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12 novembro 2010

Custo da capitalização

O custo da capitalização de R$ 124 bilhões realizado pelo Petrobras foi de R$ 357 milhões, não incluídos os R$ 90 milhões gastos com os incentivos para que os funcionários adquirissem papéis na operação.

"Os funcionários são obrigados a ficar um ano com as ações", lembrou o diretor financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Almir Barbassa.

Questionado sobre os aumentos de produção estimados para o quarto trimestre, Barbassa lembrou da entrada da plataforma P-57, no dia 30 de novembro, em Jubarte, no litoral capixaba da bacia de Campos e do teste de longa duração (TLD) de Guará, na bacia de Santos.


Custo da capitalização da Petrobras foi de R$ 357 milhões - Qui, 11 Nov, 08h27
(Rafael Rosas e Juliana Ennes | Valor)

Banco Nacional

A Justiça Federal do Rio confirmou hoje a condenação de Eduardo e Fernando Magalhães Pinto - filhos do ex-controlador do Banco Nacional, Marcos Magalhães Pinto pelo crime de gestão fraudulenta. A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região absolveu outros 13 ex-diretores do banco condenados em 2002 a três anos e seis meses de reclusão na primeira instância e transformou a condenação dos Magalhães Pinto de gestão temerária em gestão fraudulenta.

O caso é mantido sob segredo de Justiça. Se o acórdão não for publicado até o próximo dia 25, a condenação estará prescrita. O advogado da família Magalhães Pinto, Nélio Machado, anunciou que vai recorrer da decisão.

O caso guarda semelhanças com o escândalo do Banco Panamericano por ter se iniciado com a identificação de um rombo contábil. O Banco Nacional foi a primeira instituição socorrida pelo Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional, o Proer.

O relator do caso foi o juiz federal convocado Aluísio Gonçalves de Castro Mendes e o revisor o desembargador federal Messod Azulay Neto. Em dezembro do ano passado, os mesmos magistrados haviam confirmado condenação em primeira instância do controlador Marcos Magalhães Pinto a 28 anos de prisão.

O caso envolveu gestão fraudulenta ou temerária (artigo 4º da Lei 7.492/86), sonegação ou prestação de informações incorretas a sócios, investidores ou órgãos públicos (artigo 6º) e omissão ou informação falsa inserida em demonstrativos contábeis da instituição (artigo 10º).

As suspeitas de fraudes cometidas pelos dirigentes do Banco Nacional resultaram na intervenção da instituição financeira pelo Banco Central em 1994. Posteriormente, o Ministério Público Federal apresentou denúncia, iniciando a ação penal na Justiça Federal.


Estado de São Paulo

IFRS no Chile

La Comisión de Principios y Normas de Contabilidad del Colegio de Contadores de Chile está ad portas de emitir dos nuevos Boletines Técnicos, los cuales considerarán obligatoria la adopción de las Normas Internacionales de Información Financiera (IFRS) para los estados financieros a partir del 1° de enero de 2013, de acuerdo al futuro Boletín N°81. Además, el Boletín N°82 emite la norma de información financiera para Pymes en Chile, quienes deberán "adoptar integral, explícita y sin reservas" las IFRS a partir de la misma fecha.

El Colegio de Contadores definió, además, qué se entenderá por entidades pequeñas y medianas, explicando que "son aquéllas que no tienen obligación pública de rendir cuentas y que, a su vez, publican estados financieros para propósitos de información general a usuarios externos".

Mauricio Cuevas, director IFRS de Deloitte, comentó que "finalmente el mercado tendrá la certeza de la fecha en que todas las compañías de nuestro país -reguladas y no reguladas- presentarán uniformemente sus estados financieros bajo IFRS".

Una vez que se emitan los dos Boletines Técnicos, estas normas también podrán aplicarse a las Pymes, en un formato más simple que el de las grandes empresas. Esta situación, según Mauricio Cuevas, "les reportará innumerables beneficios, principalmente en lo que se refiere a acceso a financiamiento, planes de expansión y su clasificación de riesgo".

Agregó que una de las principales preocupaciones para este sector empresarial es el costo de la transición, pero si se considera su tamaño "debiera ser muchísimo más económica que la transición en una empresa grande, tanto por la naturaleza de sus negocios, como por las simplificaciones de la normativa específica, ya que se estima que las exigencias representarán entre un 40% y un 60% de las IFRS completas", concluyó Cuevas.


Adopción de IFRS Será obligatoria Para Todas las Empresas en 2013 - 10 Nov 2010 - Estrategia

11 novembro 2010

Rir é o melhor remédio

O melhor penalti do mundo (veja com atenção)



Fonte: aqui

Panamericano 7

A notícia dos problemas do banco Panamericano foi o grande destaque do dia anterior. Até a imprensa internacional, através das agências de notícias (Reuters, Dow Jones e Bloomberg) noticiaram o assunto. É interessante notar que a fonte básica foi o texto do Estado de São Paulo, postado neste blog.

Algumas notícias durante o dia de ontem mostraram que:

a) O diretor de Fiscalização do Banco Central, Alvir Hoffmann, disse que o problema é localizado.

b) O mesmo diretor levanta a possibilidade de que o rombo talvez seja maior, mas que uma visão mais abrangente pode demorar.

c) A descoberta do rombo foi por acaso, segundo declarações do diretor, quando o Bacen fez uma fiscalização "por acaso".

d) Para este diretor, não foi possível avisar a Caixa Econômica dos problemas.

e) o principal acionista foi pego de surpresa quando soube dos problemas do banco. Como a solução envolveu o patrimônio de Silvio Santos, ele foi o grande prejudicado na operação.

f) O empréstimo obtido por Sílvio Santos só foi possível com a garantia dos seus bens pessoais. O patrimônio de Sílvio Santos é estimado em quase 3 bilhões de reais. Ao contrário do que ocorreu com o Banco Nacional, onde o controlador não dispunha de bens para isto. Em outras palavras, o aporte de capital somente terá consequências para o acionista controlador.

g) Se o banco fosse liquidado, o rombo seria de 900 milhões de reais.

h) Uma eventual liquidação significaria responsabilidade para todos os sócios, inclusive a Caixa Econômica, que é controlada pelo Tesouro.

i) O comunicado da CVM diz que "parte desses números deveriam ser transferidos para "Bens Não de Uso Próprio" em razão de execuções por inadimplência ou liquidação antecipada pelos clientes.". O banco informa que "A companhia afirma também que o tratamento contábil que será dado à operação está sendo tratado junto ao Banco Central"

j) Ainda com respeito a parte contábil, uma nova auditoria deverá ser contratada.

k) Uma das consequências para a instituição deverá ser o rebaixamento da sua nota nas agências de rating. A Moody´s já ensaia algo do tipo.

A auditoria foi de...

Afinal a resposta da pergunta da postagem de ontem:

A Deloitte, empresa responsável pela auditoria dos balanços do Banco Panamericano, afirmou em nota ao Valor que não emitirá comentários sobre seu cliente em respeito ao Código de Ética e Conduta Profissional aos compromissos de confidencialidade.

Já a KPMG ressaltou que não atuou como auditor dos balanços do banco e que foi contratada pela Caixapar, empresa de participações da Caixa Econômica Federal, para realizar diligência nos números do banco, com data base de março de 2009, por conta da venda de 49% do capital ordinário no ano passado.


(Deloitte e KPMG não comentam os números do Panamericano, Valor on line)

Contágio

Investidores castigaram as ações de pequenos e médios bancos brasileiros nesta quarta-feira, seguindo ao anúncio de um aporte de 2,5 bilhões no Panamericano após a descoberta de problemas na contabilidade da instituição financeira.

O Banco Central identificou que o Panamericano mantinha em seu balanço como ativos carteiras de crédito que já haviam sido vendidas a outros bancos. Também houve duplicação de registros de venda de carteiras. Com isso, o resultado do banco era inflado. O BC informou que está investigando o caso, visando a apuração de responsabilidades.

"Os efeitos de se apresentar resultados que não são reais são conhecidos, como pagamento de bônus (aos executivos)", afirmou a jornalistas o diretor de fiscalização do BC, Alvir Hoffmann. Ele disse não ter indícios de que outros bancos estivessem adotando práticas similares.

