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Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta curso prático de contabilidade. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
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01 dezembro 2018

Curso Prático de Contabilidade


Na quarta, durante do Congresso da UnB, apresentamos o livro Curso Prático de Contabilidade. A seguir o índice da obra, que possui mais de 600 páginas:
O livro possui diversos recursos didáticos, como o "iniciando a conversa", "objetivos do capítulo", "prática", "Pequena e Média Empresa" ...

... "ética", "antes de prosseguir", "exercício de revisão", "um exemplo mais completo"...

... "usando a informação contábil", "resumo dos objetivos", "decisão", "dicionário" ...

... "problema demonstração, "questões de múltipla escolha", "questões para revisão",  "exercícios breves", "problemas" ...
 A seguir, um exemplo de uma página do livro:

 Para preparar a apresentação, fizemos uma contagem dos exercícios no livro. São mais de 700 !!

Você pode comprar o livro aqui ou em outra livraria.


11 março 2020

Sorteio: livro Curso Prático de Contabilidade

O carnaval acabou e o ano começou... E para celebrar 2020 estamos realizando o sorteio do livro “Curso Prático de Contabilidade - Analítico e Didático” dos professores César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues.

Para participar é necessário colocar o seu nome e sobrenome, além do e-mail pessoal no formulário, disponível abaixo, ou: aqui. A participação estará aberta até as 23h do dia 15/03 e o ganhador será divulgado no dia 16/03.

Limitado a uma participação por e-mail. O e-mail não será utilizado para outros fins. Estará apto apenas quem preencher corretamente as perguntas. Aos autores são reservados direitos de substituir um ou todos os prêmios por outro de valor igual ou superior caso algum prêmio divulgado se torne indisponível. Os sorteados serão notificados por meio do e-mail cadastrado e devem responder em até 3 dias (72 horas) com um endereço de envio de correspondência válido no Brasil ou estará abrindo mão do prêmio e um novo participante será selecionado. Ao aceitar o prêmio, todos os participantes concordam que os autores do blog poderão postar o seu nome em páginas e textos relacionados a "sorteios" e em qualquer outro tipo de publicidade sem qualquer compensação ou consideração adicional, a não ser que a lei proíba.

Disclosure: O livro do sorteio foi disponibilizado pelo autor. Se você estiver interessado em adquirir uma edição, clique aqui.

06 março 2019

Curso Prático de Contabilidade: Sendo Detetive

A seguir, mais um estudo de caso para os professores/alunos que usam o livro Curso Prático de Contabilidade, Editora Gen, César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues:

Nem sempre olhar só as demonstrações contábeis é suficiente para entender o que se passa em uma empresa. Mas muitas vezes é possível deduzir a partir dos números. Parece um pouco um trabalho de detetive, onde algumas pistas permitem a montagem de um quebra-cabeça, resultando numa possível descoberta do culpado.

Este caso é de uma empresa real e a ideia é fazer uma “investigação” sobre a empresa. As informações são provenientes exclusivamente das demonstrações contábeis: balanço, DRE e DFC.


Pede-se:
Com base somente nos números apresentados, você consegue imaginar o que está ocorrendo com esta empresa?

27 agosto 2022

Controle de estoques


Um dos primeiros ensinamentos de um curso de contabilidade é sobre o controle de estoques. Quando uma entidade adota um sistema de controle, isto ajuda na sua lucratividade. Mas para isto é necessário mecanismos de controle interno implamentamos. Sobre isto, no capítulo 7 do livro Curso Prático de Contabilidade há alguns itens básicos sobre o tema.

Eis agora um caso prático sobre a relevância deste assunto. Com a invasão da Ucrânia, alguns países resolveram ajudar o país na luta contra a Rússia de Putin, enviando armas. No passado, este tipo de ajuda resultou em desvio das armas para um mercado secundário. Quando da tentativa de derrubar o presidente sírio al-Assad, as armas para resistência terminaram com o Estado Islâmico e outros grupos ligados a Al Qaeda.

No caso da Ucrânia, por enquanto não há uma comprovação do desvio, mas a preocupação existe. Falta um rastreamento das armas. Neste caso, o estoque pode ser identificado pelos números de série. O governo da Ucrânia tenta passar uma ideia de que estão controlando os estoques fornecidos pelos aliados, para evitar que terminem no mercado negro ou de grupos não autorizados.

Alguns países já falam da necessidade de uma auditoria para garantir que o fluxo está dentro da normalidade. O fato é agravado pela grande quantidade de contratos relacionados com a Ucrânia, mais de 7.800, com um valor de 2,2 bilhões de dólares.

Parece que falta contadores para ajudar na guerra da Ucrânia. 

27 janeiro 2022

Steinhoff luta para sobreviver

A empresa Steinhoff, com sede na África do Sul, está lutando para sobreviver. No centro de um escândalo contábil, que tratamos no blog diversas vezes (aqui) ou como estudo de caso no livro Curso Prático de Contabilidade (co-autoria com Fernanda Fernandes Rodrigues), a empresa fez aquisições erradas, provavelmente vítima de executivos que tomaram decisões contrárias ao interesse dos acionistas. 

