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13 outubro 2020

Linhagem do Nobel: Bob Wilson

 Circulou na internet um vídeo aonde Robert Wilson aparecia de madrugada na casa de Milgrom para dizer que eles tinham vencido o Nobel de Economia. Mas Roth, no blog Market Design, lembrou algo importante: 


Wilson foi professor de três prêmios: o próprio Al Roth, Holmstrom e o próprio Milgrom. 

Bob Wilson concordou em ser meu orientador e me livrou de ter o que parecia ser uma carreira acadêmica muito curta depois que eu fui reprovado em um dos meus exames de qualificação para Ph.D. [1]. Ele estava em licença sabática naquele ano, mas se reunia comigo regularmente uma vez por semana por uma hora. Na memória, nossos encontros seguiram uma espécie de roteiro: eu passava um tempo explicando a ele por que não havia progredido naquela semana, e ele ficava um tempo me dizendo para não desanimar (2). Descreveria algum obstáculo para o progresso futuro e, quando terminarmos nossa reunião, recomendaria um artigo para eu ler.

[1] Caramba, fico imaginando Al Roth sendo reprovado na qualificação. 
[2] Não é para ficar fã de Bob Wilson? 

Pesquisa em legislação internacional

This is a basic guide for students taking their first steps in international legal research. It mainly deals with thinking about and framing research questions, as well as with issues relating to primary and secondary sources in the research of international law.

The guide begins by offering a rough typology of research questions, and then briefly discusses their basic relations with theory and methods. It also offers some suggestions about finding and framing research questions, particularly relevant for students writing their first research papers. The guide then moves to address secondary and primary sources in international legal research. It includes some advice about how to approach international legal scholarship in a world of hegemony and information overflow, and explains how to locate relevant primary sources.

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Contabilidade no Brasil

 

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Rir é o melhor remédio

 

Ainda não descobriram a vacina do Covid

12 outubro 2020

Nobel Economia

 


A Academia acaba de anunciar o prêmio de economia para Paul Milgrom e Robert Wilson. No passado, quando a academia anunciou o prêmio para pesquisadores para área de jogos e design (em 2016), a ausência de Milgrom era bem clara. Seu livro "Discovering Price" é bem interessante. Sobre Wilson, você pode ler um pouco mais aqui

Rir é o melhor remédio

 

Descoberta da América: hoje comemoramos a chegada de Colombo na América. Um cartoon sobre o assunto

10 outubro 2020

Maestria Contábil e o Conhecimento



Você não atinge um estado de maestria quando sabe tudo. Você o alcança quando absorveu o conhecimento tão profundamente que ele se torna parte de você. 

Todos os artistas estudam as técnicas de outros até que se tornem parte de sua identidade. Hunter S. Thompson certa vez reescreveu todo o Grande Gatsby para que pudesse sentir como era escrever um grande romance. Robert Louis Stevenson costumava copiar parágrafos de seus escritores favoritos de memória para que pudesse internalizar sua sabedoria. Da mesma forma, Bryson [jogador de golfe] copia o movimento de seus jogadores favoritos e incorpora seus movimentos em seu swing até que se tornem naturais.

Fonte: Aqui

Contabilidade? Lembro de uma história no livro de Hélio de Paula Leite sobre um contador sábio, que todo dia, ao chegar no seu trabalho, abria sua gaveta, lia um pedaço de papel, e iniciava seus trabalhos. Talvez fazer o conhecimento contábil parte do profissional é ver contabilidade em tudo. Foto: aqui

09 outubro 2020

Rentabilidade dos bancos é reduzida

La rentabilidad en la banca ha sufrido no sólo por la sucesión de crisis económicas sino también por el reforzamiento de la regulación y supervisión (mayores requerimientos de capital y liquidez, stress tests, unión bancaria europea parcial, etc.). En países como el UK, la regulación se hizo más estricta por la exigencia de mayor responsabilidad de los banqueros en las pérdidas, y en USA por nuevas restricciones a inversiones “especulativas” de los bancos (la Volcker Rule en la ley Dodd-Frank). En un sistema más regulado y supervisado, el riesgo es menor y, por tanto, los beneficios esperados y realizados también son menores. 

(Fonte: aqui)

Será isto um prenúncio de uma nova crise bancária? O Covid trouxe uma crise econômica forte, que deve refletir nos bancos. Ao mesmo tempo, a digitalização, com BigTech e fintech, muda o mercado bancário. E as taxas de juros reduzidas fazem com que os ganhos com intermediação financeira sejam menores. Alguns bancos sobrevivem pelo fato de serem grandes ("to big to fail" ou TBTF), mas e os demais? Eis como o mercado faz uma distinção nas ações dos bancos e nas ações de outras empresas:



Sorteio: Contabilidade Pública 3D

Estamos realizando o sorteio do livro Contabilidade Pública 3D lá no Instagram! Para participar basta acessar a postagem e seguir as regras.



Rir é o melhor remédio

 


08 outubro 2020

Como os bancos escondem as perdas

 Edward Kane, do Boston College, não acredita muito na contabilidade bancária. Em How Bankers Hide Losses ele apresenta alguns dos dispositivos que os banqueiros usam para encobrir perdas. Compara os contadores de bancos a Siegfried e Roy. Traduzindo: são mágicos que possuem o poder de fazer desaparecer grandes prejuízos. 

