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21 março 2012

Governança Tributária


Por Roberto Cunha

Roberto Cunha é sócio da Prática de Impostos Indiretos & Aduaneiros da KPMG no Brasil.

Podemos conceituar a Governança Tributária como a prática de controle de todos os processos que afetam as informações operacionais, de negócios e tributárias destinadas à gestão dos tributos a que uma organização está sujeita. Isto inclui os cálculos, a elaboração de guias de recolhimento, a escrituração de livros fiscais e a elaboração de obrigações acessórias relacionadas aos tributos indiretos sobre insumos, mercadorias, produtos e serviços que circulam nos negócios realizados pelo Brasil afora, e cuja tributação representa hoje aproximadamente 47% da arrecadação brasileira.

A maior parcela da arrecadação do país, algo em torno de 73% do total, vem dos tributos que incidem sobre o consumo (impostos e contribuições indiretas) e dos encargos sobre as folhas de pagamento das organizações. No entanto, efetivamente pouco mais de um terço deste percentual representa custos que de fato afetam os resultados líquidos das corporações,equivalentes à oneração das folhas. Os aproximadamente dois terços restantes, que são apurados pela arrecadação dos chamados tributos indiretos (como IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins, que incidem ao longo da cadeia de produção), acabam sendo “financiados” pelas empresas, que recuperam esses recursos pois os valores relacionados a eles acabam sendo ressarcidos pelos consumidores às empresas por terem sido repassados na composição dos preços de bens e serviços oferecidos pelas organizações.


Vale ressaltar que a recuperação completa desses recursos depende de uma eficiente gestão tributária pelas empresas, já que o descumprimento de qualquer regra da legislação tributária - quer pela sua aplicação simples e direta, quer pelo equivoco dos fatos tributáveis - levará o agente à obtenção de resultados que possivelmente lhe serão cobrados no futuro. O resultado irregular se traduz em vantagem pecuniária e competição ilegal que advém do menor preço dos produtos que não incorpora os custos tributários devidos, o que é passível de graves punições pelo Fisco.

Percebe-se que a atividade de gerir os tributos numa organização é bem ampla e requer grande habilidade e correção na busca e entendimento de toda a operação desenvolvida por ela e por todos os seus departamentos. Tudo isso especialmente diante do fato de que os registros finais das transações são digitais atualmente, em razão da adoção em nível nacional do SPED - Sistema Público de Escrituração Digital

(...) Adicionalmente, o gestor tributário também participa da formação de preços dos bens e serviços a serem praticados, provendo os demais gestores de informações suficientes e necessárias para a adequada precificação. Para isso, precisa conhecer, por exemplo: o percentual de perdas no processo de produção; se a produção se destina ao mercado interno ou externo; se houve alteração nos itens de produção por evolução tecnológica ou qualquer outro motivo; se o fornecedor teve alguma alteração quanto ao sua localização ou cadastro, pois isso poderá afetar alguns detalhes na tributação ou na manutenção de créditos tributários, entre outros fatores.

Concluindo, ter conhecimento e acesso às informações são fatores essenciais ao gestor de tributos, pois, como citado, existem riscos consideráveis relacionados a eventuais falhas ou imprecisões na prestação de contas feita pelas empresas ao Fisco. Dispor de sistemas tecnológicos eficientes, comunicação alinhada entre as áreas da organização e atualização constante de informações e conhecimento relacionados à área são elementos de suma importância que não podem ser relegados a um segundo plano.

20 março 2012

Dia do blogueiro

Hoje é dia do blogueiro segundo a nossa adorável blogueira, é claro, Cláudia Cruz! E tendo em vista a confiabilidade da fonte, nem fui procurar em outros lugares. Já parti para a celebração! E a Amazon, outra adorável em nossas vidas, já sabia e me entregou uma encomenda cedinho!
Ah! Amazon! Sua linda! Me enche de amor e orgulho!



Agora temos a coleção completa do Dilbert e do Calvin & Hobbes. Quer feriadão melhor que este!?

