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21 julho 2012

Mestrado e Doutorado UnB/UFPB/UFRN


Já está disponível o edital de mestrado acadêmico (UnB/UFPB/UFRN) e doutorado do Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós Graduação em Ciências Contábeis da UnB, UFPB e UFRN.

Inscrições: 20/8/2012 a 21/9/2012.
Teste ANPAD: 16/9/2012
Prova escrita: 4/10/2012
Prova oral: 22 à 26/10/2012
Avaliação do pré-projeto: 5/11/2012
Avaliação de histótico e currículo: 9/11/2012
Data provável para a divulgação do resultado final: 19/11/2012

Deverá ser entregue, ainda, um comprovante de que realizou o Teste ANPAD a partir de 1 de janeiro de 2011 ou de que está inscrito para realizar o Teste na edição de setembro de 2012.

Informações sobre o Programa e(ou) Curso(s) podem ser obtidas na página eletrônica http://www.cca.unb.br ou na Secretaria do Programa.

24 março 2015

Aula Inaugural

Ontem tivemos a aula inaugural do Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências Contábeis da Universidade de Brasília. Durante mais de uma hora tivemos uma palestra do reitor da UnB, prof. Ivan Camargo (foto, de autoria do professor Jomar).

Estiveram presentes todos os docentes do programa, além dos alunos do mestrado e alguns do doutorado.

30 novembro 2011

Doutorado e a psicologia do sucesso



Postagem interessante e pertinente do blogueiro Rodolfo Araújo:


Acabo de levar um duro golpe: não fui aceito no processo seletivo para o
Doutorado em Administração da USP. Fiz as difíceis provas da ANPAD - nas quais
fui bem - e as específicas da Universidade - nas quais fui bem mais ou menos. De
qualquer forma, qualifiquei-me para a segunda fase. Elaborei o projeto de tese,
reuni a documentação necessária e fui adiante, sendo classificado para a
terceira fase, de entrevistas. Aí babou...

Dos onze candidatos, fui um dos quatro que não passaram. Não ver o seu nome numa lista de sete futuros Doutores é algo realmente desagradável, dadas as expectativas. Não importa quantas vezes você leia, seu nome não está lá. Então algo extraordinário aconteceu.

* * * * * * * * * *

Durante boa parte da minha vida fui considerado uma pessoa acima da média. Quem me acompanha há mais tempo aqui no Não Posso Evitar... sabe que não dou adepto da falsa modéstia, da humildade exagerada, tampouco do coitadismo.

Mas carregar o rótulo de pessoa inteligente tem seu preço: você não pode errar. Porque quando você erra, põe em dúvida seus títulos, suas conquistas, suas qualidades. Errar significa passar para o outro lado - do qual você definitivamente não quer fazer parte.

Ao menos enquanto você acreditar que a divisão entre os capazes e os
incapazes é fixa, imutável, eterna. E esta é uma mentalidade limitante, é o
mindset fixo.

Quem descreve muito bem esses tipos de pensamento é Carol
Dweck, em seu imprescindível Mindset: The New Psychology of Success (Ballantine Books, 2007). Para ela, ter um mindset fixo significa acreditar que as pessoas têm uma capacidade intelectual finita, determinada, rígida. O que você é hoje, você será para sempre.

Por outro lado, ter um mindset de crescimento envolve acreditar no constante aprendizado, na eterna busca por melhoria, no desenvolvimento diário, em todos os aspectos da sua vida. E isso inclui seus revéses: o erro, a perda e o fracasso. A diferença é que você enxerga tais efeitos colaterais como mais uma etapa - e não como destino final.

Uma das piores consequências do mindset fixo é o medo de errar, porque ele se
transforma em medo de tentar. Em
O Iconoclasta, o psiquiatra americano Gregory Berns escreve que uma das principais características das pessoas que fazem o que os outros diziam ser impossível é a forma como elas lidam com o medo. Quantas vezes você deixou de enfrentar um desafio pelo simples medo de fracassar? Pelo medo de se expôr? Pelo medo de parecer - ou de se sentir - menos apto, menos inteligente?

