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24 agosto 2009

Resultado da Enquete

O resultado da enquete sobre o uso da HP foi surpreendente: 77% disseram ser interessante ter uma HP12. Quando recebi o e-mail do Waldenes, perguntando se ainda valia a pena comprar uma HP 12C, respondi que não. Considero muito mais interessante um netbook, com muito mais recurso. Mas, "a voz do povo é a voz de Deus". Veja o comentário do Waldenes:

O resultado da enquête me surpreendeu, eu não esperava que a diferença fosse tão grande. Mesmo depois de mais de 25 anos de sua aparição, as calculadoras financeiras HP continuam agradando e fazendo parte da "vestimenta" de muitos executivos e estudantes por ai.

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Provisão nos Bancos

Provisão contra calote na crise deve inflar os lucros dos bancos

Reservas aumentaram mais de 80% e agora poderão ser revertidas em lucro nos próximos balanços
Leandro Modé - Estado de Sao Paulo - 24/8/2009

A safra de balanços de bancos do primeiro semestre chamou a atenção pelo brutal aumento das reservas anticalote, conhecidas tecnicamente como provisões. Nas cinco maiores instituições do País, o aumento foi de quase 80% em relação a igual período do ano passado. O movimento, explicado pela disparada da inadimplência, causou um efeito colateral. O lucro líquido dos cinco grandes - Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander Real - caiu 13% no mesmo intervalo.

Com a melhora do cenário econômico brasileiro, a partir do segundo trimestre, analistas acreditam que os balanços voltarão a mostrar a realidade à qual o setor se acostumou nos últimos anos: ganhos em alta. "Os lucros dos bancos serão bem mais robustos no segundo semestre", afirmou o analista de instituições financeiras da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu.

Segundo ele, no primeiro semestre, as instituições seguraram a concessão de crédito, ao mesmo tempo em que elevaram as provisões. Em outras palavras, fizeram um colchão polpudo para amortecer o impacto do calote, mas, em compensação, praticamente não emprestaram dinheiro novo, o que diminui o risco de perdas futuras.

Com a economia voltando a crescer , como já apontam vários indicadores, a tendência é a inadimplência recuar. Isso, por sua vez, abre espaço para os bancos reverterem as provisões anteriores em lucro ou diminuírem as reservas para créditos que serão concedidos no futuro, o que, na prática, tem o mesmo efeito no balanço.

"Teoricamente, vamos assistir a um salto nos lucros dos bancos", disse o analista de instituições financeiras da Lopes Filho Corretora, João Augusto Salles. "A dúvida é saber se eles vão reverter as provisões já feitas em lucro." O especialista explicou que essa decisão envolve a área fiscal das instituições, uma vez que as provisões geram créditos tributários.

Outra dúvida, levantada pelo analista Jayme Alves, da Spinelli Corretora, diz respeito ao momento em que esse lucro potencial aparecerá nos balanços. "Só o veremos em 2010, uma vez que os bancos avaliam que a inadimplência começará a estabilizar apenas no quarto trimestre", afirmou.

Santacreu acredita que haverá algum efeito neste segundo semestre porque as reservas já feitas pelos bancos cobrirão a provável alta do crédito nos próximos meses - na média, as instituições esperam um avanço da carteira de empréstimos de 10% a 15% até o fim de 2010. O raciocínio de Santacreu toma por base as regras do Banco Central (BC) para o estabelecimento de provisões.

Segundo a regulamentação, para cada real emprestado, os bancos têm de reservar uma parte para cobrir eventuais calotes.

Essa parcela varia conforme o perfil do cliente, definido por letras do alfabeto. "A" é o menos arriscado e "H", o mais. "Como as provisões foram expressivas, os bancos não terão de reservar tanto dinheiro para os empréstimos que farão daqui para a frente. Com isso, os lucros vão aumentar."

EXCESSO DE CAUTELA?

Ao divulgarem os balanços do segundo trimestre, todos os bancos destacaram o efeito da crise sobre o desempenho. "A inadimplência afetou de forma importante nossos resultados", afirmou, por exemplo, o diretor executivo de Controladoria do Itaú Unibanco, Silvio de Carvalho. Ele explicou que a instituição teve até de usar, no segundo trimestre, parte das reservas que tinham sido feitas no fim do ano passado.

