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09 junho 2025

Rir é o melhor remédio


Por que há sempre uma vaga de diretor financeiro?

Se ele for realmente bom, ele será um recrutador, deixando uma vaga.

Se ele for muito ruim, ele será demitindo, deixando uma vaga. 

Se a empresa prosperar, o diretor financeiro será promovido, deixando uma vaga.  

Se o executivo morre ou aposenta antes, o diretor financeiro está familiarizado com todos os aspectos do negócio e irá assumir o cargo, deixando uma vaga. 

Se a empresa está indo mal, o diretor financeiro irá saber antes e vai sair, deixando uma vaga. 

Adaptado daqui

08 junho 2025

Google ainda domina o mercado de busca na internet

 

Apesar do crescimento recente, o ChatGPT ainda está atrás dos serviços da Alphabet, o que inclui Google e Youtube. As empresas Alphabet respondem a 19 bilhões de buscas por dia, enquanto a ferramente de IA tem 1 bilhão. O gráfico foi obtido aqui

Remuneração de executivo e metas ESG


Uma pesquisa da KPMG mostra que 78% das empresas de capital aberto já vinculam metas ESG (ambientais, sociais e de governança) à remuneração de executivos. Esses objetivos incluem redução de emissões, diversidade nos quadros e sustentabilidade, refletindo o movimento apontado pela Forbes Brasil como transformação na gestão corporativa. A interferência das métricas ESG na remuneração já é predominante e expressiva, influenciando não apenas bônus, mas também parte significativa do salário variável dos altos executivos. A tendência deve se intensificar, alinhando performance financeira a resultados extra‑financeiros.

Fonte: Aqui

Um projeto para educação financeira das crianças germânicas


O governo da Alemanha está propondo uma ideia interessante para estimular a poupança e que pode ter impacto sobre a educação financeira das crianças e jovens. As crianças receberiam 10 euros por mês para os pequenos com idade entre 6 a 18 anos. Atingindo 18 anos, os beneficiários poderão adicionar seu próprio dinheiro e obter ganhos que são isentos de impostos. O detalhe mais interessante: as pessoas só poderão fazer retiradas com 67 anos. 

Espionagem e impacto na contabilidade


No início de abril de 2024, Xu Xinyu, executivo da Ferretti SpA — fabricante italiana de iates de luxo — percebeu que estava sendo seguido e contratou uma empresa de contraespionagem. A investigação revelou, em 3 de abril, dispositivos de escuta escondidos em sua mesa, além de outros disfarçados nas tomadas dos escritórios do secretário do conselho e do tradutor sino-italiano da empresa.

Dois processos criminais foram abertos no Ministério Público de Milão — um por Xu e seus colegas, outro pela própria Ferretti, com acusações de invasão de sistemas e violação de privacidade. Ainda em fase preliminar, não há garantia de que resultem em acusações formais.

Embora a Ferretti afirme ter mantido relações construtivas com seu maior acionista, o grupo chinês Weichai, membros do conselho cogitaram que a espionagem poderia ter origem interna. A empresa seguirá acompanhando os desdobramentos antes de divulgar qualquer informação aos investidores, dentro das normas de governança corporativa.

Uma suspeita de espionagem pode trazer impactos na contabilidade da empresa. A começar pela necessidade de provisões relacionadas a riscos legais, já que processos judiciais podem resultar em custos com advogados, indenizações ou multas. A governança corporativa pode demandar reforço nos controles internos e revisão das práticas de auditoria. 

07 junho 2025

Grandes nomes da história da contabilidade e o gênero

Segue a versão revisada com correções ortográficas, gramaticais e de fluidez:


Quando iniciei a série Grandes Nomes da História da Contabilidade, decidi usar como referência a excelente obra The History of Accounting. Como o livro tem um viés estadunidense, optei por dividir as postagens entre nomes da história dos Estados Unidos e da história mundial. Acrescentei alguns poucos nomes, e nem todos os que constavam na obra foram selecionados — o maior filtro ocorreu justamente no caso dos EUA.

Por se tratar de uma obra histórica, os nomes selecionados eram, em sua maioria, de pessoas já falecidas. E todos, sem exceção, eram homens. Embora essa não tenha sido minha intenção inicial, fiquei triste por não encontrar nenhum grande nome feminino, tampouco nomes latino-americanos. Acredito que esse resultado não reflete um viés pessoal, mas sim a predominância de fatores estruturais que se manifestam na própria seleção.

É importante lembrar que, ao longo da história, as mulheres tiveram acesso limitado à educação formal, bem como à atuação profissional. As restrições impostas à produção intelectual feminina também dificultaram o reconhecimento de seus feitos. Além disso, o fato de a contabilidade estar historicamente ligada a ambientes comerciais — majoritariamente masculinos até tempos recentes — também contribuiu para essa invisibilidade.

