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23 abril 2007

Um país não é uma empresa

É muito comum encontrar frases comparando um país com uma empresa. Normalmente compara-se o faturamento de uma empresa com o PIB de um país. Por exemplo, Philip Hensher, no The Independent, afirma que o faturamento da Tesco, de 42 bilhões de libras, é superior ao PIB do Peru.

Ao criticar esta comparação, o blog Adam Smith afirma que o correto seria utilizar o lucro, em lugar do faturamento. Neste caso a posição da Tesco corresponderia a Bahamas.

Na verdade o lucro seria uma aproximação. O melhor seria o valor adicionado, obtido na DVA (Demonstração do Valor Adicionado).

21 março 2007

10 Green Giants

Da revista Fortune (2 April 2007) sobre empresas que operam em termos ecológicos:

HONDA (Japão, Fundada em 1945, Receita $84,2 bilhões de dólares e 145.000 empregados) - empresa de automóvel mais eficiente no uso de combustível

CONTINENTAL AIRLINES (Houston, Fundada em 1934, Receita de $13,1 bilhões e 44 mil empregados) - Trabalha junto com a Boeing para desenvolver um avião eficiente

SUNCOR (Canadá, fundada em 1917, Receita de $13,6 bilhões e 5.500 empregados) - mede o impacto ambiental de cada projeto

TESCO (Inglaterra, fundada em 1919, receita de 71 bilhões e 380 mil empregados) - corta o uso de energia e tenta fazer seus consumidores pensar no verde

ALCAN (Canadá, fundada em 1902, receita de 23,6 bilhões e 68 mil empregados) - investindo na fabricação eficiente e limpa

PG&E (São Francisco, fundada em 1852, receita de 12,5 bilhões e 20 mil empregados) - investimento estratégico no meio-ambiente

S.C. JOHNSON (Racine, fundada em 1886, receita de 7 bilhões e 12 mil empregados) - três gerações compromissada com o ambiente

GOLDMAN SACHS (Nova Iorque, fundada em 1869, receita de 69.4 bilhões e 24 mil empregados) - política de investimento

SWISS RE (Suiça, fundada em 1863, receita de 24 bilhões e 10.500 empregados) - desenvolvimento de ferramentas financeiras para analisar o risco do clima

HEWLETT-PACKARD (Palo Alto, fundada em 1939, receita de 91,7 bilhões e 156 mil empregados) - Líder do Vale do Silicone em eco-sensibilidade



Green by Oleksandr...

16 maio 2006

Wal Mart aprende com seus erros

Uma reportagem interessante do Wall Street Journal sobre os erros cometidos pela maior empresa de varejo do mundo. E como foram corrigidos.

Escorregões culturais ensinam ao Wal-Mart como lucrar fora dos EUA
May 16, 2006 4:05 a.m.

Por Geraldo Samor, Cecilie Rohwedder e Ann Zimmerman
The Wall Street Journal

Quando a Wal-Mart Stores Inc. começou a se expandir pelo mundo no início dos anos 90, ela oferecia aos consumidores estrangeiros um pedacinho dos Estados Unidos — e este foi exatamente o problema.

No Brasil do futebol, a rede fez uma promoção de tacos de golfe. No calor do México, tentou vender patins de gelo. Na impassível Alemanha, seus funcionários empacotavam compras e sorriam, levantando suspeitas de flerte.

Agora, surgem sinais de que o Wal-Mart aprendeu com seus erros. A empresa tem comprado redes locais de sucesso, contratado executivos locais qualificados e aprendido os gostos locais. Isso a está transformando numa varejista global ainda mais poderosa. Mesmo assim, a empresa ainda enfrenta obstáculos, como resultado de seu confronto com os melhores varejistas do mundo.

As operações internacionais do Wal-Mart já são 20% de suas vendas totais e representam o segmento que mais cresce dentro do grupo. Se a operação internacional do Wal-Mart fosse uma cadeia independente, poderia encerrar o ano como quarta maior varejista do mundo, atrás do Wal-Mart dos EUA, da americana Home Depot Inc. e da francesa Carrefour SA, respectivamente, diz Michael Exstein, analista do Credit Suisse Group. Segundo suas projeções, o faturamento internacional do Wal-Mart vai subir para US$ 78 bilhões no ano fiscal que se encerra em 31 de janeiro de 2007. No último ano fiscal, ele foi de US$ 63 bilhões.