Na noite de terça-feira, o Panamericano anunciou a injeção de capital no banco por seu controlador, o Grupo Silvio Santos, que está tomando recursos do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Os bens do empresário, que é dono da emissora de televisão SBT, foram colocados como garantia do dinheiro tomado do FGC.

Conforme o documento encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelo Panamericano, as "inconsistências contábeis" impendem que o balanço reflita a real situação patrimonial da instituição.

Toda a diretoria do banco foi alterada e uma assembleia de acionistas convocada para eleição de um novo Conselho de Administração.

O BC procurou descartar a possibilidade de risco sistêmico nos bancos brasileiros, mas as ações de instituições financeiras de pequeno e médio porte sofreram à reboque das notícias do Panamericano nesta quarta-feira.

As ações preferenciais do Panamericano desabaram 29,5 por cento, para 4,77 reais. Na véspera, os papéis já tinham perdido quase 7 por cento, antes mesmo da divulgação do fato relevante pelo banco.

Entre outros bancos de menor porte na Bovespa que também perderam valor na sessão estão Sofisa (queda de 4,81 por cento), Pine (desvalorização de 2,60 por cento) e BicBanco (recuo de 5,36 por cento).

Em nota à imprensa nesta tarde, o Panamericano disse que seu caixa foi fortalecido com o aporte pelo controlador, e que sua liquidez agora foi elevada para 3,8 bilhões de reais. O ingresso de recursos não implica na diluição da posição acionária dos demais acionistas nem do patrimônio do banco, segundo o Panamericano.

CAIXA

Além do Grupo Silvio Santos, o Panamericano tem a Caixa Econômica Federal como acionista relevante. Em dezembro do ano passado, a Caixa, controlada pelo governo federal, comprou 49 por cento do capital votante e 20,69 por cento das ações preferenciais do Panamericano por 739,2 milhões de reais.

A Caixa descarta colocar mais dinheiro no Panamericano e também assumir o controle do banco, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto, sob condição de anonimato.

No mercado, investidores se perguntavam como um rombo de 2,5 bilhões de reais ficou despercebido e como a Caixa não detectou qualquer problema no Panamericano na ocasião de sua entrada no capital da instituição.

A Caixa foi assessorada pelo Banco Fator e pela empresa de auditoria KPMG. A operação depois passou pelo crivo da BDO. O Panamericano tem a Deloitte como auditora externa.

A agência de classificação Moody's colocou em revisão os ratings do Panamericano para rebaixamento, citando a indicação de "fraqueza dos controles e do gerenciamento de risco do banco". A Moody's dá nota "D" para força financeira do Panamericano e "Ba2" na escala global para dívida em moeda estrangeira e local.

O Panamericano divulgou em meados de agosto que encerrou o segundo trimestre com carteira de financiamentos, incluindo as cessões de crédito, em quase 11 bilhões de reais, alta de 20,9 por cento em 12 meses.

Os ativos totais, segundo reportado pelo banco à época, estavam em 12,6 bilhões de reais em junho, alta de 6,5 por cento sobre março. Mas o patrimônio líquido da controladora situava-se em 1,6 bilhão de reais, queda de 1,7 na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

O índice de Basileia estava em 14,3 por cento na metade de 2010, abaixo dos 14,8 por cento registrados em março e inferior aos 20 por cento de um ano antes.

Hoffmann, do BC, afirmou que o caso do Panamericano pode gerar estudos de formas de se aperfeiçoar o acompanhamento das instituições financeiras.


BC descarta contágio por Panamericano; ações desabam - 10 Nov 2010 - Reuters Focus
Por Isabel Versiani e Aluísio Alves

Panamericano e políticas de crédito

A surpreendente decisão do Banco Panamericano de recorrer a um bilionário aporte privado pode ser um sinal antecipado de que as políticas de estímulo para acelerar crescimento do crédito no país surtirão efeitos inesperados.

O banco informou na noite de terça-feira que receberia um empréstimo emergencial para corrigir "inconsistências contábeis" --gerando temores entre investidores sobre a saúde financeira de bancos concorrentes que também viram seus ativos e concessões de crédito incharem nos últimos anos.

O que está em jogo é a credibilidade do modelo baseado no amplo acesso a crédito "livre de riscos", segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros no governo.

Investidores podem "ficar preocupados" ... especialmente em relação a instituições financeiras de médio-porte até que haja maior clareza sobre se isso está limitado ao Panamericano, ou se outros bancos também estão sujeitos a investigação pelo BC", disse o analista do setor bancário da Barclays Capital, Roberto Attuch.

As ações de instituições financeiras de médio porte no país despencaram nesta quarta-feira com o temor de investidores com as práticas de contabilidade e administração corporativa no setor após o aporte do Banco Panamericano. Mas autoridades governamentais negam que os problemas do Panamericano sinalizem um risco sistêmico do setor.

O Grupo Silvio Santos, controlador do Panamericano, fez um empréstimo de 2,5 bilhões de reais junto ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Os ativos e a carteira de crédito do Panamericano triplicaram desde 2006 --gerando desgaste nas taxas de solvência e lucratividade do banco.

Para Ann Milne, analista do Bank of AmericaMerrill Lynch, instituições financeiras como o Banco Panamericano podem ver um salto no custo de financiamentos. Esses bancos já levantaram um recorde de 3,5 bilhões de dólares em emissões de bônus globais --que são sua principal fonte de financiamento-- em 2010.

"Bancos menores dependem de financiamentos e, portanto, da confiança de investidores institucionais", disse o analista da JPMorgan Chase, Frederic de Mariz, em nota nesta quarta-feira.

Já o analista da BTG Pactual, Eduardo Nishio, afirma que os bancos podem enfrentar um "efeito de fuga (para ativos de maior) qualidade" --com os depósitos indo para concorrentes maiores como o Banco do Brasil .

"Mesmo se for apenas um caso isolado, a situação levanta perguntas sobre como sustentá-los", disse Milne.

INOVAÇÃO DO PRODUTO

O empréstimo com desconto na folha de pagamento, lançado pelo governo Lula em 2003, de fato mudou o relacionamento conflituoso entre consumidores e bancos, transformando-a em uma inovação financeira lucrativa.

Desde o lançamento desse produto de crédito, ambos os lados se beneficiaram: o consumidor viu as taxas de juros caírem pela metade e os bancos hoje enfrentam menos riscos.

O crescimento do crédito no Brasil foi explosivo desde então, chegando a 46 por cento do PIB em setembro ante 20 por cento em janeiro de 2003, quando Lula tomou posse.

Com o surgimento da crise do crédito que paralisou os mercados globais no final de 2008, o governo passou a agir de forma mais agressiva para evitar a estagnação do crédito no Brasil. Lula instruiu bancos públicos a comprar os portfólios de crédito de concorrentes menores e até adquirir bancos especializados em concessão de crédito para consumidores das classes média e baixa e instituições de médio-porte.

Alguns segmentos do setor de crédito ao consumidor cresceram mais de um terço desde o começo do ano passado, enquanto os empréstimos imobiliários dobraram no período.

A Caixa Econômica Federal comprou 49 por cento do capital votante do Panamericano em dezembro como parte dessas medidas. À época, ambos os bancos afirmaram que a entrada da Caixa ajudaria o Panamericano a impulsionar seu poder de empréstimo sem risco de prejudicar suas taxas de solvência e liquidez.

"A situação parecia sólida e continua parecendo sólida mas este novo fato provavelmente forçará (investidores) a ver as notícias boas com desconfiança", disse um administrador de Nova York que investiu em bônus de instituições financeiras brasileiras.

O analista da JPMorgan, Mariz, concorda. A visibilidade limitada e a escassez de informações sobre as circunstâncias que levaram ao resgate do Panamericano dificultam avaliar se outras instituições do setor também enfrentam "inconsistências contábeis" semelhantes, observou.


ANÁLISE-Aporte do Panamericano destaca boom de crédito no Brasil - Reuters Focus - Por Guillermo Parra-Bernal (Reportagem adicional de Elzio Barreto, Luciana Lopez e Silvio Cascione em São Paulo)

Banco Central e Panamericano

O Banco Central (BC) refutou ontem as críticas de que teria demorado para encontrar o rombo de R$ 2,5 bilhões na contabilidade do Banco Panamericano e jogou a responsabilidade nas empresas de auditoria. O BC argumenta que sua função legal é analisar balanços, não conferir se foram adulterados. A auditoria interna do Panamericano era a Delloite.