Parabéns para todos os blogueiros mundo afora! \o/

P.S. - Ah. E feliz aniversário para minha irmã caçula. Depois que eu ler todos, empresto pra você. Supervisionado, claro.
P.P.S. - Também veio um livro de Governança em inglês que meus alunos vão ADORAR! Not! ;)

Rir é o melhor remédio

"Ele está bem mais atencioso desde que descobriu que eu tenho uma bomba!"
Adaptado daqui

Links


Internacional
Banco do Vaticano envolvido em polêmica 
O mistério do petróleo saudita 
TV Síria acusa o Barcelona (e Messi) de passarem mensagem cifrada para os rebeldes 

Contabilidade
Privatização da universidade dos EUA e influencia sobre a profissão contábil 
Ganho de capital versus lucro 
Desafios da contabilidade brasileira
Fasb irá definir o que “nonpublic entity” 
A redução do custo de sequenciamento genético 

Apple
Apple irá distribuir dividendos e recomprar ações 
O viés do excesso de Caixa na Apple 
O que ocorreu com as ações da Apple antes do fim de semana 

Internet
A indústria pornografia se adapta aos novos tempos 
Como a Wikipedia matou a Barsa 

Empresas
Dez empresas que lucram com a guerra 
A bilionária das calcinhas 

Retorno sobre o Patrimônio Líquido

Definição – mede o retorno contábil obtido com o investimento do capital próprio. É abreviado como sendo RSPL.

Fórmula – Retorno sobre o Patrimônio Líquido = (Lucro Líquido / Patrimônio Líquido) x 100

Sendo
Lucro Líquido – corresponde ao resultado da entidade após impostos e despesas financeiras.
Patrimônio Líquido – é o capital próprio, originário dos acionistas.

Unidade de Medida – O resultado estará expresso em percentagem.

Intervalo da medida – Pelo menos teoricamente o valor pode estar entre menos infinito a mais infinito. Entretanto, o número de empresas com patrimônio líquido negativo é reduzido, fazendo com que o intervalo mais comum esteja entre menos 100% a infinito.

Como calcular – Para calcular este índice são necessárias duas demonstrações: o balanço patrimonial e a demonstração do resultado. A maior questão com respeito ao cálculo deste índice diz respeito ao valor do denominador. Em geral três soluções são possíveis:
a) Usar o patrimônio líquido do final do exercício – esta solução tem a vantagem de não perder informação quando a análise é feita através da série histórica.  Talvez seja mais usada em pesquisas acadêmicas, mas carece de sustentação teórica;
b) Usar o patrimônio líquido médio – calcula-se a média do patrimônio líquido para obter o denominador. O lucro seria decorrente do capital dos acionistas médio existente durante o exercício social;
c) Usar o patrimônio líquido inicial – considerando que alocar recursos numa empresa corresponde a um tipo de investimento, quando desejamos saber o retorno de qualquer investimento comparamos o que foi investido no início do período com o retorno. Assim, esta seria a melhor alternativa. Entretanto, em séries históricas isto pode significar perder uma informação.

A figura abaixo mostra a demonstração do resultado em R$ mil da empresa Alpargatas  para o quatro trimestre de 2010, de 2011 e anos de 2010 e 2011, nesta ordem. O lucro de 2011 foi de 307 milhões de reais. Este é o valor que iremos usar no índice.

A figura abaixo mostra um extrato do balanço patrimonial da empresa para 31 de dezembro de 2011 e 2010, nesta ordem, em R$mil, com o destaque para o Patrimônio Líquido.
Usando a terceira forma de calculo do RSPL tem-se:

RSPL = 307 420 / 1 348 073 = 22,80%

Isto significa que os acionistas tiveram um retorno de 22,80% ao investirem na empresa.

Grau de utilidade – Elevado. É uma medida relevante do retorno do investimento de uma empresa.

Controvérsia de Medida – Alguma, em especial com respeito a forma de cálculo do patrimônio líquido. Em algumas empresas isto não provoca grandes alterações no resultado final, como é o caso da Alpargatas, onde o RSPL seria de 20,63%, 21,67% e 22,80%, usando o patrimônio líquido final, médio e inicial.