O Banco do Brasil, segundo seu presidente, Aldemir Bendine, destinou todo o dinheiro obtido com a abertura de capital da VisaNet (cerca de R$ 700 milhões em termos líquidos) para provisões. Atitude, aliás, criticada por João Augusto Salles. "Para quê esse excesso de cautela?", indaga. "Eles deveriam ter revertido os ganhos para os acionistas."

Outro analista de mercado, que pede para não ser identificado, acredita que o fator político pesou na hora de os bancos decidirem o tamanho das provisões do primeiro semestre. "Se não fossem as reservas tão grandes, eles teriam lucrado mais do que no primeiro semestre de 2008. Como explicar à sociedade ganhos maiores durante uma crise em que eles secaram o crédito tanto para empresas quanto para as pessoas comuns?", questiona.

Ambiente e Balanço 2

Discussão ambiental cresce e vira provisão
Marta Watanabe, de São Paulo
Valor Econômico - 24/8/2009

As discussões judiciais ou administrativas relativas a questões ambientais começaram a aparecer com mais frequência entre as contingências das empresas. Das 30 maiores companhias de capital aberto, nove - Petrobras, Vale, Neoenergia, CSN, Eletropaulo, Sabesp, Ultrapar, Cemig e CPFL - mencionam contingências ambientais em seus balanços financeiros. As sete primeiras mantêm provisões.

Especialistas explicam que isso não significa que as empresas estão poluindo ou infringindo mais a legislação de meio ambiente. O fenômeno é resultado da exigência cada vez maior dos investidores em relação a possíveis passivos ambientais. Paralelamente, há também regulamentação mais rígida para contabilização das discussões da área. Além disso, há fiscalização acirrada tanto de órgão federais e estaduais, o que tem gerado maior volume de autuações e discussões judiciais. Como resultado natural, surgem as provisões. "É como uma empresa com mão de obra intensiva ou muitas operações. Isso naturalmente gera um grande volume de disputas trabalhistas e tributárias", compara o consultor Pedro César da Silva, da ASPR Auditoria e Consultoria.

Embora com valores relativamente baixos, as discussões sobre legislação ambiental têm dado origem a um item adicional nas provisões. Nas empresas Vale, Neoenergia, CSN, Eletropaulo e Sabesp, essas disputas são destacadas entre os valores provisionados em uma rubrica específica para "contingências ambientais". As provisões são tradicionalmente divididas em três áreas: tributárias, cíveis e trabalhistas. As contingências são mencionadas em balanço quando avaliadas como de perda "provável" ou "possível". No caso de perda provável, há obrigatoriedade de provisão.

A advogada especializada em direito ambiental, Maria Alice Doria, do escritório Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho, diz que "nos últimos dois ou três anos houve aumento das contingências ambientais não só em volume como em valores."

Na área ambiental as contingências podem ser judiciais - originadas principalmente pela atuação do Ministério Público ou por meio de ações populares -, ou administrativas, como resultado de autuações fiscais de órgãos estaduais ou federais que fiscalizam desde contaminação de solo e águas até o cumprimento das obrigações em relação às áreas de preservação.

As contingências indicadas pelas empresas de capital aberto refletem essa diversidade de situações. A Neoenergia, por exemplo, tem nas suas demonstrações consolidadas uma provisão relacionada a um acordo feito em ação popular que pedia compensação dos impactos sócio-ambientais com a implantação da Usina Hidrelétrica de Itapebi. A "reserva" de R$ 19,76 milhões inclui elaboração de estudos, elaboração de manejo e proteção, além de novos projetos desenvolvidos com medidas ambientais compensatórias da exploração do potencial hidrelétrico. Os projetos foram implantados como condição da licença de operação do Ibama, órgão com o qual também foi feito acordo.

Outra empresa de energia elétrica, a Cemig, também registra contingência relacionada a usina. No caso, a construção e operação da usina Nova Ponte. Uma associação discute em ação civil pública indenização por suposto dano ambiental coletivo. A expectativa de perda é considerada possível e não provável. Com base nisso, a companhia não registra provisão.