Em 2021 a empresa conseguiu recursos de seguros, pouco para o tamanho do problema. Mas ano novo, vida nova e a empresa começou a pagar investidores que foram lesionados com o escândalo contábil. A conta é de 1,4 bilhão de euros. Parece muito, mas o total de solicitações de indenizações chega a 8 bilhões. 

Transcrevo a seguir uma postagem que resume os problemas da empresa:

Steinhoff International talvez seja uma empresa desconhecida de muitos brasileiros. Mas com mais de 90 mil empregados, segundo dados de 2015, a empresa atua no ramo de comércio de mobiliário e produtos para casa, com operação na Europa, África, Ásia, Estados Unidos e Nova Zelândia.

Originalmente é uma empresa alemã, fundada em 1964. Em 1997, a Steinhoff comprou parte de uma empresa da África do Sul e terminou por mudar sua sede, atraída pelos baixos custos de produção. Também tornou-se uma empresa com ações negociadas na bolsa de Joanesburgo. Na década seguinte, a empresa comprou a empresa Conforama, com atuação em diversos países da Europa e mais de 200 lojas. Em dezembro de 2015 passou a ter ações negociadas na bolsa de Frankfurt, embora a gestão continuasse na África.

Sua atuação cobre mais de 30 países, 40 marcas, com uma forte presença na Europa. No dia 8 de dezembro a empresa informou que estava cancelando uma reunião anual com banqueiros em Londres, originalmente marcada para esta segunda, reprogramando para o dia 19 de dezembro. Dois dias antes, no dia 6 de dezembro, seu principal executivo tinha renunciado ao cargo depois que a empresa anunciou irregularidades contábeis. Além disto, a empresa informou que estava adiando a divulgação dos relatórios contábeis.

Na quinta, a empresa também anunciou que estaria vendendo algumas unidades, o mais rápido possível, para manter sua liquidez, em um comunicado dúbio. O mercado acionário reagiu a falta de transparência e a possibilidade de grandes perdas em razão das irregularidades contábeis. Em junho as ações da empresa eram negociadas a 5 euros. Em agosto, diante da notícia que promotores alemães estariam investigando a empresa por inflar receitas de suas subsidiárias, a ações começaram a cair, chegando a 3 euros no início da semana passada. Na quarta, diante da confirmação das irregularidades contábeis, as ações caíram para 1 euro, chegando a 0,47 euros na sexta. Em termos de valor de mercado, a queda foi de 18 bilhões de euros para 2 bilhões de euros entre junho e agora.

A figura abaixo mostra o comportamento dos bônus da empresa.


Os problemas da empresa parecem envolver empresas de executivos e certas parcerias que o grupo assumiu que comprometeu o fluxo de caixa para os acionistas. A empresa de auditoria responsável pelas contas da Steinhoff é a Deloitte e as autoridades da África do Sul já solicitaram uma investigação para entender a responsabilidade da Big Four.

20 março 2016

História da Contabilidade: Ensino da Contabilidade no século XIX

O retrato que temos do ensino da contabilidade no Brasil no século XIX é bastante fragmentado. A partir dos livros, das anotações sobre o conteúdo dos cursos, dos discursos técnicos, das anotações dos livros comerciais é possível ter uma ideia das aulas que eram ministradas.

O fato da contabilidade ser ensinada no nosso país logo após as pessoas aprenderem as primeiras letras e as primeiras noções de matemática mostra que talvez o conteúdo seja um pouco diferente do que ministrados nos dias de hoje. Além disto, aprender a contabilidade era um caminho de ascensão social; certamente as aulas eram práticas, com pouca fundamentação teórica. Outro aspecto é que o número de horas era muito menor do que um curso superior dos dias de hoje. Além disto, a complexidade do ambiente econômico era menor. Tudo isto somado permitir concluir que o ensino da contabilidade no século XIX seria irreconhecível para os alunos dos dias atuais.

Uma possível característica do ensino era o fato da contabilidade ser considerada uma ciência exata. Na realidade, ainda nos dias de hoje algumas pessoas ainda acreditam que isto seja uma verdade. Talvez seja resquícios dos tempos de antigamente.

Os aspectos contemplados anteriormente são decorrentes das pesquisas que já realizei até o presente momento. Um documento recentemente me chamou a atenção. Trata-se da exposição de um livro de contabilidade que se propõe estar ao alcance de muitas pessoas (1). O texto começa com a apresentação da obra:

Trata-se de uma obra popular, para as pessoas que “lidam com algarismos, e carecem conhecer das operações arithmeticas mais geralmente usadas”. Claramente um livro de matemática. O autor é um prático, sendo empregado no comércio e professor de contabilidade e escrituração mercantil. Para tirar a dúvida (“a prova dos noves”, como se dizia antigamente) eis o conteúdo:

Começa com a tabuada, passa pela aproximação, sistema métrico, frações, matemática financeira, câmbio, regra de três e legislação comercial. Mas não resta nenhuma dúvida que o foco da obra é a matemática comercial.