Observações Adicionais

a) O RSPL pode ser comparado com a rentabilidade de investimentos do mercado (por exemplo, a rentabilidade de uma caderneta de poupança) ou com outras empresas;
b) No longo prazo espera-se que a rentabilidade do capital próprio seja superior ao ROI. Isto decorre da taxa de juros do capital de terceiros ser menor que o retorno para os acionistas;
c) Os valores para cálculo do RSPL também podem ser obtidos na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da empresa.

Veja também
Endividamento Oneroso
Endividamento
Ebitda
Margem Operacional
NIG sobre Vendas
Valor do Empreendimento
Capitalização
Margem Bruta
ROI
Liquidez Corrente

Frase

"Vamos consertar o que precisar ser consertado e nada mais" 

Hans Hoogervorst, presidente do Iasb, no México, prometendo um período futuro de poucas mudanças nas normas.

Fonte: Reuters

Sobre o Ebitda


Sobre o Ebitda:

(...) Ninguém sabe o que realmente é o EBITDA. O EBITDA claramente não é o lucro, pois finge que alguns custos reais são fictícios. (...) O EBITDA não é fluxo de caixa. E não faz uma proxy do fluxo de caixa, pois ignora as alterações do capital de giro, os ajustes para as alterações no imposto de renda diferido, bem como os efeitos de outros ajustes a longo prazo. De nenhuma maneira é uma proxy para o fluxo de caixa. Além disso, se alguém estivesse interessado no fluxo de caixa, por que ele não olha para o fluxo de caixa? (...) Finalmente, o EBITDA não é um valor relevante. Não há nenhuma teoria económica que liga EBITDA com o valor da empresa.

EBITDA: WARTS AND ALL.
(imagem: aqui)

Espanha

Segundo análise deste sítio, os problemas da Espanha são maiores do que imaginamos.

Primeiro, os bancos espanhóis pegaram quase metade do crédito disponibilizado pelo Banco Central Europeu para liquidez.

Segundo, a relação dívida sobre PIB é maior do que o anunciado pelo governo espanhol.

Pequena e Média Empresa

Observem os dois gráficos a seguir:
 O primeiro gráfico mostra a distribuição de número de empregados por porte de empresas. A Alemanha (última linha do gráfico) possui a maior parte dos funcionários em empresas com mais de 250 empregados. Irlanda, Suécia, Inglaterra e França estão logo a seguir, com quase 50% dos trabalhadores nas grandes empresas. Na Grécia as empresas com até nove empregados são responsáveis por mais de 35% da indústria daquele país. As grandes empresas gregas (com mais de 250 empregados) respondem com um pouco mais de 20% da indústria.
O segundo gráfico mostra a produtividade das empresas, por número de trabalhadores. Tendo como parâmetro as grandes empresas, com mais de 250 empregados, o gráfico evidencia que as pequenas empresas, com até nove empregados, possui uma produtividade que não chega a 60% das grandes empresas.

A revista The Economist, de onde os gráficos foram retirados, afirma: small isn´t beautiful. Isto contradiz o que o Brasil tenta praticar há anos: incentivar a pequena empresa. Uma grande quantidade de recursos é direcionada para estas empresas e parece que o resultado é muito mais político que econômico.

Publicação

O New York Times apresenta um texto sobre a questão da publicação de resultados de pesquisas científicas. O texto de Thomas Lin (Cracking Open the Scientific Process) comenta a demora na publicação de resultados de pesquisas científicas. (Aqui uma discussão em língua portuguesa)

Entretanto, o processo de divulgar mais rapidamente os resultados já existe na área de contabilidade e atende pelo nome de “congresso”.

