1º Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
2º Universidade de São Paulo (USP)
3º Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
4º Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP)
5º Universidade de Brasília (UNB)
6º Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
7º Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
8º Universidade Federal do Paraná (UFPR)
9º Universidade Federal da Bahia (UFBA)
10º Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)
19 setembro 2016
18 setembro 2016
Links
Nomura e o Default da China: será possível que a segunda maior economia do mundo está falida?
As sementes da corrupção
Vantagens (tem?) e desvantagens do Ebitda
O desenho da disposição dos representantes no parlamento de diferentes países (inclui o Brasil, figura)
Plágio no discurso do presidente da Nigéria (fonte: Obama, 2008)
É bom um ditador ter um amigo ditador
As sementes da corrupção
Vantagens (tem?) e desvantagens do Ebitda
O desenho da disposição dos representantes no parlamento de diferentes países (inclui o Brasil, figura)
Plágio no discurso do presidente da Nigéria (fonte: Obama, 2008)
É bom um ditador ter um amigo ditador
Impacto dos artigos de contabilidade
Em “O QUALIS REFLETE O IMPACTO DOS ARTIGOS DE REVISTAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE?” Soares e Casa Nova apresentam uma interessante (e importante) pesquisa sobre os artigos publicados no Brasil. Os autores levantaram os textos publicados entre 2007 a 2012, totalizando mias de três mil artigos de 38 periódicos. Usando o Google Scholar, Soares e Casa Nova verificaram se a publicação num periódico melhor classificado na listagem do Qualis significaria mais citações. A resposta obvia seria sim.
Com base nessa análise, é possível concluir que a estratificação de Qualis reflete o impacto das revistas apenas nos estratos mais altos, e que não é possível dizer que haja essa diferenciação nos estratos B3 a C. Evidentemente, há algumas explicações para essa conclusão, que podem ser testadas em pesquisas futuras. As revistas da amostra classificadas nos estratos B3 a C são, em média, mais jovens que as dos estratos mais altos.
Além disto,
há diferenças entre as médias de citações dos artigos publicados em revistas mantidas por diferentes organizações. Em ordem descrescente, encontra-se a média de citações dos artigos publicados em revistas mantidas por instituições de ensino com programas de pós-graduação em Contabilidade, seguida da média de citações dos artigos publicados em revistas mantidas por associações ou conselhos de classe e, por último, a média de citações de artigos publicados por revistas de instituições de ensino sem programas de pós-graduação em Contabilidade.
Uma pesquisa original e muito importante para todos nós. (Muito embora os autores não destaquem isto na relevância do texto).
Com base nessa análise, é possível concluir que a estratificação de Qualis reflete o impacto das revistas apenas nos estratos mais altos, e que não é possível dizer que haja essa diferenciação nos estratos B3 a C. Evidentemente, há algumas explicações para essa conclusão, que podem ser testadas em pesquisas futuras. As revistas da amostra classificadas nos estratos B3 a C são, em média, mais jovens que as dos estratos mais altos.
Além disto,
há diferenças entre as médias de citações dos artigos publicados em revistas mantidas por diferentes organizações. Em ordem descrescente, encontra-se a média de citações dos artigos publicados em revistas mantidas por instituições de ensino com programas de pós-graduação em Contabilidade, seguida da média de citações dos artigos publicados em revistas mantidas por associações ou conselhos de classe e, por último, a média de citações de artigos publicados por revistas de instituições de ensino sem programas de pós-graduação em Contabilidade.
Uma pesquisa original e muito importante para todos nós. (Muito embora os autores não destaquem isto na relevância do texto).