Só perde o pênalti quem bate o pênalti Pois quando você tem o mindset de crescimento, você vê seu fracasso por outra lente. Ele faz com que você busque as razões do erro, analise em que aspectos precisa melhorar, em que pontos deve evoluir. Tivesse eu num mindset fixo, estaria chorando na cama, que é lugar quente.

Tempos atrás, confesso, é bem provável que fosse este o meu desejo no
momento. Mas aprendi a encarar tais episódios de maneira bem diferente.

Melhor dizendo, escolhi encarar tais episódios de maneira diferente. E
esta transição foi algo bem mais simples do que você pode imaginar.

Não estou feliz por ter fracassado porque, no fim das contas, isso ainda não acabou. Em vez de pensar que não passei, prefiro pensar que não passei ainda. O "ainda" faz toda a diferença. E vida que segue...

(...)

ATUALIZAÇÃO: A leitora Isabel Sales, do blog Contabilidade Financeira, lembrou-me do elemento que falta nessa equação: o esforço. É ele que faz a diferença na performance, independentemente do seu grau de aptidão para qualquer que seja a tarefa. Quem tem o mindset de crescimento reconhece no esforço o caminho para a melhoria. Já quem tem o mindset fixo, vê o esforço como uma comprovação de que você não tem o talento inato - que é um bom começo, mas não é tudo.

03 setembro 2011

Mestrado e Doutorado - UnB, UFPB e UFRN

O prazo para inscrição no processo seletivo de 2012 para turmas de mestrado e doutorado do Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós Graduação em Ciências Contábeis da Universidade de Brasília, Universidade Federal da Paraíba e Universidade Federal do Rio Grande do Norte se encerra no dia 6 de setembro, nesta terça-feira. Entre outros requisitos, é necessário estar inscrito no Teste ANPAD, edição de setembro.

Acesse aqui o edital.

11 outubro 2007

Avaliação da Capes

Saiu a nova avaliação dos cursos de mestrados e doutorados da CAPES:

USP - nota 5
Fucape - nota 4
Unisinos - nota 4
Federal do Ceará - nota 3
UERJ - nota 3
UFRJ - nota 3
PUC/SP - nota 3
USP Ribeirão - nota 3
UniFECAP - nota 3
UFPR - nota 3
FURB - nota 3
UFSC - nota 3

Os cursos com nota 4, Fucape e Unisinos, terão condições de pleitear o doutorado.A USP, curso com nota 5, já possui o doutorado.

20 abril 2010

Rir é o melhor remédio

Num dia lindo e ensolarado, o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois, passou por ali a raposa e viu aquele suculento coelhinho, tão distraído, que chegou a salivar. No entanto, ela ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa:
R - Coelhinho, o que você está fazendo aí tão concentrado?
C - Estou redigindo a minha tese de doutorado - disse o coelho sem tirar os olhos do trabalho.
R - Humm .. . e qual é o tema da sua tese?
C - Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais de animais como as raposas.
A raposa fica indignada:
R - Ora! Isso é ridículo! Nos é que somos os predadores dos coelhos!
C - Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.
O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois ouvem-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio. Em seguida o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos da sua tese, como se nada tivesse acontecido. Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo então resolve saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:
L - Olá, jovem coelhinho. O que o faz trabalhar tão arduamente?
C - Minha tese de doutorado, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.
O lobo não se contém e cai na gargalhada com a petulância do coelho.
L - Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...
C - Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova. Você gostaria de me acompanhar à minha toca?
O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte. Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouvem-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e ... silêncio. Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redação da sua tese, como se nada tivesse acontecido... Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme LEÃO, satisfeito, bem alimentado e sonolento, a palitar os dentes.

MORAL DA HISTORIA:

- Não importa quão absurdo é o tema de sua tese.
- Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico.
- Não importa se os seus experimentos nunca cheguem a provar sua teoria.
- Não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos...
- o que importa é QUEM É O SEU ORIENTADOR...


Enviado por Isabel Henriques (grato)

30 março 2012

Venha competir no Programa Multi UnB, UFPB, UFRN - II

Fazer mestrado é difícil. Não posso falar do doutorado – ainda – mas o mestrado exige garra, determinação, bom humor. Ele espera que você seja inteligente, criativo e atento, mas, mais que nada, que haja resiliência. No meu Programa o curso dura, em média, dois anos. Eu tive que terminar antes para poder defender com o meu orientador na banca, já que ele iria (e foi) fazer um pós doutorado na Europa. Assim, para mim, foram 17 meses de curso.

