A década de 1910 foi bastante importante para contabilidade brasileira. Três eventos importantes ocorreram naquele período: a criação da Revista Brasileira de Contabilidade, a adoção das partidas dobradas na contabilidade pública e a criação das primeiras entidades profissionais atuantes no Brasil.
Com respeito ao último aspecto, a primeira das entidades a congregar profissionais que trabalhavam na área coube ao Instituto Brasileiro de Contadores Fiscaes, conforme grafia da época. No primeiro manifesto indicava que a iniciativa tentava reproduzir associações similares de outros países (1):
Por iniciativa de um grupo distinto de contadores (2) e professores de ciências comerciais, será, brevemente, fundado nesta capital (3), à semelhança do ‘Chartered Accountants’ da Inglaterra, um Instituto especialmente destinado ao estudo das questões que se relacionam com os interesses particulares ou coletivos, envolvidos nas empresas mercantis.
A sociedade, além de advogar a utilidade moral e imaterial da corporação, será o centro do estudo das disciplinas relativas à fiscalização das diversas instituições comerciais, criando, nesta conformidade, uma eficaz assistência de que muito depende a natural segurança dessas instituições.
O Instituto vai trazer, pois, conveniente e nova elucidação ao problema da fiscalização imposto pela lei das sociedades anônimas, problema que será esclarecido e cujas aplicações se desenvolverão, naturalmente, ao amparo do respeito e do consenso públicos.”
A seguir listam os fundadores do instituto, que inclui Horacio Berlink, da Escola de Comercio Alvares Penteado, Carlos de Carvalho, chefe da contabilidade do Tesouro do Estado, e Francisco D´Auria. A primeira sede do Instituto ficava na Escola de Comercio Alvares Penteado, tendo sido eleito o Conselho e a Comissão fiscal no dia 5 de fevereiro de 1916 (4). Horário Berlink foi eleito seu presidente (5). Após a data de sua constituição, diversos profissionais foram incorporados ao Instituto, inclusive o senador João Lyra (6). O Instituto, nos seus primeiros anos, promoveu prêmios para melhores alunos (7).
Num texto do jornal O Paiz (8) fica claro que o Instituto foi precursor do Ibracon:
Os membros desta sociedade, que devem ser contadores de reconhecida capacidade, exercerão as funções de síndicos, liquidatários e assistentes dos conselhos fiscais das sociedades anônimas e, especialmente a de verificadores de balanços e contas.
Mais adiante:
Os sócios classificam-se em duas categorias: auditores e aspirantes, sendo que só os primeiros são elegíveis para o conselho.
(1) Conforme publicado O Estado de S Paulo, 15 de novembro de 1915. Existe uma controvérsia quanto ao nome, já que o jornal O Paiz indicava Instituto Brazileiro de Contadores Fiscaes, na sua edição 11488, p 6, 21 de março de 1916.
(2) Observe que usou-se aqui o termo contadores
(3) Cidade de São Paulo.
(4) O Estado de S. Paulo, 4 de fevereiro de 1916, p. 12.
(5) Conforme convite para assembleia geral em 1919 publicado em O Estado de S. Paulo, 10 de dezembro de 1919, p. 10.
(6) Correio Paulistano, 25 de novembro de 1919, p. 5.
(7) Idem. Vide também Correio Paulistano, 23 de dezembro de 1919, p. 1.
(8) O Paiz 21 de março de 1916, p. 6
05 agosto 2013
História da Contabilidade Revista Brasileira de Contabilidade
Em 1911 foi constituída a Sociedade Anonyma Revista Brasileira de Contabilidade, que editaria a Revista Brasileira de Contabilidade, intitulada “periodico de Contabilidade, Finanças, Industria e Commercio” (1). O primeiro número foi anunciado para o dia 1º. De janeiro de 1912.
O que impressiona, ainda hoje, é o fato de a sua periodicidade ser mensal. Quando foi lançada havia planos de assinaturas anuais, além da venda de números anteriores (2). Os assuntos tratados eram diversos. Eis uma amostra:
Ano 4, número 3 - seguros, correspondência comercial, contabilidade pública, entre outros (3).
Ano 4, número 5 – origem das partidas dobradas, contabilidade pública, preço de custo, títulos em liquidação, princípios de correspondência comercial, formação de um capital por meio de anuidades constantes (4).
Ano 6 número 6 – escrituração por partidas dobradas na Delegacia Fiscal de São Paulo, sociedades, o preço de custo na contabilidade, contabilidade industrial, a letra de câmbio na contabilidade (5)
Ano 6 número 9 – contabilidade industrial, redesconto, honorários dos peritos em contabilidade, debentures nas falências, decreto 1329, de 9 de janeiro de 1905 (6)
Deve-se destacar que no ano passado, quando do centenário do lançamento da Revista, a RBC publicou um número especial sobre a mesma, inclusive reproduzindo o primeiro número da mesma.
(1) O Estado de S. Paulo, 31 de dezembro de 1911. P. 11. É importante destacar que pesquisei em outros jornais da época e este era aquele que mais divulgou sobre a Revista. Uma explicação para isto é que a sede da Revista estava em São Paulo.
(2) Vide anúncio no O Estado de S. Paulo, 14 de março de 1915, p. 11.
(3) idem
(4) O Estado de S. Paulo, 9 de maio de 1915, p. 9. Neste mesmo jornal, na mesma data, existia um extrato de um texto publicado na Revista Brasileira de Contabilidade referente a obra Estudos de Contabilidade, de Carlos de Carvalho
(5) O Estado de S. Paulo, 29 de junho de 1917.
(6) O Estado de S. Paulo, 18 de setembro de 1917, p. 5
O que impressiona, ainda hoje, é o fato de a sua periodicidade ser mensal. Quando foi lançada havia planos de assinaturas anuais, além da venda de números anteriores (2). Os assuntos tratados eram diversos. Eis uma amostra:
Ano 4, número 3 - seguros, correspondência comercial, contabilidade pública, entre outros (3).
Ano 4, número 5 – origem das partidas dobradas, contabilidade pública, preço de custo, títulos em liquidação, princípios de correspondência comercial, formação de um capital por meio de anuidades constantes (4).
Ano 6 número 6 – escrituração por partidas dobradas na Delegacia Fiscal de São Paulo, sociedades, o preço de custo na contabilidade, contabilidade industrial, a letra de câmbio na contabilidade (5)
Ano 6 número 9 – contabilidade industrial, redesconto, honorários dos peritos em contabilidade, debentures nas falências, decreto 1329, de 9 de janeiro de 1905 (6)
Deve-se destacar que no ano passado, quando do centenário do lançamento da Revista, a RBC publicou um número especial sobre a mesma, inclusive reproduzindo o primeiro número da mesma.
(1) O Estado de S. Paulo, 31 de dezembro de 1911. P. 11. É importante destacar que pesquisei em outros jornais da época e este era aquele que mais divulgou sobre a Revista. Uma explicação para isto é que a sede da Revista estava em São Paulo.
(2) Vide anúncio no O Estado de S. Paulo, 14 de março de 1915, p. 11.
(3) idem
(4) O Estado de S. Paulo, 9 de maio de 1915, p. 9. Neste mesmo jornal, na mesma data, existia um extrato de um texto publicado na Revista Brasileira de Contabilidade referente a obra Estudos de Contabilidade, de Carlos de Carvalho
(5) O Estado de S. Paulo, 29 de junho de 1917.
(6) O Estado de S. Paulo, 18 de setembro de 1917, p. 5
História da Contabilidade: O caso da São Paulo Northern Railroad Co
A Estrada de Ferro de Araraquara foi autorizada em 1895. A estrada foi inaugurada um ano depois. Em 1909 foi eleita uma nova diretoria, sob a presidência de Álvaro de Menezes (1). O novo presidente tomou empréstimos no exterior e fez vários investimentos. Mas a expansão não trouxe um aumento nas receitas, que entrou em crise financeira. Menezes foge para os Estados Unidos e a empresa entra em falência (2). A empresa tinha sérios problemas administrativos e não apresentou nenhum balanço em 1910 a 1912 (3).
No leilão foi arrematada pela The São Paulo Northern Railroad Co, uma empresa criada nos Estados Unidos para esta finalidade. Existia a suspeita que a empresa era fachada para que os banqueiros que tinham passivos na empresa pudesse reaver parte dos empréstimos.
Em 1919 os funcionários entraram em greve, que durou um mês inteiro. Em razão da falta de investimento e a falta de condições para continuidade da empresa, o presidente do Estado de São Paulo (o então governador da época) decidiu desapropriar.
A história desta empresa possui muitos elementos relacionados à contabilidade: a ausência de evidenciação contábil durante o longo período anterior a crise financeira é um dos elementos; a falta de informação sobre a origem do controlador da empresa; a falta de entrega de informações contábeis para o regulador, no período anterior a intervenção e a própria intervenção.
Nos momentos anteriores à intervenção por parte do governo do estado de São Paulo a empresa tentou obter um reajuste nas tarifas. Segundo a empresa, o seu foi o único pedido negado. O Decreto 3.107, do estado, permite que o interventor tome posse do caixa da empresa e dos livros contábeis. Isto seria um ato que feria, segundo a empresa (4) o então Código do Commercio, no seu artigo 17, que afirmava:
Nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, debaixo de pretexto algum, por mais especioso que seja, pôde praticar ou ordenar alguma diligencia para examinar se o comerciante arruma ou não devidamente seus livros de escripturação mercantil, ou nelles tem commettido algum vicio
Este assunto foi tão relevante para a época que Rui Barbosa atuou como advogado de defesa do administrador da empresa.
Em suma, talvez tenha sido o primeiro grande escândalo contábil ocorrido no Brasil.
(1) Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada_de_Ferro_Araraquara
(2) Ver O Caso daNorthern nos devidos Eixos. São Paulo, Seção de Obras d´”O Estado de São Paulo”, 1921. A leitura desta obra pode ser feita no seguinte endereço: http://www.archive.org/stream/ocasodanorthern00gordgoog#page/n4/mode/2up. Esta obra é uma reunião de textos publicados neste jornal, sob o pseudônimo de Epaminondas.
(3) Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada_de_Ferro_Araraquara. E também http://historiadaefa.net/paginas/historia/historia.htm
(4) Estado de S Paulo, 11 de novembro de 1919, p. 10. Carta aberta da empresa ao presidente de São Paulo.
(5) Vide Casa Rui Barbosa http://www.casaruibarbosa.gov.br/interna.php?ID_S=43&ID_M=377 sobre o tema:
Este tomo reúne os trabalhos forenses de Rui Barbosa na ação de desapropriação da São Paulo Northern Railroad Company, arrematante do acervo da Estrada de Ferro Ararauqara, levada a efeito pelo Estado de São Paulo, bem como a petição de habeas corpus impetrada em favor de Paul Deleuze, incorporador daquela companhia norte-americana.
No leilão foi arrematada pela The São Paulo Northern Railroad Co, uma empresa criada nos Estados Unidos para esta finalidade. Existia a suspeita que a empresa era fachada para que os banqueiros que tinham passivos na empresa pudesse reaver parte dos empréstimos.
Em 1919 os funcionários entraram em greve, que durou um mês inteiro. Em razão da falta de investimento e a falta de condições para continuidade da empresa, o presidente do Estado de São Paulo (o então governador da época) decidiu desapropriar.
A história desta empresa possui muitos elementos relacionados à contabilidade: a ausência de evidenciação contábil durante o longo período anterior a crise financeira é um dos elementos; a falta de informação sobre a origem do controlador da empresa; a falta de entrega de informações contábeis para o regulador, no período anterior a intervenção e a própria intervenção.
Nos momentos anteriores à intervenção por parte do governo do estado de São Paulo a empresa tentou obter um reajuste nas tarifas. Segundo a empresa, o seu foi o único pedido negado. O Decreto 3.107, do estado, permite que o interventor tome posse do caixa da empresa e dos livros contábeis. Isto seria um ato que feria, segundo a empresa (4) o então Código do Commercio, no seu artigo 17, que afirmava:
Nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, debaixo de pretexto algum, por mais especioso que seja, pôde praticar ou ordenar alguma diligencia para examinar se o comerciante arruma ou não devidamente seus livros de escripturação mercantil, ou nelles tem commettido algum vicio
Este assunto foi tão relevante para a época que Rui Barbosa atuou como advogado de defesa do administrador da empresa.
Em suma, talvez tenha sido o primeiro grande escândalo contábil ocorrido no Brasil.
(1) Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada_de_Ferro_Araraquara
(2) Ver O Caso daNorthern nos devidos Eixos. São Paulo, Seção de Obras d´”O Estado de São Paulo”, 1921. A leitura desta obra pode ser feita no seguinte endereço: http://www.archive.org/stream/ocasodanorthern00gordgoog#page/n4/mode/2up. Esta obra é uma reunião de textos publicados neste jornal, sob o pseudônimo de Epaminondas.
(3) Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrada_de_Ferro_Araraquara. E também http://historiadaefa.net/paginas/historia/historia.htm
(4) Estado de S Paulo, 11 de novembro de 1919, p. 10. Carta aberta da empresa ao presidente de São Paulo.
