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Mostrando postagens com marcador operação Lava-jato. Mostrar todas as postagens
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17 abril 2015

O outro lado da moeda

Temos comentado intensamente neste blog a questão da corrupção na Petrobras. Mas pouco sobre as empresas acusadas de corrupção. A recente divulgação das demonstrações da Camargo Correa podem agora levantar uma discussão interessante: o efeito da operação lava-jato sobre as demonstrações contábeis das empreiteiras.

No caso da Camargo Correa a questão encontra-se numa nota explicativa – a penúltima – sobre avaliação dos riscos. Eis o texto:
Em outras palavras, a empresa registrou somente uma provisão de 62 milhões. Mas não disse como chegou a este valor. A empresa de auditoria, Deloitte, em 24 de março, deu um parecer com ressalva no seguinte teor:

Particularmente não gostei da justificativa para a ressalva: “data recente dos processos, falta de jurisprudência e o fato da investigação estar em andamento”. Se fosse outro processo qualquer, que não tivesse a atenção da imprensa, órgãos de controle, polícia e políticos, isto não seria motivo para a ressalva. A Camargo Correa possui muitos processos onde isto ocorre. Talvez a empresa de auditoria tenha percebido que a Camargo Correa foi agressiva ao estimar em somente 62 milhões de reais o reconhecimento do efeito da operação Lava Jato.

18 dezembro 2014

Petrobras 4

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta quarta-feira que ficará no cargo enquanto a presidente Dilma Rousseff quiser, mas não descartou eventual saída de toda a diretoria da estatal para que a publicação do balanço auditado, que está atrasada, possa ocorrer.

"Hoje estou aqui presidente da Petrobras enquanto eu contar com a confiança da Presidência, e ela entender que eu deva ficar", afirmou Graça Foster, como prefere ser chamada, durante café da manhã com jornalistas.

"Minha motivação é não travar a assinatura do balanço da Petrobras por conta da investigação", acrescentou.

Na última sexta-feira, a Petrobras adiou novamente a divulgação das demonstrações contábeis não auditadas do terceiro trimestre de 2014 para até 31 de janeiro, devido a "novos fatos" relacionados à operação Lava Jato que investiga um suposto esquema de corrupção na estatal.

O novo adiamento foi possível porque os credores aceitaram mudanças nos termos contratuais dos bônus (covenants) que tratam dos prazos para a apresentação dos resultados, eliminando o risco de a empresa ter que pagar antecipadamente parte da dívida crescente.
(Brasil Econômico)

O título do texto do jornal é: Graça Foster pode renunciar para não atrasar mais balanço do 3º trimestre.

Petrobras 3

A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou perdas de R$ 659,4 milhões da Petrobras na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e determinou a instauração de processos administrativos contra ex-executivos da estatal, entre eles o ex-presidente José Sérgio Gabrielli.

A auditoria da CGU foi concluída na terça-feira e seu resultado está sendo divulgado nesta quarta-feira.

"O trabalho da controladoria registra que a aquisição da refinaria foi realizada por um valor superior àquele considerado justo, se levado em conta o estado em que Pasadena se encontrava à época", informou o CGU em nota à imprensa.

O relatório de auditoria foi encaminhado na terça-feira à Petrobras "para que a estatal possa adotar as providências necessárias no sentido de buscar, judicial ou extrajudicialmente, o ressarcimento do dano".
(Brasil Econômico)

Agora?

Petrobras 2

A presidente da Petrobras, Graças Foster, disse nesta quarta-feira (17) que não há "a menor segurança" de que o balanço contábil da empresa do terceiro trimestre, atrasado desde 14 de novembro, trará todos os descontos que devem ser feitos nos ativos que possam ser atribuídos ao esquema de corrupção investigado na empresa. (Folha de S. Paulo)

Uma baixa contábil superestimado pode gerar processos (e multas) que a empresa não quer. Subestimado significará que a empresa voltou a apresentar informações inadequadas.Mas será razoável imaginar que a empresa irá conseguir obter isto em algum momento? Tenho dúvidas.

Petrobras 1

Segundo o Valor Econômico

A presidente da Petrobras, Graça Foster, admitiu nesta quarta-feira que a companhia deverá investir menos em 2015, na comparação com este ano. Segundo ela, a redução deverá ser motivada pela queda do valor do petróleo brent e pela desvalorização do real.

Não somente isto. A mudança nos sistemas de controles internos, a desconfiança em cada contrato já existente e aqueles que serão firmados em 2015, os problemas com os fornecedores e os problemas de liquidez que a empresa irá enfrentar.

16 dezembro 2014

PLR da Petrobras

Segundo o Valor Econômico, a não divulgação dos números da Petrobras pode ser um sinal de que a empresa pode estar se preparando para um cenário pior:

A medida também foi considerada a mais prudente depois de uma correspondência dos advogados americanos ter alertado, na quinta-feira, sobre os riscos de se divulgar uma baixa que poderia ser ampliada devido ao aprofundamento das investigações. Isso poderia prejudicar a estatal no processo movido contra ela nos Estados Unidos por acionistas minoritários. O adiamento não poderia ter sido antecipado ao mercado porque o assunto precisava ser levado ao conselho.

Um aspecto não menos importante, que tem sido desprezado da análise: a participação dos lucros. Segundo o balanço de 2013, esta participação correspondia a 4,5% do lucro. Isto correspondeu a 5,6% da remuneração total. Em termos de valor representa R$1 bilhão. Tendo 86 mil funcionários, representa R$11 mil por funcionário em média. Sem apuração do lucro, sem participação, certo?