(1) Diário do Maranhão, ano V, n. 187, p. 4, 17 de março de 1874. É importante notar que o Maranhão era uma província desenvolvida naquela época.

04 abril 2017

Curso de Contabilidade Básica: Em Construção

No volume II do Curso de Contabilidade Básica tratamos sobre o imobilizado no capítulo 3. Diante das várias situações que podem ocorrer com os ativos fixos de uma entidade, tais como a aquisição, construção, perda ou“aposentadoria”, etc, este texto irá comentar a situação de uma empresa que incorpora um imobilizado ao longo de um grande período de tempo. Isso ocorre quando uma empresa constrói um prédio ou fabrica um navio ou uma obra que leva muito tempo para ficar pronta. Como a contabilidade faz o registro nestes casos? Não é muito complicado entender, a partir do conteúdo apresentado no livro. Na medida em que a empresa vai fazendo a construção de um prédio, os valores são incorporados ao ativo imobilizado em andamento. Assim, os desembolsos com material de construção ou salários dos empregados são considerados dentro deste grupo. Ao final da obra, a contabilidade sabe quanto foi o seu custo, que está no imobilizado.

Vejamos um exemplo prático disto. A empresa Norte Energia foi criada para construir a usina hidrelétrica de Belo Monte. Quando ficar pronta, esta usina irá gerar uma grande quantidade de energia para o País. O balanço patrimonial da empresa para 31 de dezembro de 2016 encontra-se a seguir:

É fácil perceber que o principal ativo da empresa é o imobilizado. Mas o balanço não ajuda a explicar o que ocorre com a empresa ao longo da construção da usina. Felizmente a empresa divulgou, em notas explicativas, um detalhamento deste imobilizado, que facilita a compreensão.


Observe que o total da tabela apresenta o mesmo valor do imobilizado do balanço patrimonial: 36 bilhões de reais (marcado na figura com uma seta). Na primeira coluna temos o saldo em 31 de dezembro de 2015. Na última, um ano depois. Assim, o imobilizado da empresa cresceu no período, de 30,2 bilhões para 36 bilhões ou 5,8 bilhões a mais. Nas linhas temos o detalhamento das mudanças nos valores.

Na segunda coluna são mostradas as adições do período. A seguir, na terceira, a “baixa”, ou seja, a redução de valor por alguma razão. Na quarta coluna, as transferências. Estas transferências ocorreram internamente entre os grupos do imobilizado. Nós destacamos na figura o valor de 13bilhões, com uma estrela e um círculo. Veja o que ocorreu: uma grande parte dos “reservatórios, barragens e adutoras”, que estava em construção, terminou durante o ano de 2016. Agora estes valores estão “em serviço”.

A transferência é feita através do seguinte lançamento:

Débito Reservatórios, barragens e adutoras (geração em serviço) – Imobilizado
Crédito Reservatórios, barragens e adutoras (geração em curso) – Imobilizado em Andamento

Para compreender essas outras situações que ocorrem com o Imobilizado aqui citamos, não deixe de estudar o capítulo 3 de nosso livro... :)

06 novembro 2018

Estudo de Caso: Criptomoeda, DFC e Resultado Operacional

A Bitmain Technologies é uma empresa que fabrica hardware para mineração de criptomoedas. Com sede em Beijing, China, a empresa foi fundada em 2013. Em 2018 a empresa tornou-se a maior do mundo em chips para mineração Bitcoin, além de operar um polo de mineração da moeda. A empresa estava planejando fazer um lançamento de ações na bolsa de valores de Hong Kong para captar recursos para expandir sua produção. Com isto, divulgou suas demonstrações contábeis para o público externo. Nos dados divulgados, a empresa relatou um lucro operacional de US$1 bi, mas um fluxo de caixa das operações negativo de 622 milhões.

O descompasso entre lucro operacional e fluxo de caixa das operações SEMPRE desperta interesse. A Bloomberg investigou o caso e descobriu que a empresa compra peças e contrata pessoal usando moeda corrente, faz os equipamentos e os vende em criptomoeda. Este negócio é bastante lucrativo, já que o lucro operacional é proveniente de uma receita de 2,8 bi.

A diferença com o fluxo de caixa das atividades operacionais é que os pagamentos estão classificados dentro do caixa operacional, mas os recebimentos não. Isto é estranho, já que geralmente as empresas tendem a tentar melhorar seu fluxo das operações. Além disto, quando a empresa vende suas criptomoedas, o dinheiro que entra é classificado como fluxo de caixa de investimento. A empresa ainda mensura a criptomoeda pelo valor de custo, classificando-a como ativo. A Bitmain justifica esta medida para evitar a volatilidade da moeda, que poderia distorcer os resultados. Quando a empresa vende a criptomoeda, ela reconhece o resultado, medido pela diferença entre o valor de venda e o valor existente no ativo.