(5) Vide Casa Rui Barbosa http://www.casaruibarbosa.gov.br/interna.php?ID_S=43&ID_M=377 sobre o tema:
Este tomo reúne os trabalhos forenses de Rui Barbosa na ação de desapropriação da São Paulo Northern Railroad Company, arrematante do acervo da Estrada de Ferro Ararauqara, levada a efeito pelo Estado de São Paulo, bem como a petição de habeas corpus impetrada em favor de Paul Deleuze, incorporador daquela companhia norte-americana.
"Plano B" para as concessões
Nem bem conseguiu dar uma forma final ao seu ambicioso programa de concessões na área de infraestrutura, o governo federal já costura nos bastidores um plano alternativo para "remendar" o projeto de melhoria de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos do País. [...]
Setores do governo admitem, de forma muito reservada, problemas já no primeiro leilão de rodovias, previsto para setembro. Depois desse "primeiro teste", que tem "grande chance" de resultar em um revés, segundo essa avaliação, o governo seria obrigado a revisar os editais, principalmente as taxas de retorno. Para as rodovias, esse índice foi estabelecido em 7,2%. Nas ferrovias, ficou entre 7,5% e 8,5%. [...]
O Ministério da Fazenda mantém a aposta no sucesso dos leilões para acelerar os investimentos e empurrar o crescimento da economia. Mas sabe-se do incômodo provocado pelas posições do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, sobretudo na decisão de reduzir a taxa de retorno dos investimentos.
Fontes graduadas apontam uma ação irredutível de Augustin como fator de desgaste e fonte permanente de tensão com executivos do setor. [...]
Lançado há um ano, o Programa de Investimentos em Logística, cujo valor global deve somar R$ 133 bilhões até 2037, prevê leilões para a concessão de 7,5 mil quilômetros de rodovias federais e a construção de 10 mil km de ferrovias. Pelo cronograma inicial, o primeiro edital de licitação, referente à BR-116, deveria ter saído em novembro de 2012. O pregão estava previsto para dezembro e a assinatura do contrato, para março.
Governo já estuda ‘plano B’, prevendo possível fracasso nas concessões. Mauro Zanatta, de O Estado de S. Paulo
Setores do governo admitem, de forma muito reservada, problemas já no primeiro leilão de rodovias, previsto para setembro. Depois desse "primeiro teste", que tem "grande chance" de resultar em um revés, segundo essa avaliação, o governo seria obrigado a revisar os editais, principalmente as taxas de retorno. Para as rodovias, esse índice foi estabelecido em 7,2%. Nas ferrovias, ficou entre 7,5% e 8,5%. [...]
O Ministério da Fazenda mantém a aposta no sucesso dos leilões para acelerar os investimentos e empurrar o crescimento da economia. Mas sabe-se do incômodo provocado pelas posições do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, sobretudo na decisão de reduzir a taxa de retorno dos investimentos.
Fontes graduadas apontam uma ação irredutível de Augustin como fator de desgaste e fonte permanente de tensão com executivos do setor. [...]
Lançado há um ano, o Programa de Investimentos em Logística, cujo valor global deve somar R$ 133 bilhões até 2037, prevê leilões para a concessão de 7,5 mil quilômetros de rodovias federais e a construção de 10 mil km de ferrovias. Pelo cronograma inicial, o primeiro edital de licitação, referente à BR-116, deveria ter saído em novembro de 2012. O pregão estava previsto para dezembro e a assinatura do contrato, para março.
Governo já estuda ‘plano B’, prevendo possível fracasso nas concessões. Mauro Zanatta, de O Estado de S. Paulo
7 setores avançam
A demanda fraca está travando o avanço da indústria. Segundo analistas, o crescimento de alguns ramos tem ocorrido mais por questões pontuais - como o incentivo do governo ao setor automotivo - do que por fatores consistentes, que beneficiariam todo o setor industrial.
Estudo feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) revela que apenas sete setores da indústria, de 25 pesquisados, estão com tendência de melhora. Oito setores foram classificados como ruins. Os demais estão numa faixa intermediária, que engloba oscilação, baixo crescimento e melhora após grande queda. A classificação tem como base os dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"A indústria está muito heterogênea. Cada setor está funcionando de um jeito. Alguns estão em queda, outros melhoram. Tudo isso indica que não existe um componente de demanda forte que esteja puxando todo mundo ao mesmo tempo", diz Cristina Reis, consultora do Iedi. "Há pontos locais que contribuem para um determinado setor, como um incentivo do governo, por exemplo", acrescenta ela. Segundo o Iedi, a tendência geral é de fraco crescimento da produção industrial este ano.
A demanda fraca converge com o pessimismo do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, do primeiro relatório de mercado de 2013 para o último, a expectativa de crescimento econômico caiu de 3,26% para 2,28%. O mesmo caminho fez a previsão para a produção industrial: recuou de 3% para 2,1%.
Estoques
Pelo estudo do Iedi, setores que tiveram melhora após grande queda na produção estão sentindo mais essa variação da demanda, o que dificulta uma previsão dos estoques e, consequentemente, do ritmo da produção. Nessa lista estão, por exemplo, os setores de calçados e artigos de couro e vestuário e acessórios.
"As indústrias produzem e depois o mercado não responde, o que acaba criando essa oscilação", afirma Cristina. A produção do setor de vestuário recuou 2,3% em abril e 5% em maio. Em junho, avançou 5,1%. "Não é um fator para grande comemoração. É uma recuperação do que foi perdido."
O desempenho de alguns setores - como o de alimentos - também tem oscilado por causa do aumento da inflação e da perda de fôlego da renda e do mercado de trabalho.
Em 12 meses encerrados em junho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 6,7%, acima do teto da meta do governo. "No primeiro semestre de 2012 a produção industrial caiu 3,8%. Neste ano, o avanço é de 1,9%. O quadro é melhor, mas ainda não é grande coisa", diz Julio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Demanda fraca trava crescimento mais consistente da indústria. Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S. Paulo
Estudo feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) revela que apenas sete setores da indústria, de 25 pesquisados, estão com tendência de melhora. Oito setores foram classificados como ruins. Os demais estão numa faixa intermediária, que engloba oscilação, baixo crescimento e melhora após grande queda. A classificação tem como base os dados de produção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"A indústria está muito heterogênea. Cada setor está funcionando de um jeito. Alguns estão em queda, outros melhoram. Tudo isso indica que não existe um componente de demanda forte que esteja puxando todo mundo ao mesmo tempo", diz Cristina Reis, consultora do Iedi. "Há pontos locais que contribuem para um determinado setor, como um incentivo do governo, por exemplo", acrescenta ela. Segundo o Iedi, a tendência geral é de fraco crescimento da produção industrial este ano.
A demanda fraca converge com o pessimismo do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, do primeiro relatório de mercado de 2013 para o último, a expectativa de crescimento econômico caiu de 3,26% para 2,28%. O mesmo caminho fez a previsão para a produção industrial: recuou de 3% para 2,1%.
Estoques
Pelo estudo do Iedi, setores que tiveram melhora após grande queda na produção estão sentindo mais essa variação da demanda, o que dificulta uma previsão dos estoques e, consequentemente, do ritmo da produção. Nessa lista estão, por exemplo, os setores de calçados e artigos de couro e vestuário e acessórios.
"As indústrias produzem e depois o mercado não responde, o que acaba criando essa oscilação", afirma Cristina. A produção do setor de vestuário recuou 2,3% em abril e 5% em maio. Em junho, avançou 5,1%. "Não é um fator para grande comemoração. É uma recuperação do que foi perdido."
O desempenho de alguns setores - como o de alimentos - também tem oscilado por causa do aumento da inflação e da perda de fôlego da renda e do mercado de trabalho.
Em 12 meses encerrados em junho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 6,7%, acima do teto da meta do governo. "No primeiro semestre de 2012 a produção industrial caiu 3,8%. Neste ano, o avanço é de 1,9%. O quadro é melhor, mas ainda não é grande coisa", diz Julio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Demanda fraca trava crescimento mais consistente da indústria. Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S. Paulo
Banco Schahin e o dinheiro sumido na Suíça
Eis um texto da Folha de S Paulo. Parece incrível a história abaixo:
O Banco Schahin é investigado sob suspeita de ter desviado o equivalente a R$ 156 milhões que mantinha na Suíça antes de se tornar insolvente em 2011, segundo documentos sigilosos do Banco Central que fazem parte de um inquérito da Polícia Federal, obtidos pela Folha.
O dinheiro fora enviado legalmente para o banco Clariden, em Zurique, e aparecia no balanço do Schahin.
A conta foi zerada pelos suíços, mas o Schahin não tomou nenhuma medida legal contra o banco para reaver o valor, segundo o relatório.
Ao ser questionado pelo BC sobre a omissão, o Schahin respondeu que se absteve de "tomar medidas formais de cobrança contra o Clariden".
À Folha o Schahin não negou o sumiço do dinheiro.
Uma das hipóteses investigadas pela polícia é que o recurso foi usado para pagar débitos do grupo no exterior ou empréstimo com o Clariden. Em qualquer caso, não há dúvida de que houve desvio, segundo três especialistas em crimes financeiros ouvidos pela reportagem.
O valor que evaporou equivalia a 68% do lucro fictício que o Banco Schahin registrou em 2010. Em abril do ano seguinte, o Schahin estava quebrado quando foi vendido para o BMG por R$ 230 milhões. Em 2012, o BMG descobriu que o rombo chegara a R$ 1,1 bilhão.
ONZE CRIMES
O sumiço dos R$ 156 milhões é um dos 11 possíveis crimes que o departamento de fiscalização do BC diz ter encontrado no Schahin.
Há maquiagem de balanço, transferência de créditos podres para empresa dos Schahin, empréstimos para outros negócios do grupo, o que é proibido pelo Banco Central, e geração de lucros artificiais em operações cruzadas com cinco bancos.
Todos os negócios supostamente irregulares visavam passar a impressão de que o banco estava saudável, e não quebrado, de acordo com os técnicos do BC.
A elevação artificial de resultado, de acordo com os documentos do BC, foi de R$ 325 milhões em 2009 e 2010.
Desde 2004, pelo menos, o BC tinha uma série de indícios de que o Schahin violava as normas de funcionamento dos bancos, como os empréstimos para empresas do próprio grupo.
O Banco Schahin foi criado em 1989 pelo grupo que atua nas áreas imobiliária, de engenharia e petróleo. Seu foco era o crédito para empresas médias e o financiamento de carros usados. Com a queda dos juros, carro usado tornou-se um péssimo negócio e arruinou o banco.
Quando foi vendido, em 2011, ocupava a 134ª posição no ranking do BC em resultado operacional e só tinha duas agências -a maior parte dos negócios era feita por agentes autônomos.
O banco foi vendido ao BMG com intermediação do Fundo Garantidor de Crédito, depois que o BC ordenou a essa instituição que nenhum banco poderia quebrar, segundo a Folha apurou.
O temor do BC era que a quebra do banco afetasse as classes C e D, os principais tomadores de crédito para a compra de carro usado e um público caro ao então presidente Lula.
Uma outra preocupação do BC era que a eventual derrocada do banco contaminasse a Schahin Engenharia, que tem contratos de cerca de US$ 2 bilhões com a Petrobras, e afetasse o fluxo de recursos externos.
SIMULAÇÃO
Entre as simulações que o Schahin teria feito, o BC cita operações "de cessão de créditos cruzados" com outros bancos para aparentar que dava lucro -um simula emprestar para o outro, para dar a impressão de que tem mais recursos a receber. É o que se chama no mercado de "troca de chumbo".
O Schahin usou esse artifício em negócios com os bancos Panamericano, Mercantil do Brasil, ABC, Ficsa e Semear. Conseguiu com essas operações simular resultados positivos de R$ 99,5 milhões.
Com uma securitizadora da família, a Continental, o banco vendeu R$ 172 milhões em créditos difíceis de receber para evitar que tivesse que provisionar esse valor, "visando elevar artificialmente o resultado".
A operação era tão grosseira que o banco não repassava à securitizadora os valores que recebia.
OUTRO LADO
O grupo Schahin declarou em nota que o caso investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal se tratava de uma operação de hedge [espécie de proteção de ativos contra possíveis perdas em flutuações cambiais] que foi liquidada com documentos que não eram do banco.
Assim, o Schahin afirma que continua contestando o suposto desaparecimento dos recursos, mas não informou em que órgão ou instância.
A operação, afirma a nota, havia sido contratada em 2006. De acordo com o banco, a operação não foi liquidada em seu vencimento, "tendo sido apresentados ao Banco Schahin, como justificativa para tanto, documentos que não haviam sido contratados pelo Banco Schahin e que foram consequentemente por ele contestados".
Os recursos da operação, de acordo com a nota, não foram pagos ao Schahin nem a nenhuma outra empresa do grupo.
