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14 março 2023

Rir é o melhor remédio

 

Excel e o copo vazio

Meta-análise na contabilidade faz sentido?

A meta-análise é um importante técnica de pesquisa, que ganhou popularidade a partir do final do século passado. Em termos científicos, a meta-análise é a tentativa de juntar pesquisas realizadas separadamente e que conduziram a determinadas conclusões. A meta-análise mostra que se pesquisas separadas podem chegar a uma conclusão, a junção dos resultados pode ou solidificar o que sabemos ou destacar descobertas que não foram vistas nas pesquisas separadas. 

A figura acima é o símbolo da Cochrane Collaboration. Entre 1972 a 1981 algumas pesquisas procuraram mensurar os efeitos dos esteroides em mulheres grávidas. Cada pesquisa trouxe um resultado, que individualmente não contribuía substancialmente para a ciência.  Cada linha do símbolo acima é uma pesquisa. Entretanto, dado o número limitado de pessoas na amostra, os resultados não eram conclusivos.

Em 1989 foi realizada uma meta-análise, juntando os dados dos experimentos. A conclusão é que o esteroide reduz o risco de que os bebês morram em razão do nascimento prematuro. Veja que no final do símbolo há um losango. A reunião dos dados de diferentes pesquisa mostrou isto. Isto tudo pode ser lido no livro Ciência Picareta, de Ben Goldacre, como um exemplo de como a ciência pode ajudar a humanidade. 

O tempo passou e hoje a meta-análise é bastante utilizada em diversas ciências. Mas a técnica, se bem usada, pode contribuir para evolução do conhecimento humano, se for usada de maneira inadequada, pode ser um problema. Recentemente, um estudo de meta-análise sobre o efeito do empurrão (nudge) ganhou destaque. Mas uma análise crítica do mesmo revelou os dois perigos da meta-análise. 

O primeiro problema é que alguns estudos são melhores do que outros. A meta-análise tende a considerar que todos estudos são bons. E isto é algo que precisa ser visto com cuidado. O estudo do empurrão, citado anteriormente, usou 283 resultados e não excluiu nenhum em razão da qualidade. É difícil imaginar que todos os estudos eram de boa qualidade. 

Há aqui também o problema do viés de publicação. Isto pode induzir a certos resultados. É bem verdade que existem técnicas para resolver em parte este problema, mas acredito que dificilmente o pesquisador conhece e aplica tais técnicas. 

O segundo problema é a possibilidade de combinar resultados que não são comparáveis. Os estudos comportamentais podem ser usar de experimentos. E cada experimento pode ter uma visão e um desenho diferente. O que torna difícil fazer comparações, ao contrário do que ocorreu com o estudo original da meta-análise. 

Estas críticas estão bem apresentadas em um texto crítico do DataColada. Veja o texto aqui

Contabilidade - Os aspectos apresentados anteriormente são válidos para a contabilidade. Veja uma questão importante para a contabilidade financeira, que poderia ser resolvida pela meta-análise: o uso das normas internacionais é bastante positiva para um país. Os estudos individuais podem ser agrupados para tentar responder a esta questão. Considere que um pesquisador investigou o caso com empresas de diversos países, que fizeram a convergência entre 2000 a 2015. E outro pesquisador fez pesquisa semelhante, com convergência entre 2005 a 2020. Havendo superposição temporal e, possivelmente entre os países, o uso da meta-análise pode levar a conclusões inadequadas, já que podemos ter um caso de dupla contagem. Este é o ponto que faz com que a meta-análise, na contabilidade financeira, deva ser considerada com cautela. 

Temos aqui uma terceira crítica ao uso da técnica, que não apareceu no texto do DataColada: a possibilidade de existir dupla contagem nas pesquisas, onde uma mesma empresa, para um mesmo período, faz parte da amostra de mais de uma pesquisa. É quase certo que isto não seria um problema na contabilidade gerencial, mas merece o cuidado na contabilidade financeira.

Assim, com respeito a pergunta do título, a meta-análise pode ser usada na contabilidade, com o cuidado indicado no texto: fazer uma análise da qualidade da pesquisa, ter o cuidado de combinar resultados compatíveis e evitar uma dupla contagem. Com o cuidado devido, a técnica pode ser fundamental para solidificar conhecimentos. Mas sem este cuidado, pode levar a conclusões inadequadas. 

(Alguns dos pontos colocados neste texto foram frutos de discussão com o mestrando Antônio, que apresentou uma visão bem madura sobre o assunto. Nesta discussão, conclui que até o presente momento não tivemos, na nossa área e no Brasil, uma pesquisa de qualidade sobre o assunto. Espero estar enganado)


13 março 2023

Bem-estar financeiro também é importante

Quando pensamos em bem-estar, frequentemente pensamos em nossa saúde, incluindo nosso estado mental. Pesquisas descobriram que a boa saúde financeira tem uma enorme influência na melhoria do bem-estar geral, enquanto a saúde financeira precária está ligada ao estresse, depressão e falta de produtividade. Pessoas que recebem informações financeiras a educação geralmente informa que se sente mais confiante, mais no controle das finanças pessoais e exibe melhores comportamentos financeiros. Também é importante observar o impacto positivo adicional que as boas finanças têm sobre a comunidade em geral e as gerações vindouras.

A economia comportamental tem sido amplamente utilizada para explicar o baixa eficácia das iniciativas de alfabetização financeira e as razões das más decisões financeiras que as pessoas tomam.