Outro aspecto interessante é um item do resultado chamado “perda de criptomoedas incorridas como resultado de incidentes de segurança cibernética”. Este item aparece na demonstração do resultado da empresa.

Com base nestas informações, pede-se:
a) Qual o valor da margem operacional da empresa? A margem operacional é a divisão do lucro operacional pela receita.
b) Quando a empresa divulgou seus resultados, que usuário a empresa estava visando?
c) Suponha que a empresa tem uma criptomoeda que recebeu em uma venda de equipamento. Naquele momento (mês 1), o valor do equipamento foi de $1.000. Oito meses depois (mês 9), a empresa resolveu vender esta criptomoeda, dentro do mesmo exercício. O valor da transação foi de $1.800. Faça os lançamentos contábeis para as duas transações.
d) O que representa a perda relatada no final do texto? Como seria o lançamento desta perda? Qual seria o fato gerador? Isto afetaria o fluxo de caixa operacional?

Curso Prático de Contabilidade, 2a ed, César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues


Fonte: LEVINE, Matt. Bitmain Adds Crypto to the Accounting Equation https://www.bloomberg.com/opinion/articles/2018-09-27/bitmain-ipo-adds-crypto-to-the-accounting-equation

07 agosto 2018

Valor Pago por aluno adicional no Reuni

O programa Reuni foi um ambicioso plano de expansão do ensino superior nas universidades federais do Brasil. Muito dinheiro foi alocado pelo governo pensando na expansão das vagas, além do aumento no número de instituições. A análise deste programa já foi realizada, individualmente, em uma série de trabalhos acadêmicos. Uma análise geral era necessária e o seu resultado foi publicado agora na Revista da Controladoria-Geral da União. Usando os dados orçamentários e tendo como medida de atividade o número de matrículas, o artigo Valor Pago por Aluno Adicional nas Universidades Federais Brasileiras com o Programa Reuni procura verificar, por universidade e pelo conjunto das universidades, qual o peso para sociedade desta expansão.

Os dados corrigidos pela inflação mostram que cada aluno adicional que entrou em uma universidade federal representou um valor pago de 36,6 mil reais. O texto toma o cuidado de não indicar que este é o custo, pois está tratando de orçamento (financeiro). Entretanto, como uma universidade federal típica tem como maior custo o pagamento de funcionário (professor e administrativo), muito provavelmente o valor pago pode ser considerado uma proxy bastante razoável deste custo.

Como se trata de um artigo acadêmico, o juízo de valor é deixado de lado. Em algumas universidades, o valor adicional é bem superior a média encontrada; principalmente, nas instituições localizadas em grandes centros e com o foco na área de saúde. Mesmo tratando do valores médios, a quantia de 36,6 mil reais é muito elevada. Observe que muitas instituições poderiam aproveitar a economia de escala e de escopo, mas preferiram optar pela diversificação dos cursos ofertados. Em alguns casos, o foco foi na contratação de pessoal administrativo ou área meio; em outros, a expansão geográfica, que garante votos, mas muitas vezes significa investimentos com baixa rentabilidade social.

Neste primeiro retrato mais amplo do Reuni, o programa não resiste na análise econômica-financeira.

Observação adicional: Durante anos, a Universidade de Brasília procurou mensurar o custo por aluno, segundo as grandes áreas do conhecimento. Além de desenvolver um trabalho pioneiro, a equipe responsável pelo sistema foi dar sua contribuição na docência em diversas universidades do país: Beatriz Morgan, Fernanda Fernandes (co-autora do Curso Prático de Contabilidade), Francisca Souza, José Lúcio Tozetti, entre outros. Infelizmente, recentemente a UnB descontinuou o sistema de apuração de custos, mas a série histórica, de 2002 a 2015, ajuda a contar um pouco a história do custo do aluno. A decisão de descontinuidade, infelizmente, está muito mais associado a atender a certos interesses do que a decisão de mensuração efetiva de desempenho.

10 novembro 2013

Entrevista: Cláudio Moreira Santana - Trabalhos de Conclusão de Curso

Durante anos, o professor Claudio Santana coordenou com excelência os trabalhos de conclusão de curso (TCC) de contabilidade da Universidade de Brasília. Como todo coordenador de TCC, orientou também muitos alunos.

Com base nessa experiência, entrevistamos, por e-mail, o professor Claudio para saber um pouco mais sobre o assunto.

Blog_CF: Quais são os erros mais comuns na monografia dos alunos de TCC?