O banco ABC diz que desconhece qualquer inquérito da PF sobre a instituição e que realiza a compra de carteiras de créditos seguindo a legislação. A assessoria do banco afirma que não poderia comentar a operação citada pelo BC por questões de sigilo bancário.
O Banco Bracce, nome atual do Lemon, diz que o BC solicita informações sobre suas operações com carteiras de crédito e "nada de irregular foi apurado, por tratar-se de operações tradicionais e muito comuns".
O Banco Ficsa afirmou que toda operação realizada pela instituição "é feita de forma legal e estritamente dentro da legislação vigente".
Disse também que não pode comentar a operação para não violar o sigilo bancário.
O Mercantil do Brasil (e sua financiadora) e o Banco Semear não se pronunciaram.
O advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que defende Rafael Paladino, ex-presidente do Panamericano, diz que não pode comentar a suspeita do BC porque defende ex-executivos do Schahin em outro processo.
Banco Schahin é investigado por desvio de R$ 156 milhões - JOSÉ ERNESTO CREDENDIO - MARIO CESAR CARVALHO - Folha de S Paulo, 4 de Agosto de 2013
O Banco Schahin é investigado sob suspeita de ter desviado o equivalente a R$ 156 milhões que mantinha na Suíça antes de se tornar insolvente em 2011, segundo documentos sigilosos do Banco Central que fazem parte de um inquérito da Polícia Federal, obtidos pela Folha.
O dinheiro fora enviado legalmente para o banco Clariden, em Zurique, e aparecia no balanço do Schahin.
A conta foi zerada pelos suíços, mas o Schahin não tomou nenhuma medida legal contra o banco para reaver o valor, segundo o relatório.
Ao ser questionado pelo BC sobre a omissão, o Schahin respondeu que se absteve de "tomar medidas formais de cobrança contra o Clariden".
À Folha o Schahin não negou o sumiço do dinheiro.
Uma das hipóteses investigadas pela polícia é que o recurso foi usado para pagar débitos do grupo no exterior ou empréstimo com o Clariden. Em qualquer caso, não há dúvida de que houve desvio, segundo três especialistas em crimes financeiros ouvidos pela reportagem.
O valor que evaporou equivalia a 68% do lucro fictício que o Banco Schahin registrou em 2010. Em abril do ano seguinte, o Schahin estava quebrado quando foi vendido para o BMG por R$ 230 milhões. Em 2012, o BMG descobriu que o rombo chegara a R$ 1,1 bilhão.
ONZE CRIMES
O sumiço dos R$ 156 milhões é um dos 11 possíveis crimes que o departamento de fiscalização do BC diz ter encontrado no Schahin.
Há maquiagem de balanço, transferência de créditos podres para empresa dos Schahin, empréstimos para outros negócios do grupo, o que é proibido pelo Banco Central, e geração de lucros artificiais em operações cruzadas com cinco bancos.
Todos os negócios supostamente irregulares visavam passar a impressão de que o banco estava saudável, e não quebrado, de acordo com os técnicos do BC.
A elevação artificial de resultado, de acordo com os documentos do BC, foi de R$ 325 milhões em 2009 e 2010.
Desde 2004, pelo menos, o BC tinha uma série de indícios de que o Schahin violava as normas de funcionamento dos bancos, como os empréstimos para empresas do próprio grupo.
O Banco Schahin foi criado em 1989 pelo grupo que atua nas áreas imobiliária, de engenharia e petróleo. Seu foco era o crédito para empresas médias e o financiamento de carros usados. Com a queda dos juros, carro usado tornou-se um péssimo negócio e arruinou o banco.
Quando foi vendido, em 2011, ocupava a 134ª posição no ranking do BC em resultado operacional e só tinha duas agências -a maior parte dos negócios era feita por agentes autônomos.
O banco foi vendido ao BMG com intermediação do Fundo Garantidor de Crédito, depois que o BC ordenou a essa instituição que nenhum banco poderia quebrar, segundo a Folha apurou.
O temor do BC era que a quebra do banco afetasse as classes C e D, os principais tomadores de crédito para a compra de carro usado e um público caro ao então presidente Lula.
Uma outra preocupação do BC era que a eventual derrocada do banco contaminasse a Schahin Engenharia, que tem contratos de cerca de US$ 2 bilhões com a Petrobras, e afetasse o fluxo de recursos externos.
SIMULAÇÃO
Entre as simulações que o Schahin teria feito, o BC cita operações "de cessão de créditos cruzados" com outros bancos para aparentar que dava lucro -um simula emprestar para o outro, para dar a impressão de que tem mais recursos a receber. É o que se chama no mercado de "troca de chumbo".
O Schahin usou esse artifício em negócios com os bancos Panamericano, Mercantil do Brasil, ABC, Ficsa e Semear. Conseguiu com essas operações simular resultados positivos de R$ 99,5 milhões.
Com uma securitizadora da família, a Continental, o banco vendeu R$ 172 milhões em créditos difíceis de receber para evitar que tivesse que provisionar esse valor, "visando elevar artificialmente o resultado".
A operação era tão grosseira que o banco não repassava à securitizadora os valores que recebia.
OUTRO LADO
O grupo Schahin declarou em nota que o caso investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal se tratava de uma operação de hedge [espécie de proteção de ativos contra possíveis perdas em flutuações cambiais] que foi liquidada com documentos que não eram do banco.
Assim, o Schahin afirma que continua contestando o suposto desaparecimento dos recursos, mas não informou em que órgão ou instância.
A operação, afirma a nota, havia sido contratada em 2006. De acordo com o banco, a operação não foi liquidada em seu vencimento, "tendo sido apresentados ao Banco Schahin, como justificativa para tanto, documentos que não haviam sido contratados pelo Banco Schahin e que foram consequentemente por ele contestados".
Os recursos da operação, de acordo com a nota, não foram pagos ao Schahin nem a nenhuma outra empresa do grupo.
O banco ABC diz que desconhece qualquer inquérito da PF sobre a instituição e que realiza a compra de carteiras de créditos seguindo a legislação. A assessoria do banco afirma que não poderia comentar a operação citada pelo BC por questões de sigilo bancário.
O Banco Bracce, nome atual do Lemon, diz que o BC solicita informações sobre suas operações com carteiras de crédito e "nada de irregular foi apurado, por tratar-se de operações tradicionais e muito comuns".
O Banco Ficsa afirmou que toda operação realizada pela instituição "é feita de forma legal e estritamente dentro da legislação vigente".
Disse também que não pode comentar a operação para não violar o sigilo bancário.
O Mercantil do Brasil (e sua financiadora) e o Banco Semear não se pronunciaram.
O advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que defende Rafael Paladino, ex-presidente do Panamericano, diz que não pode comentar a suspeita do BC porque defende ex-executivos do Schahin em outro processo.
Banco Schahin é investigado por desvio de R$ 156 milhões - JOSÉ ERNESTO CREDENDIO - MARIO CESAR CARVALHO - Folha de S Paulo, 4 de Agosto de 2013
Detroit: meio século de socialismo
A análise abaixo é muito simplista. Existem outros fatores que levaram a derrocada de Detroit.
Pedro Correia
O que todos os prefeitos de Detroit desde 1962 têm em comum? Jerome Cavanagh, Roman Gribbs, Coleman Young, Dennis Archer, Kwame Kilpatrick, Kenneth Cockrel, Jr. e o atual Dave Bing são todos do mesmo partido que, depois de 51 anos seguidos, conseguiu falir um dos ícones da história americana.
Em 1960, Detroit tinha a mais alta renda per capita do país e hoje tem a mais baixa. Repetindo: até a última administração republicana, Detroit tinha a mais alta renda per capita dos EUA e, depois de meio século de feitiçarias de esquerda, tem a mais baixa. Tente discutir com esse dado ou culpar o capitalismo por isso.
A falência de Detroit está longe de ser surpresa para qualquer analista atento e honesto, mas é emblemática. A bancarrota da “motor city” coloca mais fogo no debate que quer a comparação direta entre os resultados obtidos pelos modelos oferecidos pelos dois grandes partidos do país. Estes modelos são aplicados também nos dois maiores estados dos EUA, o socialista na Califórnia e o de livre mercado no Texas, como num enorme teste de laboratório. E esta comparação não é apenas um debate econômico, é a versão revista e atualizada da Guerra Fria, só que agora em pleno território americano.
Não se deixe enganar: antes de avaliar a situação da economia americana atual, separe primeiro os estados “azuis” (democratas) e “vermelhos” (republicanos) e veja o que está dando certo e o que não está. Ver Barack Obama se vangloriar de dados da economia inflados pelos resultados dos estados “vermelhos” como o Texas, administrado por republicanos desde 1995 e que gerou 1/3 dos novos empregos do país na última década, é simplesmente ultrajante.
A maior cidade do Michigan foi enviada sem escalas para níveis de pobreza raros no mundo ocidental, o que pode ser comprovado em números divulgados recentemente pelo The Wall Street Journal:
- 47% dos adultos da cidade são considerados analfabetos funcionais (contra 20% da média do país)
- Apenas um terço das ambulâncias está em condições de sair da garagem
- 40% dos postes de luz das ruas estão apagados
- O tempo médio de resposta de um policial a um chamada ao 911 é de 58 minutos (média nacional: 11 minutos)
- Um terço das edificações da cidade está abandonado (78 mil prédios fantasmas)
- 210 dos 317 parques públicos estão fechados.
- 2/3 da população deixou a cidade desde os anos 60
- Menos de 5% dos carros do país são montados hoje na cidade
A cidade, onde as armas legais foram praticamente banidas como manda o manual esquerdista, é tão violenta que é impossível andar com segurança pelas ruas, você é logo aconselhado a pegar táxi. As escolas estão entre as piores do país, os serviços públicos mais básicos são negligenciados e tudo que envolve a prefeitura, como a licença para abrir um novo negócio, é um inferno burocrático terceiro-mundista, típico de qualquer lugar administrado por socialistas. Como definiu o jornal britânico “The Telegraph”, uma cidade assassinada por mau-caratismo e estupidez”.
Em Detroit, os prefeitos gastavam dinheiro público como “drunk sailors” e mergulhavam a administração municipal em escândalos de corrupção, subornos e clientelismo diretamente associados à expansão do governo. Kwame Kilpatrick, prefeito de 2002 a 2008, chegou a ser preso depois de condenado na justiça por mais de 25 crimes ligados à sua gestão.
Os sindicatos tiraram completamente a competitividade da cidade, mergulhando a economia local no caos. Enquanto torpedeavam qualquer tentativa da indústria automobilística de se modernizar, outras cidades atraíam as novas plantas e os empregos fugiram, assim como os investimentos. E o declínio da indústria da cidade era respondido pelos sindicatos com mais greves que exigiam ainda mais aumentos, proteções, regulações e subsídios, tudo com apoio explícito dos prefeitos democratas.
Hoje 15.000 metalúrgicos da ativa contribuem para fundos que pagam a aposentadoria de 22.000 pensionistas, com um déficit anual estimado de US$ 5,5 bilhões. Os EUA continuam fazendo bons carros, como o melhor SUV do mundo (eleito pela revista Motor Trend), o Mercedes-Benz Classe GL, só que agora ele é montado no Alabama. Parabéns, sindicatos!
No vizinho Wisconsin, o governador republicano Scott Walker resolveu enfrentar os poderosos sindicatos e chegou a ter seu mandato colocado em risco num “recall” ano passado, em que foi reeleito e agora promove uma verdadeira revolução no estado. Mas o futuro de Detroit ainda é incerto porque, evidentemente, você nunca vai ouvir a esquerda dizendo que errou.
Se existe algo certo na vida é o resultado de meio século de socialismo em qualquer lugar, mesmo no país mais rico do mundo. O Partido Democrata e os sindicatos faliram Detroit. Que sirva ao menos de lição.
Tania Luna: Como uma moeda me fez sentir milionária
Quando era ainda uma criança, Tania Luna deixou sua casa na Ucrânia após o acidente de Chernobyl para procurar asilo nos Estados Unidos. E um dia, no chão do abrigo para sem-teto em Nova Iorque onde ela e sua família viviam, ela achou uma moeda. Ela nunca se sentiu tão rica. Uma meditação sobre as alegrias doces e amargas da infância -- e como mantê-las na memória.
Frase
O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como sendo seu maior patrimônio.
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal
04 agosto 2013
5 mitos sobre o estresse
Apesar de ele estar na boca - e na mente - do povo, controlá-lo não é uma tarefa tranquila. SAÚDE vai além do senso comum e, baseada na ciência, aponta as medidas que acalmam pra valer.
1 - NÃO SE PROGRAME
A língua portuguesa é ambígua em alguns casos. No dicionário Houaiss, por exemplo, a palavra relaxado caracteriza tanto os indivíduos descontraídos como aqueles negligentes. E até por causa desse encontro de significados muita gente crê piamente que a displicência é sinônimo de calmaria. Todavia, isso não poderia estar mais longe da realidade. "Priorizar certos assuntos, organizar-se e manter uma agenda dos eventos são passos importantes para manter a serenidade", revela Ana Maria Rossi, psicóloga da Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Afinal, aí estão enumerados jeitos simples de se preparar para enfrentar o que vem ao longo do dia e, então, evitar surpresas desagradáveis ou instantes embaraçosos, dois fatores capazes de alavancar os níveis de adrenalina no organismo. Mas que fique claro: a disciplina precisa ser acompanhada de flexibilidade. "Ficar engessado também atrapalha, porque qualquer imprevisto pode desencadear nervosismo", esclarece Ana Maria.
