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30 março 2011

Expurgando ativos tóxicos

Por Pedro Correia



Uma grande quantidade de títulos e empréstimos tóxicos permanece nos balanços dos bancos americanos.O Citigroup, por exemplo, depois do salvamento do governo se dividiu em duas partes: boa e ruim.Esses ativos tóxixos representam 20% do ativo total da instituição e representam um terço do capital exigido.Outrossim, o Royal Bank of Scotland e o Commerzbank estão na mesma situação.No entanto, bancos que não receram ajuda estatal , como o HSBC também possuem em seu portifólio ativos tóxicos. Tomando Citigroup, RBS, Commerzbank e HSBC em conjunto, os seus ativos tóxicos caíram de US $ 1,6 trilhão, no início de 2009, para quase US $ 1 trilhão. As perdas trimestrais antes dos impostos nestes bancos caíram de forma acentuada(ver gráfico).

No entanto, o trabalho ainda não está terminado.A grande parte das perdas é oriunda de títulos de propriedades comerciais e empréstimos ao consumidor.O RBS, por exemplo, calcula que a parte "ruim" do seu banco já reconheceu cerca de 50-75% das perdas desses ativos tóxicos por meio de impairment. Mas é possível que as perdas comecem a subir novamente, pois expurgá-los dos balanços é um tanto complicado. O maior problema é que o declínio desses ativos ainda é lento, em média de 10% por ano. Além disso, o restante deles é difícil de vender a preços razoáveis.Por isso, têm o adjetivo de tóxico.


Fonte: The Economist


Contabilidade e Machado de Assis

Por Pedro Correia


Durante a leitura de um conto de Machado de Assis, intitulado Conto de escola, me deparei com o seguinte trecho:


" As sovas de meu pai doíam por muito tempo.Era um velho empregado do Arsenal de Guerra, ríspido e intolerante. Sonhava para mim uma grande posição comercial, e tinha ânsia de me ver com elementos mercantis, ler, escrever e contar para me meter de caixeiro. Citava-me nomes de capitalistas que tinham começado ao balcão. Ora, foi a lembrança do último castigo que me levou naquela manha para o colégio. Não era um menino de virtudes."


Acredito que pela descrição o caixeiro no século XIX, provavelmente, representava a figura do contador ou auxiliar da contabilidade.

Equação contábil

Nós sabemos que a equação contábil é dada por:

Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

 Podemos detalhar o Patrimônio Líquido na equação:

 Ativo = Passivo + Capital Social + Reservas + Receita – Despesas – Dividendos

 Ativo + Despesa + Dividendos = Passivo + Capital Social + Reservas + Receita

 Com isto podemos explicar o efeito do débito e crédito através da equação contábil:
Assim, quando uma empresa deseja registrar uma despesa utilizamos a conta débito. Quando registramos uma receita, creditamos.

 Adaptado de Accounting Demystified, Jeffry R Haber

Índice de Responsabilidade Fiscal

Por Pedro Correia

O Freegman Spogli Institute for International Studies, de Stanford, montou um índice para tentar mensurar o grau de responsabilidade fiscal dos páises.A Austrália lidera o ranking e o Brasil ficou em 10º.

Clique na imagem para ampliar Pelo visto, o estudo não conseguiu identificar a irresponsabilidade fical no Brasil.

Situação fiscal preocupa e nota do Brasil pode ser rebaixada

Por Pedro Correia


A diretora da Standard & Poor's Milena Zaniboni afirmou nesta terça-feira, em seminário promovido em São Paulo, que a situação fiscal[1] do Brasil preocupa mais do que a inflação e acenou com a possibilidade de alterar a perspectiva ou a nota atribuídas ao Brasil. Em 2008, a agência de classificação de risco concedeu ao país o "rating" BBB- (o primeiro patamar de grau de investimento), com perspectiva estável. -


O principal ponto de preocupação é a parte fiscal, a rigidez do orçamento e a dificuldade do governo para fazer um superávit primário maior (que é a economia para o pagamento dos juros da dívida pública) - afirmou Milena. Ela acrescentou que o governo "está no caminho certo", ao perseguir um superávit superior a 3% do PIB. Mas disse que podem ocorrer "pressões negativas" que levem à uma revisão do rating.


Caso a meta seja cumprida, a tendência seria manter a perspectiva estável (sinalizando que a nota não será alterada num período de 12 meses). Outro fator de eventual desequílibrio, na avaliação da Standard & Poor's, seria um novo repique da inflação. - O Banco Central tem um histórico, não tem por que acreditar que ele vai ser diferente agora e passar a ser leniente com a inflação - afirmou ela, para acresentar: -Não quer dizer que a gente não possa mudar de opinião.


Fonte: O Globo


[1] Se o Brasil não conseguir realizar o ajuste fiscal a nota será rebaixada. Pois, o futuro econômico do país estará comprometido no médio e longo prazo. Uma boa sugestão de leitura é o artigo de Alexandre Schwartsman que saiu na Folha de hoje.

Mercado de ações após desastres

Por Pedro Correia

O gráfico a seguir mostra o impacto nas bolsas devido grandes desastres como: 11 de setembro, o terremoto em Kobe, o furacão Katrina, os ataques aéreos em Pearl Harbor e o recente desastre no Japão. Desse modo, mostra o impacto desses eventos nas bolsas de valores após 6 dias. No caso do Japão, a bolsa Nikkei caiu 17,5% ,em 3 dias, "retirando" 487 bilhões de valor.

