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24 maio 2019

Mais prazo

Uma boa notícia para as Big Four: segundo a Reuters, o Ministério dos Negócios ampliou o prazo para reformar o mercado de auditoria da Grã-Bretanha. No mês passado, o Competition and Markets Authority propôs reformas no mercado, tentando reduzir o peso das grandes empresas e solicitando que as empresas de capital aberto fossem auditadas por duas empresas de auditoria.

A notícia é que o Ministério pretende fazer outras consultas antes de fazer qualquer mudança. Como as Big Four pressionam contra a proposta, agora terão mais tempo para influenciar uma nova regra ou evitar qualquer nova regra.

Imagem: FT

Ética x desempenho

Bom ou ruim? Segundo a PwC (via aqui):

Pela primeira vez na história do estudo, mais CEOs foram demitidos por lapsos éticos do que por desempenho financeiro ou lutas do conselho. (Definimos demissões por lapsos éticos como a remoção do CEO como resultado de um escândalo ou conduta imprópria dele mesmo ou de outros funcionários; exemplos incluem fraude, suborno, informações privilegiadas, desastres ambientais, currículos inflados e indiscrições sexuais). O aumento desses tipos de demissões reflete várias tendências sociais e de governança, incluindo a intervenção mais agressiva de autoridades reguladoras e policiais, novas pressões por responsabilidade sobre assédio sexual e agressão sexual provocadas pela ascensão do movimento “Me too” e o aumento da propensão dos conselhos de administração a adotar uma postura de tolerância zero em relação à má conduta executiva.

É o efeito Harvey Weinstein.

Persistência

Adaptado daqui.

Rir é o melhor remédio

Opinião

23 maio 2019

Lucro Social

Uma pequena notícia publicada no Valor diz:

A Embrapa informou que seu "lucro social" alcançou R$43,52 bilhões em 2018 (1). O valor foi calculado a partir da análise do impacto econômico de 165 soluções tecnológicas e de cerca de 220 cultivares desenvolvidas (2) pela estatal.

"O lucro social é um valor decorrente dos benefícios econômicos recebidos pelo setor produtivo (3) com a adoção das soluções tecnológicas geradas pela Empresa. Esse valor é calculado por meio da soma dos lucros obtidos pelos adotantes (4) dessas soluções. Quando relacionamos em 2018 o lucro social de R$43,52 bilhões com receita operacional líquida de R$3,57 bilhões (5), temos então o índice de retorno social de R$12,16 para cada real aplicado (6) na Embrapa", diz Flavio Avila, pesquisador responsável pela área de Avaliação de Desempenho Institucional, da Secretaria de Desenvolvimento Institucional (SDI)


(Pressionott, Fernanda. Embrapa reporta "lucro social" de R$43,5 bilhões de 2018)

Há muito a ser dito e questionado na notícia. O problema é que as questões levam a duvidar da medida proposta. Particularmente sempre devemos ter interesse por novas medidas. Mas esta, em específico, merece ser considerada com muita cautela:

(1) observe que o lucro social é para um exercício.
(2) muitas soluções desenvolvidas pelas estatal foram feitas em parceria com outras instituições. Isto provavelmente não foi levado em consideração.
(3) como foi possível calcular isto sem ter acesso as contas das empresas que usam cada solução? Provavelmente uma estimativa. Não é possível afirmar nada, mas creio que teria divergências da metodologia empregada. Existem diversas dificuldades no cálculo: como evitar dupla contagem, como separar os benefícios das soluções tecnológicas das inovações realizadas pelo setor produtivo ou com retirar os benefícios já contabilizados nos anos anteriores. O trecho a seguir esclarece um pouco isto
(4) Pelo visto, somaram os lucros das empresas que adotaram as tecnologias da Embrapa. Provavelmente não separaram dos resultados gerados por outras áreas de negócio. Mas que lucro foi usado?
(5) o uso da receita operacional aqui mostra que qualquer desconfiança no cálculo pode ter uma razão. O parâmetro mais adequado seria o ativo da empresa, que foi o investimento realizado pelo contribuinte na estatal. Ao usar a receita, deixa de considerar a despesa de salário da estatal, talvez o principal gasto da Embrapa.
(6) mais um exemplo de que devemos desconfiar do resultado. O texto equipara "receita" com "real aplicado". Ora, isto seria muito mais o conceito de ativo do que receita.