2 - MEDITE!
A tal arte milenar oriental, assim como a ioga ou até o tai chi chuan, é preconizada como um dos alívios mais eficazes para a tensão excessiva. Ela realmente tem seu valor, porém somente para quem a aprecia. Forçar alguém reconhecidamente elétrico a ficar imóvel enquanto se concentra em seu próprio corpo, além de não adiantar nada, contribui para o surgimento de uma sensação precursora do estresse: a ansiedade. "Determinados pacientes relaxam mais com exercícios físicos, outros com a leitura, e há quem aposte nas músicas", elenca a psicóloga Selma Bordin, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A regra, portanto, é investir no que você gosta. Mas para toda norma há uma exceção. "Um jogo de cartas, se ficar muito competitivo, torna-se igualmente estressante", exemplifica Esdras Vasconcellos. "É importante valorizar a diversão nesses momentos em vez de se concentrar somente na vitória ou na derrota", acrescenta.
3 - FALE ATÉ FICAR ROUCO!
Discutir a perda de um emprego ou a de um ente querido auxilia a superar o trauma. Entre outras coisas, o próprio ato de falar exige uma organização prévia do pensamento — premissa essencial para passar por cima das pedras que atravessam o seu caminho. Acontece que, em contrapartida, a insistência no assunto quase sempre culmina em nervos exaltados. "A mente não trabalha com tempos diferentes. Um evento passado, se relembrado, vem para o presente", explica a psicóloga Ana Maria Rossi. Isso quer dizer que remoer tópicos desagradáveis de tempos atrás com os amigos costuma terminar em irritação. O pior é que isso não ocorre só porque a questão continua a rondar as conversas do sujeito. Na verdade, as próprias palavras dos companheiros às vezes causam desconforto por se oporem ao raciocínio do estressado do momento. Por isso, os especialistas aconselham buscar parceiros de papo que sejam bons ouvintes e que busquem apenas aprofundar o debate. "Ajuda mais quem não emite opiniões. Caso contrário, aquele processo de estruturação das ideias é inibido", relata Selma Bordin.
4 - NUNCA DURMA NERVOSO
Em um mundo ideal, as preocupações ficariam restritas ao período em que o sol dá as caras. Mas, na realidade, cada vez mais elementos interferem no equilíbrio do dia — e muitos deles não têm medo do escuro da noite. Por isso, sejamos sinceros: aquela velha máxima de não levar problemas para a cama é difícil de ser aplicada ao pé da letra. E, mais do que isso, se trocamos horas de sono para resolver pendências, o risco de o estresse despertar junto com você aumenta. "Há estudos que relacionam um sono inadequado à secreção de hormônios como o cortisol, ligado ao estresse", aponta Rafael Freire, psiquiatra da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma estratégia que traz bons resultados é, em vez de resolver o que o atormenta na calada da madrugada, traçar um planejamento do que realizar ao amanhecer para solucionar a situação. Essa luz no fim do túnel serve como calmante e, de quebra, agiliza a resolução de fatores enervantes.
5 - SEMPRE RECORRA AOS FAMILIARES
As pessoas da sua família, até pela intimidade, servem como válvula de escape em muitas ocasiões. E a ciência realmente comprova que uma boa estrutura em casa reduz a inquietação excessiva. Agora, há momentos e momentos para apelar à mãe, ao pai... Na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pesquisadores observaram que, durante uma atividade aflitiva, voluntários colocados ao lado do seu animal de estimação apresentavam a frequência cardíaca e a pressão sanguínea mais controladas do que os participantes que ficavam junto do marido ou da mulher. Isto é, se um irmão ou mesmo um primo podem até servir como um bom ouvido, aquele companheiro peludo e de quatro patas funciona melhor para atenuar os efeitos do estresse. "O bicho é afetivo, não cobra nada e ainda tira o foco do tormento", declara a psicóloga Valquíria Trícoli. Sem contar que a proximidade entre indivíduos com o mesmo sobrenome gera, em certos temas, exigências que só intensificam o desassossego.
RESPIRE FUNDO!
Pôr oxigênio para dentro e gás carbônico para fora não é tão fácil quanto parece. Ao longo da vida — e inclusive por causa de traumas ou acontecimentos emocionalmente marcantes —, a respiração vai ficando apressada. Isso, por sua vez, não contribui em nada quando os circuitos cerebrais já estão funcionando sob alta tensão. É por essas e por outras que os especialistas são unânimes: usar e abusar do diafragma, o músculo responsável por encher e esvaziar os pulmões, ajuda demais a manter a paciência. "Na hora de lidar com um desafio estressor, respirar profundamente oxigena as células cerebrais e serve como elemento tranquilizador", afirma a psicóloga Marilda Lipp, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no interior paulista.
Revista Saúde, por Theo Ruprecht
1 - NÃO SE PROGRAME
A língua portuguesa é ambígua em alguns casos. No dicionário Houaiss, por exemplo, a palavra relaxado caracteriza tanto os indivíduos descontraídos como aqueles negligentes. E até por causa desse encontro de significados muita gente crê piamente que a displicência é sinônimo de calmaria. Todavia, isso não poderia estar mais longe da realidade. "Priorizar certos assuntos, organizar-se e manter uma agenda dos eventos são passos importantes para manter a serenidade", revela Ana Maria Rossi, psicóloga da Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Afinal, aí estão enumerados jeitos simples de se preparar para enfrentar o que vem ao longo do dia e, então, evitar surpresas desagradáveis ou instantes embaraçosos, dois fatores capazes de alavancar os níveis de adrenalina no organismo. Mas que fique claro: a disciplina precisa ser acompanhada de flexibilidade. "Ficar engessado também atrapalha, porque qualquer imprevisto pode desencadear nervosismo", esclarece Ana Maria.
2 - MEDITE!
A tal arte milenar oriental, assim como a ioga ou até o tai chi chuan, é preconizada como um dos alívios mais eficazes para a tensão excessiva. Ela realmente tem seu valor, porém somente para quem a aprecia. Forçar alguém reconhecidamente elétrico a ficar imóvel enquanto se concentra em seu próprio corpo, além de não adiantar nada, contribui para o surgimento de uma sensação precursora do estresse: a ansiedade. "Determinados pacientes relaxam mais com exercícios físicos, outros com a leitura, e há quem aposte nas músicas", elenca a psicóloga Selma Bordin, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A regra, portanto, é investir no que você gosta. Mas para toda norma há uma exceção. "Um jogo de cartas, se ficar muito competitivo, torna-se igualmente estressante", exemplifica Esdras Vasconcellos. "É importante valorizar a diversão nesses momentos em vez de se concentrar somente na vitória ou na derrota", acrescenta.
3 - FALE ATÉ FICAR ROUCO!
Discutir a perda de um emprego ou a de um ente querido auxilia a superar o trauma. Entre outras coisas, o próprio ato de falar exige uma organização prévia do pensamento — premissa essencial para passar por cima das pedras que atravessam o seu caminho. Acontece que, em contrapartida, a insistência no assunto quase sempre culmina em nervos exaltados. "A mente não trabalha com tempos diferentes. Um evento passado, se relembrado, vem para o presente", explica a psicóloga Ana Maria Rossi. Isso quer dizer que remoer tópicos desagradáveis de tempos atrás com os amigos costuma terminar em irritação. O pior é que isso não ocorre só porque a questão continua a rondar as conversas do sujeito. Na verdade, as próprias palavras dos companheiros às vezes causam desconforto por se oporem ao raciocínio do estressado do momento. Por isso, os especialistas aconselham buscar parceiros de papo que sejam bons ouvintes e que busquem apenas aprofundar o debate. "Ajuda mais quem não emite opiniões. Caso contrário, aquele processo de estruturação das ideias é inibido", relata Selma Bordin.
Nossa fadiga é frequentemente causada não pelo trabalho, mas pela preocupação, frustração e rancor. Dale Carnegie |
Em um mundo ideal, as preocupações ficariam restritas ao período em que o sol dá as caras. Mas, na realidade, cada vez mais elementos interferem no equilíbrio do dia — e muitos deles não têm medo do escuro da noite. Por isso, sejamos sinceros: aquela velha máxima de não levar problemas para a cama é difícil de ser aplicada ao pé da letra. E, mais do que isso, se trocamos horas de sono para resolver pendências, o risco de o estresse despertar junto com você aumenta. "Há estudos que relacionam um sono inadequado à secreção de hormônios como o cortisol, ligado ao estresse", aponta Rafael Freire, psiquiatra da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma estratégia que traz bons resultados é, em vez de resolver o que o atormenta na calada da madrugada, traçar um planejamento do que realizar ao amanhecer para solucionar a situação. Essa luz no fim do túnel serve como calmante e, de quebra, agiliza a resolução de fatores enervantes.
5 - SEMPRE RECORRA AOS FAMILIARES
As pessoas da sua família, até pela intimidade, servem como válvula de escape em muitas ocasiões. E a ciência realmente comprova que uma boa estrutura em casa reduz a inquietação excessiva. Agora, há momentos e momentos para apelar à mãe, ao pai... Na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pesquisadores observaram que, durante uma atividade aflitiva, voluntários colocados ao lado do seu animal de estimação apresentavam a frequência cardíaca e a pressão sanguínea mais controladas do que os participantes que ficavam junto do marido ou da mulher. Isto é, se um irmão ou mesmo um primo podem até servir como um bom ouvido, aquele companheiro peludo e de quatro patas funciona melhor para atenuar os efeitos do estresse. "O bicho é afetivo, não cobra nada e ainda tira o foco do tormento", declara a psicóloga Valquíria Trícoli. Sem contar que a proximidade entre indivíduos com o mesmo sobrenome gera, em certos temas, exigências que só intensificam o desassossego.
RESPIRE FUNDO!
Pôr oxigênio para dentro e gás carbônico para fora não é tão fácil quanto parece. Ao longo da vida — e inclusive por causa de traumas ou acontecimentos emocionalmente marcantes —, a respiração vai ficando apressada. Isso, por sua vez, não contribui em nada quando os circuitos cerebrais já estão funcionando sob alta tensão. É por essas e por outras que os especialistas são unânimes: usar e abusar do diafragma, o músculo responsável por encher e esvaziar os pulmões, ajuda demais a manter a paciência. "Na hora de lidar com um desafio estressor, respirar profundamente oxigena as células cerebrais e serve como elemento tranquilizador", afirma a psicóloga Marilda Lipp, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no interior paulista.
Revista Saúde, por Theo Ruprecht
Exportação de jogadores de futebol
No primeiro semestre de 2013 os onze maiores exportadores de jogadores de futebol da América Latina embarcaram cerca de 5.000 jogadores de futebol, com valor de mais de 1,1 bilhão de dólares no total. Argentina e Brasil exportaram juntos mais de 3.000 jogadores de futebol ou mais de US$400 milhões em talentos.
América Latina exportou no total mais valor em jogadores de futebol no primeiro semestre de 2013 que animais vivos no ano de 2011. Os jogadores argentinos exportados correspondem a um quarto do valor das exportações de carne no mesmo período de 2011; Brasil mais que suas exportações de armas; Uruguai mais que suas exportações de peixes; Peru mais que exportação de cacau e Equador aproximadamente o mesmo que suas exportações de café e chá.
Fonte: Aqui
Argentina exportou US$228 milhões e o Brasil 182 milhões.
América Latina exportou no total mais valor em jogadores de futebol no primeiro semestre de 2013 que animais vivos no ano de 2011. Os jogadores argentinos exportados correspondem a um quarto do valor das exportações de carne no mesmo período de 2011; Brasil mais que suas exportações de armas; Uruguai mais que suas exportações de peixes; Peru mais que exportação de cacau e Equador aproximadamente o mesmo que suas exportações de café e chá.
Fonte: Aqui
Argentina exportou US$228 milhões e o Brasil 182 milhões.
Berlusconi é condenado
A mais alta corte da Itália manteve nesta quinta-feira uma condenção à prisão de Silvio Berlusconi por fraude fiscal, em um veredicto que pode resultar numa crise para a frágil coalizão que governa o país.
O Tribunal de Cassação confirmou a condenação a quatro anos de prisão -reduzida para um ano sob uma anistia-, mantendo a decisão de um tribunal inferior. A corte ordenou, no entanto, que seja realizada uma revisão da proibição ao ex-premiê de ocupar cargos públicos pelo mesmo crime.
O aguardado veredicto deve colocar sob intensa pressão a frágil coalizão formada pelos tradicionais rivais de centro-esquerda e centro-direita, liderada pelo premiê Enrico Letta, apesar de Berlusconi ter prometido que seu partido de centro-direita iria manter o apoio ao governo.
