Taylor Swift acaba de lançar um álbum e, na faixa 4, Father Figure, a cantora processa a famosa música de George Michael, com o mesmo nome, através de uma interpolação. Um texto que apareceu no The Conversation explica o significado disso e há aspectos financeiros e contábeis na escolha.
A interpolação corresponde a reinterpretar partes da letra e da melodia original na gravação, dando créditos ao autor original. Mas não se utiliza a gravação original. Na interpolação, é necessária a permissão dos detentores dos direitos autorais da composição, mas não da gravação original. Além de permitir maior liberdade para o artista, a interpolação tem uma negociação de crédito e royalties distinta.
No cover, é necessária uma licença mecânica, sendo os royalties pagos aos detentores dos direitos autorais da música, geralmente os compositores. A negociação é mais simples. Já a interpolação é uma negociação direta com os detentores dos direitos autorais, com espaço para acordos específicos, podendo ser mais cara e mais complexa, mas traz mais exclusividade e controle para Taylor.
Os donos do catálogo de George Michael aprovaram, pois o uso da música por parte de Taylor tende a aumentar o interesse pelo artista. Para Taylor, a escolha dá mais liberdade artística e, realmente, a música de Taylor lembra um pouco a de George Michael. Além disso, o resultado final da nova música é de Taylor, que garante o controle.

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