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05 junho 2013

Elétricas

Pressionadas pelos altos custos da geração das usinas termelétricas, as distribuidoras de energia começam agora a sentir os impactos da alta do dólar no custo da energia comprada de Itaipu.

O repasse da desvalorização cambial chegará ao consumidor em épocas diferentes, dependendo do cronograma de reajustes tarifários. A alta do dólar leva o setor a cobrar do governo a regulamentação da lei 12783, que renovou as concessões do setor elétrico, e prevê o fim dos efeitos da variação cambial sobre as vendas de energia produzida pela usina binacional.

Vinte e nove empresas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são obrigadas a comprar cotas da produção da usina binacional, que são pagas em dólar e depois compensadas no período de reajuste tarifário de cada empresa.

(...) Ontem, o câmbio fechou em R$ 2,12, primeira baixa após cinco dias de altas consecutivas, e as expectativas são de que continue em patamares elevados. O valor é R$ 0,10, ou 5%, superior ao estimado pela Cemig, por exemplo, no balanço do primeiro trimestre.

A empresa tem uma exposição cambial de R$ 178 milhões de reais na compra de energia de Itaipu, que varia na mesma proporção da taxa de câmbio. A compensação pela alta de custos só virá em abril do ano que vem, quando a empresa passa pelo próximo reajuste tarifário.

O setor de energia vem amargando um ano difícil, com a redução de receitas provocada pelo esforço do governo por tarifas mais baixas e o aumento de custos resultante da maior geração térmica, lembra o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da UFRJ (Gesel). (...)

Fonte: Aqui

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