Suprema corte da Itália mantém condenação de Berlusconi à prisão - Brasil Econômico - Por James Mackenzie/ Reuters - 01/08/13
O Tribunal de Cassação confirmou a condenação a quatro anos de prisão -reduzida para um ano sob uma anistia-, mantendo a decisão de um tribunal inferior. A corte ordenou, no entanto, que seja realizada uma revisão da proibição ao ex-premiê de ocupar cargos públicos pelo mesmo crime.
O aguardado veredicto deve colocar sob intensa pressão a frágil coalizão formada pelos tradicionais rivais de centro-esquerda e centro-direita, liderada pelo premiê Enrico Letta, apesar de Berlusconi ter prometido que seu partido de centro-direita iria manter o apoio ao governo.
Suprema corte da Itália mantém condenação de Berlusconi à prisão - Brasil Econômico - Por James Mackenzie/ Reuters - 01/08/13
03 agosto 2013
Teste da Semana
Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.
1 – Esta empresa esteve envolvida num desastre ambiental em 2010. Agora ela teve que reconhecer que o passivo será maior que esperava:
BP
Exxon
Petrobras
2 – Para reduzir o passivo, a empresa da questão anterior está apelando
Aos acionistas
Nos órgãos reguladores
Nos tribunais
3 – O governo federal decidiu promover gastos de 10 bilhões de reais. Seu objetivo é
Atingir a meta fiscal
Dar mais transparências as contas públicas
Ter um crescimento no PIB de 3%
4 – Sua definição é “uma falcatrua na qual o dinheiro de novos investidores é utilizado para pagar investidores antigos escondendo o fato de que nenhum investimento real está sendo realizado”. Trata-se
Esquema Ponzi
Fraude contábil
Gerenciamento dos resultados
5 – Este produto pode reduzir pela metade o risco de suicídio:
Café
Pão de queijo
Rivotril
6 – A quantidade vendida caiu, mas a receita, de 5 bilhões de reais, aumentou, indicando um aumento no preço deste produto. O setor é
Bicicletas
Jornais
Livros
7 – O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial desta instituição financeira
Banco Nacional
Banco Rural
BMG
8 – As ações desta empresa, que estiveram em baixa desde sua oferta de ação inicial, apresentaram recuperação nos últimos dias em razão do aumento da publicidade
Abril
Facebook
Google
Acertando 7 ou 8 questões = medalha de ouro; 6 ou 5 = prata; 4 = bronze
Respostas: (1) BP; (2) tribunais; (3) atingir a meta fiscal; (4)Ponzi; (5) Café; (6) Livros; (7) Rural; (8) Facebook
1 – Esta empresa esteve envolvida num desastre ambiental em 2010. Agora ela teve que reconhecer que o passivo será maior que esperava:
BP
Exxon
Petrobras
2 – Para reduzir o passivo, a empresa da questão anterior está apelando
Aos acionistas
Nos órgãos reguladores
Nos tribunais
3 – O governo federal decidiu promover gastos de 10 bilhões de reais. Seu objetivo é
Atingir a meta fiscal
Dar mais transparências as contas públicas
Ter um crescimento no PIB de 3%
4 – Sua definição é “uma falcatrua na qual o dinheiro de novos investidores é utilizado para pagar investidores antigos escondendo o fato de que nenhum investimento real está sendo realizado”. Trata-se
Esquema Ponzi
Fraude contábil
Gerenciamento dos resultados
5 – Este produto pode reduzir pela metade o risco de suicídio:
Café
Pão de queijo
Rivotril
6 – A quantidade vendida caiu, mas a receita, de 5 bilhões de reais, aumentou, indicando um aumento no preço deste produto. O setor é
Bicicletas
Jornais
Livros
7 – O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial desta instituição financeira
Banco Nacional
Banco Rural
BMG
8 – As ações desta empresa, que estiveram em baixa desde sua oferta de ação inicial, apresentaram recuperação nos últimos dias em razão do aumento da publicidade
Abril
Acertando 7 ou 8 questões = medalha de ouro; 6 ou 5 = prata; 4 = bronze
Respostas: (1) BP; (2) tribunais; (3) atingir a meta fiscal; (4)Ponzi; (5) Café; (6) Livros; (7) Rural; (8) Facebook
Fato da Semana
Fato: O Conselho Federal de Contabilidade aprovou resolução sobre informações relacionadas a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo
Qual a relevância disto? Nos últimos anos várias normas surgiram para tentar coibir os problemas de corrupção e falta de ética nos negócios. A norma é derivada da Lei 12.283 que determinou que os contadores e empresas do setor ajudem o governo com informações, quando existe operações suspeitas.
É mais uma obrigação, que talvez não mude substancialmente o panorama da corrupção. É uma medida que evita questões mais urgentes, como a necessária agilidade nos processos e punição dos responsáveis de negociatas. Talvez seja mais uma medida do Estado Big Brother.
Positivo ou Negativo? - Se for parte de um conjunto mais amplo de medidas, poderá ser positivo. Caso contrário, é mais uma obrigação para o profissional contábil.
Desdobramentos – Será que a lei irá pegar?
Qual a relevância disto? Nos últimos anos várias normas surgiram para tentar coibir os problemas de corrupção e falta de ética nos negócios. A norma é derivada da Lei 12.283 que determinou que os contadores e empresas do setor ajudem o governo com informações, quando existe operações suspeitas.
É mais uma obrigação, que talvez não mude substancialmente o panorama da corrupção. É uma medida que evita questões mais urgentes, como a necessária agilidade nos processos e punição dos responsáveis de negociatas. Talvez seja mais uma medida do Estado Big Brother.
Positivo ou Negativo? - Se for parte de um conjunto mais amplo de medidas, poderá ser positivo. Caso contrário, é mais uma obrigação para o profissional contábil.
Desdobramentos – Será que a lei irá pegar?
Empresas corruptoras
A presidente Dilma Rousseff vetou ontem dois trechos da lei aprovada pelo Congresso Nacional que pune as empresas corruptoras e que foram sugeridos pelo PMDB. A íntegra dela será publicada no "Diário Oficial da União" de hoje.
Um dos trechos vetados é o último parágrafo do artigo 6. Ele estabelecia um teto à multa aplicada à empresa, na esfera administrativa, por atos lesivos à administração pública. A multa não poderia exceder o valor total do bem ou serviço contratado.
Com o veto, a multa ficará entre 0,1% e 20% do faturamento bruto do último exercício anterior à instauração do processo administrativo ou, se não for possível utilizar esse critério, será fixada em um valor entre R$ 6 mil e R$ 60 milhões.
Outro veto é no capítulo sobre a responsabilização judicial. O projeto prevê, dentre as sanções judiciais aplicáveis às empresas corruptoras, a suspensão ou interdição parcial de suas atividades; a dissolução compulsória da pessoa jurídica e a proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos públicos pelo prazo mínimo fixado entre um e cinco anos.
Um parágrafo, porém, incluído na Câmara, determinava que essas sanções, para serem aplicadas, dependeriam da comprovação de culpa ou dolo da empresa. "Isso não fazia nenhum sentido porque todo o projeto é em cima da responsabilidade objetiva da empresa. A punição independe de culpa ou dolo, basta o fato e o nexo de causalidade entre o ato e o resultado. Se isso ficasse seria um disparate, porque não tem como comprovar culpa ou dolo de pessoa jurídica", disse o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage.
A proposta foi aprovada no Senado em julho após anos tramitando na Câmara. A ideia geral é incluir as empresas como alvo de punição judicial e, principalmente, administrativa. "É um instrumento novo no ordenamento jurídico que cria pela primeira vez sanções ao patrimônio da pessoa jurídica. Hoje, no âmbito administrativo, só há a declaração de idoneidade como punição, que impede a empresa de participar de licitações mas não a pune", disse Hage.
Outra inovação é o chamado acordo de leniência, uma espécie de delação premiada oferecida às pessoas jurídicas. Por meio dele, a empresa poderá ter a multa reduzida em até dois terços. Para tanto, será necessário que a colaboração resulte em identificação dos demais envolvidos na infração e obtenção de documentos e informações que comprovem o delito.
Dilma veta trechos sugeridos por PMDB em lei que pune empresas corruptoras - Valor Econômico - 02/08/2013
Um dos trechos vetados é o último parágrafo do artigo 6. Ele estabelecia um teto à multa aplicada à empresa, na esfera administrativa, por atos lesivos à administração pública. A multa não poderia exceder o valor total do bem ou serviço contratado.
Com o veto, a multa ficará entre 0,1% e 20% do faturamento bruto do último exercício anterior à instauração do processo administrativo ou, se não for possível utilizar esse critério, será fixada em um valor entre R$ 6 mil e R$ 60 milhões.
Outro veto é no capítulo sobre a responsabilização judicial. O projeto prevê, dentre as sanções judiciais aplicáveis às empresas corruptoras, a suspensão ou interdição parcial de suas atividades; a dissolução compulsória da pessoa jurídica e a proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos públicos pelo prazo mínimo fixado entre um e cinco anos.
Um parágrafo, porém, incluído na Câmara, determinava que essas sanções, para serem aplicadas, dependeriam da comprovação de culpa ou dolo da empresa. "Isso não fazia nenhum sentido porque todo o projeto é em cima da responsabilidade objetiva da empresa. A punição independe de culpa ou dolo, basta o fato e o nexo de causalidade entre o ato e o resultado. Se isso ficasse seria um disparate, porque não tem como comprovar culpa ou dolo de pessoa jurídica", disse o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage.
A proposta foi aprovada no Senado em julho após anos tramitando na Câmara. A ideia geral é incluir as empresas como alvo de punição judicial e, principalmente, administrativa. "É um instrumento novo no ordenamento jurídico que cria pela primeira vez sanções ao patrimônio da pessoa jurídica. Hoje, no âmbito administrativo, só há a declaração de idoneidade como punição, que impede a empresa de participar de licitações mas não a pune", disse Hage.
Outra inovação é o chamado acordo de leniência, uma espécie de delação premiada oferecida às pessoas jurídicas. Por meio dele, a empresa poderá ter a multa reduzida em até dois terços. Para tanto, será necessário que a colaboração resulte em identificação dos demais envolvidos na infração e obtenção de documentos e informações que comprovem o delito.
Dilma veta trechos sugeridos por PMDB em lei que pune empresas corruptoras - Valor Econômico - 02/08/2013
Postes como Ativo
As agências reguladoras dos setores de energia e telecomunicações concluíram a proposta de regulamentação conjunta que promete por fim à divergência entre as teles e as distribuidoras de energia sobre o custo do aluguel dos postes. A estrutura é considerada especialmente importante para operadoras de telefonia recém-chegadas ao mercado, que tentam ganhar espaço na competição com as empresas já consolidadas.
Ontem, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiram o preço de referência de R$ 2,44 por mês para o aluguel de poste. O valor será usado para solucionar casos de divergência entre as partes. A proposta ainda passará por consulta pública a ser realizada simultaneamente pelas duas agências.
"Chegamos a esse preço baseados em dados reais, de mercado. O aluguel mensal de postes apresentou valores que oscilavam de R$ 0,30 a R$ 10,57", disse o diretor da Aneel André Pepitone. A resolução conjunta também estabelecerá os critérios para os casos em que a distribuidora negar, sem justificativa, acesso da operadora ao poste.
A disparidade de preço não é o único problema. Operadoras de menores reclamam que teles estabelecidas ocupam os postes de maneira a impedir a instalação de pontos das rivais. (...)
Agências intervêm em aluguel de postes - Valor Econômico - 02/08/2013
Trata-se de um caso de um ativo (cumpre todos os requisitos).
Ontem, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiram o preço de referência de R$ 2,44 por mês para o aluguel de poste. O valor será usado para solucionar casos de divergência entre as partes. A proposta ainda passará por consulta pública a ser realizada simultaneamente pelas duas agências.
"Chegamos a esse preço baseados em dados reais, de mercado. O aluguel mensal de postes apresentou valores que oscilavam de R$ 0,30 a R$ 10,57", disse o diretor da Aneel André Pepitone. A resolução conjunta também estabelecerá os critérios para os casos em que a distribuidora negar, sem justificativa, acesso da operadora ao poste.
A disparidade de preço não é o único problema. Operadoras de menores reclamam que teles estabelecidas ocupam os postes de maneira a impedir a instalação de pontos das rivais. (...)
Agências intervêm em aluguel de postes - Valor Econômico - 02/08/2013
Trata-se de um caso de um ativo (cumpre todos os requisitos).
Tina Fey: Bossypants
“In most cases being a good boss means hiring talented people and then getting out of their way.”
“This is what I tell young women who ask me for career advice. People are going to try to trick you. To make you feel that you are in competition with one another. "You're up for a promotion. If they go for a woman, it'll be between you and Barbara." Don't be fooled. You're not in competition with other women. You're in competition with everyone.”