Eu não posso reclamar da minha criação. Ou dos meus pais. Não tive maiores desafios, como o demonstrado em “Venha Competir no Programa Multi”. O que me assombra? Saúde. Ou a falta dela.

Acho que todos que acompanham o blog regularmente sabem o quanto considerei a pós graduação uma jornada gratificante. Os que me conhecem um pouco mais sabem que a caminhada foi árdua e que se não fossem as várias pessoas claramente listadas nos agradecimentos da minha dissertação, assim como os pequenos anjos que encontrei por aí, eu não teria terminado.

Meus parentes alimentam um relacionamento muito forte. Minha família materna é portuguesa, com direito a almoços dominicais, vinho, bacalhoada, vizinhos portugueses acompanhando. É tão natural que acho engraçado quando algum amigo frequenta a casa pela primeira vez e comenta o sotaque, pois, com raras exceções, me passa imperceptível.

Há exatamente um ano eu perdi o meu avô - para quem dediquei a minha dissertação. Isso foi no auge da minha pesquisa. Eu estava na biblioteca, polindo o referencial teórico, me preparando para mexer com a análise de resultados, quando o meu pai me ligou. Eu sabia que a ficha iria demorar um pouco a cair então eu mandei um e-mail para o meu orientador, outro para a minha turma avisando, guardei as minhas coisas, fui para o carro e desabei. Foi a primeira pessoa próxima e amada que perdi. Eu sofri e ainda choro muito quando penso nele - de orgulho e agradecimento, de saudade. Com o apoio dos meus amigos, com o suporte ao meu redor, voltei ao trabalho em mais ou menos quinze dias. Se não fosse a cobrança e a paciência do meu orientador...

Eu me lembro de que quando eu era pequena falava que seria professora e meu avô sorria orgulhoso. Ele não chegou a me ver dar aulas na Universidade de Brasília, ou me ver com o título de mestre. A defesa foi no dia seguinte ao que seria o aniversário de 95 anos dele. Foi a minha forma agradecer e homenagear: unindo a minha energia ao ciclo do meu avô. Foi triste e lindo ao mesmo tempo. Senti-me vitoriosa e em paz naquele dia.

Eu conheço muitos mestrandos que estão começando agora a jornada. Sei como é difícil dormir tentando estar preparado para os debates, querer não passar vergonha, achar motivação nas épocas de bloqueio quando temos que entregar páginas e páginas de pesquisa para o nosso orientador. Sei como dói seguir em frente, com a cabeça erguida, mesmo com o coração encharcado de lágrimas.

Ano passado foi um dos mais difíceis que tive. Foi o ano em que fui titulada. E valorizo: a conquista do meu sonho. Nem todos têm a chance ou a vontade de agir e realmente perseguir um sonho. Eu consegui. Foi difícil, mas deu certo. Tornou-se uma paixão.

Perguntam-me frequentemente o que é mais importante para se preparar para um mestrado, como agir na entrevista, o que fazer. A minha resposta: perseverança. É isso o que mais importanta. Não é o seu inglês, ou os seus certificados, nem mesmo os seus artigos publicados. De nada vale isso a não ser que você saiba claramente a resposta para esta pergunta: Quando os sinais parecem dizer para você desistir, o que você faz?

10 março 2017

Reconhecimento

A Portaria 326, de 9 de março de 2017, publicada no Diário Oficial da União de hoje, "Reconhece programas de pós-graduação stricto sensu recomendados pelo Conselho Técnico-Científico - CTC da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES na 156a Reunião, realizada no período de 8 a 12 de dezembro de 2014".

Os cursos reconhecidos na nossa área são:

Mestrado em Contabilidade da UFRN
Mestrado da Unioeste
Mestrado em Controladoria da UFRPE
Mestrado/Doutorado da UFPB/JP
Mestrado/Doutorado da UnB

18 julho 2016

Lauro Morhy


Depois de uma luta de anos contra o câncer, faleceu neste final de semana o ex-reitor da Universidade de Brasília, professor Lauro Morhy. Apesar de atuar na área de biologia, Morhy tinha o curso de técnico em contabilidade.