Na terça-feira à noite, o Grupo Silvio Santos, controlador do Panamericano, anunciou um aporte de R$ 2,5 bilhões na instituição para cobrir um buraco equivalente. A diferença de valores, conforme antecipou o portal estadão.com.br, foi provocada por fraudes contábeis. O dinheiro para o aporte foi obtido em um empréstimo concedido pelo Fundo Garantidor de Crédito.

Criado em 1995, o FGC é uma entidade privada mantida pelos bancos que funciona como espécie de seguro para os depositantes em caso de quebra de uma instituição. A operação com o Panamericano é a primeira desse gênero feita pelo Fundo.

O analista de instituições financeiras da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu, é um dos especialistas que criticam o BC. “O BC recebe mensalmente balancetes de bancos. Portanto, acompanha mais de perto a situação das instituições do que as auditorias, que acompanham os dados apenas trimestralmente”, disse.

O BC também explicou os problemas que encontrou no banco e representantes do FGC justificaram a operação - também criticada por alguns analistas, que não entenderam por que o BC simplesmente não interveio no Panamericano, como já fez em outros bancos no passado.

Segundo o BC, o Panamericano vendia carteiras de crédito para outros bancos (sobretudo os grandes de varejo, como Itaú, Bradesco, Santander e HSBC), mas não dava baixa no balanço. Com isso, continuava contabilizando como seus os pagamentos feitos pelos devedores, segundo explicou o diretor de Fiscalização do BC, Alvir Hoffmann.

Uma das hipóteses levantadas no BC é que a diretoria do Panamericano fazia a operação irregular para aumentar o lucro do banco, o que elevava os bônus dos executivos. O problema foi detectado há cerca de seis semanas por técnicos do BC.

Perdas. O presidente do Conselho do FGC, Gabriel Jorge Ferreira, explicou as condições do crédito ao Grupo Silvio Santos. Segundo ele, o empresário Silvio Santos deu como garantia do empréstimo as 44 empresas que fazem parte de sua holding, em valor estimado de R$ 2,7 bilhões.

O pagamento será feito em 10 anos, com carência de três (nesse período, o grupo não terá de pagar nem juros nem amortização). O próprio Ferreira, porém, indicou que a ideia é que o grupo venda alguns de seus ativos para honrar o empréstimo.

Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), os investidores reagiram em pânico ao anúncio do Panamericano. As ações preferenciais da instituição caíram quase 30%. O novo diretor-superintendente do Panamericano, Celso Antunes da Costa, procurou demonstrar tranquilidade ao comentar o primeiro dia de trabalho. “Esse banco tem uma força de vendas enorme”, disse.


BC atribui responsabilidade por rombo no Panamericano a falhas de auditorias
Fernando Nakagawa, Leandro Modé - 11 Nov 2010 - O Estado de São Paulo

Escultura

Escultura num parque. Fonte: Aqui




10 novembro 2010

Rir é o melhor remédio


Via Bluebus

Dia da Contabilidade

Hoje é considerado o dia da Contabilidade. Nesta data foi publicado o segundo volume do Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalita, de Luca Pacioli.

Aqui, um fórum de discussão sobre este dia.

Teste #380

Esta "norma" diz respeito a qualidade de gestão dos sistemas de auditoria e foi desenvolvida pela International Organization for Standardization. Trata-se

Basileia 2
COSO 4
ISO 19011

Resposta: Explorer. Fonte: The car-loan interest rate lottery

Panamericano 6

Em meio a rumores de que estaria prestes a quebrar, o Banco PanAmericano informou ontem à noite que vai receber um socorro de R$2,5 bilhões. O dinheiro sairá de empréstimo que o Grupo Silvio Santos, seu principal acionista controlador, tomou do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), criado para proteger correntistas e poupadores de bancos em dificuldades, reembolsando até R$60 mil por CPF, e formado com contribuições compulsórias dos próprios bancos. Segundo fontes, o Banco Central (BC) teria considerado intervir no banco, o que foi descartado após pedidos do grupo controlador. Sócia do PanAmericano, com 49% do capital votante, a Caixa Econômica Federal começou ontem mesmo uma espécie de intervenção na instituição, ao indicar nova diretoria executiva para o banco. Também foi convocada reunião para decidir os novos integrantes do Conselho de Administração em 26 de novembro, ainda segundo comunicado divulgado pelo PanAmericano.

O banco atua apenas no segmento de financiamentos, sobretudo de automóveis, e não tem contas correntes, o que afasta a possibilidade de risco sistêmico. O PanAmericano é atualmente o 21º do ranking nacional, com ativos de R$12,5 bilhões ao fim de junho. O BC não quis se manifestar oficialmente sobre o assunto. Nos bastidores, acompanhou o processo, avalia que as normas foram todas cumpridas e que o PanAmericano já foi capitalizado e não vai quebrar. O empréstimo do FGC ao grupo prevê o pagamento em dez anos, com carência de três.

No comunicado, o PanAmericano já indica que foi alvo de fraude. Assinada pelo presidente do Conselho de Administração, Luiz Sebastião Sandoval, a nota informa que o aporte ocorre porque foram constatadas “inconsistências contábeis” que não permitiam aos controladores perceber “a real situação patrimonial” do banco.

Os primeiros indícios de fraude teriam sido encontrados há um mês pelo BC, que, depois da crise de 2008, apertou a fiscalização principalmente junto a bancos de pequeno e médio porte — os mais atingidos na época pela falta de crédito. Segundo fontes do BC, o valor do rombo pode ser um pouco menor que o aporte de R$2,5 bilhões. O objetivo da injeção maior é ter uma margem de segurança para eventuais novos problemas. Há suspeitas de participação de executivos. A dúvida dos técnicos é se a fraude aconteceu antes ou depois da compra pela Caixa, em dezembro de 2009, por R$739,2 milhões. Uma parcela foi paga na ocasião e outra em julho último, quando o BC aprovou a operação.

Depois de descoberto o rombo, foi feita ainda uma tentativa junto a outros bancos (inclusive a própria Caixa) para adquirir o controle da instituição, mas não houve interessados. Sem alternativas, o BC cogitou intervir na instituição, mas o grupo conseguiu costurar o empréstimo junto ao FGC. O montante de R$2,5 bilhões corresponde a 10% do atual patrimônio do fundo, de R$25,9 bilhões.

Ação teve 8ª maior queda da Bolsa

Já o tamanho do rombo supera o atual patrimônio líquido do PanAmericano, de R$1,37 bilhão (segundo o balanço de junho, o último disponível). Fontes disseram que o Grupo Silvio Santos teria dado todos os seus bens — incluindo o canal de TV — como garantia para o empréstimo, que recebeu aval do BC.

Conforme a nota divulgada ontem, o PanAmericano informa que a nova diretoria executiva passa a ser comandada por Celso Antunes da Costa, que foi diretor de Gestão da Integração da Nossa Caixa. Ele substitui Rafael Palladino no cargo de diretor-superintendente da instituição financeira.

Os rumores sobre a quebra do PanAmericano derrubaram ontem as ações do setor bancário na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os papéis preferenciais (PNs, sem direito a voto) do banco despencaram 6,74%, oitava maior queda da Bolsa (os papéis não fazem parte do Ibovespa, o principal índice do mercado brasileiro). Desde 1º de outubro, a queda acumulada é de 20,73%. Ontem, os boatos arrastaram as ações dos bancos Santander (6,65%), Itaú Unibanco (2,69%, as preferenciais) e Bradesco (2,96%). Os papéis ordinários (ONs, com voto) do Banco do Brasil recuaram 2,39%.

Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora, o aporte foi uma surpresa e afastou a possibilidade de uma falência do banco. Ele afirma que a informação vazou e que por isso o banco antecipou a divulgação do empréstimo, para evitar uma forte queda da Bolsa hoje.

— A notícia caiu como uma bomba no mercado — afirma Velho.

No ano passado, a instituição informou ter registrado um lucro líquido de R$171,5 milhões em 2009, queda de 27,3% em relação ao ano anterior.