“So, my unsolicited advice to women in the workplace is this. When faced with sexism, or ageism, or lookism, or even really aggressive Buddhism, ask yourself the following question: “Is this person in between me and what I want to do?” If the answer is no, ignore it and move on. Your energy is better used doing your work and outpacing people that way. Then, when you’re in charge, don’t hire the people who were jerky to you.”
If you are a woman and you bought this book for practical tips on how to make it in a male-dominated workplace, here they are. No pigtails, no tube tops. Cry sparingly. (Some people say “Never let them see you cry.” I say, if you’re so mad you could just cry, then cry. It terrifies everyone.)”
“Politics and prostitution have to be the only jobs where inexperience is considered a virtue. In what other profession would you brag about not knowing stuff? “I’m not one of those fancy Harvard heart surgeons. I’m just an unlicensed plumber with a dream and I’d like to cut your chest open.” The crowd cheers.”
Tina Fey - Bossypants
“This is what I tell young women who ask me for career advice. People are going to try to trick you. To make you feel that you are in competition with one another. "You're up for a promotion. If they go for a woman, it'll be between you and Barbara." Don't be fooled. You're not in competition with other women. You're in competition with everyone.”
“So, my unsolicited advice to women in the workplace is this. When faced with sexism, or ageism, or lookism, or even really aggressive Buddhism, ask yourself the following question: “Is this person in between me and what I want to do?” If the answer is no, ignore it and move on. Your energy is better used doing your work and outpacing people that way. Then, when you’re in charge, don’t hire the people who were jerky to you.”
If you are a woman and you bought this book for practical tips on how to make it in a male-dominated workplace, here they are. No pigtails, no tube tops. Cry sparingly. (Some people say “Never let them see you cry.” I say, if you’re so mad you could just cry, then cry. It terrifies everyone.)”
“Politics and prostitution have to be the only jobs where inexperience is considered a virtue. In what other profession would you brag about not knowing stuff? “I’m not one of those fancy Harvard heart surgeons. I’m just an unlicensed plumber with a dream and I’d like to cut your chest open.” The crowd cheers.”
Tina Fey - Bossypants
Qualis Periódicos atualizado para a Avaliação Trienal 2013
Foi publicada no dia 31 de julho a atualização final do "Qualis Periódicos", que será utilizada para fins da Avaliação Trienal 2013 (referente ao período 2010-2012).
A Avaliação Trienal da CAPES, para atribuição de nota aos programas de pós-graduação (PPGs), considera cinco quesitos: Proposta do programa; Corpo Docente; Corpo discente, teses e dissertações; Produção Intelectual e Inserção Social.
O "Qualis Periódicos" é o conjunto de procedimentos utilizado na avaliação do quesito "Produção Intelectual". Foi concebido para atender a esta necessidade específica da avaliação dos programas de pós-graduação, e sua utilização para avaliar individualmente professores e alunos não é adequada.
O "Qualis Periódicos" também não é uma base de indexação, pois contém apenas os periódicos que foram informados como sendo aqueles nos quais foram publicados os artigos dos programas de pós-graduação.
Consulte aqui a relação completa dos periódicos e seus respectivos estratos por área de avaliação.
Publicada por Coordenação de Comunicação Social da Capes
Quinta, 01 de Agosto de 2013 16:06
02 agosto 2013
Rir é o melhor remédio
No clima da intervenção do Banco Central no Banco Rural, um "Rir" extra para animar esta noite de sexta-feira:
Alô? Quem tá falando?
- É o ladrão.
- Desculpe, eu não queria falar com o dono do banco. Tem algum funcionário aí?
- Não, os funcionário tá tudo como refém.
- Eu entendo. Trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário ridículo, vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não encontram outro emprego, né? Vida difícil. Mas será que eu não poderia dar uma palavrinha com um deles?
- Impossível. Eles tá amordaçado.
- Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica, vão pro olho da rua. Não haverá, então, algum chefe por aí?
- Claro que não, meu amigo. Quanta inguinorânça! O chefe tá na cadeia, que é o lugar mais seguro pra se comandar um assalto.
- Bom... Sabe o que que é? Eu tenho uma conta...
- Tamo levando tudo, ô bacana. O saldo da tua conta é zero.
- Não, isso eu já sabia. Eu sou professor. O que eu queria mesmo era uma informação sobre juro.
- Companheiro, eu sou um ladrão pé-de-chinelo. Meu negócio é pequeno. Assalto a banco, vez ou outra um seqüestro. Pra saber de juro é melhor tu ligar pra Brasília.
- Sei, sei. O senhor tá na informalidade, né? Também, com o preço que tão cobrando por um voto hoje em dia... Mas, será que não podia fazer um favor pra mim? É que eu atrasei o pagamento do cartão e queria saber quanto vou pagar de taxa.
- Tu tá pensando que eu tô brincando? Isso é um assalto!
- Longe de mim. Que é um assalto, eu sei perfeitamente. Mas queria saber o número preciso. Seis por cento, sete por cento?
- Eu acho que tu não tá entendendo, ô mané. Sou assaltante. Trabalho na base da intimidação e da chantagem, saca?
- Ah, já tava esperando. Vai querer vender um seguro de vida ou um título de capitalização, né?
- Não... Eu... Peraí, bacana, que hoje eu tô bonzinho e vou quebrar o teu galho.
(um minuto depois)
Alô? O sujeito aqui tá dizendo que é oito por cento ao mês.
- Puxa, que incrível!
- Tu achava que era menos?
- Não, achava que era isso mesmo. Tô impressionado é que, pela primeira vez na vida, consegui obter uma informação de uma empresa prestadora de serviço, pelo telefone, em menos de meia hora e sem ouvir Pour Elise.
- Quer saber? Fui com a tua cara. Dei umas bordoadas no gerente e ele falou que vai te dar um desconto. Só vai te cobrar quatro por cento, tá ligado?
- Não acredito! E eu não vou ter que comprar nenhum produto do banco?
- Nadica. Tá acertado.
- Muito obrigado, meu senhor. Nunca fui tratado dessa...
-Ih, sujou!
(tiros, gritos) A polícia!
- Polícia? Que polícia? Alô? Alô?
- (sinal de ocupado)
- Alô?... Droga! Maldito Estado.
Sempre intervindo nas relações entre homens de bem!
Alô? Quem tá falando?
- É o ladrão.
- Desculpe, eu não queria falar com o dono do banco. Tem algum funcionário aí?
- Não, os funcionário tá tudo como refém.
- Eu entendo. Trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário ridículo, vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não encontram outro emprego, né? Vida difícil. Mas será que eu não poderia dar uma palavrinha com um deles?
- Impossível. Eles tá amordaçado.
- Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica, vão pro olho da rua. Não haverá, então, algum chefe por aí?
- Claro que não, meu amigo. Quanta inguinorânça! O chefe tá na cadeia, que é o lugar mais seguro pra se comandar um assalto.
- Bom... Sabe o que que é? Eu tenho uma conta...
- Tamo levando tudo, ô bacana. O saldo da tua conta é zero.
- Não, isso eu já sabia. Eu sou professor. O que eu queria mesmo era uma informação sobre juro.
- Companheiro, eu sou um ladrão pé-de-chinelo. Meu negócio é pequeno. Assalto a banco, vez ou outra um seqüestro. Pra saber de juro é melhor tu ligar pra Brasília.
- Sei, sei. O senhor tá na informalidade, né? Também, com o preço que tão cobrando por um voto hoje em dia... Mas, será que não podia fazer um favor pra mim? É que eu atrasei o pagamento do cartão e queria saber quanto vou pagar de taxa.
- Tu tá pensando que eu tô brincando? Isso é um assalto!
- Longe de mim. Que é um assalto, eu sei perfeitamente. Mas queria saber o número preciso. Seis por cento, sete por cento?
- Eu acho que tu não tá entendendo, ô mané. Sou assaltante. Trabalho na base da intimidação e da chantagem, saca?
- Ah, já tava esperando. Vai querer vender um seguro de vida ou um título de capitalização, né?
- Não... Eu... Peraí, bacana, que hoje eu tô bonzinho e vou quebrar o teu galho.
(um minuto depois)
Alô? O sujeito aqui tá dizendo que é oito por cento ao mês.
- Puxa, que incrível!
- Tu achava que era menos?
- Não, achava que era isso mesmo. Tô impressionado é que, pela primeira vez na vida, consegui obter uma informação de uma empresa prestadora de serviço, pelo telefone, em menos de meia hora e sem ouvir Pour Elise.
- Quer saber? Fui com a tua cara. Dei umas bordoadas no gerente e ele falou que vai te dar um desconto. Só vai te cobrar quatro por cento, tá ligado?
- Não acredito! E eu não vou ter que comprar nenhum produto do banco?
- Nadica. Tá acertado.
- Muito obrigado, meu senhor. Nunca fui tratado dessa...
-Ih, sujou!
(tiros, gritos) A polícia!
- Polícia? Que polícia? Alô? Alô?
- (sinal de ocupado)
- Alô?... Droga! Maldito Estado.
Sempre intervindo nas relações entre homens de bem!
Banco Central: intervenção no Banco Rural
Já comentamos em postagens anteriores diversos problemas do Banco Rural incluindo um pagamento milionário a ex funcionários da finada empresa aérea VASP, o empenho de bens devido à uma transação infeliz envolvendo uma usina da Petroforte e até empréstimos que irrigaram o esquema mensalão! Se você digitar "Banco Rural" aqui no nosso buscador terá diversas opções de leitura envolvendo fraude.
Agora, conforme uma publicação da Agência Estado (por Célia Froufe e Eduardo Cucolo) o Banco Central (Bacen) decretou a liquidação extrajudicial do Banco Rural devido ao comprometimento da situação econômico-financeira da instituição, à existência de graves violações às normas legais e estatutárias que disciplinam a atividade e à ocorrência de sucessivos prejuízos que sujeitam a risco anormal seus credores quirografários (que não possuem qualquer preferência).
Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do Banco Central, pesou também a falta de um plano viável para a recuperação da situação do banco. A assessoria informou ainda que, em março de 2013, o conglomerado financeiro Rural detinha 0,07% dos ativos e 0,13% dos depósitos do sistema financeiro (dados de março de 2013).
Por extensão, o ato do presidente do Bacen obviamente inclui as demais empresas do conglomerado: o Banco Rural de Investimentos S. A.; o Banco Rural Mais S. A.; o Banco Simples S. A.; e a Rural Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S. A.
"O Banco Central está tomando todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades, nos termos de suas competências legais de supervisão do sistema financeiro. O resultado das apurações poderá levar à aplicação de medidas punitivas de caráter administrativo e a comunicações às autoridades competentes, observadas as disposições legais aplicáveis", trouxe a nota.
Com isso, ficam indisponíveis os bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. A data de liquidação a ser considerada é retroativa a 3 de julho de 2013.
Agora, conforme uma publicação da Agência Estado (por Célia Froufe e Eduardo Cucolo) o Banco Central (Bacen) decretou a liquidação extrajudicial do Banco Rural devido ao comprometimento da situação econômico-financeira da instituição, à existência de graves violações às normas legais e estatutárias que disciplinam a atividade e à ocorrência de sucessivos prejuízos que sujeitam a risco anormal seus credores quirografários (que não possuem qualquer preferência).
Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do Banco Central, pesou também a falta de um plano viável para a recuperação da situação do banco. A assessoria informou ainda que, em março de 2013, o conglomerado financeiro Rural detinha 0,07% dos ativos e 0,13% dos depósitos do sistema financeiro (dados de março de 2013).
Por extensão, o ato do presidente do Bacen obviamente inclui as demais empresas do conglomerado: o Banco Rural de Investimentos S. A.; o Banco Rural Mais S. A.; o Banco Simples S. A.; e a Rural Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S. A.
"O Banco Central está tomando todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades, nos termos de suas competências legais de supervisão do sistema financeiro. O resultado das apurações poderá levar à aplicação de medidas punitivas de caráter administrativo e a comunicações às autoridades competentes, observadas as disposições legais aplicáveis", trouxe a nota.
Com isso, ficam indisponíveis os bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. A data de liquidação a ser considerada é retroativa a 3 de julho de 2013.
Inscrição para Mestrado e Doutorado
Estão abertas as inscrições para o processo seletivo, mestrado e doutorado, do programa Multi. São quinze vagas para o Doutorado e 22 para o mestrado. As inscrições irão ocorrer no período entre 5/8/2013 a 30/8/2013.
Editora abril encerra 4 revistas e 1 portal
A Abril S. A., que como postado anteriormente comprou escolas e uma livraria, informou mais um passo na reorganização de seus negócios: estão sendo fechadas quatro revistas (Alfa, Bravo!, Gloss e Lola ), um portal (Club Alfa) e 150 pessoas demitidas.
As quatro publicações representam menos de 2% da receita de publicidade das revistas da Abril.
A empresa também anunciou novos executivos para as áreas de publicidade, marketing e de eventos das revistas segmentadas, da Veja, da Exame e da unidade de negócios digitais.