Selo de transparência fiscal

Por João Villaverde De Brasília
Valor - 09/03/12

O Brasil está a dias de obter o reconhecimento de que conta com uma legislação tributária e práticas administrativas transparentes compatíveis com as dos 108 países que pertencem ao Fórum Mundial sobre Transparência e Troca de Informações, organizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na semana passada, uma comitiva de técnicos da Receita Federal, do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) entregou os documentos exigidos pelos especialistas tributários da OCDE e teve a pré-aprovação dos avaliadores da Itália e da Índia, que fizeram o escrutínio dos dados brasileiros. A aprovação do Brasil, que deve ocorrer até o fim do mês, colocará a burocracia estatal brasileira no mesmo estágio de países como Áustria, Bélgica e Suíça.

O reconhecimento, aguardado com ansiedade pelos tributaristas e reguladores do governo brasileiro, colocará mais pressão sobre a Receita Federal, afirma Flávio Araújo, coordenador-geral de relações internacionais do Fisco. "A partir do momento em que recebermos o sinal verde, vamos trabalhar para justificar na OCDE que podemos avançar para o segundo e último estágio, que é aquele que comprova a aplicação efetiva do intercâmbio de informações tributárias e financeiras do país com outras nações que são reconhecidas como transparentes", afirmou o coordenador.


O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, deu a Araújo a missão de iniciar os trabalhos tão logo o governo receba a aprovação dos 108 integrantes do fórum pela transparência fiscal e regulatória da OCDE. A organização divide em duas fases a análise das informações concedidas pelos países.

Na primeira, o centro de política e administração tributária da OCDE, dirigida pelo tributarista Pascal Saint-Amans, verifica se a legislação tributária e de natureza regulatória sobre o sistema financeiro permite ao governo ter acesso total às informações necessárias para uma gestão transparente. É nessa fase que o Brasil deve entrar.

A partir daí, os especialistas da OCDE passam a cobrar documentos e a trazer comitivas de técnicos ao país, para comprovar que a legislação e as normas são efetivamente transparentes. "Um país pode ter regras e normas perfeitas, mas não usá-las integralmente", explica Araújo.

Países como Suíça e Uruguai, conhecidos por sua fraca disposição para dividir informações financeiras e tributárias com outros países, já foram aprovados pelos especialistas da OCDE para a primeira fase, mas encontram dificuldades para ingressar no segundo e último estágio elaborado pela OCDE, que comprova a transparência.

Nesse critério estão países como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Noruega e Espanha. "O desejo do governo brasileiro é fazer parte desse segundo grupo, e é essa a nossa missão para 2012", disse Araújo.

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Um conjunto de peças publicitárias de um biscoito. Criatividade. Na ordem: cubismo, pacman, TV a Cores,  Rock, smile, futebol, ioiô, branca de neve e saturno.









19 março 2012

Rir é o melhor remédio



Ilustração de Denis Carrier (Kiss = beijo, Lie = mentir e Lost = Perdido)

Data da divulgação

A Gol Linhas Aéreas alterou, pela segunda vez, a divulgação de resultados do quarto trimestre de 2011, desta vez para o próximo dia 26 de março. Por meio de comunicado, a companhia informou que a mudança foi feita "em função da finalização da consolidação das demonstrações financeiras da Webjet".

Essa é a terceira data fixada pela Gol para a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2011


Fonte: Aqui

A justificativa pode até ser verdadeira, mas isto pode ser interpretado como problemas na empresa.

Não haverá um amanhã

"Alguns combustíveis possuem mais energia que outros. Isso se chama 'densidade'. Dos combustíveis, o petróleo é o mais crítico. O mundo consome 300 bilhões de barris por ano, igual a 16 Km3 de petróleo que contêm a mesma energia gerada por 52 plantas nucleares trabalhando nos próximos 50 anos".

Esse texto faz parte do vídeo indicado por Daniel Pedrinha (a quem agradecemos): "There's no tomorrow", um documentário em cartoon. Achei a parte sobre energia fascinante. Apenas senti falta (ou perdi) comentários sobre a experiência do etanol brasileiro, com a cana de açúcar... Eles chegam a comentar a tentativa com milho.