Na Sabesp, a provisão de R$ 57,36 milhões no consolidado inclui vários processos administrativos e judiciais instaurados por órgãos de fiscalização e também pelo Ministério Público.

Maria Alice lembra que além da processos judiciais e administrativos, as companhias também contingenciam pagamento de compensação ambiental e valores aplicados em programas e medidas compensatórias na implantação de empreendimentos.

A CSN destaca entre suas provisões uma contingência ambiental de R$ 69,38 milhões relacionada a gastos com investigação e recuperação ambiental de potenciais áreas contaminadas em estabelecimentos da companhia no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.

O advogado Fernando Jacob Netto, do Marafon, Jacob Netto e Guariento Advogados lembra que, ao lado do Ministério Público, as organizações não-governamentais também levantam discussões judiciais. Além disso, as empresas também estão sujeitas a ser autuadas sobre o mesmo assunto por órgãos estaduais ou do governo federal. A legislação não define exatamente as atribuições de cada esfera administrativa e isso causa longas discussões no Judiciário.

Para Antonio Lawand, do escritório Braga & Marafon, a maior quantidade de processos administrativos e judiciais não acontece por acaso. Para muitos setores, diz ele, a certificação ambiental tornou-se uma forma de proteção ou de criação de novos mercados. Isso tornou um requisito de mercado o cumprimento de obrigações ambientais. "Para vender ao cliente final ou para comprar do fornecedor é muitas vezes necessário ter uma certificação do setor. E isso só é obtido por empresas que tornam essa informação mais transparente", explica Lawand.

Como resultado disso, acredita, o direito ambiental no Brasil está num momento de definição de critérios, no qual órgãos estaduais e federais têm baixado regulamentações e, com base nelas, acirraram a fiscalização, principalmente nos últimos três anos. Para Lawand, há um crescimento de autuações principalmente dos órgãos estaduais. "Além de gerar receita, é uma forma dos Estados protegerem seu patrimônio ambiental e, com isso, atrair mais investimentos."

Leonardo Dutra, gerente de serviços de sustentabilidade da Ernst & Young, acredita que há uma tendência clara de provisionar ou de mencionar nos balanços as contingências ambientais. Ele explica que há grande pressão pela divulgação dessas informações não só por investidores acionistas como para potenciais compradores do negócio. Para ele, estão mais sujeitas à formação de provisões as empresas de atividades que naturalmente trazem maior impacto ao meio ambiente, como óleo e gás, metalurgia, mineração e energia, entre outros.

Links

Sempre que posso indico nos links os textos do blog Não Posso Evitar. São texto muito bem produzidos e seu autor preparou uma série interessante sobre experimentos da psicologia. Abaixo três links do blog:

Os problemas e enganos da memoria

Phil Zimbardo e o efeito Lúcifer

A sobrevivência significava, assim, ter pouca informação sobre muita coisa, em vez de muita informação sobre pouca coisa.


O acaso na descoberta cientifica

Débito Direto Autorizado

O Débito Direto Autorizado vai substituir os boletos de papel por comandos eletrônicos. Opção estará disponível daqui a dois meses

Dentro de dois meses, uma nova forma de pagar as contas de pessoas físicas e jurídicas estará disponível no mercado: o sistema da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) começará oficialmente a emitir Débito Direto Autorizado, ou simplesmente DDA. Esse está sendo considerado um primeiro passo no caminho para eliminar o boleto bancário da forma que se conhece hoje – e que, nos anos 90, representou a primeira “revolução” no sistema de pagamentos.

Apesar da proximidade do nome, o novo sistema não tem nada a ver com o serviço de débito automático de faturas. O DDA prevê que, em vez de receber as cobranças na porta de casa, o cliente bancário as tenha disponíveis no sistema eletrônico da CIP, diretamente vinculado ao seu CPF ou CNPJ, e poderá acessá-las pelos meios bancários normais – internet ban­king, auto-atendimento físico, telefone ou diretamente nas agências.