Fábio Barbosa, presidente da S.A., disse que acredita “muito na força do time que temos e na capacidade das pessoas que agora assumem novas posições”. “Temos talentos para enfrentar os muitos desafios que as transformações do setor representam neste momento. No fundo, estamos diante de oportunidades fascinantes e temos toda a capacidade para aproveitá-las".
Questões financeiras postas de lado, eu considero ótima a notícia, caso a editora faça alterações mais ousadas que cancelar uma ou outra revista. Eu sinceramente gosto de várias publicações da editora e era adepta de assinaturas, até cansar da “estratégia de marketing” deles. Chega a ser ofensiva. Seria muita inocência minha acreditar que isso irá mudar? Que a Editora Abril pare de agir como stalker e tenha um tanto mais de amor próprio.
As quatro publicações representam menos de 2% da receita de publicidade das revistas da Abril.
A empresa também anunciou novos executivos para as áreas de publicidade, marketing e de eventos das revistas segmentadas, da Veja, da Exame e da unidade de negócios digitais.
Fábio Barbosa, presidente da S.A., disse que acredita “muito na força do time que temos e na capacidade das pessoas que agora assumem novas posições”. “Temos talentos para enfrentar os muitos desafios que as transformações do setor representam neste momento. No fundo, estamos diante de oportunidades fascinantes e temos toda a capacidade para aproveitá-las".
Questões financeiras postas de lado, eu considero ótima a notícia, caso a editora faça alterações mais ousadas que cancelar uma ou outra revista. Eu sinceramente gosto de várias publicações da editora e era adepta de assinaturas, até cansar da “estratégia de marketing” deles. Chega a ser ofensiva. Seria muita inocência minha acreditar que isso irá mudar? Que a Editora Abril pare de agir como stalker e tenha um tanto mais de amor próprio.
A maior da história em uma cidade nos EUA
A cidade de Detroit, que já foi conhecida como um dos maiores polos da indústria automobilística do mundo, no estado norte-americano de Michigan, entrou na tarde desta quinta-feira [31/07] com pedido de falência. É o maior pedido de falência de uma cidade na história dos Estados Unidos. A dívida do município seria algo perto de US$ 18 bilhões.
O governador de Michigan, Rick Snyder, destacou em um comunicado à imprensa que o pedido de falência era a única opção possível para restaurar a cidade e conseguir oferecer aos residentes os serviços públicos necessários. Na nota, ele diz que de cada dólar que a cidade arrecada, 38 centavos vão para o pagamento de dívidas, custos legais e outras obrigações. A projeção era que em 2017, esse nível subiria para 65 centavos.
A cidade vem perdendo fábricas e habitantes e a imprensa dos EUA sempre se refere ao município como "cidade fantasma". Detroit chegou a ter dois milhões de habitantes nos anos 50 e 60, auge da indústria automobilística norte-americana, mas agora tem cerca de 700 mil. Um em cada cinco imóveis está abandonado.
Desde a crise financeira mundial, que afetou fortemente o setor automobilístico, levando por exemplo, a General Motors a pedir concordata, a situação da cidade vem se deteriorando e o orçamento municipal definhando.
Na prática, Detroit entrou com pedido de proteção com base no código falimentar dos EUA, o chamado Capítulo 9. Após a entrada do pedido, há um prazo legal de 30 a 90 dias para avaliar a elegibilidade da cidade para estar protegida dentro deste código. Se o pedido de falência for aceito, uma das hipóteses é que ativos municipais sejam vendidos para fazer face ao pagamento dos credores.
Além de Detroit, cidades menores dos EUA abaladas pela crise de 2008 entraram nos últimos anos com pedido de falência. Uma delas foi Stockton, na Califórnia. Com cerca de 300 mil habitantes, o município entrou com pedido em junho do ano passado.
Altamiro Silva Júnior, correspondente da Agência Estado
O governador de Michigan, Rick Snyder, destacou em um comunicado à imprensa que o pedido de falência era a única opção possível para restaurar a cidade e conseguir oferecer aos residentes os serviços públicos necessários. Na nota, ele diz que de cada dólar que a cidade arrecada, 38 centavos vão para o pagamento de dívidas, custos legais e outras obrigações. A projeção era que em 2017, esse nível subiria para 65 centavos.
A cidade vem perdendo fábricas e habitantes e a imprensa dos EUA sempre se refere ao município como "cidade fantasma". Detroit chegou a ter dois milhões de habitantes nos anos 50 e 60, auge da indústria automobilística norte-americana, mas agora tem cerca de 700 mil. Um em cada cinco imóveis está abandonado.
Desde a crise financeira mundial, que afetou fortemente o setor automobilístico, levando por exemplo, a General Motors a pedir concordata, a situação da cidade vem se deteriorando e o orçamento municipal definhando.
Na prática, Detroit entrou com pedido de proteção com base no código falimentar dos EUA, o chamado Capítulo 9. Após a entrada do pedido, há um prazo legal de 30 a 90 dias para avaliar a elegibilidade da cidade para estar protegida dentro deste código. Se o pedido de falência for aceito, uma das hipóteses é que ativos municipais sejam vendidos para fazer face ao pagamento dos credores.
Além de Detroit, cidades menores dos EUA abaladas pela crise de 2008 entraram nos últimos anos com pedido de falência. Uma delas foi Stockton, na Califórnia. Com cerca de 300 mil habitantes, o município entrou com pedido em junho do ano passado.
Altamiro Silva Júnior, correspondente da Agência Estado
Qual ação devo comprar?
OVER the last few weeks, as the stock market has reached new highs, my thoughts have turned to my 85-year-old mother.
“O.K. Mr. Smarty-Pants,” she often asks me, “what stock should I buy now?”
She first asked me this question when I was an undergraduate at Princeton, majoring in economics. She asked again when I was a graduate student at M.I.T., earning a Ph.D. in economics. And she has asked it regularly during the last three decades when I have been an economics professor at Harvard. Unfortunately, she has never been happy with my answers, which are usually evasive. Nothing in the toolbox of economists makes us good stock pickers. Yet we economists have written countless studies about the stock market. Here is a summary of what we know:
THE MARKET PROCESSES INFORMATION QUICKLY One prominent theory of the stock market — the efficient markets hypothesis — explains how answering my mother’s question would be a fool’s errand. If I knew anything good about a company, that news would be incorporated into the stock’s price before I had the chance to act on it. Unless you have extraordinary insight or inside information, you should presume that no stock is a better buy than any other.
This theory gained public attention in 1973 with the publication of “A Random Walk Down Wall Street,” by Burton G. Malkiel, the Princeton economist. He suggested that so-called expert money managers weren’t worth their cost and recommended that investors buy low-cost index funds. Most economists I know follow this advice.
PRICE MOVES ARE OFTEN INEXPLICABLE Even if changes in stock prices are unpredictable, as efficient markets theory suggests, we should be able to explain these changes after the fact. That is, we should be able to identify the news that causes stock prices to rise and fall. Sometimes we can, but often we can’t.
In 1981, Robert J. Shiller, a regular contributor to this column and an economics professor at Yale, published a paper in The American Economic Review called, “Do Stock Prices Move Too Much to Be Justified by Subsequent Changes in Dividends?” He argued that stock prices were too volatile. In particular, they fluctuated much more than a rational valuation of the underlying fundamentals would.
Mr. Shiller’s paper prompted a storm of controversy. My reading of the subsequent academic literature is that his conclusions, though not all his techniques, have survived the debate. Stock prices seem to have a life of their own.
Advocates of market rationality now say that stock prices move in response to changing risk premiums, though they can’t explain why risk premiums move as they do. Others suggest that the market moves in response to irrational waves of optimism and pessimism, what John Maynard Keynes called the “animal spirits” of investors. Either approach is really just an admission of economists’ ignorance about what moves the market.
HOLDING STOCKS IS A GOOD BET The large, often inexplicable movements in stock prices might deter someone from holding stocks in the first place. Many Americans, even some with significant financial assets, avoid stocks altogether. But doing so is a mistake, because the risk of holding stocks is amply rewarded.
In 1985, Rajnish Mehra and Edward C. Prescott, both now at Arizona State University, published a paper in the Journal of Monetary Economics called “The Equity Premium: A Puzzle.” They pointed out that over a long time span, stocks have earned, on average, about 6 percent more per year than safe assets like Treasury bills. This large premium, they said, is hard to explain with standard economic models. Sure, stocks are risky, so you can never be certain you’ll earn the premium, but they are not risky enough to justify such a large expected return.
Since the paper was published, economists have made some limited progress in explaining the equity premium. In any event, the large premium has convinced most of us that stocks should be part of everyone’s financial plan. I allocate 60 percent of my financial assets to equities.
Stocks may be an especially good deal today. According to a recent study by two economists at the Federal Reserve Bank of New York, given the low level of interest rates, the equity premium now is the highest it has been in 50 years.
DIVERSIFICATION IS ESSENTIAL Every time a company experiences a catastrophic decline — consider Enron or Lehman Brothers — reports emerge about employees who held most of their wealth in company stock. These stories leave economists slapping their heads. If there is one thing we know for sure, it is that sensible financial management requires diversification.
So, if you have more than 5 percent of your assets in any one company, call your broker and sell. Doing otherwise means exposing yourself to extra risk without extra reward.
SMART INVESTORS THINK GLOBALLY One widely documented failure of diversification is what economists call home bias. People tend to invest disproportionately in their home country.
Most economists take a more global perspective. The United States represents a bit under half of the world’s stock portfolio. Because Europe, Japan and the emerging markets don’t move in lock step with the United States, it makes sense to invest abroad as well.
Which brings me back to my mother’s question: If I could pick just one stock for someone to buy, what would it be? I would now suggest something like the Vanguard Total World Stock exchange-traded fund, which started trading in 2008. In one package, you can get low cost and maximal diversification. It may not be as exciting as trying to pick the next Apple or Google, but you’ll sleep better at night.
Congresso de Custos
Um dos mais tradicionais congressos encontra-se com a submissão em aberto. Trata-se do XX Congresso Brasileiro de Custos e o prazo encerra-se no dia 18 de agosto. O Congresso será realizado em Uberlândia, entre os dias 18 a 20 de novembro, com palestras de Paulo Roberto Leite (presidente do Conselho de Logística Reversa do Brasil), Eliseu Martins (Contabilidade Gerencial) e Francisco José Kliemann Neto (Custos Logísticos).
01 agosto 2013
BP e o seu passivo
Em abril de 2010 a empresa de petróleo BP lançou milhares de barris de petróleo no golfo do México. Este desastre ambiental é um interessante estudo de caso sobre a complexidade de fazer estimativas de passivos ambientais. A estimativa inicial da empresa já foi superada.
Uma das razões é o grande número de pagamentos para compensar os prejuízos causados pela empresa. Recentemente a empresa lançou um sistema de 0800 para coletar informações de solicitações indevidas, numa tentativa desesperada de conter as saídas de caixa. A empresa estima que talvez um bilhão de dólar tenha sido pago em reclamações fictícias.
E a empresa está apelando nos tribunais para evitar alguns destes pagamentos.
Leia mais em: GOSDEN, Emily.BP warns Gulf spill costs will exceed $42.4bn as compensation costs rise. The Telegraph, 30 de julho de 2013.
Uma das razões é o grande número de pagamentos para compensar os prejuízos causados pela empresa. Recentemente a empresa lançou um sistema de 0800 para coletar informações de solicitações indevidas, numa tentativa desesperada de conter as saídas de caixa. A empresa estima que talvez um bilhão de dólar tenha sido pago em reclamações fictícias.
E a empresa está apelando nos tribunais para evitar alguns destes pagamentos.
Leia mais em: GOSDEN, Emily.BP warns Gulf spill costs will exceed $42.4bn as compensation costs rise. The Telegraph, 30 de julho de 2013.
Corte de gastos do orçamento
O governo detalhou os cortes que anunciou no orçamento, mas números divulgados pelo Banco Central revelam que o esforço de economizar no último semestre foi o pior desde 2001.
O detalhamento do corte de R$ 10 bilhões foi anunciado pelo Palácio do Planalto. O Ministério da Fazenda, com 990 milhões, e da Defesa, com R$ 919 milhões, são as pastas que terão de fazer o maior corte. Em seguida, vem o Ministério da Previdência, com R$ 280 milhões a menos para gastar.
O governo também promete reduzir despesas com diárias, passagens e alugueis, por exemplo. A economia é mais uma tentativa do governo de mostrar ao mercado o compromisso com a redução da inflação e o equilíbrio nas contas. A poupança para pagar os juros da dívida pública também melhora a confiança, mas nesse caso os números não ajudaram muito.
Em junho, o governo federal, estados, municípios e estatais economizaram R$ 5,429 bilhões. No semestre, essa poupança do setor público ultrapassou os R$ 52 bilhões, o equivalente a 2,25% do PIB. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia foi 20% menor. Em percentual do PIB, é o pior resultado desde 2001. A meta para o ano é de R$ 110 bilhões.