1. Escolher o orientador e não o tema. É comum o aluno buscar o professor mais legal ou de maior simpatia, mas isso não é o que realmente leva a um bom trabalho. Acredito que o foco deve ser no tema e, a partir daí, buscar-se um bom orientador. E não o contrário.
2. Procrastinação. Como bons brasileiros (a maioria dos alunos) deixam tudo para a última hora e esperam pela prorrogação do prazo (que muitas vezes não vem). Com esse tipo de atitude os trabalhos saem com baixa qualidade quando poderiam ser bem melhores, bastando um pouco mais de organização e planejamento das atividades de pesquisa.
3. Ter vergonha de levar o trabalho para correção do professor. Já fiz isso, e já tive alunos que fizeram isso. Ser criticado é talvez uma das coisas mais difíceis na vida. Não conheço ninguém que goste de ser criticado - e para mim também não existe crítica construtiva e sim tom de crítica e estado de espírito, dependendo desses dois posso, ou não, aceitar a crítica. Reconheço, contudo, que é difícil fazer um grande esforço e o orientador dizer que o que foi escrito é uma grande bobagem, mas às vezes é exatamente isso o que acontece (fazemos grandes bobagens e outras vezes acertamos em cheio. A vida é assim...).
4. Achar que a tarefa é do professor e não dele. Nem é preciso comentar né?
5. Não se atentar para o fato de que é necessário que um trabalho seja:
a. Realizado com um tema de seu interesse e não do orientador - é necessário gostar do tema ou pelo menos não odiá-lo. O melhor é estar apaixonado por ele;
b. Importante tanto para o aluno quanto para as outras pessoas (não apenas para o orientador e avaliadores), efetivamente tentar contribuir para o conhecimento e não apenas fazer uma obrigação. Se o autor não está convencido que seu trabalho é importante, como vai convencer outras pessoas?;
c. Original. As formas de pensar e expressar são muito diversas, há uma fonte inesgotável de criatividade mundo afora e ser original é ao mesmo tempo fácil e difícil. Fácil porque ninguém pensa exatamente da mesma forma que os outros e difícil porque os temas estão sendo pesquisados por muita gente, as ideias circulam e o que pensamos ser original às vezes já foi publicado. Por outro lado, é interessante ter novas formas de se fazer pesquisa, utilizar métodos e técnicas que ainda não foram utilizados no tema, buscar novos sujeitos para pesquisar (ou seja, fazer um recorte interessante na pesquisa). Tenho visto também que uma boa saída (mas não tão fácil) é buscar a interdisciplinaridade, ou seja, trabalhar conceitos, modelos e teorias de uma área em outra;
d. Viável. Vejo muitas vezes o aluno chegar com uma ideia mirabolante, que vai resolver todos os problemas da humanidade ou que vai mudar o nome do Banco Central (essa ideia já me foi apresentada uma vez...). Bom, a questão é ter o pé no chão e observar a capacidade, tempo, recursos disponíveis e necessários para se fazer a pesquisa. Não adianta ter a melhor ideia do mundo se ela não for viável.

Sobre esses três últimos pontos recomendo uma leitura adicional do capítulo 3 do livro de Cláudio de Moura Castro. A prática da pesquisa. Editora Pearson.

Blog_CF: Existem muitos casos de compra de trabalho? E de plágio?

Sobre a quantidade eu realmente não sei responder, o que parece é que a detecção dessem casos tem sido mais frequente e há casos não só Brasil, mas também na Alemanha (quem diria...).

O plágio é mais fácil de ser observado: estilo de linguagem, formatação, diferenças entre discussão com o aluno e o que aparece escrito são indícios de que há problemas. Outro ponto é o plágio não intencional e nesse caso é importante a leitura atenta do trabalho pelo orientador e anotação das fontes que foram consultadas pelo aluno.

Compra de trabalhos já é outra história... já recebi algumas denúncias, mas não foi possível provar. Nesses casos o que recomendo é maior atenção da banca. O problema é que, geralmente, quem faz isso também estuda o tema com afinco para realizar a defesa. Dessa forma, como pegar?

Uma solução é ficar atento durante a orientação. Sei de um caso em que o aluno sempre ia com um “primo” para a orientação ou quando isso não acontecia pedia para gravar. Acontece que o tal “primo” era o ghost writer do trabalho. Mas também conheço um caso que o aluno foi denunciado e a banca constatou-se que o trabalho era tão ruim que o tal aluno poderia levar o caso ao PROCON para ter seu dinheiro de volta... Rs.

Blog_CF: Muitos alunos procuram você com um tema, mas sem orientador. Como saber o que fazer neste caso? O que ele deve fazer para escolher o orientador mais correto?

É uma situação mais comum do que se imagina. Na maioria das vezes o aluno que tem um tema não tem um orientador e o que tem o orientador não tem o tema. Os interesses de cada grupo são muito diferentes, seja por leitura ou por simplesmente pertencerem a gerações diferentes.

Sempre recomendo aos alunos observarem o Lattes dos professores da instituição e, a partir daí, ver o que melhor se encaixa na proposta que ele quer fazer, outra maneira é conversar com outros professores e com colegas para saber os projetos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos na instituição. O aluno também deve ficar atento para o fato de que o professor vai tentar transformar seu trabalho em algo mais palatável a ele, ou seja vai tentar alinhar o interesse do aluno ao seu interesse, vez que isto facilita o processo de pesquisa. Raramente vemos professores abraçarem “novas causas” temas novos ou fora do que conhecemos é sempre um risco que muitas vezes não queremos ou podemos correr.