Imagem: Alquimista

Mudança contra a Corrupção na América Latina

Ao descrever a atuação da Odebrecht na América Latina (Brasil, Peru e México), um texto do Washington Post destaca três boas notícias

1. Agências que lutam contra a corrupção apareceram. A novidade não é a corrupção, que sempre foi elevada. É a não impunidade. Segundo o texto, “o motivo pelo qual sabemos muito sobre o escândalo da Odebrecht é que as agências governamentais de combate à corrupção ganharam novos recursos, autonomia e capacidade nos últimos anos”. No Brasil, há um aumenbto na ‘rede de prestação de contas´, que inclui a própria Polícia Federal. Estas agências não eliminaram a corrupção, mas quebraram a impunidade.

2. Mobilização dos cidadãos contra a corrupção. Isto inclui as agências não governamentais, que possuem autonomia. E criaram espaços institucionais para que as pessoas possam supervisionar as políticas públicas e verificar abusos.

Sorteio: auditoria fiscal e tributária



Aí, galera. Mais um sorteio na área! Mesmo esquema de sempre: (i) seguir o @contabilidadefinanceira e (ii) a @saraivauni, que cedeu o livro. (iii) Curtir esta foto, (iv) comentar com o nome de 3 amigos (v) e estar com o perfil aberto no momento do sorteio. Participações até 01/06! Lembrem-se dos 5 requisitos! Quem não seguir algum deles será eliminado e sortearemos o próximo participante. A abertura do perfil é apenas para que possamos averiguar quais contas você segue, para sabermos se todas as exigências foram cumpridas. Boa sorte! #Sorteio #Auditoria #CiênciasContábeis #Contábeis #Contabilidade #SaraivaUni #ContabilidadeFinanceira #ContabilidadeParaConcursos #ContabilidadeParaExameDeSuficiência #AuditoriaFiscal #AuditoriaTributária #AuditoriaFiscalETributária #SilvioCrepaldi #GuilhermeSimõesCrepaldi #QuantaHashtag!!!
Uma publicação compartilhada por Blog Contabilidade Financeira (@contabilidadefinanceira) em

Rir é o melhor remédio


22 maio 2019

Retorno dos títulos da dívida soberana: 1815 a 2016

Resumo:

This paper studies external sovereign bonds as an asset class. We compile a new database of 220,000 monthly prices of foreign-currency government bonds traded in London and New York between 1815 (the Battle of Waterloo) and 2016, covering 91 countries. Our main insight is that, as in equity markets, the returns on external sovereign bonds have been sufficiently high to compensate for risk. Real ex-post returns averaged 7% annually across two centuries, including default episodes, major wars, and global crises. This represents an excess return of around 4% above US or UK government bonds, which is comparable to stocks and outperforms corporate bonds. The observed returns are hard to reconcile with canonical theoretical models and with the degree of credit risk in this market, as measured by historical default and recovery rates. Based on our archive of more than 300 sovereign debt restructurings since 1815, we show that full repudiation is rare; the median haircut is below 50%.




Sovereign Bonds since Waterloo Josefin Meyer, Carmen M. Reinhart, and Christoph Trebesch NBER Working Paper No. 25543 February 2019 JEL No. F30,F34,G12,G15,N10,N20

Minha experiência em Big4

Achei recentemente o canal da Stephie Mills, sobre o estilo de vida de uma CPA (certified public accountant). Há alguns vídeos interessantes sobre a experiência dela em auditoria nos Estados Unidos. Ela é formada em contabilidade pela Universidade do Texas, trabalhou na Deloitte e na BDO, mas atualmente está na Solera, uma empresa que usa tecnologias digitais para gerir riscos e ativos.

Rir é o melhor remédio

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