O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) abriu uma investigação formal sobre o Pix, sistema de pagamento instantâneo operado pelo Banco Central do Brasil. O governo americano alega que o sistema promove práticas comerciais desleais, dificultando o acesso de empresas dos EUA, como Apple Pay e Google Pay, ao mercado brasileiro. O Pix, lançado em 2020, se tornou dominante no Brasil — usado por cerca de 75% da população (cerca de 160 milhões de pessoas). Seu modelo público e gratuito representa forte concorrência às grandes empresas de tecnologia e ao setor bancário tradicional.
Especialistas apontam que a motivação da ação americana está ligada à pressão do mercado e preocupações geopolíticas, incluindo o controle de dados dos consumidores e alinhamento estratégico de Brasil com o bloco BRICS e a China. O governo brasileiro defendeu o Pix como um “bem público nacional” e rejeitou interferência externa.
Naturalmente se a pressão tiver êxito, isso pode representar uma aumento no custo das transações. Do lado macro, a questão também diz respeito a tensão geopolítica entre os EUA e o Brasil em meio ao protagonismo crescente da China no cenário brasileiro. O embate reflete uma disputa por influência global — Trump usando sanções econômicas como instrumento de pressão, e o Brasil reafirmando seu alinhamento com blocos que desafiam a ordem econômica liderada pelos EUA.
.svg.png)
Nenhum comentário:
Postar um comentário