A figura abaixo apareceu no artigo e é bastante interessante:


Em 808 casos onde a auditor teve problemas, somente 35 geraram um processo na SEC dos Estados Unidos e 18 sofreram sanções. Nos tempos do Covid, segundo Kane, existe um acordo entre regulador, contador e entidades para encobrir algumas das perdas:

In view of the severity of the Covid-19 crisis, regulators have decided to be less sneaky this time around. They have openly advised examiners and bank accountants to help troubled bankers to make loan losses disappear from their firms’ balance sheets and income statements. Allowing too-big-to-fail banks to misrepresent the depth of their accumulating losses is one leg of a conscious strategy through which bankers and regulators hope to lessen the threat of destructive Covid-driven systemic runs on the world’s banking systems. The second leg of the strategy rests on another fiction. Prudential regulators around the world are telling us that they can and do maintain financial stability by assuring the adequacy of what they call “bank capital.” But the statistical measures of bank capital on which regulators focus their efforts are nothing more than repurposed variants of a bank’s accounting net worth. With accountants able to conceal the impact of losses on accounting net worth, until and unless unsophisticated household depositors begin to fear that a bank may have let itself become deeply insolvent, the effectiveness of this control framework is being badly oversold.

O problema que isto pode gerar um banco zumbi. Ou seja, uma instituição financeria com patrimônio inferior a zero, mas que continua a funcionar apoiada por crédito implícito ou explícito do governo. 

Rir é o melhor remédio

 


07 outubro 2020

Subway, imposto e açúcar

 Eis uma notícia sobre tributação:

O pão utilizado nos sanduíches do Subway contém tanto açúcar (1) que não atende à de ser “pão” na Irlanda (2). A decisão é da Suprema Corte (3) do país.

A sentença foi proferida na terça-feira em resposta a um franqueado do Subway, que havia apelado por uma restituição de impostos, argumentando que seu pão é um alimento "básico" e, portanto, sujeito a uma alíquota de 0% (4).

(O pão do Subway tem tanto açúcar que corte irlandesa decidiu que ele não é pão - Jack Guy, do CNN Business, dica de Claudio Santana, grato)

(1) talvez a maior surpresa da notícia: saber que o pão do Subway tem açúcar

(2) Apesar de ser na Irlanda, uma vez que é franquia, o fato deve valer para os demais países

(3) Falta do que fazer de um corte suprema de um país decidir se um pão é pão para fins tributários. 

(4) A Suprema Corte não afirmou que o pão não é pão. Só disse que o pão não poderia ter alíquota zero.

Imagem: daqui

Convite de casamento

 Para quem já leu bastante artigo científico, eis um convite de casamento de dois cientistas:

O formato traz as informações prévias (primeiro encontro, proposta, aceitação) e as referências dos envolvidos. 

(Dica: Gabriel Ferreira, grato)


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Explicando a guerra

06 outubro 2020

Por que precisamos de bilionários

Steven Landsburg é alguém que pensa "fora da caixa". Talvez por isto mereça ser acompanhado e lido. Na sua postagem Por que precisamos de bilionários ele apresentou o seguinte: 

A próxima vez que alguém me perguntar por que tem que haver bilionários, vou apontar para essa pessoa este tweet de Elon Musk: 

Musk foi em frente e investiu cerca de US $ 100 milhões na SpaceX e US $ 6 milhões na Tesla - totalizando cerca de metade de sua receita com a venda do PayPal, no qual ele foi um dos primeiros investidores. 

Quem investe $ 100 milhões em um projeto que tem 10% de chance de sucesso? Resposta: Basicamente, ninguém que não acredite que o sucesso trará uma recompensa de pelo menos US $ 1 bilhão.

Perda de informações por usar formato antigo do Excel


Parece comédia, mas uma entidade da Inglaterra cometeu uma grande barbeiragem com o uso da planilha Excel e perdeu informações relevantes sobre resultados do Covid-19. Os dados estavam armazenados em uma planilha com formato XLS. Como cada planilha possui um número limitado de linhas e cada caso da doença ocupava mais de uma linha, a partir de um determinado número de caso, estimado em 1.400, começaram a ocorrer omissão de informações. 

O formato XLS, do Excel, existe desde 1987, mas foi substituído em 2007 pelo XLSX. Ainda há esperança que os resultados dos testes não foram realmente perdidos por conta da falha. 

Contabilidade? - A planilha Excel é muito usada na contabilidade. Assim, o uso do formato XLS pode comprometer as informações, por conta dos limites de linhas. 

Rir é o melhor remédio

 

Colocando em ordem as finanças pessoais

Covid 19 e as pequenas e médias empresas

 Resumo:


We estimate the impact of the COVID-19 crisis on business failures among small and medium size enterprises (SMEs) in seventeen countries using a large representative firm-level database. We use a simple model of firm cost-minimization and measure each firm’s liquidity shortfall during and after COVID-19. Our framework allows for a rich combination of sectoral and aggregate supply, productivity, and demand shocks. We estimate a large increase in the failure rate of SMEs under COVID-19 of nearly 9 percentage points, absent government support. Accommodation & Food Services, Arts, Entertainment & Recreation, Education, and Other Services are among the most affected sectors. The jobs at risk due to COVID-19 related SME business failures represent 3.1 percent of private sector employment. Despite the large impact on business failures and employment, we estimate only moderate effects on the financial sector: the share of Non Performing Loans on bank balance sheets would increase by up to 11 percentage points, representing 0.3 percent of banks’ assets and resulting in a 0.75 percentage point decline in the common equity Tier-1 capital ratio. We evaluate the cost and effectiveness of various policy interventions. The fiscal cost of an intervention that narrowly targets at risk firms can be modest (0.54% of GDP). However, at a similar level of effectiveness, non-targeted subsidies can be substantially more expensive (1.82% of GDP). Our results have important implications for the severity of the COVID-19 recession, the design of policies, and the speed of the recovery.


Fonte: COVID-19 and SME Failures Pierre-Olivier Gourinchas, Ṣebnem Kalemli-Özcann, Veronika Penciakova, and Nick Sander NBER Working Paper No. 27877 September 2020 JEL No. D2,E65,G33