Durante seu mandato de reitor, um grupo de professores de quatro universidades federais tiveram uma ideia estranha: juntar os professores das instituições e propor um mestrado em contabilidade. Naquela época existiam quatro mestrados reconhecidos no Brasil, dois na cidade do Rio de Janeiro e dois na cidade de São Paulo. O projeto era muito maluco, mas contou com o amplo apoio do então reitor da UnB, que era adepto de ideias inovadoras. A proposta resultou no mestrado (e posterior doutorado) multi.

Muitos anos depois, já doente, o professor Lauro foi lembrado para a banca de doutorado do professor Eduardo Tadeu Vieira. Não somente compareceu, como contou histórias sobre o ensino superior.

Ele inspirava as pessoas. Irá fazer muita falta. 

09 novembro 2012

O Declínio dos Programas de Doutorado nos EUA


O gráfico abaixo mostra o número quinquenal médio de doutores formados nos programas de contabilidade dos Estados Unidos. 

No final da década de 1980 quase 200 novos doutores eram titulados naquele país. Dez anos depois este número começou a cair, atingindo uma média de 116 novos doutores em 2003. A partir daí um pequeno crescimento, chegando a titular 140 novos doutores em 2008.

É bem verdade que o número ainda é expressivo; fazendo uma comparação, o Brasil deve ter algo em torno de 250 doutores, o que significa dois anos de titulação dos programas dos Estados Unidos. Mas a economia daquele país é sete vezes maior que a nossa. E eles possuem 103 programas, ativos e inativos, de doutorado (nós temos cinco).

O fato é que se observou, no longo prazo, uma redução no número de novos doutores naquele país; é ruim, pois pode comprometer a pesquisa contábil futura. Além disto, a profissão perde status. Fogarty e Holder fizeram uma análise histórica e mostraram que os programas mais conceituados tiveram uma pequena perda, mas que os programas menos conceituados titularam novos doutores. Ou seja, os programas com qualidade mediana foram aqueles que mais perderam durante o período.

No caso brasileiro, provavelmente o número de novos doutores deve aumentar nos próximos anos. Afinal, existe uma grande demanda reprimida de professores que desejam esta titulação e de faculdades que precisam do status de um doutor. Mas no mestrado aparentemente haverá uma redução na demanda nos próximos, uma vez que os atuais programas já conseguem absorver os candidatos. Ou seja, hoje os candidatos ao mestrado são alunos que saíram recentemente da graduação e desejam enveredar pela pesquisa contábil. 


Leia mais em FOGARTY, T; HOLDER, A. Exploring accounting doctoral program decline. Issues in Accounting Education, v. 27, n. 2, p. 373-397. 

04 março 2011

Filho de Kadafi investigado por plágio

Filho de Kadafi investigado por plágio em sua tese de doutorado

Fonte: O Globo

Diante de um escândalo envolvendo acusações de plágio na tese de doutorado defendida em 2007 pelo filho preferido do ditador Muamar Kadafi, a London School of Economics (LSE), prestigiosa instituição britânica, está empregando esforços para desvincular sua imagem do regime líbio.

Além de afirmar que está investigando acusações de que Saif al-Islam tenha copiado ou contratado um ghostwriter para escrever o trabalho de 429 páginas - que disserta principalmente sobre o direito de todos os indivíduos a participar do poder político - a LSE anunciou o corte de todos os laços financeiros com a família Kadafi.

A instituição havia aceitado - sob protestos de um único professor - uma doação de 1,5 milhão de libras (cerca de R$ 4 milhões) de uma organização comandada por al-Islam, mas a LSE afirma que, até hoje, recebeu apenas 300 mil libras do filho do ditador.

Essa soma será agora empregada num programa de bolsas de estudos destinadas a estudantes líbios, e a direção afirmou que não cobrará da Fundação Kadafi para o Desenvolvimento de Caridade Internacional o resto do valor prometido.

Na semana passada, estudantes da LSE haviam ocupado a sala dos professores e o escritório do diretor em protesto à associação da imagem da universidade ao regime de Trípoli.

- Os alunos estão dizendo: 'É dinheiro sujo, devolva' - afirmou Charlotte Gerada, presidente do grêmio estudantil. - A LSE tem orgulho de ser comprometida com a justiça social e os princípios democráticos, e nós deveríamos pensar com mais cuidado sobre a origem do dinheiro que aceitamos.