Grandes nomes da história mundial da contabilidade: Mattessich


Mattessich, Richard V. (1922-2019) - As contribuições de Richard V. Mattessich para a disciplina e a prática contábil são variadas e fundamentais. Entre elas estão: a formalização de convenções contábeis básicas, a introdução das planilhas eletrônicas, a consideração do significado representacional das demonstrações financeiras, a categorização e crítica da pesquisa contábil moderna e as investigações sobre técnicas de registro na Suméria antiga — todas com grande relevância. Em todos esses esforços, Mattessich insiste na necessidade de examinar a contabilidade em seus aspectos econômicos e sociais completos. Como consequência, ele traz para seu trabalho um vasto conhecimento de disciplinas relacionadas e competências nas humanidades, ciências sociais e ciências físicas.

Richard V. Mattessich nasceu em 1922, em Trieste (Itália). Cresceu e foi educado em Viena, onde obteve diplomas em Engenharia Mecânica, Administração de Empresas e doutorado em Ciências Econômicas. Após alguns anos de experiência prática como engenheiro e contador, tornou-se pesquisador do Instituto Austríaco de Pesquisa Econômica e, posteriormente, professor no Rosenberg College, na Suíça. Após emigrar para o Canadá, atuou na Prudential Assurance Co. e como professor na Universidade McGill. Em 1953, tornou-se chefe do Departamento de Comércio da Mount Allison University, em New Brunswick.

Em 1958, ingressou na Universidade da Califórnia em Berkeley. Em 1966, obteve (simultaneamente à sua posição em Berkeley) uma cátedra na Universidade Ruhr, em Bochum, Alemanha, e um ano depois aceitou uma cátedra na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, onde recebeu em 1980 o prestigiado título de Arthur Andersen and Company Alumni Chair. Ocupou também uma cátedra na Universidade de Tecnologia de Viena. É cidadão duplo, do Canadá e da Áustria. Aposentou-se em 1988 na Universidade da Colúmbia Britânica (...). Seu livro de 1995, Critique of Accounting, defende uma abordagem mais orientada por propósitos para a disciplina.

Sua obra inicial, Accounting and Analytical Methods (1964), trata da necessidade de generalizar e esclarecer conceitualmente os pressupostos e definições contábeis básicos. Para isso, ele recorre às disciplinas da lógica e da matemática — especialmente à teoria dos conjuntos e à álgebra matricial —, bem como à teoria da decisão e à micro e macroeconomia, aplicando-as às questões fundamentais da contabilidade: mensuração, definição, metodologia e escopo. Este livro antecipa muito do trabalho posterior de Mattessich, no qual ele aprofunda os temas já abordados.

Simulation of the Firm through a Budget Computer Program (1964) antecipa os princípios fundamentais das planilhas eletrônicas modernas: o uso de matrizes, simulação orçamentária e, principalmente, os cálculos que sustentam cada célula da matriz. Da mesma forma, Instrumental Reasoning and Systems Methodology (1978) é uma obra filosófica abrangente que fornece as bases conceituais para sua crença de que a contabilidade, a engenharia, a administração e disciplinas semelhantes são ciências aplicadas. Após examinar os principais problemas da filosofia da ciência, ele propõe uma metodologia equivalente para as ciências aplicadas, fundamentada na orientação por propósito (instrumentalismo) e nos aspectos integradores (teoria de sistemas).

São de enorme interesse acadêmico geral os insights criativos de Mattessich sobre descobertas arqueológicas recentes na Mesopotâmia (1987). Fichas de argila e recipientes são vistos como uma forma equivalente ao nosso sistema de partidas dobradas: fichas de diferentes formatos eram colocadas em envelopes ocos de argila (o débito), e suas imagens eram impressas (o crédito) no envelope ou em tábuas planas de argila. Com a posterior evolução dos símbolos cuneiformes para substituir essas impressões, ganha força a interpretação de que a contabilidade foi precursora da escrita e da contagem abstrata — e não o contrário.

Trabalhos posteriores, como Social Reality and the Measurement of Its Phenomena (1991), abordam o importante problema da representação nas demonstrações financeiras. Mattessich distingue cuidadosamente essas representações, identificando seus correspondentes em realidades físicas existentes (por exemplo, estoques) ou realidades sociais (direitos de propriedade).

De grande importância são também suas análises detalhadas sobre a pesquisa contábil, como em Accounting Research in the 1980s and Its Future Relevance (1991), nas quais ele categoriza e avalia pesquisas recentes sob perspectivas filosóficas e práticas. Embora elogie a amplitude das investigações contábeis contemporâneas, lamenta os limites rígidos de certas escolas (como a contabilidade positiva) e, de forma mais geral, o declínio da contabilidade normativa e a frequente ausência de abordagens filosóficas holísticas e fundamentais na disciplina e em suas pesquisas. 

George J. Murphy - The History of Accounting - Foto aqui