O sistema financeiro tem apoiado ações no sentido de reduzir o risco das mudanças climáticas. Qual a razão para esse apoio? Um texto, “Banks can’t survive climate change,” de Richard Murphy, argumenta que as propriedades tornarão cada vez mais inseguráveis — o que comprometerá os imóveis vinculados a hipotecas como garantia dos bancos. Sem seguro, essas garantias se perdem, os empréstimos se tornam inseguros e os balanços bancários podem desabar.
Murphy descreve os efeitos crescentes de incêndios, inundações, secas e calor extremo em várias regiões — como no sul da Europa, no Reino Unido (incluindo Londres) e na Austrália — tornando propriedades vulneráveis a riscos que elas não foram projetadas para enfrentar. A analogia é feita com a crise financeira de 2008, destacando que, naquele caso, o mercado colapsou quando os bancos não sabiam o valor real das hipotecas uns dos outros. Murphy acredita que algo similar pode ocorrer se esse risco de “propriedades sem seguro” continuar a crescer sem resposta regulatória ou estrutural.
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