Para o diretor da instituição, Howard Davies, a doação foi um risco que se voltou contra eles.

- Não estou envergonhado pelo que fizemos com o dinheiro, mas está claro que ele vem de uma fonte com a qual não queríamos estar associados atualmente - explicou Davies.

Um dos mentores de al-Islam na escola, David Held lamentou o caminho escolhido pelo jovem, que é descrito pelo professor como "uma pessoa dividida entre a lealdade à família e o desejo de seu país".

- Os eventos recentes mostram que ele, tragicamente, mas fatalmente, fez as escolhas erradas - julgou Held.

Ironicamente ou não, o conteúdo de sua tese, "O Papel da Sociedade Civil na Democratização de Instituições Globais", contrasta profundamente com a mais recente imagem de al-Islam mostrada ao mundo.

Apesar de ter levado anos para construir uma reputação de reformista e aberto a mudanças políticas - o que lhe rendeu um bom trânsito com lideranças ocidentais - na hora do aperto, al-Islam foi à televisão alertar que "rios de sangue correriam" caso os rebeldes continuassem a tentar derrubar o governo. A mesma pessoa que, quatro anos antes, defendia em sua tese que "a liberdade é um direito inalienável dos indivíduos, e um governo justo deve protegê-la em sua Constituição e em suas leis".

O escândalo estourou quando um grupo de blogueiros afirmou ter encontrado 17 plágios na tese, que tem como base os autores John Rawls, David Hume e Ned McClennen.

Postado por Isabel Sales. Indicado por Glauber Barbosa, a quem agradeço.

(Leia mais aqui)

14 junho 2020

Curso de doutorado

A Nature fez uma pesquisa com mais de 6 mil estudantes de doutorado. Algumas conclusões interessantes. Eis uma delas:
Segundo os respondentes, a carga horária de dedicação necessária ultrapassa a 40 horas.

08 julho 2011

Rir é o Melhor Remédio

Um guia ilustrado sobre o doutorado

Imagine um círculo que contêm todo o conhecimento humano:


Quando você termina o ensino fundamental, você sabe um pouquinho:


Ao terminar o ensino médio,, você sabe um pouco mais:


Com um grau de bacharel, você ganha uma especialidade:


Um grau de mestre aprofunda essa especialidade:


Ler pesquisas te leva à extremidade do conhecimento humano:


Uma vez que você está na fronteira, você foca:


Você empurra a fronteira por alguns anos:


Até que um dia a fronteira te dá passagem:


E esse entalhe que você fez é denominado doutorado:


Obviamente agora o mundo se aparenta diferente para você:


Então não se esqueça da visão geral:


Continue sempre a se esforçar! Keep pushing.

Publicado por Isabel Sales. Indicado por Ednilto Tavares Júnior. Grata.
Fonte: aqui.

08 março 2019

Mais mulheres com doutorado

O gráfico mostra a participação crescente das mulheres nos títulos de doutorado no Brasil. Em 2017, 54% eram mulheres. Inclui Mariana Pereira Bonfim, Ilka Gislaine de Melo Souza, Ivone Vieira Pereira, Adriana Isabel Backes Steppan, Edzana Roberta Ferreira da Cunha Vieira e Fernanda Fernandes Rodrigues

13 maio 2018

Presença do gênero feminino entre os discentes

Objetivo: apesar de existirem movimentos em direção à igualdade de gêneros quanto ao acesso à educação e às oportunidades no mercado de trabalho, a escassa presença da mulher em profissões que no passado eram, predominantemente, masculinas ainda pode persistir. Assim, este estudo objetiva verificar a presença do gênero feminino entre os discentes dos programas de pós-graduação em Ciências Contábeis do Brasil, no período de 2010 a 2016.

Método: na Plataforma Sucupira, foram selecionados os 26 cursos de mestrado acadêmico, os 5 de mestrado profissional e os 13 de doutorado em Ciências Contábeis credenciados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e com dados disponíveis para a pesquisa até 2016. Nesses, identificou-se um total de 3.013 discentes ingressantes, 2.058 de mestrado acadêmico, 530 de mestrado profissional e 451 de doutorado.