Com isso, em três anos, a Fe­­de­ração Brasileira de Bancos (Febr­aban) espera automatizar e eliminar a geração em papel de até 50% das mensalidades de planos de saúde, prestações, faturas de cartão de crédito, financiamentos de casas e veículos, entre os vários outros tipos que fazem parte do sistema de pagamento cotidiano. Em 2008, essas cobranças geraram cerca de 2 bilhões de boletos de pa­­pel, número que pode ser traduzido em 1 bilhão de litros de água, 46 milhões de KW/hora e milhões de qui­­­logramas de dióxido de carbono. (...)

Vem aí a cobrança sem papel - 24/8/2009 - Gazeta do Povo


E redução de custo para os bancos.

Teste #136

Verifique a veracidade de cada uma das frases a seguir:

1. Lopes de Sá pode ter conhecido Santos Dumont?
2. Quando Iudicibus estudava contabilidade ele usava a HP 12C?
3. Eliseu Martins poderia ter estudado Teoria Contábil no seu Doutorado no livro de Hendricksen?

Resposta: Executivo do Citibank.

Professor

O mundo hoje vive a chamada Era do Conhecimento, cuja ênfase está na capacidade intelectual e no conhecimento como agentes para gerar riqueza, deste modo o poder se concentra nas mãos de quem possui um diferencial intelectual. Neste contexto, cresce a necessidade de qualificação profissional e exige-se a educação continuada. Assim acentua-se a importância de se ter professores competentes. Este trabalho busca elaborar um perfil de competências para atuação do profissional da área contábil na função de professor universitário no Distrito Federal. Estudadas as principais competências determinadas na literatura, propôs-se o seguinte perfil para a atuação destes professores: conhecimento técnico; capacidade de organizar e conduzir situações de aprendizagem; utilização de tecnologias; humildade e postura em sala de aula; gosto pelo ensino e interesse pelos alunos; multidisciplinaridade e interdisciplinaridade; multiculturalidade e interculturalidade; e capacidade de lidar com os deveres e dilemas éticos da profissão. Uma pesquisa de campo feita com 23 professores verificou que a maioria dos professores entrevistados possui as competências delineadas para o perfil requerido.

ENSINO DE CONTABILIDADE: UM PERFIL DE COMPETÊNCIAS PARA ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ÁREA CONTÁBIL NA FUNÇÃO DE PROFESSOR NO DISTRITO FEDERAL - Idalberto José das Neves Júnior e Luana Ascenso Lustosa (UCB)

Trabalho apresentado no Congresso USP de Contabilidade. O nível de confiança da pesquisa foi de 80%.

Ambiente e Balanço

Questão ambiental ganha importância nos balanços
Marta Watanabe, de São Paulo
24/08/2009 - Valor Econômico

O fenômeno é resultado da exigência cada vez maior dos investidores em relação a possíveis passivos ambientais

Questões ambientais começam a aparecer com mais frequência nos balanços das companhias abertas e a fazer parte das contingências, ao lado dos tradicionais passivos trabalhistas e tributários. Das 30 maiores empresas abertas, nove - Petrobras, Vale, Neoenergia, CSN, Eletropaulo, Sabesp, Ultrapar, Cemig e CPFL - já mencionam contingências ambientais em seus balanços financeiros. Dessas, só Cemig e CPFL não mantêm provisões para discussões na área.

O fenômeno é resultado da exigência cada vez maior dos investidores em relação a possíveis passivos ambientais. Outros fatores contribuem para isso, como a regulamentação mais rígida para contabilização das discussões ambientais e a fiscalização acirrada de órgão federais e estaduais, que têm resultado em maior volume de autuações e disputas.

A Neoenergia, por exemplo, tem em suas demonstrações consolidadas uma provisão relacionada a um acordo feito em ação popular que pedia compensação pelos impactos socioambientais causados pela implantação da usina hidrelétrica de Itapebi. A "reserva" de R$ 19,76 milhões inclui a elaboração de estudos e medidas ambientais compensatórias. Os projetos foram implantados como condição para concessão da licença de operação pelo Ibama.

A CSN destaca entre suas provisões uma contingência ambiental de R$ 69,38 milhões relacionada a gastos com investigação e recuperação ambiental de potenciais áreas contaminadas em estabelecimentos da companhia no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.

