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31 março 2011

Rir é o melhor remédio

Um bom contador de caso. Acredite se quiser. Fonte: aqui

Sete Livros que Recomendo

Noutro dia, ao ministrar uma palestra para alunos de administração, falei de um ou dois livros que recomendava a leitura. Surgiu então a idéia de fazer uma lista daqueles livros que considero de fácil leitura, mas sem perder certo vigor. Em outras palavras, livros que tenho inveja de não ter escrito. Considerei nesta lista somente livros em língua portuguesa. Afinal, um bom livro é bom o suficiente para interessar uma editora comercial. A ordem é meramente alfabética.

1. A Meta – Goldratt e Cox – Através de um romance, Goldratt e Cox apresentam a teoria das restrições. Um executivo precisa salvar uma fábrica em poucos meses e para isto lança mão de conceitos novos. A crítica à contabilidade de custos é pertinente.

2. Desafio aos deuses – Peter Bernstein – O falecido Bernstein traça uma história do risco, de maneira muito didática e interessante. Assuntos como seguros, probabilidades e modelos de precificação de ativos são discutidos de maneira acessível

3. Fora de Série – Malcolm Gladwell – A lista tinha que contar com pelo menos um livro de Gladwell. Poderia ser Blink ou O Ponto da Virada (mas não Que se Passa na Cabeça dos Cachorros). Qualquer um desses seria interessante o suficiente para constar na lista.

4. Freakonomics – Dubner e Levitt – É um livro que consegue fazer qualquer pessoa gostar de economia. A aplicação da economia nas decisões cotidianas é uma tendência moderna.

5. Mais sexo é sexo mais seguro – Steven Landsburg – Este talvez seja o livro da lista que teria mais receio de indicar. As pessoas deveriam ler duas ou três páginas, parar dois dias para pensar no assunto, e depois retomar a leitura. Ou talvez voltar a ler novamente. A lógica econômica nunca foi tão lógica. E polêmica. ]

6. O mito dos mercados Racionais – Justin Fox – É a história moderna de finanças, e o confronto entre as finanças tradicionais e as finanças comportamentais.

7. Previsivelmente irracional – Dan Ariely – Geralmente indico este livro dizendo que meu filho de 15 anos leu, entendeu e gostou. Diversas experiências de finanças comportamentais apresentadas de maneira elegante e simples.

Ao terminar a lista, fiquei com a impressão que esqueci algum livro. Qual foi?

Priceless

Priceless The Myth of Fair Value (and How to Take Advantage of It), de William Poundstone (Hill and Wang, New York, 2010) é um livro interessante. A princípio seria um livro sobre formação de preço, mas acredito que também possa ser considerado como uma breve história das finanças comportamentais.

O autor aproveita a propaganda do Mastecard (“não tem preço”) para, em 57 capítulos ou 336 páginas apresentar algumas pesquisas interessantes sobre o preço.

Apesar de ter gostado de várias passagens, a impressão final é que a obra poderia ter metade do número de páginas sem perder conteúdo. Os capítulos da parte quatro da obra, do 24º. Capítulo até o 57º e último capítulo, são curtos demais, e sem um fio condutor. Talvez por isto eu levei muito tempo para finalizar a obra.

Para aqueles que gostam de finanças comportamentais, é uma obra interessante. Mas não recomendaria com ênfase.

Escolhas racionais? Nem tanto

Por Pedro Correia

Há uma corrente econômica e social que se baseia na idéia que os agentes (pessoas) realizam escolhas racionais para tomar decisões. Em cima desta premissa é montado um edifício de argumentos teóricos para determinar o uso racional de recursos. No fundo isto está ligada a idéia de maximização da utilidade.


Mas como sempre, há uma pedra no meio do caminho. Quem disse que nossas escolhas são racionais? A verdade é que percebemos de modo diferente o ganho e a perda. Não é apenas uma questão de maximização do ganho, mas também uma questão de minimização da perda. E a questão é como percebemos perda.


Na teoria o agente tem reações racionais a perda. Mas na realidade não funcionamos assim. E isto é mais sério do que parece.


Em termos simples, esta questão pode ser enunciada em termos de perdas certas e ganhos prováveis. Mesmo que as duas sejam matematicamente iguais, tendemos a escolher o lado dos ganhos prováveis.


Na realidade é pior: tendemos a escolher o lado dos ganhos prováveis mesmo quando são menos prováveis do que a perda certa.


Quer um exemplo?


Considere que estão passando dois filmes (X e Y) em cinemas próximos. Você queria ver X, mas estava lotado e com isso você compra o ticket para ver Y (que não é tão ruim, mas não é o filme X).


Até aqui está Ok.


Agora no caminho da bilheteria para a entrada do cinema, alguém lhe dá o ingresso de X e vai embora. Você vai ver X (que você não pagou nada) ou Y (que você pagou do seu dinheirinho para ver)?


A grande maioria vai ver Y, mesmo sendo X o filme que originalmente queria ver e mesmo que ECONOMICAMENTE a compra do ticket de Y equivale a compra do ticket de X. E o mais interessante é que irão surgir literalmente dezenas de explicações para este comportamento aparentemente irracional: a mais comum é "Ah, já comprei este aqui. Depois eu vejo o outro".


É este tipo de comportamento que estimula o crescimento de bolhas econômicas e outras tragédias mais ou menos comuns do dia-a-dia (um exemplo é manter uma decisão ruim só para não se retratar). Isto é intrínseco à nós mesmos. E temos de reconhecer isto e quando possível consertar.