O PanAmericano adotou recentemente uma estratégia agressiva para atrair clientes. Aposentados e pensionistas do INSS que fechassem um contrato de empréstimo de qualquer valor ganhavam um vale-compras de R$50. O banco do Grupo Silvio Santos comercializa ainda os títulos da Tele Sena. Foram 54 milhões deles vendidos apenas no ano passado, quando desativou as vendas do Carnê do Baú e expandiu sua presença em redes de varejo.

Ontem, o Ibovespa encerrou em queda de 1,35%, aos 71.679 pontos, puxado pelo recuo das ações da Petrobras. Os papéis preferenciais da estatal caíram 1,48%, e os ordinários, 1,28%. Para o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, o recuo pode ser explicado por um movimento de venda de ações para embolsar lucros, aproveitando a alta recente. Já o dólar fechou estável, a R$1,699, após dois leilões do BC.


Fraude no PanAmericano - 10 Nov 2010 - O Globo
Bruno Villas Bôas, Aguinaldo Novoe Patrícia Duarte

Panamericano 5

O Grupo Silvio Santos foi obrigado a fazer uma injeção de capital para cobrir um rombo de R$ 2,5 bilhões no banco PanAmericano, instituição que enfrentou problemas de caixa em 2008 e que teve 35,54% de seu capital vendido para a Caixa Econômica Federal por R$ 739,2 milhões no final de 2009.

O aporte será feito com dinheiro emprestado do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), um colchão de recursos administrados pelo conjunto de bancos para cobrir perdas dos correntistas em caso de quebra de instituições. Para obter o dinheiro, o grupo deu bens seus como garantia.

Sem essa capitalização, o PanAmericano ficaria com patrimônio líquido negativo e teria de ser liquidado pelo Banco Central. Para evitar esse desfecho, a solução encontrada foi um duplo socorro: do governo e dos bancos.

Toda a diretoria antiga caiu. Na prática, o banco sofreu uma "intervenção branca" e será agora administrado por executivos indicados pela Caixa e pelo BC.

O grupo Silvio Santos admitiu "inconsistência contábil" nas contas do banco, mas informou que a instituição não terá perda patrimonial. E informou que o dinheiro servirá para restabelecer o "pleno equilíbrio", ampliar a liquidez e preservar o atual nível de capitalização.

Desde meados de outubro, as ações caíram 25% na Bolsa -só ontem, recuaram 6,75%.

SUSPEITA DE FRAUDE

A intervenção deve-se a uma reavaliação de risco da carteira de crédito do banco, que tem forte exposição no financiamento de carro usado.

O PanAmericano teria classificado seu crédito de maior risco de forma otimista, reduzindo a necessidade de fazer provisionamento alto para cobrir eventual calote. No segundo trimestre, o Banco Central havia pedido provisões adicionais de R$ 120 milhões.

Se esse otimismo for considerado intencional, pode configurar fraude contábil.

A fraude teria passado pelo crivo de auditores internos e externos e do próprio BC -que aprovou em julho o negócio com a Caixa.

Segundo a Folha apurou, Silvio Santos tratou das dificuldades enfrentadas pelo PanAmericano durante encontro com Lula em Brasília em setembro. Na ocasião, Lula não mostrou simpatia pela ideia de oferecer ajuda oficial. Em ao menos mais uma oportunidade, Silvio voltou a procurar Lula para abordar o tema, mas não foi atendido.

Procurados Caixa, BC e PanAmericano preferiram não comentar o caso.


Caixa intervém em banco de Silvio Santos - 10 Nov 2010 - Folha de São Paulo
LEONARDO SOUZA - FERNANDO RODRIGUES - EDUARDO CUCOLO - TONI SCIARRETTA

Panamericano 4

Dúvida pelo mercado financeiro depois que o Grupo Silvio Santos anunciou hoje o aporte de R$ 2,5 bilhões no seu Banco Panamericano.

O que aconteceu na due dillegence feita pela Caixa Econômica Federal antes de comprar parte minoritária do banco em 2009?

O exame das contas realizado pela CEF não detectou o buraco gigante?

Com a a palavra, a Caixa.


Estranha, a vida - 9 de novembro de 2010 | 22h05 - Direto da fonte

E a auditoria?

Panamericano 3

SÃO PAULO - O megadepósito de R$ 2,5 bilhões e a troca de toda a diretoria do Banco Panamericano anunciados na noite desta terça-feira, 9, foram a solução encontrada pelo Grupo Silvio Santos, Caixa Econômica Federal e Banco Central para que fossem resolvidos os problemas da financeira sem que o novo sócio, a estatal Caixa, tivesse de fazer aportes.

"O principal acionista resolveu todo o problema que apareceu", diz fonte ligada à instituição. Há pouco mais de um mês, houve um encontro surpresa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Silvio Santos no Palácio do Planalto e nesta terça circularam especulações de que o assunto poderia ter sido tratado entre eles.

Quando as inconsistências foram encontradas no balanço do Panamericano, foi decidido que o novo acionista, a Caixa, não teria responsabilidade inicial de realizar novos aportes porque os problemas foram criados em um período anterior à compra de 49% do capital da financeira pelo banco estatal. Dessa forma, o acionista majoritário teve de assumir toda a responsabilidade para cobrir o rombo aberto nos números.

Diante da responsabilidade integral do controlador, foi costurada uma solução ao longo das últimas semanas para que houvesse o megaempréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), sem que o Grupo Silvio Santos tivesse de tomar recursos no mercado, o que poderia chamar a atenção para o problema.

O FGC é uma entidade privada constituída por todos os bancos que operam no Brasil que garante depósitos de clientes nas instituições financeiras em caso de problema nos bancos. Por ter essa característica de "condomínio de depósitos", os principais cotistas do FGC tiveram de aprovar o empréstimo anunciado nesta terça à noite. Para os principais cotistas do Fundo, é melhor emprestar o grande volume de dinheiro agora a ver o problema se espalhar, o que poderia colocar todo o setor em risco.

Sem estatal. A hipótese de a Caixa aumentar a participação no Panamericano foi rapidamente descartada, já que o banco federal já tem 49% das ações do banco. Sendo assim, a maior fatia da Caixa poderia transformar a financeira do Grupo Silvio Santos em uma entidade estatal.

Agora, feito o mega-aporte, há expectativa de que não seja alterada a composição acionária da instituição - sendo mantida, portanto, a fatia de 51% do capital de posse do Grupo Silvio Santos e 49% da Caixa Econômica Federal.

Doação ao Teleton. O problema constatado no Panamericano teria sido anunciado diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo empresário Silvio Santos. Em 22 de setembro, o apresentador de TV teve reunião surpresa com Lula em um encontro não previsto na agenda do Palácio do Planalto.

Oficialmente, o objetivo da reunião foi pedir uma doação de Lula ao Teleton, programa de televisão que arrecada dinheiro de empresas e pessoas físicas para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

Ao deixar o encontro, Silvio Santos disse que pedira doação de R$ 12 mil e que o presidente da República gravasse vídeo para ser exibido no programa. A edição de 2010 do Teleton foi realizada no último fim de semana.

Vale lembrar que a CaixaPar, braço de investimentos do banco estatal, fez uma longa e detalhada avaliação dos números do Panamericano antes de bater o martelo para a compra de 49% do capital do banco em dezembro de 2009. Na época, não havia sido encontrada nenhuma inconsistência nos balanços e relatórios.


Solução foi negociada com Caixa e BC- Estado de S Paulo

Panamericano 2

SÃO PAULO - O banco Panamericano faz parte de um grupo que faturou R$ 4,7 bilhões no ano passado e que projetava para este ano um crescimento de 26%, que levaria essa receita para R$ 5,8 bilhões. Além do banco, o Grupo Silvio Santos também é dono de empresas como a rede de lojas Baú da Felicidade Crediário, a fabricante de cosméticos Jequiti, a Liderança Capitalização e, a mais visível de todas, a rede de televisão SBT, entre várias outras - no total, são 30 empresas.

Em entrevista recente ao Estado, Luiz Sandoval, presidente do grupo há 26 anos, disse que, para atingir esse crescimento, as apostas seriam nas áreas cosmética e imobiliária, mas que o foco seria mesmo o setor financeiro, com o Panamericano, que responde pela metade das receitas do grupo.