Para Antonio Lawand, do escritório Braga & Marafon, a maior quantidade de processos administrativos e judiciais não acontece por acaso. Para muitos setores, diz ele, a certificação ambiental tornou-se uma forma de proteção. Com isso, o cumprimento de obrigações ambientais passou a ser um requisito de mercado. "Para vender ao cliente final ou para comprar do fornecedor é muitas vezes necessário ter uma certificação do setor. E isso só é obtido por empresas que tornam essa informação mais transparente".

Sobre o Petrobrás

O secretário da Receita Federal concedeu uma entrevista ao Estado de São Paulo de domingo ('Grande contribuinte está no foco da Receita', Adriana Fernandes e Renata Veríssimo, 22/8/2009). A última pergunta foi sobre a questão tributária da Petrobrás. Veja a pergunta e a resposta:

Foi um equívoco permitir o ajuste da contabilidade para pagar menos tributo, como fez a Petrobrás?

O regime de caixa apenas posterga o pagamento do imposto para a data de liquidação das obrigações e aplica-se o câmbio do dia. Portanto, pode haver variações cambiais para cima e para baixo, refletindo na base de cálculo do imposto e no valor a ser recolhido. De acordo com o regime de caixa, a obrigatoriedade do recolhimento só se torna exigível a partir do ingresso efetivo dos recursos no caixa da empresa. Ao contrário do regime de competência, que independe da realização financeira das operações.


Ele respondeu a pergunta? É óbvio que não. Das duas uma: ou ele não entendeu o que estava sendo perguntado - e portanto não está preparado para o cargo que exerce - ou a pergunta não "deve" ser respondida. Opto pela segunda alternativa.

23 agosto 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Otimista

Nos últimos 10 anos houve uma profissionalização e uma internacional crescente entre as grandes empresas brasileiras. O que houve de mudanças relevantes no período?

- Acho que mudou, entre as empresas, a percepção da competitividade. O ambiente de negócios brasileiros nos últimos 10 anos se alterou na exata medida em que foram se abrindo os portos a todas as nações. E você se viu diante de um competidor chinês, americano, coreano, indiano, e tendo que compreender diferentes culturas e não tendo uma alternativa para competir senão com a melhoria de sua produtividade. As empresas brasileiras, em que pese não ter atingido ainda a melhor posição, deu um grande salto nessa melhoria de produtividade. Fez isso para sobreviver, caso contrário teria desaparecido. As empresas tiveram de aprender a fazer isso. Veja o setor agrícola. Houve saltos inimagináveis. Veja o ambiente contábil. Se você olhar, a convergência foi essencial. A contabilidade brasileira era muito específica. Era bem brasileira. A maneira de as empresas apresentarem seus balanços era de brasileiro para brasileiro. Agora é de brasileiro para o mundo. Contadores foram estudar as práticas mundiais. E fizeram isso com uma rapidez e uma competência incríveis. Olhe o balanço de uma Gerdau, de uma Vale... É o mesmo balanço que há nos EUA, para qualquer investidor. Basta ver que as ações de empresas brasileiras são mais negociadas nos EUA do que no Brasil. O padrão passou a ser um padrão mundial.


Antoninho Marmo Trevisan: “Brasil dá lições ao mundo na crise” - Agência Jornal do Brasil - 22/8/2009

Salário


O gráfico (fonte: The Economist via Boingboing) mostra quantos minutos são necessários para comprar um Big Mac. São Paulo, no final do gráfico, está dentro da média mundial, representada pela linha tracejada.

21 agosto 2009

Rir é o melhor remédio


Superman (adaptado)