Fonte:Mentiras que as pessoas contam

O quam cito trânsito gloria mundi

Por Pedro Correia


Uma das colunas mais antigas do Financial Times, a Lex Collumn, fez uma proposta sarcástica para a solução de um dos problemas dos PIGS : transformar Portugal numa província brasileira, que seria equivalente a 5% da população e 10% da economia do Brasil. É o retrato do passado e o futuro dos territórios ultramarinos.


"Here is an out-of-the-box way to deal with the situation: annexation by Portuguese-speaking Brazil (a decade of 4 per cent annual GDP growth, much higher recently). Portugal would be a big province, but far from dominant: 5 per cent of the population and 10 per cent of GDP."


Como diria Tomás de Kempis:"O quam cito trânsito gloria mundi"("O quão rapidamente passa a glória do mundo").

Vale

Crescendo geometricamente, a Vale e a saída de Roger Agnelli têm sido centro do noticiário das últimas semanas. Mas apesar dos quilômetros de análises, matérias e ponderações, não há explicação clara e objetiva para a forma pela qual está sendo feita a mudança de liderança na ex-estatal.
É direito, sim, dos acionistas, trocar o comando de qualquer empresa. Entretanto, forçar a saída de um executivo, que só fez a empresa crescer e se fortalecer, “pela porta dos fundos”, é fato que merece maior transparência. Tanto assim, que foram sondados pelo menos três executivos, ao longo desses dois anos de fritura de Agnelli, sem sucesso. Eles sutilmente se esquivaram de um “problema” que significa salário de R$ 20 milhões por ano.
Ontem, Alcides Tápias, ex-Bradesco e ex-colega de Agnelli, perguntou: “Será que ele está saindo porque foi eficiente, fez coisas boas demais para a Vale e seus acionistas?”.
E mais. Se a solução encontrada for mesmo a opção por um executivo que já trabalhe na empresa, é possivel que boa parte da diretoria saia, dependendo da escolha.
Me dê motivo - Sonia Racy

Qual país tem o sistema tributário mais progressivo?

Por Pedro Correia
A resposta está aqui: Tax Foundation

30 março 2011

Rir é o melhor remédio


Não Falhe

Links

Sorkin: Mercado brasileiro de private Equity

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  Caixa das grandes empresas ao longo do tempo

  O sítio para testar o que é real e o que é aleatório

  O caso Wal Mart

  O que o jatinho pode dizer sobre a empresa

  Um novo filme: Too big to fail, baseado no livro de Sorkin

  Estados Unidos, Fasb, Iasb e o Reconhecimento da Receita

  Vida de Elizabeth Taylor foi resenhada por alguém que já morreu há seis anos

  Coréia do Sul quer um software contra zumbi

  Cerco tributário aos clubes ingleses de futebol

  Carlos Brito (Inbev) entre os 30 melhores CEOs (ou aqui)

Teste 455

Este cientista recebeu um prêmio da seção de Contabilidade Gerencial da American Accounting Association. Com cinco livros e 25 artigos, incluindo “The Use of Models in Information Evaluation,” ele já faz parte do Accounting Hall of Fame. Seu nome é:
Anthony Demski Horngren

Resposta do Anterior: publicação dos balanços das SA.

Dados são como alimentos

Por Pedro Correia


Hal R. Varian, economista-chefe do Google,autor do livro Information Rules e destaque no mundo da economia e estatística concedeu interessante entrevista, em que disserta sobre a enorme quantidade de dados na atualidade. Segundo ele: “the sexy job in the next 10 years will be statisticians". De fato, com a atual quantidade de dados a estatística será ainda mais relevante. Por exemplo, a utilização de métodos quantitativos na contabilidade é primordial para analisar o aumento exponencial das informações contábeis.


In 2010, the human race created 800 exabytes of information, from tweets and Facebook updates to PowerPoint presentations and photographs. That’s 800 billion gigabytes, or the amount of data you can fit on 75 billion 16-gig iPads. To put that into context, between the dawn of civilisation and 2003, we only created five exabytes; now we’re creating that amount every two days. By 2020, that figure is predicted to sit at 53 zettabytes (53 trillion gigabytes) – an increase of 50 times.


Multiply data and you multiply the need for people to make sense of it. That’s where Varian and the statisticians, analysts and econometricians who work with him come in.


Data is like food, says Varian. “We used to be calorie poor and now the problem is obesity. We used to be data poor, now the problem is data obesity.” Google’s strength, he continues, was to recognise back in 2001 that “we would be handling massive amounts of data, and would need to develop tools for that.

Decisão incorreta

A ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho defendeu, na tarde desta terça-feira (29/03), as operações feitas pela instituição para a compra do Banco Panamericano. Durante o seu discurso para transmissão do cargo para o novo presidente, Jorge Hereda, Maria Fernanda disse que "deixa o posto com essa questão equacionada". "A Caixa tem novo parceiro como acionista, e estou certa de que, nos próximos anos, ambos terão o retorno esperado para o investimento realizado", disse.
Maria Fernanda garantiu que a Caixa se cercou de todos os cuidados técnicos antes de realizar a polêmica compra do então banco do grupo Silvio Santos. "É importante salientar que a decisão da compra foi tomada em função das convergências acordadas, principalmente em setores em que a Caixa não possuía ou tem apenas participação, a exemplo da carteira de veículos. A aquisição foi feita após terem sido tomadas todas as medidas que as boas práticas do mercado sugerem", afirmou. Ela acrescentou que deixa a presidência da Caixa com "a consciência do dever cumprido"
Maria Fernanda defende operação no caso Panamericano - Agência Estado

É difícil acreditar: (1) a decisão de comprar o Panamericano foi política; (2) o problema do Panamericano é prova "todos os cuidados" não foram tomados.