17 setembro 2016
Fato da Semana: CBC
Fato: Congresso Brasileiro de Contabilidade
Data: Terceira semana do mês de setembro de 2016
Precedentes: O Congresso Brasileiro de Contabilidade teve seu início na década de 20 do século passado. Desde então, tornou-se um evento dos profissionais de contabilidade. No penúltimo congresso a organização convidou um astronauta de foi financiado com dinheiro público (e não trouxe nenhum benefício para a ciência brasileira), um ex-presidente dos EUA, um senador da república que não acredita em contabilidade e contador, entre outros. Agora, em Fortaleza, a organização chama um ex-criminoso contábil para fazer palestra sobre governança corporativa. E faz sorteios de automóveis para os participantes. Apesar disto, o dinheiro do Conselho (ou melhor, o nosso dinheiro) faz um evento grandioso, com o encontro de muitas pessoas.
Notícia boa para contabilidade? Este blog é bastante crítico de um congresso que traz um "gringo manipulador" para falar para brasileiros. Mas num momento de grande crise, conseguir reunir sete mil pessoas (segundo a organização) é um feito.
Desdobramentos - Em 2020 outro congresso, em outro lugar paradisiaco.
Mas a semana só teve isto? A compra do Valor pelo grupo O Globo e o pagamento de uma garantia de 1,5 bilhão foram dois eventos relevantes.
Data: Terceira semana do mês de setembro de 2016
Precedentes: O Congresso Brasileiro de Contabilidade teve seu início na década de 20 do século passado. Desde então, tornou-se um evento dos profissionais de contabilidade. No penúltimo congresso a organização convidou um astronauta de foi financiado com dinheiro público (e não trouxe nenhum benefício para a ciência brasileira), um ex-presidente dos EUA, um senador da república que não acredita em contabilidade e contador, entre outros. Agora, em Fortaleza, a organização chama um ex-criminoso contábil para fazer palestra sobre governança corporativa. E faz sorteios de automóveis para os participantes. Apesar disto, o dinheiro do Conselho (ou melhor, o nosso dinheiro) faz um evento grandioso, com o encontro de muitas pessoas.
Notícia boa para contabilidade? Este blog é bastante crítico de um congresso que traz um "gringo manipulador" para falar para brasileiros. Mas num momento de grande crise, conseguir reunir sete mil pessoas (segundo a organização) é um feito.
Desdobramentos - Em 2020 outro congresso, em outro lugar paradisiaco.
Mas a semana só teve isto? A compra do Valor pelo grupo O Globo e o pagamento de uma garantia de 1,5 bilhão foram dois eventos relevantes.
16 setembro 2016
Quando você espera a amortização
Quando o preço do seu principal produto sofre uma queda no mercado é natural que a empresa faça as contas sobre a capacidade de geração de caixa futura dos ativos. Se a redução é muito expressiva, certamente a isto irá provocar a constatação de que muitos destes ativos não possuem potencial para gerar riqueza. O teste de recuperabilidade irá determinar que alguns destes ativos (ou parte deles) devem ser reconhecidos como perda.
É o que ocorreu com a Vale no ano passado. Diante da queda expressiva do preço dos minérios, a empresa reconheceu que parte dos seus ativos não possuía valor econômico e reconheceu isto com uma amortização de R$36 bilhões no final de 2015.
Mas parece que isto não está ocorrendo com a Exxon Mobil, segundo notou o Wall Street Journal (via aqui). Apesar da queda nos preços do petróleo, a empresa não fez uma grande amortização das suas reservas. E isto tem chamado a atenção dos analistas – e também do procurador-geral de Nova Iorque. O agravante é que a empresa comprou a XTO Energy, de exploração de xisto. Apesar de parecer que a amortização seria inevitável, a Exxon não fez ainda.
É o que ocorreu com a Vale no ano passado. Diante da queda expressiva do preço dos minérios, a empresa reconheceu que parte dos seus ativos não possuía valor econômico e reconheceu isto com uma amortização de R$36 bilhões no final de 2015.
Mas parece que isto não está ocorrendo com a Exxon Mobil, segundo notou o Wall Street Journal (via aqui). Apesar da queda nos preços do petróleo, a empresa não fez uma grande amortização das suas reservas. E isto tem chamado a atenção dos analistas – e também do procurador-geral de Nova Iorque. O agravante é que a empresa comprou a XTO Energy, de exploração de xisto. Apesar de parecer que a amortização seria inevitável, a Exxon não fez ainda.
