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17 janeiro 2013

Gato

O investidor de faro mais aguçado em 2012, para o jornal britânico “The Observer”, é ruivo, tem olhos verdes e bigodes longos. Para escolher as ações do portfólio, ele usa um método simples: atira o seu rato de brinquedo preferido na direção de um número aleatório que representa uma empresa.

O gato Orlando foi colocado pelo "The Observer" em competição contra dois times: um formado por profissionais de investimento das firmas das corretoras Seven Investment Management, da Killick & Co e da Schroders, e de alunos da escola John Warner, da cidade inglesa de Hertfordshire. O mago felino das finanças obteve rendimentos melhores do que os dos concorrentes.

Cada grupo investiu 5 mil em cinco companhias do índice FTSE All-Share no início do ano. Após três meses, eles podiam trocar de ações, escolhendo outras que compõem o índice. Ao fim de um ano, Orlando conseguiu elevar o montante a 5.542, enquanto os investidores chegaram a 5.176 e os alunos perderam dinheiro, ficando com 4.840.

O desafio teve como objetivo investigar a hipótese do “caminhar aleatório”, popularizada pelo livro do economista Burton Malkiel, segundo a qual os preços das ações sobem de modo completamente aleatório, tornando as bolsas de valores totalmente imprevisíveis. Desta forma, é possível que novatos no mundo das ações consigam obter desempenhos melhores do que profissionais com décadas de experiência em suas apostas.

O prêmio de Orlando foi uma coleira nova, vermelha, dada por sua dona, a ex-editora de Dinheiro do “Observer”, Jill Insley.

Gato britânico mostra faro para investimentos - O Globo - 14 de janeiro de 2012 (dica de Claudilene)

O caso serve para mostrar a hipótese do random walk é forte. Mas é também interessante notar que no último livro de Kahneman, o autor relata encontro com investidores profissionais onde - usando o conceito de reversão à média - ele afirma que estes funcionários não conseguem bater a média do mercado.

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