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09 janeiro 2025

Escrita científica cada vez mais difícil de ler


A revista The Economist (via aqui)analisou 347 mil resumos de teses em inglês, publicados entre 1812 e 2023. Esse é um número impressionante. Utilizando o índice Flesch — uma métrica tradicional que avalia a dificuldade de leitura —, foi possível acompanhar como a legibilidade dos textos evoluiu ao longo do tempo. Sem surpresa, os resultados mostram que os textos têm se tornado cada vez mais difíceis de ler.

No índice Flesch, uma pontuação de 100 indica que o texto pode ser compreendido por alguém com cerca de 10 anos de idade. Pontuações abaixo de 30 significam que o texto é muito difícil de ler. Para comparação, um artigo típico do New York Times possui uma pontuação de 50.

Uma descoberta notável é que os trabalhos nas áreas de ciências humanas e sociais apresentavam uma pontuação média de 37 na década de 1940, mas esse número caiu para apenas 18 em 2020.

Ciência e IA


Para Tyler Cowen:

A IA conhecerá quase toda a literatura acadêmica e será melhor em modelar e resolver a maioria dos problemas quantitativos. Será melhor em especificar o modelo e executar os exercícios estatísticos reais. Os seres humanos provavelmente supervisionarão essas funções, mas a maior parte disso consistirá em acenar com a cabeça ou experimentar alguns prompts diferentes.

Os humanos vão reunir os dados. Eles farão o trabalho de laboratório ou se aproximarão das empresas (ou do IRS?) para acessar novos dados. (...)

“A ciência como um programa de emprego para os cientistas” cairá ainda mais em desuso. Resta saber o quanto isso vai desfavorecer a descoberta humana fortuita.

Redução do número de empresas na bolsa no maior mercado do mundo

 

O gráfico mostra que ao longo do tempo, o número de empresas com ações na bolsa no maior mercado mundial reduziu, enquanto as empresas fechadas tiveram um aumento substancial. As razões? A questão da regulação é importante para explicar o que ocorreu nos últimos anos. Mas há outra explicação: as empresas com ações negociadas na bolsa estão crescendo por conta de fusões e aquisições. Assim, parte da redução pode ser explicada por esse motivo. 

08 janeiro 2025

Precisamos pensar nos indicadores de desempenho financeiro? Ou nos intangíveis?


O Financial Accounting Standards Board (FASB), responsável por regular a contabilidade no maior mercado de capitais do mundo, publicou um convite para comentários chamado ITC. O objetivo é receber opiniões sobre os principais indicadores de desempenho financeiro, conhecidos como Financial KPIs. Os interessados têm até o final de abril de 2025 para enviar suas contribuições.

Os KPIs financeiros são medidas calculadas a partir de dados contábeis e incluem indicadores amplamente utilizados, como o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), o fluxo de caixa livre, o crescimento orgânico das vendas e o lucro líquido ajustado.

Por enquanto, o FASB não possui uma posição oficial sobre os KPIs financeiros. No entanto, essa consulta pode abrir caminho para discussões futuras e, eventualmente, incluir o tema em sua agenda. Em consultas anteriores, o FASB já havia recebido sugestões para explorar o assunto, mas enfrentou divergências sobre como o projeto deveria ser estruturado e até que ponto deveria avançar.

Ao mesmo tempo, o Fasb também lançou uma ITC para tentar entender a percepção sobre os intangíveis. E isso inclui tanto os ativos já reconhecidos, como aqueles que não estão reconhecidos como tal nas demonstrações contábeis. Atualmente, a contabilidade dos intangíveis depende de como o ativo é adquirido. Lembrando que essa é a principal crítica de Baruch Lev no seu livro The End of Accounting. 

Cultura de segurança paranoica

Apesar do acidente com o avião de fabricação brasileiro na Europa, abatido por armas russas, e do avião da Boeing, na Coréia do Sul, os acidentes aéreos são raros. A tendência de longo prazo é bastante positiva, conforme o gráfico da Bloomberg. Há uma cultura de segurança paranoica na aviação. 

É o segundo meio de transporte mais seguro do mundo. Após o elevador, somente. 

Rating ESG sendo afetado por relações comerciais


Eis o resumo:

Fornecemos as primeiras evidências de que conflitos de interesse decorrentes de vínculos comerciais levam a vieses nas classificações ambientais, sociais e de governança (ESG). Utilizando as aquisições da Vigeo Eiris e da RobecoSAM pela Moody's e pela S&P como choques nos vínculos comerciais entre as agências de classificação ESG e as empresas avaliadas, mostramos que, após suas aquisições pelas agências de classificação de crédito (CRAs), as agências de classificação ESG emitem classificações mais altas para clientes pagantes já existentes das CRAs. Esse efeito é maior para empresas que têm relações comerciais mais intensas com as CRAs, mas é mais fraco para empresas com divulgações ESG mais transparentes ou maior participação de investidores institucionais de longo prazo. As classificações ESG tendenciosas para cima ajudam as empresas clientes a emitir mais títulos verdes e permitem que as CRAs mantenham seus negócios de classificação de crédito. Por fim, as classificações ESG tendenciosas para cima são menos informativas sobre notícias futuras relacionadas ao ESG. Em geral, os incentivos comerciais dos provedores de classificação parecem gerar vieses nas classificações ESG.

Do Commercial Ties Influence ESG Ratings? Evidence from Moody's and S&P - Xuanbo Li, Yun Lou & Liandong Zhang - Journal of Accounting Research, December 2024, Pages 1901-1940. Via aqui


Atraindo talentos contábeis através de um podcast


Dois professores de contabilidade da Boise State University criaram uma série de podcasts para atrair novos talentos, levando os estudantes a explorar jornadas profissionais. A série, chamada Journeys of Accountancy, apresenta contadores que, por exemplo, trabalham em uma firma de contabilidade especializada na indústria de cannabis legalizada na Califórnia, em uma empresa de software contábil que atende o setor funerário e em uma empresa que oferece serviços de conformidade para a indústria de jogos. Entre os convidados estão um contador que foi piloto de caça na Força Aérea e outro que jogou na National Football League (NFL) antes de iniciar sua carreira em contabilidade.

Traduzido pelo GPT daqui