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14 setembro 2015

9 Fatos sobre Publicação em Periódicos Top de Economia

Como a publicação nos melhores periódicos de economia mudou desde os anos 1970? Utilizando uma base de dados que combina informações de todos os artigos publicados nos top 5 periódicos (top-5, daqui para frente) de 1970 a 2012 com suas citações no Google Scholar, identificamos nove tendências-chave:

Primeiro: a submissão anual para os top-5 praticamente dobrou de 1990 a 2012.
Segundo: o número total de artigos publicados nesses periódicos diminuiu de 400 por ano, no fim dos anos 1970, para 300 por ano, mais recentemente. Como resultado, a taxa de aceitação caiu de 15% para 6%, com potenciais implicações para a progressão na carreira de jovens acadêmicos.
Terceiro: o American Economic Review é responsável por 40% das publicações top-5 (25% nos anos 1970).
Quarto: trabalhos publicados recentemente são em media três vezes maiores que nos anos 1970, contribuindo para a relativa falta de espaço em periódicos.
Quinto: o número de autores por trabalho aumentou de 1,3 em 1970 para 2,3 em 2012, compensando parcialmente a queda no número de publicações anuais.
Sexto: citações das publicações top-5 são numerosas entre trabalhos publicados no fim dos anos 1990, sendo 200 o número médio de citações Google Scholar.
Sétimo: o ranking de periódico por citação tem se mantido relativamente estável, com a notável exceção do Quaterly Journal of Economics, que subiu do quarto lugar para o primeiro durante as últimas três décadas.
Oitavo: a contagem de citações é significativamente maior para pesquisas longas e para aquelas com mais coautores.
Nono: embora a fração de artigos de campos diferentes tem se mantido relativamente estável, há importantes tendências de coorte nas citações recebidas por artigos de áreas diferentes, com o aumento de citações nos trabalhos mais recentes em Desenvolvimento e em Internacional e declínio das citações em trabalhos recentes em Econometria e em Teoria.


How has publishing in top economics journals changed since 1970? Using a data set that combines information on all articles published in the top-5 journals from 1970 to 2012 with their Google Scholar citations, we identify nine key trends. First, annual submissions to the top-5 journals nearly doubled from 1990 to 2012. Second, the total number of articles published in these journals actually declined from 400 per year in the late 1970s to 300 per year most recently. As a result, the acceptance rate has fallen from 15% to 6%, with potential implications for the career progression of young scholars. Third, one journal, the American Economic Review, now accounts for 40% of top-5 publications, up from 25% in the 1970s. Fourth, recently published papers are on average 3 times longer than they were in the 1970s, contributing to the relative shortage of journal space. Fifth, the number of authors per paper has increased from 1.3 in 1970 to 2.3 in 2012, partly offsetting the fall in the number of articles per year. Sixth, citations for top-5 publications are high: among papers published in the late 1990s, the median number of Google Scholar citations is 200. Seventh, the ranking of journals by citations has remained relatively stable, with the notable exception of the Quarterly Journal of Economics, which climbed from fourth place to first place over the past three decades. Eighth, citation counts are significantly higher for longer papers and those written by more co-authors. Ninth, although the fraction of articles from different fields published in the top-5 has remained relatively stable, there are important cohort trends in the citations received by papers from different fields, with rising citations to more recent papers in Development and International, and declining citations to recent papers in Econometrics and Theory.

Nine Facts about Top Journals in Economics David Card and Stefano DellaVigna NBER Working Paper No. 18665 January 2013 JEL No. A1,A11

3 comentários:

  1. Postagem oportuna para o momento em que estamos vivendo. Os periódicos nacionais deveriam pesquisar sobre a forma de gerenciamento das melhores revistas do mundo e dar um passo para frente ao invés de apenas mover o pé esquerdo e andar em círculos.

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    1. Certamente. Temos procurado incluir textos e debates que ajudem a melhorar todo aspecto possível da nossa ciência. Vai que a gente consegue influenciar um pouquinho... já será extremamente satisfatório! Com o aumento dos programas de doutorado, provavelmente haverá mais avaliadores dispostos a "mudar o mundo" e conseguiremos sacudir os periódicos nacionais. \o/
      ;)

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  2. Será um tremendo avanço para o brasil quando os doutores da economia cessarem de se basear em teorias fantasmagóricas estrangeiras.Independência econômica para combater as "pirâmides" de escravização do pensamento e daa ações do povo brasileiro.

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