Maldição do Petróleo

MOISÉS NAÍM - Petróleo pode ser uma maldição

O PETRÓLEO é uma maldição. Gás natural, cobre e diamantes também fazem mal à saúde de um país. Daí deriva uma percepção tão poderosa quanto contrária ao que afirma a intuição: os países pobres, mas ricos em recursos naturais, tendem a ser subdesenvolvidos não a despeito de suas riquezas minerais e em hidrocarbonetos, mas por causa delas. De uma maneira ou outra, o petróleo -ou ouro, ou zinco- empobrece. É um fato no qual pode ser difícil acreditar, e exceções como Noruega e EUA servem muitas vezes para argumentar que petróleo e prosperidade são de fato capazes de caminhar juntos.
A raridade dessas exceções, no entanto, não apenas confirma a regra como demonstra o que é necessário para evitar as consequências geradoras de miséria da riqueza em recursos naturais: democracia, transparência e instituições públicas efetivas que respondam às necessidades dos cidadãos. Trata-se de precondições importantes para os aspectos mais técnicos da receita, entre os quais a necessidade de manter estabilidade macroeconômica, administrar com prudência as finanças públicas, investir no exterior parte dos lucros extraordinários que os recursos propiciam, estabelecer fundos de reserva, diversificar a economia e garantir que a moeda local não atinja cotação alta demais.
Tudo isso parece sensato, e, já que Brasil e alguns outros países parecem destinados a se tornar importantes produtores de petróleo, poderemos observar alguns raros casos que servirão como teste para essas recomendações.
Infelizmente, para a maioria dos países subdesenvolvidos, as defesas sugeridas acima são tão utópicas quanto a meta mais ampla que elas supostamente deveriam ajudar a atingir. Países que já apresentem todas essas instituições não precisam se preocupar com a maldição dos recursos naturais. Para os demais, como no caso de uma doença do sistema imunológico, a maldição solapa a capacidade da nação para erguer defesas contra o problema. Poder concentrado, corrupção e a capacidade do governo para ignorar as necessidades da população tornam difícil resistir à maldição.
De 1975 para cá, as economias dos países subdesenvolvidos e ricos em recursos naturais cresceram mais devagar que as de nações que não podiam depender da exportação de minerais e matérias-primas. Mesmo quando acontece crescimento alimentado pelos recursos naturais, ele raramente propicia os plenos benefícios sociais do crescimento.
Um traço comum entre as economias dependentes dos recursos naturais é que elas tendem a manter taxas de câmbio que estimulam as importações e inibem as exportações de quase tudo mais que não sua principal commodity.
Talvez ainda mais significativo, a maldição do petróleo estimula um cenário político insatisfatório. Porque governos de países como esses não precisam tributar a população para arrecadar receitas fiscais gigantescas, seus líderes podem simplesmente ignorar os contribuintes e não lhes prestar contas; já estes, de sua parte, muitas vezes mantêm um relacionamento tênue e parasitário com o Estado. Dada a sua capacidade de alocar grandes recursos financeiros de forma praticamente ilimitada, esses governos inevitavelmente se tornam corruptos.
Será que devemos perder toda a esperança com relação aos países ricos em recursos naturais? Não exatamente. Chile e Botsuana se destacam como histórias de sucesso em continentes em que a maldição dos recursos naturais causou sérios estragos. Como eles conseguiram se proteger continua a ser um mistério. Desvendar o segredo que lhes permitiu escapar à maldição dos recursos poderia livrar milhões do contato com o excremento do diabo. Mas ninguém o fez até agora.

MOISÉS NAÍM é editor-chefe da revista "Foreign Policy". Este artigo foi publicado originalmente no "Financial Times". Tradução de PAULO MIGLIACCI
Folha de São Paulo - 21/8/2009

Valor justo e Mercado


Este gráfico é muito bom (clique na imagem para ver maior ou então clique aqui). Ele mostra o comportamento da SP500 nos últimos meses. Em destaque, situações sobre possíveis mudanças nas regras contábeis pelo Fasb/SEC no que diz respeito ao valor justo.

Na coluna policial...

Petrobrás diz que pediu dados de fichas à polícia de SP
Josmar Jozino e Marcelo Godoy
O Estado de São Paulo - 21/8/2009

A Petrobrás admitiu ter procurado delegados da Polícia Civil de São Paulo para obter dados de fichas criminais de cerca de 60 mil pessoas. Em nota oficial, a empresa informou ontem que “o levantamento de informações criminais é solicitado pela Petrobrás assim como faz a maioria das empresas brasileiras”. A Corregedoria da Polícia, com base em denúncia feita por dez policiais, abriu inquérito para investigar o suposto vazamento de dados e uma possível improbidade administrativa. Suspeita-se de que dois delegado teriam recebido remuneração por ficha consultada. A estatal nega ter pago pelos dados.