Resultados: os resultados da pesquisa indicam que o número de discentes do gênero feminino ingressantes nos programas de pós-graduação em Ciências Contábeis no Brasil são inferiores ao de discentes do gênero masculino, no período analisado, com visíveis diferenças regionais.

Contribuições: conclui-se que a presença do gênero feminino entre os discentes dos programas pesquisados tem evoluído, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para alcançar a igualdade de gêneros, o que é especialmente relevante se for considerado que isso pode se refletir em posteriores oportunidades de trabalho, uma lacuna de pesquisa a ser investigada.


Presença do Gênero Feminino entre os Discentes dos Programas de Pós-Graduação de Ciências Contábeis no Brasil
Daniele Cristina Bernd, Marcielle Anzilago, Ilse Maria Beuren

Fonte: Aqui

27 janeiro 2017

Formato da Tese

Um texto bem interessante sobre o formato da tese foi publicado pelo Scielo. Lilian Nassi-Calò faz uma análise entre os dois formatos típicos. Antes disto, a autora apresenta um dado horripilante:

O editorial da edição da Nature de 7 de julho de 20161 traz um dado peculiar: “de acordo com estatísticas frequentemente citadas que deveriam ser verdadeiras, mas provavelmente não são, o número médio de pessoas que leem uma tese de doutorado do início ao fim é 1,6, e isso inclui o autor”.

Baseado na minha experiência, que leio as teses dos meus orientandos e das comissões que participo, acredito que este número seja verdadeiro. Principalmente quando o trabalho possui mais de duzentas páginas e você é convidado para avaliar do trabalho. Isto é ajudado pelo número crescente de trabalhos científicos - sobra menos tempo para ler tudo que queremos - e pelo aumento no número médio de páginas:

Informação da maior base de dados de teses de doutorado, ProQuest, situada em Ann Arbor, Michigan, EUA, indica que o número médio de páginas de uma tese aumentou de cerca de 100 nos anos 1950 para ao redor de 200 atualmente


A defesa pode ser aberta ao público, como geralmente ocorre no Brasil, mas pode acontecer através de comentários por escrito, como na Austrália. Os dois tipos de formatos são: (a) tradicional, onde o trabalho possui uma longa introdução, um extenso referencial teórico, o método e os resultados; (b) formato de capítulos por artigos. No segundo caso, o candidato publica ou redige artigos decorrentes da pesquisa, junta o material, faz uma contextualização inicial e uma conclusão.

A CAPES, órgão que atribui conceitos aos cursos de pós-graduação em todo o país, reconhece esta modalidade de tese, assim como a FAPESP e Fundações de Amparo à Pesquisa de outros estados, na concessão de bolsas e auxílios. O fato de o candidato ter trabalhos publicados em periódicos bem avaliados, entretanto, não o isenta da defesa da dissertação ou tese, que deve ocorrer de acordo com os critérios estabelecidos pela instituição de ensino superior.


Durante toda minha vida acadêmica lidei, como aluno e docente, com o primeiro formato. Agora, no programa de pós-graduação da minha instituição, como coordenador do curso, estou participando do processo de implantação do segundo formato.

Esta modalidade é vista com bons olhos por pesquisadores e estudantes, uma vez que estimula a publicação de artigos e é menos trabalhoso que redigir 200 páginas de uma tese.


Existem críticas a este formato:

Shirley Tilghman, biologista molecular e ex-presidente da Universidade Princeton, em New Jersey, EUA, entretanto, não é favorável à adoção do formato alternativo de teses, pois “elas demonstram a habilidade do candidato em definir o contexto de uma questão, descrever em detalhes o propósito e a execução e chegar a uma conclusão com base nos resultados obtidos”.


Minha experiência mostra que o formato de artigos pode ser interessante por cinco motivos principais: (a) após a defesa no formato tradicional é muito difícil incentivar o aluno a publicar seu trabalho; (b) somos avaliados pela publicação e esta não pode ser muito distante no tempo da defesa - o formato do artigo a publicação será mais rápida; (c) os artigos são mais lidos e citados; (d) pode ajudar os avaliadores com uma visão prévia da qualidade da tese (imagine uma tese com três artigos publicados em periódicos internacionais de primeiro nível...); (e) aproxima mais o orientador do aluno.