O orientador para esses casos tem que ser o que melhor avalie a situação e o que realmente se dedique com o aluno na construção do trabalho, mostre caminhos possíveis e indique, por vezes, outros professores que podem tirar as dúvidas a respeito do tema.

Blog_CF: O que é mais comum: o aluno que quer um orientador que orienta ou um que deseja um orientador que não atrapalhe?

Depende do aluno na verdade. Para a maioria é, sem dúvida, recomendável alguém que o oriente. Nesse sentido vale mais o professor que seja franco e honesto em relação ao que lhe apresentado. Alguns alunos, entretanto, querem orientadores mais perto de si, aqueles que lhe perguntam da vida, conversam, são amigos e efetivamente demostram interesse em ajudar o aluno não apenas no processo da pesquisa mas na orientação do que fazer na vida (normalmente tratamos com jovens e que ainda não decidiram a carreira profissional e estão cheios de dúvidas no que vão fazer quando terminarem o curso). Outros querem um relacionamento estritamente profissional, objetividade nas discussões e pouco gasto e dispersão de tempo.

Para os alunos que já são mais autossuficientes e tem certa experiência (geralmente mais velhos e com outra formação ou experiência profissional), um orientador mais distante (que não atrapalha) pode ser melhor. Para esses casos vale lembrar que o aluno deve ter cuidado para não deixar o orientador na berlinda. É necessário ter o orientador como alguém que possa dar feedback sobre o que é feito e escrito.

Na prática, avaliar isso é muito difícil, e só a convivência vai mostrar como agir, - tanto para aluno quanto para professor. Mas vale lembrar que “muito ajuda quem não atrapalha” e que um orientador que orienta também é um que não atrapalha.

Blog_CF: Qual o orientador que apresenta maior taxa de sucesso: aquele que risca tudo ou aquele que não lê o trabalho do orientando?

Realmente não sei dizer. Geralmente eu risco tudo, não gosto de correr riscos e passar vergonha frente a meus outros colegas professores. Mas reconheço que é praticamente impossível pegar todos os erros ou ver todas as situações e deficiências de um trabalho. Mas já aconteceu de participar de bancas em que não tive tempo de ver o trabalho como um todo do meu orientando e só receber elogios e trabalhos que foram riscados e re-riscados exaustivamente serem duramente criticados. (avaliação tem sempre um caráter subjetivo, há bancas que gostam do tema e outras não).

No caso de não ler o trabalho acho que é muito risco para todas as partes, para o orientador (que passa vergonha e atestado de incompetência), para o avaliador (pode perder um amigo ou arrumar um inimigo) e principalmente para o aluno (que é a parte mais fraca no processo e, por estar sendo avaliado, tem os nervos à flor da pele)

Aqui acho que tem um pouco da ideia da “tese do coelho” (http://www.contabilidade-financeira.com/2010/04/rir-e-o-melhor-remedio_20.html). Orientadores que não leem o que seus alunos escrevem, podem passar vergonha em uma banca, mas normalmente também são os que batem na mesa e no peito e bancam o trabalho (argumento de autoridade). Os que leem os trabalhos passam mais segurança aos alunos e os próprios alunos entendem que devem buscar um trabalho que tenha méritos (autoridade de argumento).

Blog_CF: Em que momento é possível perceber quando um aluno irá fazer um trabalho ruim ou irá desistir do tema?

Geralmente em três situações:
1. Quando não compreendeu o problema de pesquisa. Se o aluno não sabe qual o problema de pesquisa vai ficar “patinando” e, se sair daí, não vai conseguir fazer o trabalho a tempo. A compreensão do problema de pesquisa (o que ele é e como se operacionaliza) é talvez a maior dificuldade que o aluno enfrenta, tanto no aspecto do “caso concreto” quanto no aspecto teórico.
2. Quando apresenta dificuldades cognitivas para entender os aspectos teóricos e metodológicos do trabalho. Nesses casos é necessário que o professor tenha tato para saber até onde pode cobrar do aluno. Há gênios e há aqueles com dificuldade. Devemos reconhecer que nem todos fazem parte do primeiro grupo.
3. Quando ele some. Desapareceu durante muito tempo (duas ou três semanas bastam), não importa o motivo, já comprometeu o andamento da pesquisa e os resultados provavelmente não serão bons.

Blog_CF: Em sua opinião, o TCC deveria ser obrigatório, mesmo para o aluno que não irá para área acadêmica? Não seria melhor ele fazer outra disciplina?

Acredito que deva ser obrigatório. Não é apenas a questão da pesquisa em si que importa no TCC, acho que pode despertar vocações para a pesquisa e para a academia, mas também há o desenvolvimento de competências que muitas vezes não foram sequer pensadas durante o curso. Durante os cursos de graduação, na maior parte das vezes os alunos não são instados a escrever, a praticar a leitura, a criticar, a compilar e analisar dados e tirar conclusões. Normalmente, não é solicitado que o aluno pense por si, mas que ele repita fórmulas prontas ditadas nas aulas, ou seja, a repetição do conteúdo e não a criação e reflexão do saber.