Sandoval mostrava-se entusiasmado com o setor financeiro depois do acordo fechado com a Caixa Econômica Federal, que comprou 35% do Panamericano por R$ 740 milhões no final do ano passado. Para o executivo, esse acordo representava um passo estratégico para o banco, pois permitiu equacionar uma dívida de cerca de R$ 450 milhões.

Além disso, segundo o executivo, o acordo permitiu à instituição acesso a linhas de crédito mais baratas e a entrada em novas modalidades de financiamento, como o crédito a automóveis novos. Antes, o banco financiava apenas carros usados.

O Grupo Silvio Santos fechou o ano passado com um prejuízo líquido de R$ 7,9 milhões, depois de um lucro de R$ 73,6 milhões em 2008. Para este ano, o grupo projetava um lucro de R$ 100 milhões. A perda do ano passado foi atribuída, em grande parte, ao processo de maturação de unidades como a Sisan, de investimento imobiliário, e na própria Jequiti, empresas consideradas, no início do ano, ainda grandes demandadoras de investimentos.

O grupo também fez investimentos no ano passado na expansão da rede de lojas Baú da Felicidade Crediário. Comprou a endividada rede Dudony, do Paraná, com 110 lojas - sendo 99 no Paraná e 11 em São Paulo -, por R$ 33 milhões. Com a aquisição, a rede saltou, de uma só vez, para 130 lojas. Os planos do grupo eram de chegar a 150 lojas até dezembro e a 250 até o final do ano que vem. No ano passado, o grupo havia desativado as operações do Carnê do Baú, um sucesso de vendas criado há 50 anos, mas que vinha perdendo espaço.

No caso da Jequiti, criada em 2006, a aposta do grupo era de quase dobrar as vendas este anos, chegando a R$ 380 milhões, e com um exército de 160 mil vendedoras. Os planos para essa área incluem o investimento em duas fábricas próprias, uma em Osasco (SP) e outra em lugar ainda a ser definido - até agora, a produção é terceirizada - e em dois novos centros de distribuição, um em Porto Alegre e outro no Nordeste.


Setor financeiro era maior aposta do Grupo Silvio Santos

Panamericano

SÃO PAULO - A descoberta de uma fraude contábil bilionária levou o Grupo Silvio Santos a fazer um aporte de R$ 2,5 bilhões no Banco Panamericano, que tem como sócia minoritária a Caixa Econômica Federal. O dinheiro foi obtido por meio de um empréstimo ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), criado em 1995 com objetivo de proteger os depósitos dos clientes do sistema financeiro no País.

Segundo o Estado apurou, o rombo é resultado de ativos e créditos fictícios registrados por diretores do Panamericano supostamente para inflar os resultados da instituição e, suspeita-se, melhorar os bônus dos executivos. Até agora, não foram encontrados indícios de desvio, mas o Banco Central (BC) vai encaminhar representações à Polícia Federal e ao Ministério Público para investigar as suspeitas.

Segundo apurou a reportagem, o rombo foi descoberto há cerca de um mês pelo Banco Central. Tinha passado despercebido pelos controles internos do Panamericano, seus auditores independentes e pelo pente-fino feito pela Caixa quando comprou uma participação de 49% do capital votante do banco, no fim de 2009. O patrimônio do empresário Silvio Santos foi colocado como garantia para o empréstimo concedido pelo FGC.

O Panamericano abre as portas nesta quarta-feira com nova diretoria, nomeada em conjunto pelo Grupo Silvio Santos e pela Caixa. Os antigos executivos foram demitidos ontem. O diretor superintendente passa a ser Celso Antunes da Costa, ex-diretor de Integração do Banco Nossa Caixa.

O Conselho de Administração será escolhido na próxima semana, também por meio de acordo entre os acionistas.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o próprio Panamericano afirma que "inconsistências contábeis não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade".

Durante esta terça-feira, circularam rumores no mercado, dando conta de que o Banco Central interviria em alguma instituição financeira após o encerramento dos negócios, como antecipou a colunista do Estado Sonia Racy.

Nas mesas de operação, o principal "candidato" era o Panamericano. Por isso, os papéis preferenciais (PN) do banco desabaram. Caíram 6,75% e, no ano, já acumulam perdas de 35%. No chamado pós-mercado, as ações recuaram ainda mais: 8,54%.

Segundo o fato relevante, o dinheiro "destina-se a restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional da instituição, de modo a preservar o atual nível de capitalização".

Inédito. O crédito para o Panamericano equivale a cerca de 10% do patrimônio do FGC, que somava R$ 25,8 bilhões no fim de setembro. É uma saída inédita no País. Um especialista explicou que o banco provavelmente não encontrou no mercado um interessado (nem mesmo a Caixa) justamente por causa do rombo recém-descoberto.

Os R$ 2,5 bilhões que estão sendo aportados superam o atual patrimônio líquido da instituição, de R$ 1,6 bilhão. O Panamericano é o 21.º do ranking nacional, com ativos de R$ 11,9 bilhões ao fim de junho. Em dezembro de 2009, a Caixa comprou 35% do capital total do banco. Pagou R$ 740 milhões.

Um analista explicou que, caso o aporte não fosse feito, o Panamericano ficaria fora das regras do BC e teria de sofrer uma intervenção. Apesar do aporte, o BC, segundo apurou o jornal, não descarta intervir no banco.


Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, recebe R$ 2,5 bi para cobrir fraude - David Friedlander e Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo

Crédito de carbono

Os negócios de compra e venda de créditos do mercado de carbono estão em compasso de espera no País, e só vão decolar a partir da instauração de regras, nos âmbitos federal e estadual, sobre o funcionamento das transações neste mercado, principalmente nos aspectos jurídico, fiscal e contábil. A análise partiu do advogado Antonio Fernando Pinheiro Pedro, da Pinheiro Pedro Advogados, um dos consultores responsáveis pelo estudo "Organização do Mercado de Créditos de Carbono no Brasil", que faz parte do conjunto de cinco estudos sobre o tema feito pela BM&FBovespa, Banco Mundial e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

"Em nosso levantamento, a preocupação com a ausência do marco regulatório é unânime", afirmou Pinheiro Pedro. Hoje, as três organizações responsáveis pelos estudos realizaram seminário para apresentar propostas que possam desenvolver mais este mercado no País. Entre os destaques está a necessidade de uma regulamentação maior dos ativos ambientais no Brasil. "A demanda (por créditos de carbono) já existe. Mas há um desejo, entre os interessados, de uma maior segurança jurídica e regulatória para o mercado", afirmou Pinheiro Pedro.

No mesmo evento, o gerente de produtos ambientais da BM&FBovespa, Guilherme Fagundes, comentou que já foram realizados três leilões de crédito no mercado de carbono no País, mas o desempenho ainda não reflete um mercado maduro. "O mercado está se desenvolvendo. Precisamos trabalhar para desenvolver o mercado local, e os estudos são propostas para que trabalhemos neste sentido", afirmou Fagundes.

Os consultores contratados pelas instituições para a elaboração dos estudos fizeram uma análise do funcionamento dos mercados de carbono em outros países, e chegaram a conclusão que, no Brasil, é preciso regras próprias para as transações, além de desenvolvimento de instrumentos de negociação para os mercados à vista e derivativos. Um dos obstáculos para o pleno desenvolvimento do mercado no País também seria a ausência de um tratamento tributário e contábil voltado especificamente para as negociações de crédito de carbono.

Para o especialista em energia do Departamento de Desenvolvimento Sustentável para a América Latina e o Caribe do Banco Mundial, Christophe de Gouvello, ainda é muito cedo para estimar, em números, o potencial do mercado de carbono no Brasil. Mas ele ressaltou que o mercado de carbono é apenas um instrumento para se alcançar um objetivo maior, que seria a redução de emissões de gases poluentes na atmosfera. E fez uma ressalva: é preciso destacar as metas deste mercado, que foi criado como uma alternativa aos países com dificuldades na redução de emissão de gás carbônico. "Não é possível existir um mercado de carbono sem um objetivo quantitativo obrigatório", resumiu.