O que estamos experimentando é mudar somente o formato. Ainda haverá o processo de defesa, com uma comissão examinadora. Os artigos irão precisar de um cuidado metodológico e científico. Talvez crie uma dificuldade de entrelaçar as pesquisas. Mas não custa tentar.

29 agosto 2014

Massayuki Nakagawa


Massayuki Nakagawa foi meu professor durante o doutorado. Recordo bem quando, após uma apresentação de um trabalho para sua disciplina, nos aconselhou a aproveitar devidamente o tempo disponível - ainda faltavam dez minutos. O trabalho apresentado deveria ter duas horas de apresentação.

Depois fomos colegas na comissão de especialistas do Ministério da Educação (MEC) responsável pela mudança na estrutura curricular, incluindo a obrigatoriedade da disciplina de Teoria da Contabilidade. Ele convidou doutores jovens para compor esta comissão e permitia uma discussão livre e inclusiva dos assuntos. O incentivo a participação de todos era estimulante.

Minha admiração por sua trajetória cresceu em razão das suas posições firmes: quando todos na sua universidade eram partidários xiitas de certo sistema de custo, Massayuki ousou defender o ABC. Formou-se em Contabilidade pela Fecap em 1952, tendo concluído o mestrado em 1976 e o doutorado em 1987. Foi chefe de Departamento de Contabilidade da USP.

Quando montamos o curso com a UFRN e UFPB, Massayuki sempre esteve presente nos convites de banca. Jovem, eternamente jovem.



Pena.


Massayuki Nakagawa 1928-2014

01 abril 2011

Reagir ou ficar indiferente?

Robert Kaplan é um dos cientistas influentes da historia da contabilidade. Depois de escrever um livro de contabilidade gerencial, com uso de método quantitativo, que tive a oportunidade de estudar durante meu doutorado, ele se uniu a Robert Cooper para criar a estrutura conceitual do custeamento por atividades (ABC). Isto após escrever Relevance Lost, uma das obras mais polêmicas da contabilidade gerencial. Mais adiante, já na década de 1990, juntamente com David Norton, propôs o Balanced Scorecard. Recentemente divulgou, com Anderson, um livro sobre o ABC simplificado.

No número de março de 2011 do periódico Accounting Review (1), Kaplan faz um balanço atual, honesto e crítico da pesquisa contábil. O texto deveria ser leitura obrigatória para os estudantes de mestrado e doutorado (2).

Fazendo um apanhado dos últimos quarenta anos de pesquisa contábil, podemos notar forte viés para pesquisa entre informação e mercado. Isto inclui tópicos como evidenciação, anomalias ou accruals.

Entretanto, mesmo com esta grande quantidade de pesquisa, Kaplan afirma que raramente isto contribui com a inovação e o avanço da prática contábil. ´Acadêmicos têm contribuído com a prática dos reguladores contábeis testando as reações dos padrões propostos e implementados e comunicados´, afirma Kaplan. A pesquisa tornou-se um fenômeno de estudos estatísticos, usando dados históricos. ´Uma característica destas pesquisas é a existência de múltiplas tabelas´.

Uma análise dos artigos submetidos na Accounting Review mostra uma grande parcela de pesquisas usando o método ´empirical-archival´.

Entretanto, a agregação do conhecimento quando lemos mais um artigo sobre accruals é reduzida. Isto significa que as pesquisas são reativas, estudando o que já existe, mas não contribuindo com o avanço da prática contábil. Kaplan estranha isto, já que nos últimos anos muitas coisas ocorreram na contabilidade. Em outras palavras, os pesquisadores estão perdendo uma oportunidade ao se tornarem desconectados da prática.

Ele cita como exemplo a questão do risco. Apesar de sua relevância, os reguladores (Iasb e Fasb) debatem ainda a avaliação de ativos e passivosa, mas não seus riscos. Citando o valor justo, para Kaplan a profissão contábil não está preparada para usar este conceito. Os contadores delegaram a outros a tarefa de aplicar o valor justo. Kaplan lança dúvida se os contadores possuem condição de validar as estimativas realizadas no seu cálculo. Isto ocorre em razão de não sabermos economia, matemática e estatistica na quantidade suficiente.

