Há muitos anos, prestei, por duas vezes, serviços aos Correios. Na época, aprendi a admirar a empresa pela eficiência dos serviços e qualidade dos recursos humanos. Por esse motivo, é triste ver a situação da empresa, que busca 10 bilhões de reais de recursos para garantir a continuidade operacional, e tem uma grande desconfiança, não somente das instituições financeiras, mas também da população.
Mesmo a presença da garantia da União de uma potencial dívida não parece animar os financiadores. Em maio, os Correios obtiveram um empréstimo de quase dois bilhões com três instituições bancárias. O custo seria de CDI mais 3%, com garantia do Tesouro. Mas o fato de a entidade não ter cumprido algumas cláusulas, fez com que a taxa aumentasse para CDI mais 5%.
A empresa tem um grande número de precatórios, uma intensa concorrência da iniciativa privada no negócio mais lucrativo - entrega de encomenda, obrigatoriedade de prestar serviço que geram prejuízo, como carta social, e um passado nada aconselhável em termos de relacionamento com o fundo de pensão e má gestão. E para agravar, há diversos exemplos internacionais de correios de outros países que estão "saindo" do mercado.
Quando se olha para o desempenho operacional, a situação é grave e parece irreversível.

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