Gestão Fiscal dos municípios brasileiros


Índice Firjan de Gestão Fiscal, novo estudo da FIRJAN, revela que apenas 95 municípios brasileiros têm excelência na gestão orçamentária

A situação fiscal é difícil ou crítica para quase 65% dos municípios brasileiros, enquanto a excelência na gestão fiscal está restrita a 2% das cidades do país. As regiões Sul e Sudeste concentram os municípios com melhor qualidade de gestão fiscal, com 81 cidades entre as 100 melhores do Brasil. Do lado oposto, aparecem Norte e Nordeste, com 93 municípios entre os 100 piores no que diz respeito à eficiência na gestão orçamentária das prefeituras. Os dados são do IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal), criado pelo Sistema FIRJAN para avaliar a qualidade de gestão fiscal dos municípios brasileiros.

Em sua primeira edição e com periodicidade anual, o IFGF traz dados de 2010 e informações comparativas com os anos de 2006 até 2009. O estudo é elaborado exclusivamente com dados oficiais, declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional.

O indicador considera cinco quesitos: IFGF Receita Própria, referente à capacidade de arrecadação de cada município; IFGF Gasto com Pessoal, que representa quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal, medindo o grau de rigidez do orçamento; IFGF Liquidez, responsável por verificar a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos financeiros disponíveis para cobri-los no exercício seguinte; IFGF Investimentos, que acompanha o total de investimentos em relação à receita líquida, e, por último, o IFGF Custo da Dívida, que avalia o comprometimento do orçamento com o pagamento de juros e amortizações de empréstimos contraídos em exercícios anteriores.

Os quatro primeiros têm peso de 22,5% sobre o resultado final. O IFGF Custo da Dívida, por sua vez, tem peso de 10%, por conta do baixo grau de endividamento dos municípios brasileiros.

O índice varia entre 0 e 1, quanto maior, melhor é a gestão fiscal do município. Cada município é classificado com conceitos A (Gestão de Excelência, acima de 0,8001 pontos), B (Boa Gestão, entre 0,6001 e 0,8), C (Gestão em Dificuldade, entre 0,4001 e 0,6) ou D (Gestão Crítica, inferiores a 0,4 pontos).

Em sua estreia, o IFGF avaliou 5.266 cidades brasileiras, onde vive 96% da população. Dos 5.565 municípios do país, 297 não apresentaram seus dados fiscais ao Tesouro Nacional até o fechamento do trabalho, em setembro do ano passado. São 43 municípios da Bahia, 34 do Pará, 33 de Minas Gerais, 29 do Piauí, 23 do Maranhão, 22 de Goiás, oito do Rio de Janeiro, além de 105 de outros 19 estados brasileiros.

Apesar de 2010 ter sido o ano de maior crescimento econômico do país desde 1986, o IFGF aponta que os municípios brasileiros estão, em média, em uma situação fiscal difícil. O índice Brasil atingiu 0,5321 pontos, influenciado pelo crítico desempenho do indicador de Receita Própria (0,2414 pontos), além da difícil situação retratada pelo IFGF Liquidez (0,5719) e pelo IFGF Gasto com Pessoal (0,5773). Por outro lado, o IFGF Investimentos atingiu seu maior nível desde 2006 (0,6163 pontos), enquanto o IFGF Custo da Dívida manteve a melhor pontuação entre os cinco indicadores avaliados pelo estudo (0,8055 pontos).

18 março 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte: O Mundo É Mágico: As Aventuras de Calvin e Haroldo por Bill Watterson

Endividamento Oneroso

Definição – Mensura a participação do endividamento que gera despesa financeira para empresa em relação ao total do ativo

Fórmula – Endividamento = (Passivo Oneroso / Ativo) x 100

Sendo
Passivo Oneroso – Deve ser considerado somente o passivo que gera despesa financeira para a empresa: empréstimo, financiamento e debêntures. Não são considerados os passivos relacionados ao ciclo operacional ou referentes as dívidas com o governo.
Ativo – refere-se ao total do ativo da empresa. Nas empresas com desconto de duplicatas expressivo, este valor deverá ser considerado no passivo, pois se trata de um empréstimo com garantia.