O governo diz que vai atingir a meta fiscal de 2,3% do PIB. O especialista em contas públicas José Matias-Pereira desconfia da afirmação. “Em função do próprio comportamento da economia, que vai ter um crescimento bem abaixo daquilo que foi projetado, tudo indica que nós não vamos conseguir cumprir esses 2,3% do PIB em termos de superávit primário. Agora, de qualquer forma, o governo precisar dar demonstração de boa vontade e mostrar que está determinado a atingir uma parte significativa desse valor”, diz.
Fonte: aqui
O detalhamento do corte de R$ 10 bilhões foi anunciado pelo Palácio do Planalto. O Ministério da Fazenda, com 990 milhões, e da Defesa, com R$ 919 milhões, são as pastas que terão de fazer o maior corte. Em seguida, vem o Ministério da Previdência, com R$ 280 milhões a menos para gastar.
O governo também promete reduzir despesas com diárias, passagens e alugueis, por exemplo. A economia é mais uma tentativa do governo de mostrar ao mercado o compromisso com a redução da inflação e o equilíbrio nas contas. A poupança para pagar os juros da dívida pública também melhora a confiança, mas nesse caso os números não ajudaram muito.
Prof. Dr. José Matias-Pereira |
O governo diz que vai atingir a meta fiscal de 2,3% do PIB. O especialista em contas públicas José Matias-Pereira desconfia da afirmação. “Em função do próprio comportamento da economia, que vai ter um crescimento bem abaixo daquilo que foi projetado, tudo indica que nós não vamos conseguir cumprir esses 2,3% do PIB em termos de superávit primário. Agora, de qualquer forma, o governo precisar dar demonstração de boa vontade e mostrar que está determinado a atingir uma parte significativa desse valor”, diz.
Fonte: aqui
Gatinhos de Schrödinger
Erwin Schrödinger inventou o famoso experimento de pensamento sobre um gato que está vivo e morto ao mesmo tempo para demonstrar o absurdo da aplicação da física quântica em objetos comuns. Agora, duas equipes fizeram a coisa mais próxima de um gato de Schrödinger em laboratório, ligando centenas de milhões de fótons através da estranha propriedade quântica do entrelaçamento.
“Não é o entrelaçamento de algo tão grande como um gato, mas é pelo menos um gatinho”, diz Seth Lloyd, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, um físico quântico que não estava envolvido no trabalho.
Os resultados, que foram apresentados em 23 de julho, na Segunda Conferência Internacional sobre Tecnologia Quântica, em Moscou, Rússia, sugerem que as regras da física quântica podem se estender para objetos muito maiores do que pensávamos – e isso pode render usos práticos no dia a dia.
Sabemos que as propriedades quânticas, como o entrelaçamento (a ligação dos estados de dois objetos) e a superposição (a capacidade de algo para estar em dois estados ao mesmo tempo) descrevem o comportamento de objetos muito pequenos, porém nossa experiência nos diz que essas propriedades não se aplicam a objetos grandes. O experimento mental de Schrödinger enfatiza essa discrepância.
Se um gato está em uma caixa com um átomo radioativo que pode decair e desencadear a libertação de um veneno de um frasco, isso significa que o estado do gato e o estado do átomo estão entrelaçados: se o átomo radioativo decai, o gato morre. Entretanto, de acordo com a física quântica, o átomo, um objeto quântico, pode estar em uma superposição de estados, tendo decaído ou não, ao mesmo tempo. E isso significa que o gato também está tanto vivo quanto morto – embora no mundo real isso pareça absurdo.
Essa aparente falta de gatos – e outros objetos grandes – em tal estado de superposição no mundo real levou os físicos a se perguntarem onde exatamente o mundo quântico acaba e por quê. “Existe uma fronteira entre micro e macro, ou será que a física quântica se aplica em todas as escalas?”, questiona Alexander Lvovsky, que trabalha na Universidade de Calgary, em Alberta, no Canadá, e no Centro Quântico Russo, em Moscou, onde a conferência foi organizada.
Experimentos anteriores tiveram como objetivo responder a esta pergunta, explorando objetos cada vez maiores para que eles exibissem propriedades quânticas. Por exemplo, dois diamantes de 3 milímetros foram entrelaçados e um cilindro do tamanho de um grão de areia foi observado obedecendo o princípio da incerteza, que diz que não é possível determinar simultaneamente a posição exata de uma partícula quântica e seu momentum.
Lvovsky e seus colegas queriam imitar o cenário gato de Schrödinger mais fielmente. Eles usaram um espelho semitransparente para colocar um único fóton em uma mistura de dois estados quânticos – que representa a passagem do fóton através do espelho, e a outra correspondente à reflexão. Eles, então, entrelaçaram os dois estados.
Em seguida, a equipe usou lasers para amplificar um dos estados, de modo que o único fóton se espalhou e se transformou em centenas de milhões de fótons. Este raio era grande o suficiente para ser visto por seres humanos, em tese, embora a frequência da luz não estivesse na faixa visível para nós.
Eles, então, restauraram a luz ao seu estado de apenas um fóton de origem. As medições feitas pelos cientistas confirmaram que o entrelaçamento tinha permanecido durante todo o experimento – mesmo que um dos estados tenha feito parte de um sistema macroscópico no meio da experiência.
Segundo os pesquisadores, isso representa o primeiro entrelaçamento entre um objeto microscópico e outro macroscópico. Assim como o átomo, no experimento mental de Schrödinger, está relacionado com o gato, no experimento de Lvovsky, o estado de um único fóton está ligado ao estado de centenas de milhões de outros fótons.
“Nossa grande descoberta foi que, até agora, os cientistas só tinham sido capazes de construir esses estados de superposição contendo apenas alguns fótons, e nós fomos capazes de fazê-lo com 160 milhões de fótons”, explica Lvovsky.
Enquanto isso, Nicolas Gisin e seus colegas da Universidade de Genebra, na Suíça, possuem resultados semelhantes, mas com um experimento ligeiramente diferente.
Seth Lloyd sugere que o entrelaçamento entre micro e macro pode ser utilizado para aumentar consideravelmente a precisão dos interferômetros – dispositivos que usam o entrelaçamento para medir pequenas diferenças de comprimento.
Ambas as equipes afirmam que ainda estão longe de reproduzir o experimento com um gato real. De qualquer forma, Lvovsky aponta, mesmo que a ciência avance muito nessa questão, nós provavelmente nunca veremos o experimento original envolvendo um gato: “Seria desumano com o gatinho”, finaliza Lvovsky.
o.O
Hypescience por Bruno Calzavara
“Não é o entrelaçamento de algo tão grande como um gato, mas é pelo menos um gatinho”, diz Seth Lloyd, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, um físico quântico que não estava envolvido no trabalho.
Os resultados, que foram apresentados em 23 de julho, na Segunda Conferência Internacional sobre Tecnologia Quântica, em Moscou, Rússia, sugerem que as regras da física quântica podem se estender para objetos muito maiores do que pensávamos – e isso pode render usos práticos no dia a dia.
Sabemos que as propriedades quânticas, como o entrelaçamento (a ligação dos estados de dois objetos) e a superposição (a capacidade de algo para estar em dois estados ao mesmo tempo) descrevem o comportamento de objetos muito pequenos, porém nossa experiência nos diz que essas propriedades não se aplicam a objetos grandes. O experimento mental de Schrödinger enfatiza essa discrepância.
Resultado: ( ) Vivo ( ) Morto (X) Ambos |
Essa aparente falta de gatos – e outros objetos grandes – em tal estado de superposição no mundo real levou os físicos a se perguntarem onde exatamente o mundo quântico acaba e por quê. “Existe uma fronteira entre micro e macro, ou será que a física quântica se aplica em todas as escalas?”, questiona Alexander Lvovsky, que trabalha na Universidade de Calgary, em Alberta, no Canadá, e no Centro Quântico Russo, em Moscou, onde a conferência foi organizada.
Experimentos anteriores tiveram como objetivo responder a esta pergunta, explorando objetos cada vez maiores para que eles exibissem propriedades quânticas. Por exemplo, dois diamantes de 3 milímetros foram entrelaçados e um cilindro do tamanho de um grão de areia foi observado obedecendo o princípio da incerteza, que diz que não é possível determinar simultaneamente a posição exata de uma partícula quântica e seu momentum.
Lvovsky e seus colegas queriam imitar o cenário gato de Schrödinger mais fielmente. Eles usaram um espelho semitransparente para colocar um único fóton em uma mistura de dois estados quânticos – que representa a passagem do fóton através do espelho, e a outra correspondente à reflexão. Eles, então, entrelaçaram os dois estados.
Em seguida, a equipe usou lasers para amplificar um dos estados, de modo que o único fóton se espalhou e se transformou em centenas de milhões de fótons. Este raio era grande o suficiente para ser visto por seres humanos, em tese, embora a frequência da luz não estivesse na faixa visível para nós.
Eles, então, restauraram a luz ao seu estado de apenas um fóton de origem. As medições feitas pelos cientistas confirmaram que o entrelaçamento tinha permanecido durante todo o experimento – mesmo que um dos estados tenha feito parte de um sistema macroscópico no meio da experiência.
Segundo os pesquisadores, isso representa o primeiro entrelaçamento entre um objeto microscópico e outro macroscópico. Assim como o átomo, no experimento mental de Schrödinger, está relacionado com o gato, no experimento de Lvovsky, o estado de um único fóton está ligado ao estado de centenas de milhões de outros fótons.
“Nossa grande descoberta foi que, até agora, os cientistas só tinham sido capazes de construir esses estados de superposição contendo apenas alguns fótons, e nós fomos capazes de fazê-lo com 160 milhões de fótons”, explica Lvovsky.
Enquanto isso, Nicolas Gisin e seus colegas da Universidade de Genebra, na Suíça, possuem resultados semelhantes, mas com um experimento ligeiramente diferente.
Seth Lloyd sugere que o entrelaçamento entre micro e macro pode ser utilizado para aumentar consideravelmente a precisão dos interferômetros – dispositivos que usam o entrelaçamento para medir pequenas diferenças de comprimento.
Ambas as equipes afirmam que ainda estão longe de reproduzir o experimento com um gato real. De qualquer forma, Lvovsky aponta, mesmo que a ciência avance muito nessa questão, nós provavelmente nunca veremos o experimento original envolvendo um gato: “Seria desumano com o gatinho”, finaliza Lvovsky.
o.O
Hypescience por Bruno Calzavara
31 julho 2013
Livros caros: venda caiu, faturamento aumentou
A venda de livros no Brasil caiu 7,36% em 2012, mas o faturamento cresceu 3,04% no mesmo ano, informou o Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL). O balanço feito pelo sindicato indica que em 2012 foram vendidos 434 milhões de livros e que o faturamento total foi de quase R$ 5 bilhões. O aumento da renda, apesar da queda nas vendas, se deve em parte pela alta do preço dos livros..
A pesquisa abrange os dois segmentos básicos do setor livro: o mercado, formado pelas livrarias e outros pontos de venda, e o governo, que compra das editoras por meio de programas como o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD).
Uma das tendências observadas em 2012 foi em relação à produção de novos títulos, que cresceu 1,89% em relação às reimpressões. Foram 20,79 mil novos títulos publicados no ano passado, contra 20,4 mil em 2011. As reimpressões, por sua vez, caíram quase 3%, passando de 37,78 mil em 2011 para 36,68 mil no ano passado.
No balanço deste ano, o SNEL citou pela primeira vez o número de livros exportados, que chegou a 3 milhões de exemplares e faturou R$ 56,9 milhões.
O levantamento anual é feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo, sob encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Snel.
Adaptado do jornal Correio Braziliense e do site Uol Economia.
Tabela: SNEL
A pesquisa abrange os dois segmentos básicos do setor livro: o mercado, formado pelas livrarias e outros pontos de venda, e o governo, que compra das editoras por meio de programas como o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD).
- No primeiro segmento, o setor registrou em 2012 o primeiro crescimento real de vendas desde 2008, com um total de R$ 3,66 bilhões, 6.36% a mais que os R$ 3,44 bilhões vendidos ao mercado em 2011. Ainda considerando as vendas ao mercado, o preço médio do livro cresceu 12,48% em 2012.
- Já com relação às vendas ao governo, houve no ano passado uma queda de 10,31% no número de exemplares adquiridos – 185,48 milhões, contra 166,35 milhões em 2011 – e uma redução de 5,2% no faturamento. As editoras venderam ao governo em 2012 R$ 1,31 bilhão, contra R$ 1,38 bilhão no ano anterior.
Uma das tendências observadas em 2012 foi em relação à produção de novos títulos, que cresceu 1,89% em relação às reimpressões. Foram 20,79 mil novos títulos publicados no ano passado, contra 20,4 mil em 2011. As reimpressões, por sua vez, caíram quase 3%, passando de 37,78 mil em 2011 para 36,68 mil no ano passado.
No balanço deste ano, o SNEL citou pela primeira vez o número de livros exportados, que chegou a 3 milhões de exemplares e faturou R$ 56,9 milhões.
O levantamento anual é feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo, sob encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Snel.
Adaptado do jornal Correio Braziliense e do site Uol Economia.
Tabela: SNEL
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