A nota da Petrobrás segue informando que o pedido de pesquisar os antecedentes criminais de funcionários e candidatos a emprego “é um procedimento para garantir a segurança das instalações, das operações e das informações da companhia”. De acordo com a estatal, “esta ação resultou, por exemplo, em 2009, na prisão de 38 fugitivos da Justiça”.

Segundo a denúncia recebida pela corregedoria, os agentes da Divisão de Capturas da Polícia Civil eram obrigados pelos delegados a consultar as fichas, sob a ameaça de transferência. Ao Estado, o diretor da divisão, Sérgio Abadalla, disse que mandou parar as pesquisas porque seriam “irregulares”.

Dinheiro público para o Futebol

Questão polêmica sobre a Copa do Mundo no Brasil é a presença do dinheiro público. Somente um contribuinte sonhador para achar que não haverá recurso do contribuinte desviado para o esporte. O texto a seguir mostra uma outra forma de colocar o nosso dinheiro no evento: através da isenção de impostos. Observe o interesse particular no primeiro trecho grifado. E a constatação que obras serão realizadas pelo Estado.


Uma questão de isenção
O Globo - 21/8/2009 - p. 34

A demora do governo federal em promulgar decreto-lei que isente as cidades-sedes da Copa de 2014 do pagamento de impostos na compra de materiais de construção pode comprometer a reforma do Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. O Internacional ameaça não seguir os prazos da Fifa, sob o risco, admitido, de perder o direito de sediar jogos do Mundial. A revelação, de Emídio Ferreira, vice de patrimônio do clube gaúcho, foi feita no II Seminário de Cidades-Sedes da Copa, que termina hoje no Rio.

— Se não houver isenção de impostos de importação, IPI, PIS e Cofins, o Inter deixa de se preocupar com a Copa — avisou Emídio. — Recebemos três vistorias da Fifa e estamos fazendo as adequações pedidas, mas não vimos movimento do governo federal para cumprir o que foi prometido no lançamento do PAC da Copa de 2014.

Segundo Emídio, nas legislações municipais e estadual do Rio Grande do Sul, já constam decretos prevendo a isenção. Falta o governo federal fazer o mesmo para facilitar a modernização do Beira-Rio, que passará de 58 mil para 62 mil espectadores — podendo receber uma semifinal — e instalação de uma cobertura, não exigida pela Fifa, mas reivindicada pelos 102 mil sócios do Inter. Os custos estão entre R$130 milhões e R$150 milhões.

Enquanto algumas cidades trabalham para reduzir custos e viabilizar financeiramente seus projetos, Brasília joga pesado para assegurar a abertura da Copa e superar as concorrentes São Paulo e Belo Horizonte. O Mané Garrincha, que terá 80% de sua estrutura reconstruída, é o estádio mais caro, estimado em R$700 milhões.

— A princípio é investimento público, mas não quer dizer que, após a Copa, não surja um investidor interessado em assumir a gestão — disse o arquiteto Eduardo Castro Melo, responsável pelo projeto do Mané Garrincha.

Os preparativos das cidades na parte de infraestrutura urbana preocupam os prefeitos, porque até agora o governo federal não divulgou quanto terá de recursos disponíveis para projetos de transportes dentro do Pac da Mobilidade Urbana. O tema foi debatido ontem em reunião da Frente Nacional de Prefeitos no Rio com representantes das cidades-sedes da Copa. No Rio, o prefeito Eduardo Paes reivindica cerca de R$700 milhões para o Corredor T-5 (sistema de ônibus-articulados ligando a Barra da Tijuca à Penha).

Teste #135

Segundo a Dow Jones, John Gerspach foi a pessoa que nos últimos seis meses mais apareceu nas manchetes internacionais associado ao termo accounting (contabilidade em inglês). Entretanto, Gerspach não possui verbete na Wikipedia. Quem é o misterioso Gerspach?

a) assessor do presidente Obama para assuntos contábeis
b) executivo do Citibank, instituição financeira
c) professor da London School e membro do comitê do Iasb
d) regulador do Fasb, responsável pela definição das regras de valor justo

Resposta do Anterior: Gregg ficou conhecido por ter sobrevivido ao acidente de matou a maioria dos jogadores do Manchester United. Thomas Taylor foi uma invenção. O correto é Contador, ciclista espanhol.