Mercado de crédito de carbono ainda depende de regulação - Ter, 09 Nov 2010, Yahoo

Auditoria do Banco do Brasil

O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, que se encontra na Malásia, no Continente Asiático, participando do Congresso Mundial de Contabilidade, tomou conhecimento dos fatos referentes à licitação para auditoria externa das demonstrações financeiras para 2011 do Banco do Brasil, que teve repercussão no Brasil e no exterior, envolvendo grandes empresas de auditoria, como: KMPG, Ernest & Young Terco e PricewaterhouseCoopers.

Juarez solicitou ao Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC SP) que formalize um pedido de informações junto ao Banco do Brasil e às empresas de auditoria envolvidas no processo para a devida análise dos fatos e providências legais e cabíveis, se for o caso.


Presidente do Conselho Federal de Contabilidade Solicita Esclarecimentos sobre Licitação do Banco do Brasil, CFC via Alexandre Alcantara

Qual seria o papel do Conselho neste caso? Faz sentido o Conselho agir? Isto feriu alguma norma profissional?

Estátua


Na foto, a mais alta estátua de Jesus do mundo. Fica em Swiebodzin, Polônia, e possui 52 metros, sendo 33 metros - a idade de Cristo - o tamanho do corpo. O Cristo, do Rio de Janeiro, possui cerca de 40 metros de altura.

09 novembro 2010

Rir é o melhor remédio

Brincadeira com a lua. Fonte: aqui












Links

Pesquisa com executivos no Brasil mostra que corrupção age como barreira de entrada

Dicas para uma dissertação ou tese

As drogas mais perigosas: primeiro lugar, álcool

Brunei: rei gastou US$400 milhões contra o irmão para recuperar US$6 milhões

Como aumentar as respostas em pesquisa científica

Teste #379

Uma empresa de crédito, Capital One, oferece empréstimos para automóveis a taxas de 2,3%, 2,7%, 3,1% e 3,5%. A questão é que a taxa de juros varia conforme o navegador utilizado: Explorer, Firefox, Safari e Safari para iPad. Ou seja, os juros que você pagaria no empréstimo depende da marca do navegador usado. Qual o navegador que "possui" a maior taxa?

Resposta doa Anterior: Enron. Fonte: O que se passa na cabeça dos cachorros. Malcolm Gladwell, Sextante, 2009, p. 177.

Falta de transparência na norma da SEC

Andrew Sorkin discute (A Lack of Transparency in S.E.C. Disclosure Rule, NY Times) uma norma da SEC, reguladora do mercado financeiro dos Estados Unidos, sobre evidenciação.

Sorkin cita os casos da Microsoft e da Google, que optaram por divulgar informações contábeis nos sites, sem uma divulgação mais ampla. Segundo Sorkin, no dia 28 de outubro, as 4:15, a Microsoft publicou o relatório 8k. As 4:28 a empresa apresentou a informação para SEC. E meia hora depois, as 4:44, a imprensa tradicional foi avisada, através de um link para o site.

O Google divulgou os resultados do segundo trimestre e quatro horas depois a rede de notícias Reuters ainda não tinha informado.

Isto é um grave problema, numa época onde as transações são realizadas rapidamente e segundos podem ser relevantes.

O debate sobre a divulgação começou em 2006 com Jonathan Schwartz, então executivo-chefe da Sun Microsystems. Ele pressionou o SEC para permitir às empresas fazer revelações em seus sites, em vez de através de press releases que são amplamente distribuídas.


A discussão, de certa forma, envolve o papel da Internet na democratização da notícia do mercado de capitais, conclui Sorkin.

Ética na empresa

P. Seu chefe pediu para você fazer algo que parece antiético. Como você pode saber se sua suspeita está correta?

R. A intuição é sempre muito confiável, disse Stephen Paskoff, o presidente da Employment Learning Innovations, uma empresa de Atlanta especializada em submissão no ambiente de trabalho, ética e treinamento comportamental.

É claro que existem outros sinais como "ser aconselhado a não contar para ninguém, que tal coisa você terá de fazer somente uma vez, não registrar nada daquilo em papel ou que todas as pessoas fazem isso", disse Paskoff. E receber a ordem de realizar atividades como fabricar ou destruir documentos, mentir para os clientes, enfim, qualquer coisa fora da normalidade dos negócios deve levantar suspeita, afirmou.

Se os sinais são mais nebulosos que esses, pergunte para alguém que confie. Você deve discutir os efeitos potenciais de qualquer comportamento que venha a adotar, disse Steven Mintz, um professor de contabilidade especializado em ética da Universidade Estadual Politécnica em San Louis Obispo. É também possível que você tenha entendido mal o pedido. Peça a seu chefe que repita. A repetição dá uma chance para que seu chefe pense novamente, disse Kirk Hanson, professor de ética social e diretor-executivo do Centro de Aplicação da Ética Markkula da Universidade Santa Clara.

P. Se você tiver objeções, como deve se posicionar?

R. Evite confrontar. Pergunte: "Nós temos uma política sobre isso?"

"Você não quer dizer, 'você é antiético'. Em vez disso, concentre-se para entender a situação corretamente", disse Hanson. Depois, você pode explicar o porquê de se sentir desconfortável.

Mary Gentile, pesquisadora escolar experiente da Universidade Babson em Massachussets e autora do livro "Giving Voice to Values", disse que pessoas que sugerem com sucesso outros caminhos sempre mostram que entendem as preocupações por trás do negócio. "Eles dizem, por exemplo, 'eu sei que nós precisamos fazer com que as vendas cresçam, mas acho que obteremos mais sucesso se fizermos X do que Y'", disse.

P. E se seu chefe insistir, indiferente aos seus receios?

R. Então, você terá de recorrer a alguém acima do seu chefe. Mas redija primeiro um texto descrevendo como foi a conversa com seu chefe, disse Mintz. "Seja bem específico, porque você quer se proteger se nada for feito", disse. Se for censurado por seu superior, não hesite em procurar o executivo-sênior ou a direção da companhia.

Muitas companhias têm uma linha telefônica anônima para reportar problemas. Se você usá-la, Paskoff disse, seja específico.

P. Quais riscos você corre por expor suas objeções?

R. "Você não será necessariamente demitido, mas vi situações em que a pessoa foi rebaixada ou não conseguiu promoções", Mintz disse. "Algumas companhias podem fazer sua vida tão miserável que você decide sair".

Geralmente, existem proteções legais para quem aceita as situações. Mas há consequências sérias para quem decide ficar quieto. Se a sua consciência despertar na segunda vez que seu chefe pedir para fazer alguma coisa antiética, ele lembrará você que já fez a mesma coisa no passado, Mintz disse.

"Isso se torna um círculo vicioso". "É difícil desistir e pular fora".


Lidando com um chefe antiético - 8 Nov 2010 - Folha de São Paulo - Eilene Zimmerman

HP

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

08 novembro 2010

Rir é o melhor remédio


Adaptado daqui

Teste #378

Esta "famosa" empresa pegou o mercado acionário de surpresa. Mas um observador mais atento poderia notar que nos últimos cinco anos de sua existência, em quatro a empresa não pagou imposto de renda, sendo um indício de que a empresa não estava ganhando dinheiro. A empresa é:

Enron
Lehman Brothers
Worldcom

Resposta do Anterior: publicação do segundo volume do Summa. Fonte: aqui

Links

Coca-Cola do MacDonald´s contem mais açúcar

O melhor jogador de xadrez do mundo, Carlsen, noruguês de 19 anos, decidiu que não irá disputar o título mundial

Um vídeo mostrando a dificuldade de fazer negócios nos Estados Unidos. A razão: o governo

Argentina está de volta ao mercado de investimento internacional?

Microsoft está pesquisando os taxistas para melhorar os mapas

O escândalo envolvendo Brett Favre, segundo uma televisão de Taiwan (vídeo animado)

A partida tripla

Según el Diccionario Contable y Comercial publicado por Valleta Ediciones, la partida triple rusa fue desarrollada por Esersky, en Moscú; su estudio fue recomendado especialmente por el Congreso Científico de Contabilidad reunido en Charleloy, en 1912, que llegó a determinar la necesidad de llevar un libro Diario que exponga de una manera constante las modificaciones del patrimonio neto, es decir, que llene la falta de la partida doble: La síntesis permanente.