Unidade de Medida – O valor está em percentagem. Como estamos usando dados do balanço patrimonial, o endividamento oneroso é uma informação de uma data específica, geralmente final de período.

Intervalo da medida – O índice pode variar entre zero e cem por cento, sendo que quando mais próximo de cem por cento mais endividada será a empresa. Pelo menos teoricamente o valor pode ser maior que cem, quando a empresa possui passivo a descoberto.

Como calcular – A fonte do índice é o balanço patrimonial da empresa.

A figura a seguir é o extrato do balanço da empresa Positivo Informática. Os valores estão em mil reais. Observe que se deve separar o passivo oneroso somente, que no caso corresponde aos empréstimos:

Passivo Oneroso = 236 441 + 116 377 = 352 818




O valor do ativo é obtido facilmente, conforme a figura abaixo:



Assim, o endividamento oneroso corresponde a:

Endividamento Oneroso 31/12/2011 = 352,8 / 1451 = 24,3%

Grau de utilidade – Moderado. É um índice pouco destacado na literatura e na prática, apesar de ser bastante útil. É interessante comparar o resultado com o endividamento. Na empresa que usamos como exemplo, o índice de endividamento é de 57,32% (661 milhões mais 171 milhões dividido por 1451). Ou seja, apesar do endividamento da empresa ser quase 60% do ativo, somente 24% gera despesa financeira.

Controvérsia de Medida – Pouca.

Observações Adicionais
a) Uma alternativa é comparar com o investimento da empresa, conforme demonstrado no índice ROI.
b) Apresentar um endividamento oneroso não significa algo ruim. Se a taxa de juros cobrada no empréstimo for reduzida, isto indica que a empresa consegue captar por um custo baixo e poderá aproveitar a alavancagem.
c) O endividamento oneroso possui um resultado menor que o endividamento. Esta diferença corresponde ao endividamento com passivo não onerosos. No caso da empresa Positivo, 33% da estrutura de financiamento é derivada de terceiros, de maneira não onerosa.

Endividamento
Ebitda
Margem Operacional
NIG sobre Vendas
Valor do Empreendimento
Capitalização
Margem Bruta
ROI
Liquidez Corrente

Conferência Mundial de Governança Corporativa

O International Corporate Governance Network– ICGN é uma organização internacional com o propósito de aumentar os padrões da governança corporativa mundialmente. Este ano a Conferência Anual do ICGN será sediada no Rio de Janeiro, nos dias 25 a 27 de Junho (Hotel Sofitel em Copacabana). O anfitrião será o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Apresentarão os discursos programáticos:
- Roque Benavides, Presidente e CEO, Association of Corporate Directors of Peru / Cia de Minas Buenaventura.
- Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana, Presidente, CVM, Brasil.

Dentre os palestrantes:
- André Covre, CFO, Ultrapar, Brasil
- Stephen Harold Dover, Managing Director, International Chief Investment Officer, Franklin Templeton Investments, EUA
- Arminio Fraga, Founding Partner, Gavea Investimentos Ltda. Chairman of the Board, BM&FBovespa, Brasil
- Jon Feigelson, SMD, General Counsel & Head of Corporate Governance, TIAA-CREF, USA
- Andrea Grobocopatel, Vice President, Grupo Los Grobo, Argentina
- Catherine Howarth, CEO, Fairpensions, Reino Unido
- Eliane Lustosa, Partner, Triscorp Investments. Former Investment Director of Petros (Petrobras pension fund), Brasil
- Adalberto Palma, Executive President, Association of Mexican Financial Institu­tions, Mexico
- Peter Montagnon, Senior Investment Advisor, FRC, Reino Unido
- Anne Simpson, Senior Portfolio Manager, CalPERS, EUA
- Simon Wong, Executive Partner and Managing Director, Governance for Owners LLP, Reino Unido
- Zhang Zhengjun, Senior Research Fellow, Development, Research Centre of the State Council, China