Fonte: The Economist

Petrobras

O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Petrobrás [sic], Almir Barbassa, afirmou nesta terça-feira, 29, que a estatal tem em caixa US$ 35 bilhões.
Apesar do verbo estar no presente, acredita-se que a afirmação refere-se ao valor em 31 de dezembro. Afinal, a empresa divulgou hoje seu balanço. Se isto for verdade, isto representa algo próximo a 60 bilhões de reais. Mas analisando o balanço da Petrobras nos encontramos o seguinte: Caixa e Equivalentes = 30,3 bilhões Títulos e Valores Mobiliários = 26, bilhões Na verdade o executivo quase dobrou o valor do caixa da empresa. A reportagem continua:
Segundo ele, este é o valor próximo à média anual de US$ 31 bilhões relativos à geração de caixa nos últimos cinco anos.
Este é aproximadamente o valor do caixa das operações. Entretanto, o caixa das atividades de investimento atingiu, em 2010, 106 bilhões de reais. A diferença é coberta com os financiamentos.
Barbassa afirmou ainda que, dos US$ 55 bilhões projetados para investimentos em 2011, de 10 a 15% não devem ser executados.
É interessante notar que este montante corresponde a um pouco mais de 90 bilhões. Em 2011 foram investidos 106 bilhões. Ou seja, a empresa irá investir menos.
De acordo com ele, esta é uma prática normal adotada pela estatal na gestão anual de seus investimentos.
Ou seja, é prática normal ter um orçamento superestimado. Será que isto é uma boa prática gerencial.
No ano passado, a Petrobrás [sic] investiu cerca de US$ 45 bilhões.
Isto corresponde a 75 bilhões de reais. Na DFC isto corresponde ao item “demais investimentos”. Os outros itens são liquidação da cessão onerosa dos direitos adquiridos (7 bilhões) e títulos e valores mobiliários (25 bilhões). Outra questão: qual a razão para a empresa ter investido tanto em TVM?

Petrobrás [sic] tem US$ 35 bi em caixa e estuda captação - Ricardo Leopoldo, da Agência Estado

Leia mais aqui, também.

29 março 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 454

O jornal Valor Econômico anuncia que circula no dia de hoje com 316 páginas, recorde desde sua fundação. São 274 páginas de publicidade. Você saberia dizer a real razão do recorde do jornal?

Resposta do Anterior: Nintendo. Fonte: aqui e aqui

Novas Normas para Trabalhos Acadêmicos

Novas Regras para Trabalhos Acadêmicos – Por Isabel Sales

Esse mês foi publicada uma nova versão pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT da NBR 14724 que se refere a trabalhos acadêmicos. A nova norma, válida a partir de 17 de abril de 2011, tem como principal alteração o espaçamento, antigamente duplo, agora de 1,5. Fiquem atentos!!! Ademais, pelo que percebi, as mudanças foram:

- A identificação das ilustrações (quadros e gráficos, inclusive), que era na parte inferior, passou para a superior.

- O indicativo de seção ganhou mais informações: “os títulos das seções primárias devem começar em página ímpar (anverso), na parte superior da mancha gráfica e ser separados do texto que os sucede por um espaço entre as linhas de 1,5. Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por um espaço entre as linhas de 1,5. Títulos que ocupem mais de uma linha devem ser, a partir da segunda linha, alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.”

- As notas de rodapé ficavam separadas por um espaço simples de entre as linhas e por filete de 3 cm, a partir da margem esquerda. Agora o filete é de 5 cm. Além disso, as notas de rodapé “devem ser alinhadas a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente, sem espaço entre elas e com fonte menor”.

- A capa (obrigatória) e a lombada (opcional) deixaram de ser “elementos pré-textuais” e passaram a ser classificados como “parte externa”. A “parte interna” é composta pelos “elementos pré-textuais”, “elementos textuais” e “elementos pós-textuais”.

Aqui: Para quem deseja adquirir essa ou outras normas da ABNT

Aqui e Aqui: Para mais sobre a ABNT publicado anteriormente no blog.

Inflação na Argentina

O Valor Econômico mostra uma reportagem sobre o cálculo da inflação na Argentina (Inflação oficial fajuta na Argentina cria 'calote branco' de US$ 5,2 bi, Daniel Rittner – 28 mar 2010). A questão é a diferença entre a inflação oficial, que no ano passado foi de 10,9%, e o índice real, talvez em torno de 25%.

Ao reestruturar sua dívida, a Argentina lançou títulos indexados ao índice de preços. Estes títulos passaram a representar 23% da dívida bruta de 164 bilhões.
Os juros pagos aos detentores de papéis atrelados à inflação totalizaram US$ 4,1 bilhões em 2010. Esse valor teria mais do que dobrado caso o governo assumisse uma alta mais acelerada dos preços.
Na realidade a situação é mais grave, já que estamos falando de juros compostos. Assim, um valor menor no passado tende a continuar afetando o valor dos papeis nos próximos anos.

Bolso do Brasileiro

A população brasileira carrega em média consigo cerca de R$ 36 em dinheiro, segundo a pesquisa "O Brasileiro e sua relação com o dinheiro", versão 2010, divulgada pelo Banco Central (BC). Cerca de um quarto das pessoas carrega de R$ 10 a R$ 20 em dinheiro, índice próximo dos que levam consigo até R$ 10.
Brasileiro leva no bolso cerca de R$ 36 em dinheiro - Agência Estado