O Wal-Mart, que vai divulgar hoje o balanço do trimestre encerrado em 28 de abril, disse este mês que as vendas devem subir 12%, para US$ 81,5 bilhões, devido em parte a uma alta de 24% das vendas internacionais. Nos EUA, o ganho foi de 10%.

No Brasil, o grupo saltou de sexta para terceira maior rede varejista depois de aquisições realizadas nos últimos dois anos. No México, o Wal-Mart é o maior varejista em vendas, e suas ações são negociadas como uma empresa separada, a Wal-Mart de México SA. Esses dois mercados respondem por 22% das vendas internacionais da empresa. Na Grã-Bretanha, que responde por 45% das vendas fora dos EUA, a companhia enfrenta um ambiente mais difícil, embora ela esteja tentando para resolver os problemas. A situação é a mesma na Alemanha e no Japão.

"Não vamos ganhar em todos e cada um deles", disse recentemente o diretor-presidente do Wal-Mart, Lee Scott, referindo-se aos 15 países em que a empresa atua. "Não há nenhum segredo na nossa fórmula em que basta chegar, pendurar uma placa na porta e, 'Meu Deus, façam fila! Tem um Wal-Mart aqui!'. As coisas não funcionam assim."

Os desafios do Wal-Mart variam de acordo com o país. Na Alemanha, um processo aberto por trabalhadores forçou a empresa a revogar um trecho do manual de ética que proibia relacionamentos românticos entre supervisores e empregados. Embora essas normas sejam comuns nos EUA, os trabalhadores alemães as consideraram uma violação de seus direitos pessoais.

O Wal-Mart se deu melhor na Grã-Bretanha, onde comprou em 1999 a Asda. Por muito tempo, a Asda foi a mais barateira entre as principais cadeias de supermercados do Reino Unido. Mas rivais têm conseguido cortar preços e oferecer novos produtos antes da Asda. A Tesco PLC, a maior varejista do país, compara seus preços com os da Asda em seu site na internet.

No Japão, o Wal-Mart também tem enfrentado uma concorrência feroz. Mesmo antes de a empresa ter entrado no país, em 2002, quando comprou uma parcela minoritária na rede de alimentos e vestuário Seiyu Ltd., concorrentes como a Aeon Co. mandaram funcionários para conhecer as lojas do Wal-Mart nos EUA, Coréia do Sul e China. Copiando a fórmula do Wal-Mart, varejistas japoneses cortaram preços e abriram megalojas de um andar com estacionamentos gigantes — uma novidade no país.

Quando o Wal-Mart iniciou suas operações fora dos EUA, em 1991, não estipulou metas específicas e parecia achar que o que tinha funcionado nos EUA funcionaria no exterior. No México, a rede estava certa. Lá, a empresa comprou a Cifra SA, a maior varejista do país, e transformou as lojas nas megalojas de estilo americano, com grandes descontos.

Depois de alguns escorregões culturais, como o dos patins de gelo, a empresa entendeu o que os consumidores queriam. Para os milhares de mexicanos que viajam aos EUA a trabalho ou até mesmo para um fim de semana de compras, o Wal-Mart era um pedacinho dos EUA no México.

Quando o Wal-Mart abriu as primeiras lojas no Brasil, em 1995, ele tentou o modelo supercenter, mas fracassou inicialmente. Muitos brasileiros preferiram continuar comprando em lojas mais próximas, em vez de dirigir até um longínquo Wal-Mart. Nos últimos dois anos, a empresa aprendeu essa lição com a ajuda de um grupo de altos executivos que inclui 16 brasileiros. Ela comprou redes de varejo com diversos formatos, incluindo as lojas de bairro Balaio e as lojas Magazine, que não vendem comida.

O Wal-Mart também percebeu que teria de reservar um espaço bem maior para comida do que nos EUA, onde os consumidores estão mais acostumados a comprar carne e peixe embalados, em vez de frescos. Para os brasileiros poderem apontar para o pedaço de carne que querem e pedir para fatiar no local, foi preciso ampliar a área do açougue.

— Kris Hudson, John Lyons colaboraram neste artigo