Diversas pesquisas sobre o ensino da área de contabilidade mostraram que ele é muito técnico. Pela minha vivência, são raros os professores que avaliam os alunos por outro tipo de instrumento que não seja apenas prova (e os alunos ainda pedem que seja com os mesmos exercícios do livro ou de uma lista...). Acredito que o TCC possa servir como uma forma de desenvolvimento de um aluno mais crítico, e não apenas um “fazedor de lançamentos”.

Na verdade, a ideia de se fazer pesquisa deveria estar presente durante todo o curso de graduação e não apenas no momento do TCC.

Mas vale lembrar que o TCC não precisa ser apenas no formato de pesquisa científica, a própria resolução das diretrizes curriculares permite que se tenham formas diferentes para o TCC. Poder-se-ia haver relatos de consultoria, diagnósticos empresariais, relatórios profissionais. Em suma, as universidades poderiam ser mais criativas, mas reconheço que a operacionalização dessas ideias podem ser difíceis de serem implementadas e que a compreensão dos demais professores sobre o assunto possa ser muito diferente.

Blog_CF: Para finalizar: artigo ou monografia? Qual o mais útil?

Na essência o que importa para um TCC é o desenvolvimento das competências do aluno e a sua aprendizagem em relação ao tema. Assim, tanto faz se o formato for monografia ou artigo.
Mas sou partidário do artigo, sem dúvida. Embora a monografia seja o formato mais utilizado nas Instituições de Ensino Superior no país, tendo em vista o disposto nas resoluções do MEC, o artigo é muito mais útil.

O ciclo de pesquisa envolve a ideia inicial, a confecção da pesquisa em si, a escrita, os ritos de passagem (orientações e defesa pública) e se concretiza com a divulgação.

Acontece que o formato monografia requer um retrabalho. Ou seja, é necessário fazer o corte das sobras de texto que não sejam essenciais ao entendimento do trabalho para que seja haja a tentativa de publicação. Em uma época em que somos cobrados por produto, é um desserviço termos que fazer uma tarefa duas vezes (além de sermos pagos pelo dinheiro do contribuinte...). Também há um aspecto prático: o aluno quer seguir a vida dele, começar a trabalhar, ganhar dinheiro e muitas vezes esquecer o TCC, na maioria das vezes, não vê utilidade na publicação, dessa maneira ele some e muitas vezes nunca mais o encontramos. Há também um aspecto ético: o trabalho é do aluno, que direito temos, enquanto professores, de mexer no que ele escreveu? Enviar para publicação?

Mas também sou contra fazer o TCC como artigo e já na a orientação objetivar a publicação. Em primeiro lugar deve vir a aprendizagem, a publicação deve ser consequência e se houver interesse do aluno. Em minha opinião professor não tem direito de forçar o aluno a publicar ou condicionar a orientação ao envio do trabalho para um evento ou periódico.

14 novembro 2019

Amigo Secreto 2019

O natal está chegando e, com ele, o nosso amigo secreto dos blogs de contabilidade e finanças. Este ano somos 12! Damos boas-vindas ao Roberto Ushisima, do Empresas e Mercados, que participará pela primeira vez. Vocês já conhecem o blog dele? Aproveitem para dar uma passadinha lá e prestigiar o nosso novato!

Nós aqui do Contabilidade Financeira estamos marcando uma presença forte, com a participação dos três coautores: César, Pedro e eu.

Para completar o time, temos o Alexandre, do Alcantara, a Cláudia, do Ideias Contábeis, o Felipe, do Contabilidade e Métodos Quantitativos, o Orleans, do Informação Contábil, a Polyana, do Histórias Contábeis, o Roberto Lima, do Panorama Público, o Sandro, do Acervo Contábil, e o Vladmir, do Vladmir F Almeida.

Esta é uma forma que encontramos de integrarmos os blogs, nos conhecermos melhor e nos divertimos um pouco. Um bocado, na verdade!!! Acho que todo ano eu falo isso, mas se torna mais verdade também a cada ano... Mas é uma brincadeira bem especial, que me dá a chance de me aproximar de pessoas queridas - algumas com as quais eu nem conversava muito antes dessa oportunidade. Esse grupo de blogueiros é fantástico! Fico feliz por fazer parte disso tudo.

Estamos às vésperas do sorteio para descobrirmos quem é o nosso amigo secreto e logo logo traremos mais postagens para que vocês possam acompanhar conosco. Mas não só isso! Falando em sorteio, este ano um dos nossos leitores será presentado com um exemplar do livro Curso Prático de Contabilidade, do professor César Augusto Tibúrcio Silva, aqui do blog, e da professora Fernanda Fernandes Rodrigues. Nada mais justo. Vocês já conhecem a obra? Temos diversas postagens aqui no blog. Outra opção é dar uma olhada nas informações do livro na Amazon.