La partida rusa, opera con tres libros principales:

a). El Libro “Capital” o Diario;
b). El Libro de “Cuentas Sistemáticas” o Mayor;
c). El Libro “Sumario” o Balance.

Su inconveniente radica en el excesivo cómputo de registraciones y operaciones (En el 2009 esto ya no es ningún inconveniente con un software debidamente potencializado), lo que lo convirtió (en esa época) en un método teórico (O. Chilkowski).

Ramiro Romero Hernández[1] refiere que la “partida doble” permanece inmutable por ochocientos años, aproximadamente; periodo en el que surgieron movimientos en favor y en contra de su aplicación. Señala que en la Unión Soviética no bien instaurado el socialismo, el Pleno del V Congreso del Partido Comunista vetó la partida doble, achacándola de instrumento servil del capitalismo, acordando su inmediata “expulsión” de la URSS, y dispuso su reemplazo por la “partida triple”, que desde 1912 venía siendo estudiada por T.d´Eserky, por expresa recomendación del Congreso Científico de Contabilidad, que se llevo a cabo en Cherleroy, en dicho año.


La Partida Triple - Contabilidad - 05 Noviembre, 2010 - Derecho PErú

Congresso: Convite

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizará nos dias 18 a 20 de abril de 2011 (segunda a quarta-feira), simultaneamente, o 4º Congresso UFSC de Controladoria e Finanças e o 4º Congresso UFSC de Iniciação Científica em Contabilidade, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, em Florianópolis/SC.

Os eventos visam reunir e favorecer o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre profissionais, estudantes, professores e pesquisadores das áreas de Contabilidade, Controladoria e Finanças de todo o Brasil.

O público alvo é composto por estudantes, pesquisadores e profissionais das áreas de contabilidade, administração, economia, engenharia de produção e direito, bem como de outras demais áreas afins.

O prazo para submissão de artigos vai de 01 de outubro de 2010 a 17 de dezembro de 2010. Visite a página dos Congressos na Internet (http://www.ccn.ufsc.br/congresso/) para obter informações adicionais e atualizações, conhecer as áreas temáticas e a programação dos eventos.

Cade

Não bastasse o tempo de espera no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), há uma verdadeira via-crúcis que os empresários precisam enfrentar no Judiciário para aguardar decisões finais de ações envolvendo companhias brasileiras. Só no Judiciário, esses casos levam em média 5,3 anos para serem julgados após passarem pelo Cade, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP), em convênio com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Cade. O estudo será divulgado hoje em São Paulo.

"O sistema não tem dado a resposta célere que a atividade econômica exige hoje e isso traz uma instabilidade tremenda", diz ao Estado o coordenador da pesquisa, Fabricio Cardim de Almeida. Do total de tempo na Justiça, a pesquisa constatou que a demora média de um processo na primeira instância é de dois anos e dois meses, enquanto nas superiores gira em torno de três anos nos Tribunais Regionais Federais (TRFs) e um ano no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Levantamento do Cade mostra que nos atos de concentração, em que são julgadas fusões e aquisições, o tempo médio de avaliação no Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) era de 252 dias em 2005 e caiu para 165 este ano. Só no Cade, os processos demoram, em média, 40 dias - há dois anos, eram 50. Não são raros, porém, casos que ficam anos no SBDC, principalmente os mais complexos e de maior relevância.

Resultado

Além disso, metade dos casos que vão parar na Justiça após serem decididos pelo Conselho tem resultado diferente do inicial - apenas foram levados em conta processos encerrados que não aceitam mais recursos: foram 10 contrários e 11 favoráveis. A pesquisa avaliou 39 decisões do órgão que se desdobraram em 41 processos judiciais e 52 recursos analisados pela Justiça de 1994 a abril deste ano.

De modo geral, segundo o coordenador da pesquisa, não é possível identificar uma tendência de sucesso ou fracasso no desfecho das demandas levadas ao Judiciário. "Isso significa ainda, ao menos sob uma perspectiva quantitativa, que o Judiciário brasileiro não tem se revelado, necessariamente, mais ou menos interventivo", resumiu.

Quando são selecionados casos que já foram definidos, mas ainda podem receber recursos em uma instância superior, o número passa para 24 (61,5%) com manutenção da decisão do conselho, contra 15. "O sistema processual brasileiro é cheio de meandros", ressaltou Almeida. Ele salientou que, como a maior parte dos processos já definidos é mais antiga, quando foi estruturado o Novo Cade, em 1994, é comum esperar uma decisão diferente da Justiça. "Era uma situação embrionária a do Cade. Era esperado que no início se errasse mais."

Diferença

O próprio presidente do Cade, Arthur Badin, disse ontem que no início dos trabalhos é natural que haja mais erros, quando comentou sobre a atuação do SBDC em relação ao desmonte de cartéis. Atualmente, segundo Badin, as decisões do Cade têm respaldo legal mais amplo e mais difícil de contestação ou dúvida pela Justiça.

A pesquisa detectou também que não há diferença muito grande entre os casos que chegam ao Judiciário provenientes de processos administrativos (21 de 39) ou atos de concentração (18 de 39) que passaram pelo Conselho. Entre os processos administrativos, o maior número de casos que acabam na Justiça (10 de 19) refere-se à prática de cartel.

Decisão do Cade enfrenta mais de 5 anos na Justiça - Por Célia Froufe - Estado de S Paulo

Regime de Caixa, Regime de Competência e o Fisco

A Receita Federal publicou ontem no Diário Oficial da União uma instrução normativa que estabelece os procedimentos para colocar em prática uma lei de junho deste ano, que regulamentou a mudança de regime para apuração das variações cambiais por parte das empresas, no momento de calcular os tributos devidos.

Pela regra geral, já vigente antes da lei, as empresas devem optar no primeiro dia do ano pelo regime de caixa - quando o pagamento das variações monetárias de câmbio é feito apenas no fim do ano - ou pelo regime de competência - com pagamentos mês a mês. No entanto, até o ano de 2009, as empresas podiam mudar de regime no decorrer do ano a qualquer momento, o que trazia instabilidade para a arrecadação federal.

Um dos casos mais emblemáticos foi a polêmica operação realizada pela Petrobras no fim de 2008, quando a gigante estatal aproveitou a brecha na legislação e mudou de regime retroativamente a todo o ano-calendário. Com essa manobra, a companhia chegou a compensar cerca de R$ 4 bilhões em tributos.

Pela nova regra, criada em junho e ainda sem prazo para entrar em vigor, mudanças de regime só poderão ser feitas quando houver uma elevada oscilação cambial durante o ano. No entanto, a Receita ainda trabalha numa portaria ministerial que vai determinar o porcentual a ser considerado como "elevado" para os fins da aplicação da norma. Na prática, a mudança de regime durante o ano está proibida até a publicação dessa portaria, ou até 1.º de janeiro de 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Receita revê regras que beneficiaram Petrobras - Estado de S Paulo - Sex, 05 Nov 2010

07 novembro 2010

Escolhendo o Contador

Saiba como selecionar bons profissionais e o que fazer após sua contratação

NA SELEÇÃO

1-Verifique se o ramo em que o contador costuma trabalhar corresponde ao da sua empresa. Quanto mais especializado ele for no seu setor de atuação, melhor será

2-Avalie o grau de confiança que você temno profissional. Ele terá toda a informação fiscal de sua empresa

3-Observe a disponibilidade do profissional. Você precisará dele com frequência, e a demora no atendimento pode significar perda de prazos, multas e até dificuldade de participação em licitações públicas

4-Desconfie de valores muito baixos de serviços de contabilidade e verifique os valores de mercado

5-Procure indicações de contadores com pessoas de sua confiança

ANTES DA CONTRATAÇÃO

1-Consulte o registro do contador ou do escritório de contabilidade no Conselho Regional de Contabilidade

2-Faça um levantamento sobre o contador ou o escritório, extraindo as certidões de idoneidade

3-Solicite referências e entre em contato com pelo menos outros dois empresários

ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DO PROFISSIONAL

1-Solicite, ao menos a cada seis meses, o "check-list"de todas as principais obrigações tributárias (pagamento de tributos) e acessórias (entrega de declarações diversas), comprazo de cumprimento de cada uma delas; mantenha o controle da documentação fornecida pelo contador