Assim, como no livro Relevance Lost, neste artigo ele faz uma crítica a pesquisa contábil. Resta saber se iremos reagir ou manter nossa indiferença.

(1) Accounting Scholarship that advances professional knowledge and practice. Accounting Review. vol 86, n2 p. 367-383
(2) Aos leitores interessados posso encaminhar o arquivo em PDF.

20 março 2011

Nossa pequena Harvard

Por Pedro Correia

Excelente reportagem da revista Veja sobre o IMPA:

Escondido em meio à Floresta da Tijuca e pouco conhecido até mesmo dos cariocas, o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada rivaliza em excelência com as melhores universidades americanas.

Embora não seja muito conhecido entre os próprios cariocas, o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) é unanimemente apontado entre os especialistas como um dos principais centros de pesquisa do mundo. Ancorado em sólida produção científica, exibe uma performance surpreendente, ultrapassando índices de departamentos de universidades americanas como Harvard, Princeton e Berkeley. Segundo dados da American Mathematical Society, a instituição brasileira publica, em média, 2,03 artigos relevantes por pesquisador ao ano, enquanto Harvard alcança 1,89 e Princeton, 1,83. “Sempre buscamos a excelência, e essa performance é apenas o resultado desse compromisso”, orgulha-se o diretor César Camacho.

O Impa tem formado sucessivas gerações de gente que faz diferença. O mais reconhecido é Jacob Palis, 71 anos, tido como gênio mundial dos sistemas dinâmicos. No ano passado, Palis, doutor por Berkeley, nos Estados Unidos, foi agraciado com o Prêmio Balzan, uma das principais distinções europeias. Além de ser o primeiro brasileiro a receber a honraria — e o 1,2 milhão de reais que a acompanha — , Palis tornou-se o sétimo matemático a entrar para o grupo de agraciados. Empenhado em transmitir seus conhecimentos, ele se emociona ao relembrar que orientou 41 teses de doutorado ao longo da carreira. Desde então, esses mesmos doutores já formaram outros 150 matemáticos do instituto. “Essa é a essência do conhecimento, em que os mais experientes formam os mais jovens, sucessivamente”, resume.

Nas grandes universidades do mundo, os pesquisadores de ponta gozam de uma invejável independência, seja para dispor de seu tempo, seja para escolher os rumos de seu trabalho. O mesmo acontece com os matemáticos da ilha de excelência carioca. O fato de não terem de dar aulas para graduação lhes permite uma maior dedicação a seus próprios projetos. É curioso observar que, frequentemente, um estudante de determinada área não entende absolutamente nada das outras. “Eu sou da computação gráfica e as outras especialidades são praticamente outra língua para mim”, confessa Diego Nehab. Aos 34 anos, ele é representante da nova geração de estudiosos do instituto. Doutorou-se em Princeton e passou pelo centro de inovação da Microsoft, na costa oeste americana. Com tantas credenciais, Nehab poderia ter continuado nos Estados Unidos, mas, quando soube da vaga, decidiu que era a hora de voltar. “Aqui tudo funciona. Os equipamentos são ótimos”, diz ele. Trajetória semelhante teve Carolina Araújo, de 34 anos. Como Nehab, ela fez doutorado em Princeton. Lá, sua sala ficava no mesmo andar do escritório de John Forbes Nash, ganhador do Nobel de Economia em 1994 — e inspirador do filme Uma Mente Brilhante. “Ele ia diariamente à universidade. Sempre nos cumprimentávamos”, recorda. A perspectiva de desenvolver projetos na área de geometria algébrica a animou a trocar os Estados Unidos pelo Rio. Com isso, tornou-se também a única mulher a ocupar um posto na elite do Impa.

Presenças marcantes no belo câmpus do Horto, os estrangeiros parecem se sentir em casa. Adepto de um uniforme pouco usual entre as estrelas acadêmicas de seu país, o argentino Reimundo Heloani, de 33 anos, percorre os amplos corredores do instituto de camiseta, bermuda e chinelo de dedo, aliás um visual comum por ali, principalmente entre os expatriados. Com especialização no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e em Berkeley, escolheu o Brasil para fazer suas pesquisas em uma área aqui ainda pouco explorada, a física matemática.