Fiquem ligados nas próximas postagens!!

27 março 2015

Curso de Contabilidade Básica: Informações não Monetárias

De uma maneira geral as informações contábeis estão relacionadas com a unidade monetária. Mas isto não impede que o conjunto de informações contenha dados não monetários. E estas informações podem ser relevantes para o usuário. Isto inclui dados de desempenho (unidades vendidas, por exemplo), de tamanho da empresa (como número de filiais), entre outros.

Vamos apresentar o caso prático da BB Tecnologia ou Cobra. Esta empresa apresentou o seguinte gráfico:
(Geralmente a informação do número de funcionários refere-se a uma data específica, a exemplo da informação do balanço patrimonial) Observe que o número de funcionários aumentou no último exercício, de 2.122 para 2.878 ou 36%. Isto realmente é um número que chama a atenção, já que o país estava vivendo um período de recessão. Além disto, em 2009 a empresa possuía 393 empregados ou 50% ao ano.

Em 2014 a receita líquida aumentou de 530 milhões para 667 milhões, ou 26%, em relação ao ano anterior. Se em 2013 a empresa tinha um funcionário para 250 mil de receita, agora a relação é de um para 239 mil. Ou seja, a empresa está menos eficiente, gerando menos receita para cada funcionário. Na Demonstração do Valor Adicionado a empresa informa o seguinte:

Comparando os dois anos, o valor distribuído ao pessoal aumentou 39%, bastante compatível com o aumento do número de funcionários. Em duas notas explicativas a BB Tecnologia explica a composição do Custo dos Produtos Vendidos e das Despesas Administrativas:

Assim, do custo de 533 milhões de reais, 164 milhões é com pessoal. Já na despesa administrativa, a despesa de pessoal é de 42 milhões. Nos dois casos ocorreram aumentos substanciais nos valores monetários: 37% e 55%. E isto está coerente com o aumento no número de funcionários.

O que diz a empresa? Nas demonstrações contábeis tem-se a afirmação de que se tem
“contrato profissionais para reforço do seu quadro próprio. Reduzindo a contratação de terceirizados”. Ou seja, a empresa está contratando mais. Mas se isto está ocorrendo, as despesas de terceirização deveria diminuir: serviços de terceiros aumentou de 233 milhões para 240 milhões, conforme a DVA.

Observe o leitor que a informação não monetária complementou as informações apresentadas na Demonstração do Resultado e na Demonstração do Valor Adicionado.

25 fevereiro 2013

1895 e a Educação Contábil no Brasil

O Annuario do Ensino foi publicado em 1895 e só teve um número publicado. Entretanto esta publicação revela como era o ensino de contabilidade no final do século XIX no Brasil. É verdade que não existia um curso específico, mas conteúdo de escrituração, que era ensino dentro de cursos relacionados ao comércio.

Em 1894 foi criado pelo prefeito do Distrito Federal, na época localizada na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Commercial. Este Instituto era destinado ao ensino teórico e prático dos que se dedicam ao comércio. Entre as aulas, “cadeiras” de escrituração mercantil, além de outras como caligrafia. A escrituração era ensinada no primeiro ano, juntamente com português, Francês, caligrafia e outras. Existia uma “cadeira” denominada de “terminologia, escripta e pratica commercial”, que era ministrada no primeiro e segundo ano. Como os dois primeiros anos era considerado o curso fundamental (e os dois últimos o curso integral), a parte contábil era ensinada logo de início.

O Instituto estava localizado na Rua Evaristo da Veiga 28, onde hoje funciona a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. As aulas eram ministradas pelo Bacharel Luiz Pedro Drago.

07 abril 2015

Curso de Contabilidade Básica: Economia de Escala

Os custos podem ser classificados conforme a variação a atividade da empresa. Se os custos variam conforme a atividade eles são denominados de custos variáveis; permanecendo constantes recebem a denominação de custos fixos. Quanto mais uma empresa produzir e vender, os custos fixos por unidade irão reduzir. Este efeito é denominado de economia de escala.

A economia de escala é importante para uma empresa por permitir que a empresa possa, por exemplo, ganhar mercado.

A Eurofarma apresentou o gráfico acima no seu balanço anual do exercício de 2014. Compara o aumento do dissídio - aumento de salário, com o aumento dos preços medido pelo IPCA e o aumento nos preços dos produtos da empresa. Logo a seguir a explicação da empresa:

A combinação destes fatores poderia afetar negativamente as margens da companhia, mas isso só não vem ocorrendo, porque a empresa atingiu um alto crescimento em vendas, o que permitiu a diluição dos custos fixos.

Um exemplo prático e elegante do poder da economia de escala.

20 julho 2018

Saiu


A Editora ATLAS tem o prazer de comunicar a publicação da obra:

Silva / Rodrigues-Curso Prático de Contabilidade - Analítico e Didático / 2|2018 [4217994 / 978-85-970-1770-0]
Preço capa: R$ 168,00 / Quantidade de páginas: 600