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15 novembro 2006

GM e Ford precisam dar garantias para conseguir empréstimos

A decadência de duas montadoras: precisar dar garantias para conseguir empréstimos.

GM e Ford agora têm de empenhar ativos para conseguir empréstimos
November 15, 2006 4:05 a.m.

Por Jeffrey C. McCracken e John D. Stoll
The Wall Street Journal

DETROIT — Uma mudança de regras contábeis e problemas nas operações na América do Norte deixaram a General Motors Corp. e a Ford Motor Co. numa posição à qual não estão acostumadas: as duas maiores montadoras dos Estados Unidos estão agora conseguindo empréstimos tendo de dar como garantia fábricas, equipamentos ou outros ativos.

A Ford "logo, logo" fechará um empréstimo que provavelmente será garantido "por uma porção significativa dos ativos da empresa", disse ontem seu diretor financeiro, Don LeClair, numa teleconferência para reapresentar os balanços da empresa de 2001 a 2005. A Ford reapresentou os balanços para corrigir a contabilização de swaps de juros em sua divisão de crédito e algumas outras transações com derivativos. O recálculo reduziu o prejuízo no terceiro trimestre para US$ 5,2 bilhões, ante US$ 5,8 bilhões que haviam sido divulgados anteriormente.
[gmford]

LeClair não quis especificar quanto a Ford está querendo tomar emprestado e nem que ativos ela pode dar em garantia para conseguir novas linhas de crédito, ou se isso pode incluir patrimônio da família Ford. A família é dona de cerca de 3% do capital da empresa, mas tem 40% dos direitos de voto.

Os planos da Ford vieram à tona um dia depois que a GM usou equipamentos de suas fábricas na América do Norte como garantia de um empréstimo de US$ 1,5 bilhão. A GM disse que a decisão tem por objetivo "melhorar" sua liquidez e "aproveitar condições robustas do mercado".

LeClair admitiu que a decisão da Ford de tomar empréstimos garantidos por bens reflete a situação financeira difícil da empresa. Esta é a primeira vez nos 103 anos da história da montadora que ela recorreu a esse tipo de financiamento.

"É um reconhecimento de que temos alguns problemas", disse LeClair.

A mudança na captação de recursos ocorre em meio a sinais crescentes de problemas para a GM, a Ford e o Chrysler Group, do grupo alemão DaimlerChrysler AG. Ontem, os diretores-presidentes das três reuniram-se na Casa Branca com o presidente dos EUA, George W. Bush, e apresentaram as dificuldades que elas enfrentam por causa da alta de custos de seguro-saúde, planos de pensão e do aço, e das taxas cambiais desfavoráveis, que segundo eles dão uma vantagem a rivais japonesas.

A Ford disse que espera voltar ao azul na América do Norte, com um pequeno lucro, em 2009. Esse é um mercado onde a Toyota Motor Corp. lucra cerca de US$ 2 bilhões por trimestre.

Anos atrás, a GM e a Ford eram tomadores tão preferenciais que os bancos faziam fila para atendê-las. Mas o prolongado declínio delas deixou seus balanços sob pressão. A GM teve prejuízo de US$ 10,6 bilhões no ano passado, e a expectativa é de que a Ford divulgue um prejuízo ainda maior este ano.

A corrida para assegurar empréstimos garantidos por ativos foi causada por uma mudança em como grandes empresas americanas precisam contabilizar os planos de aposentadoria custeados por elas. A partir de 1o de janeiro, elas precisam contabilizar todas as obrigações relativas a benefícios futuros em seus balanços.

O acréscimo das obrigações deixará a GM com patrimônio líquido negativo, ou passivo a descoberto. Isso dificultará para ela tomar dinheiro emprestado, porque cláusulas contratuais de títulos emitidos por ela podem proibi-la de dar certos ativos em garantia de empréstimos. Na segunda-feira, a GM disse que está tirando proveito de oportunidades que podem não estar disponíveis para ela em 2007. A empresa planeja tomar até o fim do ano um empréstimo sênior garantido de US$ 1,5 bilhão com prazo de sete anos.

A Ford também espera um grande efeito da mudança contábil. Falando ao Wall Street Journal por telefone, LeClair disse que ela vai "com toda probabilidade" também deixar a Ford com patrimônio líquido negativo. Num informe a autoridades, a montadora disse que a mudança vai reduzir seu patrimônio líquido em US$ 15 bilhões.

A Ford tem aproximadamente US$ 23 bilhões em caixa e espera encerrar o ano com cerca de US$ 20 bilhões — um número suplementado por US$ 3,4 bilhões tirados de um fundo que as empresas criam para pagar custos com planos de saúde de aposentados. Durante todo o ano de 2006, a Ford deve queimar US$ 8,4 bilhões em caixa.

— Neal E. Boudette colaborou neste artigo.

23 outubro 2006

Ford tem prejuízo de US$5,8 bilhões no 3o trimestre

DETROIT, Estados Unidos (Reuters) - A Ford Motor anunciou nesta segunda-feira prejuízo líquido de 5,8 bilhões de dólares no terceiro trimestre com queda nas vendas de seus lucrativos caminhões, despesas por demissões de empregados e baixa contábil do valor de algumas instalações antes do fechamento de fábricas.

A Ford também informou que vai republicar seus resultados financeiros de 2001 até o segundo trimestre de 2006, citando mudança contábil em derivativos de taxa de juros, usados como hedge de sua dívida de longo prazo.

A Ford, que está fechando 16 plantas e cortando até 45 mil empregos na América do Norte, registrou perda líquida de 3,08 dólares por ação, contra prejuízo de 248 milhões de dólares, ou 0,15 dólares por ação, no ano anterior.

O prejuízo de operações contínuas no terceiro trimestre foi de 0,62 dólar por ação, cumprindo expectativas de analistas consultados pela Reuters.

A montadora assumiu encargos antes de impostos de 861 milhões de dólares por cortes de empregos relacionados a fechamento de fábricas na América do Norte, 259 milhões de dólares por programas de redução global de pessoal em outras unidades e 437 milhões de dólares em pagamento de aposentadorias antecipadas.

A Ford também assumiu encargos antes de impostos de 2,2 bilhões de dólares para fazer baixa contábil do valor de ativos norte-americanos e de 1,6 bilhão de dólares por diminuição de capacidade dos ativos da Jaguar e Land Rover.

A empresa teve faturamento de 36,7 bilhões de dólares no terceiro trimestre, queda de 4,1 bilhões de dólares ante o mesmo período do ano passado.

fonte: Reuters

Enviado por Pedro Duarte (grato)