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26 agosto 2020

Lideranças narcisistas e a empresa


Sobre líderes narcisistas, um ponto interessante é o dilema confiança e competência:

A questão é que é mais comum olharmos para a “confiança” do que para a “competência”, diz. “A maioria das organizações não é tão meritocrática ou centrada no talento quanto poderia ser. Os preconceitos, o nepotismo e a política superam as evidências e a ciência”, diz Chamorro-Premuzic. “As pessoas são bastante previsíveis, mas você precisa confiar em dados e ferramentas com base científica, e não na sua intuição”. Atualmente, ele avalia que a maioria das empresas que se diz “people analytics” usa dados e tecnologia para prever resultados positivos, como engajamento. No nível do funcionário, no entanto, há muitos exemplos de como os dados podem prever o absenteísmo, a rotatividade, comportamentos contraproducentes ou antissociais. “A tendência é começar a fazer isso com os líderes com mais frequência. Imagine que um líder corrupto tenha um efeito muito corrosivo e um impacto tóxico na empresa. Culturas tóxicas são o resultado direto de liderança antiética”. 

(Lideranças narcisistas não enxergam sua incompetência.  Por Barbara Bigarelli - 24/08/2020, Valor)

E a contabilidade? - Há muito os pensadores da contabilidade perceberam que o profissional poderia ser um bom contrapeso para empresa, com o seu conservadorismo. Mas a "virtude" da representação fiel (?) e neutra (?) começou a colocar a contabilidade em um nível muito mais próximo da "confiança" dos executivos. Até ser freada, em parte, com a ginástica que o IFRS fez para adequar a "prudência" dentro da representação fiel. Talvez no Brasil isto não seja um problema tão sério, pois as empresas são tipicamente familiares. Mas o problema da confiança persiste. 

Imagem: aqui

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