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06 fevereiro 2013

Petrobras

A empresa divulgou os resultados de 2012. Diante das últimas notícias, e usando os dados dos balanços (página 70 do relatório), fiz a comparação entre os parâmetros da lei de Benford e o observado:
Em azul, o valor teórico da distribuição da Lei. Em vermelho, o que foi obtido no balanço patrimonial da empresa. Diferenças elevadas pode ser um sinal de manipulação dos resultados divulgados.

Também observei o que a empresa dizia sobre a questão da refinaria de Pasadena. Eis o que está escrito na página 58 das demonstrações:
Ou seja, o teste de impairment amortizou 464 milhões de reais da refinaria. Mais adiante, a empresa comenta o acordo, onde teve que pagar 820 milhões de dólares:
A perda de 464 milhões novamente aparece na página 105:
A imprensa ressaltou o resultado menor que o ano anterior. O que diz a administração da empresa? Na mensagem da presidência a resposta:
Pesquisa realizada no passado pela doutora Fernanda Rodrigues mostra que quando as notícias são ruins, a administração puxa variáveis externas. É o caso: preços elevados, desvalorização cambial e aumento das despesas extraordinárias - parece que foge ao controle da gestão - pelos poços secos. A questão de Pasadena, que gerou uma amortização de 464 milhões de dólares, resultado de uma decisão administrativa no passado, não foi comentada. (É bem verdade que a baixa de poços secos aumentou de 2,5 bilhões para 5,6 bilhões)

Um comentário:

  1. Professor César não conhecia a Lei de Benford, li outros post sobre ela aqui no blog , achei o assunto muito interessante você poderia indicar um material mais aprofundado e como você realizou o teste no balanço da Petrobras.

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