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08 outubro 2011

Bebe globalizado

Adquira o óvulo em um país, faça a fertilização em outro e contrate a mãe de aluguel num terceiro. Está pronto o seu filho – com muita economia.

Seu celular é made in China. A camiseta foi produzida no Vietnã. O vinho que você bebe veio da Argentina. Se tudo é globalizado, por que o seu filho não pode ser? A nova moda entre os casais que precisam de ajuda ara ter filhos é recorrer a países como índia, Grécia e Pana,á, onde é possível comprar óvulos ou esperma, fazer a inseminação, alugar uma barriga e até fazer o parto. A vantagem é que isso fica bem mais barato e permite realizar legalmente procedimentos que são proibidos em muitos países – como o comércio de óvulos e esperma e a barriga de aluguel remunerada.

O negócio é explorado por empresas como Planet Hospital, cujo site (www.planethospital.com) o cliente pode escolher de qual país virá o óvulo e/ou esperma, onde nascerá o bebê, onde vai morar a mãe de aluguel e até selecionar o sexo da criança. Dos clientes da Planet Hospital, 40%são casais homossexuais que querem ter filhos biológicos. Os outros são casais heterossexuais, geralmente com mais de 40 anos. A prática é legal, mas é vista com maus olhos por alguns cientistas. “Por mais que seja aceitável do ponto de vista médico, isso é exploração da pobreza [da mãe de aluguel]”, diz o especialista em reprodução, Carlos Petta, da Unicamp.



Postado por Isabel Sales. Fonte: Superinteressante, ed. 269.

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