15 setembro 2016
Desempenho das Empresas e Economia
É algo óbvio que o desempenho de uma empresa depende do que está ocorrendo na economia. Quando existe crescimento econômico, espera-se que as receitas cresçam e os lucros aumentam.
Esta semana o Valor Econômico divulgou os resultados anuais de mil empresas brasileiras. Entre as informações, a principal medida de desempenho de uma entidade: o resultado líquido. Neste quesito, o resultado de 2015 indica um prejuízo somado de 81,6 bilhões de reais. Deste total, a Petrobras responde por 43% ou R$35,2 bilhões. Somando com o resultado da Vale tem-se um subtotal de prejuízo de 80 bilhões. Antes de concluir que o prejuízo somado das mil empresas se deve a estas duas empresas é preciso notar que o Valor não considerou o resultado da empresa Sete Brasil, por alguma razão não explicada pelo jornal. O prejuízo desta empresa, quando somado, elevaria o prejuízo acumulado em 117 bilhões de reais!
Para verificar esta relação, tomei os dados de resultado líquido de 1999 até 2015, segundo apurado pelo Valor Econômico. A evolução encontra-se no gráfico abaixo, na linha azul (valores em R$ bilhões):
Com estas informações, calculei uma regressão com os dados do ano e a variação do PIB (Produto Interno Bruto, a informação mais relevante sobre a economia de um país). O resultado foi que a regressão tinha um r-quadrado de 0,59 e as variáveis mostraram um valor adequado. Se a regressão for calculada somente com a variação do PIB, o r-quadrado aumenta para 0,70; ou seja, ficou melhor ainda. Com os dados da primeira regressão, calculei o lucro “previsto” (na verdade calculado) para os anos de 1999 a 2015. O resultado está no gráfico na linha vermelha. Para a segunda regressão tivemos o segundo gráfico, apresentado a seguir:
Em ambos os gráficos é possível notar que o ano de 2009 destoa. Mas que a previsão para 2015 é melhor: 89 bilhões de prejuízo no modelo versus 82 bilhões apurado pelo Valor.
Esta semana o Valor Econômico divulgou os resultados anuais de mil empresas brasileiras. Entre as informações, a principal medida de desempenho de uma entidade: o resultado líquido. Neste quesito, o resultado de 2015 indica um prejuízo somado de 81,6 bilhões de reais. Deste total, a Petrobras responde por 43% ou R$35,2 bilhões. Somando com o resultado da Vale tem-se um subtotal de prejuízo de 80 bilhões. Antes de concluir que o prejuízo somado das mil empresas se deve a estas duas empresas é preciso notar que o Valor não considerou o resultado da empresa Sete Brasil, por alguma razão não explicada pelo jornal. O prejuízo desta empresa, quando somado, elevaria o prejuízo acumulado em 117 bilhões de reais!
Para verificar esta relação, tomei os dados de resultado líquido de 1999 até 2015, segundo apurado pelo Valor Econômico. A evolução encontra-se no gráfico abaixo, na linha azul (valores em R$ bilhões):
Com estas informações, calculei uma regressão com os dados do ano e a variação do PIB (Produto Interno Bruto, a informação mais relevante sobre a economia de um país). O resultado foi que a regressão tinha um r-quadrado de 0,59 e as variáveis mostraram um valor adequado. Se a regressão for calculada somente com a variação do PIB, o r-quadrado aumenta para 0,70; ou seja, ficou melhor ainda. Com os dados da primeira regressão, calculei o lucro “previsto” (na verdade calculado) para os anos de 1999 a 2015. O resultado está no gráfico na linha vermelha. Para a segunda regressão tivemos o segundo gráfico, apresentado a seguir:
Em ambos os gráficos é possível notar que o ano de 2009 destoa. Mas que a previsão para 2015 é melhor: 89 bilhões de prejuízo no modelo versus 82 bilhões apurado pelo Valor.
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