2-Arquive sempre o balanço da empresa, as declarações jurídicas e outras obrigações. Assim, se surgirem suspeitas de irregularidades, você terá controle do que de fato foi executado. Lembre-se de que a irregularidade pode ser apenas um equívoco da própria Receita Federal e, assim, você estará protegido

3-Sempre pague diretamente os impostos. Não entregue o dinheiro para que o profissional pague suas guias de tributos. Ao quitálas, guarde os comprovantes. Ficando responsável pelo pagamento e pela manutenção dos documentos, você evita que terceiros se apropriem do dinheiro e mantém controle dos débitos

"CHECK-LIST" DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

A necessidade de cada documento varia de acordo coma complexidade da empresa. Verifique quais certidões são exigidas para a sua empresa e solicite-as ao contador periodicamente. Entre as mais comuns estão

Certidão Negativa de Débito de Tributos Federais, emitida pelo site da Receita Federal

Certidão Negativa de Débito do INSS, emitida pelo site da Receita Federal Y Certidão Negativa de Débito do FGTS, emitida pelo site da Caixa Econômica Federal

comprovante de inscrição do CNPJ, emitido pelo site da Receita Federal

Certidão de Distribuição de Ações na Justiça Federal, emitida pelo site da Justiça Federal

Certidão de Distribuição de Ações Cíveis e de Família, emitida pelo site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Certidão de Distribuição de Executivos Fiscais, emitida no site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Certidão de Distribuição de Ações Trabalhistas, emitida no site do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo Em caso de falência

Certidão de Distribuição de Pedidos de Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial, emitida no site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Em caso de falência

Certidão de Distribuição de Pedidos de Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial, emitida no site do Tribunal de Justiça de São Paulo*

Sites para consultas

www.receita.fazenda.gov.br [http://www.receita.fazenda.gov.br]

www.caixa.gov.br [http://www.caixa.gov.br]

www.jfsp.jus.br [http://www.jfsp.jus.br]

www.tj.sp.gov.br [http://www.tj.sp.gov.br]

www.tst.jus.br [http://www.tst.jus.br]

*Nesses casos, o site fornece uma pesquisa não oficial. Caso seja positiva, é recomendável a emissão da certidão Fontes: André Camargo, professor e coordenador do curso de direito para executivos do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa); Tales Andreassi, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV; Regina Sevilha, advogada tributarista especializada em contabilidade da Sevilha, Andrade, Arruda Advogados; CRC-SP e empresários


PASSO A PASSO DA ESCOLHA DO CONTADOR - 7 Nov 2010 - Folha de São Paulo

Contador III

Problemas contábeis devem ser reduzidos com as mudanças na legislação que regulamenta a profissão, afirmam especialistas consultados pela Folha.

A lei complementar nº 12.249, sancionada pelo presidente Lula em junho deste ano, determina que o profissional da contabilidade precisa ser aprovado em um exame de suficiência para obter o registro no conselho.

"Se o exame for sério, certamente selecionará melhor e reduzirá os casos de má prestação de serviço", opina Márcio Bonirelli, professor de contabilidade da USP.

A lei também possibilita a cassação por até dois anos dos registros de profissionais que foram condenados pelo conselho de contabilidade.

Atualmente, as penalidades existentes vão de multas a advertências e suspensões. A lei passa a valer a partir de janeiro do ano que vem.


Lei institui exame de suficiência para obter registro profissional - 7 Nov 2010 - Folha de São Paulo

IFRS e US GAAP


A figura acima mostra a diferença, em euros e em 31 de dezembro de 2008, dos ativos do Deutsche Bank, banco alemão, que preparou suas demonstrações segundo as normas da IFRS e as normas contábeis dos Estados Unidos. A grande diferença no total (2.202 bilhões de euros versus 1.030 bilhões) deve-se ao tratamento dos derivativos (1.224 versus 128) nas duas normas.

Segundo Felix Salmon, da Reuters, isto impede de fazer comparações e rankings sobre os maiores bancos do mundo.

Contador II

Confiar todo o controle tributário ao contador, sem fiscalizar, é muitas vezes pedir para ter dor de cabeça. Isso porque, apontam empresários, delegar sem controle pode levar o contador a não entregar os documentos ou comprovantes de quitação aos órgãos responsáveis nos prazos. Há riscos também de ele não inserir a empresa no regime adequado e, em vez de pagar os impostos, se apropriar dos valores que pertencem ao seu cliente. Alguns casos ocorrem por má-fé do profissional. Como relata a empresária Márcia Choinski, 41, que, em 2005, abriu uma agência de projetos de marketing e consultoria de negócios em Curitiba. Ao final de dois anos, recebeu uma notificação da Receita Federal que apontava irregularidades encontradas em sua microempresa. "O contador havia afirmado que minha empresa estava enquadrada no [regime tributário do] Simples Nacional, mas era mentira. Quando fui questioná-lo, ele nem sequer me respondeu, apenas suas assistentes me atenderam", conta a empresária. Choinski descobriu que deveria pagar uma carga tributária muito maior do que aquela que vinha pagando. "Antes de contratá-lo, pedi indicações. Mas não foi o bastante, ele não era um profissional confiável", ressalta a empresária, que preferiu não identificar o contador.

ESPECIALIZAÇÃO

Casos de má-fé, porém, são minoria e alguns cuidados podem minimizar a possibilidade de o empresário ter problemas com o contador, salientam especialistas (leia quadro na pág. 3). Um deles é exigir do contratado atualização constante no ramo de atuação, diz Márcio Borinelli, da USP. Acompanhar a complexidade do negócio é essencial para essa classe profissional -e, se não o fizer, o contador deverá ser trocado-, reitera Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas). Nem os 40 anos de trabalho conjunto com a empresa convenceram F.D., 39, que não autorizou sua identificação, do ramo de reciclagem, a permanecer com um contador amigo da família. "Ele é muito correto, mas não se atualizou. E isso prejudicou o crescimento da empresa. Identificamos erros em nossa contabilidade e sei que é porque ele já não acompanha [as mudanças na] legislação", explica.


Delegar sem controle é prejudicial à empresa - 7 Nov 2010 - Folha de São Paulo

Contador

Retenção de documentos, irregularidades na função e na escritura contábil e apropriação indevida de valores são as principais dores de cabeça dos empresários em relação aos contadores.

É o que aponta levantamento sobre as queixas registradas no CRC-SP (Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo) desde 2007 e realizado a pedido da Folha.

A retenção soma 330 casos; as irregularidades no exercício profissional, 190; as relacionadas à escritura contábil, 177; e a apropriação de valores, 160 queixas.

De acordo com o órgão, foram cadastradas 292 denúncias de irregularidades de profissionais em 2009, ante 305 em 2008. Até outubro deste ano, foram 244.

Empresários afirmam que muitos deles não denunciam porque temem represálias, já que o contador conhece toda sua estrutura fiscal.

"Com 18 mil profissionais no Estado, o índice de denúncia é pequeno", pondera Márcio Bonarelli, vice-coordenador do curso de ciências contábeis e atuárias da USP (Universidade de São Paulo).

Dono de uma empresa há 25 anos no ramo de treinamento, O.S., 59, que pediu para não se identificar, afirma ter descoberto há alguns meses que seu contador não pagou parte dos impostos nos últimos sete anos.

Com faturamento que varia entre R$ 150 mil e R$ 300 mil ao mês, a empresa acumula uma dívida de R$ 2 milhões com a Receita Federal.

"Quando eu analisava os pagamentos e o questionava, a resposta sempre era que estava tudo certo. Percebi os problemas muito tarde. [Ele] forjava recibos e até minha conta bancária violou", conta o empreendedor.

É a segunda vez que o empresário tem problemas com contador. Na primeira ocasião, denunciou o profissional, que foi obrigado a prestar serviços à sociedade.

"Foi frustrante a denúncia, pois o ônus financeiro cai sobre os donos da empresa. E, dessa vez, não poderei pagar toda a dívida. Estou vendendo meu único imóvel, minha casa", afirma.


Contabilidade fora de foco - 7 Nov 2010 - Folha de São Paulo - BRUNA BORGES