual projeção de consenso, de uma expansão de 2% em 2012. Mas se o Caged estiver emitindo um sinal falso, e a taxa de desemprego se mantiver baixa, quanto mais estímulos de demanda forem colocados na economia, maior será a elevação dos salários reais. As vendas reais do comércio e o consumo continuarão crescendo sem que a produção industrial reaja, o excesso de demanda continuará vazando para o exterior na forma de importações líquidas, e todos continuarão reclamando contra a desindustrialização.

Cabe ao governo formular um diagnóstico melhor dos problemas atuais da economia brasileira, buscando políticas macroeconômicas que os resolvam.