Segundo a autora, a opção é a alfabetização financeira. Muito esforço é focado nos programas, mas nem sempre é possível imaginar um sucesso na mudança no comportamento dos participantes. Vários dos programas, não levam em conta fatores psicológicos. A intenção de mudar o comportamento financeiro é importante. 

O fim é o bem-estar financeiro. 



Teóricos ou Gurus: quem está certo (ou errado) em finanças pessoais

No final do ano passado, o professor James Choi publicou um artigo no NBER onde fazia uma análise dos livros mais populares na área de finanças pessoais. Choi comparou os conselhos dos autores com as recomendações da teoria. Há algumas diferenças interessantes. Um exemplo, a teoria aconselha que uma pessoa deve tentar quitar as dívidas com elevado custo em primeiro lugar. Isto faz sentido, já que a teoria olha a taxa de juros das dívidas. Mas os gurus de finanças pessoais indicam que você deveria começar com as dívidas de pequeno montante, deixando de lado a taxa de juros. O sentido é que ao quitar pequenas dívidas, a pessoa começa a criar um hábito saudável de tentar resolver sua vida financeira. O conselho dos gurus é mais no sentido comportamental. 

Quem está certo: a teoria ou os gurus? Depende, segundo Tim Harford


Às vezes, os livros populares estão simplesmente errados. Por exemplo, uma afirmação comum é que quanto mais tempo você mantém ações, mais seguras elas se tornam. Não é verdade. As ações oferecem mais riscos e mais recompensas, independentemente de você as manter por semanas ou décadas. 

Em outro trecho do artigo de Harfor:

o conselho econômico padrão é que devemos facilitar o consumo ao longo de nosso ciclo de vida, acumulando dívidas enquanto jovens, acumulando economias na próspera meia-idade e gastando essa riqueza na aposentadoria. Tudo bem, mas a idéia de um "ciclo de vida" carece de imaginação sobre todas as coisas que podem acontecer na vida. As pessoas morrem jovens, passam por divórcios caros, deixam empregos bem remunerados para seguir suas paixões, herdam quantias arrumadas de tias ricas, ganham promoções inesperadas ou sofrem de problemas de saúde crônicos.

Não é que esses sejam resultados inimagináveis - eu apenas os imaginei -, mas que a vida é tão incerta que a idéia de alocar o consumo de maneira ideal ao longo de várias décadas começa a parecer muito estranha. O conselho financeiro bem usado de economizar 15% de sua renda, não importa o que aconteça, pode ser ineficiente, mas tem uma certa robustez.

O trabalho de Choi é bem interessante. Mas creio que supor que exista "uma" teoria talvez seja otimismo demais. 

Foto: Jannes Jacobs

09 março 2023

Crise de publicação

Sobre a crise de publicação:

Em cinco anos consecutivos, 2018-2019-2020-2021-2022, John Ioannidis possui 89-81-82-74-46 publicações indexadas PubMed. Isso seria um total de 372 ou 74 por ano (não auditei esse total manualmente). Nas primeiras oito semanas de 2023, o Dr. Ioannidis teve 17 publicações indexadas no PubMed até 27 de fevereiro.  Este será um ano verdadeiramente marcante para ele, se essa tendência persistir.


A título de comparação, Francis Crick [do DNA] publicou menos de 55 artigos (alguns na lista são duplicados) iniciando uma carreira com mais de 40 anos de idade em 1952, quando ele tinha 36 anos.  E encontrei uma reimpressão do artigo da Nature que resultou no Prêmio Nobel, no American Journal of Psychiatry (2003) como parte do 50o. aniversário do artigo que deu início a moderna biologia molecular (including mRNA vaccines)!  

Nota adicionaal: Recebo e-mail, desta vez da Nature intitulado "Hiperautoria", que significa a ciência da "grande equipe" (2 de março de 2023, p. 175-177). Peter Higgs postulou o bóson homônimo em 1964.  Sozinho. A confirmação experimental exigiu 2.932 autores.  Uma medição precisa subsequente da massa do bóson de Higgs exigiu 5.154 “coautores”. Um artigo de 9 páginas sobre o efeito da vacinação SARS-CoV-2 nos resultados pós-cirúrgicos incluiu 15.025 “coautores” em um consórcio. 

Fraude ou blefe?

A empresa Ozy atua na área de mídia e entretenimento desde 2013. Seu principal executivo é Carlos Watson. Ao longo da sua história, a Ozy chegou a estabelecer parcerias com o The  New York Times e Wireless, com Oprah Winfrey, BBC e History Channel. 

Em setembro de 2021, o antigo parceiro, o New York Times, anunciou que a empresa tinha feito algumas ações que aparentavam fraude. Uma delas é que o COO da empresa, Samir Rao, se fez passar por um executivo do YouTube em uma teleconferência com o Goldman Sachs. A empresa queria obter um investimento de 40 milhões e foi desmascarada quando o Goldman entrou em contato com o YouTube e confirmou que nenhum executivo da empresa estava participando da teleconferência.  


Aparentemente o Conselho de Administração da Ozy exigiu a demissão de Rao. A CNBC consultou Sharon Osbourne se ela seria investidora da empresa, conforme uma declaração do CEO da empresa em 2019. Sharon negou e informou ter recebido ações da empresa como parte de um acordo legal. 

O fechamento da empresa e a investigação de fraude aconteceram logo após. Rao, o falso executivo do YouTube, se declarou culpado; Watson, o principal executivo, foi preso e disse que era inocente. 

Mas a acusação inclui mentiras sobre o desempenho da empresa e fabricação de documentos. Na newsletter DealBook do NYTimes, uma questão interessante: 

ao nomear uma listagem de investidores no negócio - quando nem todos estivessem aportado dinheiro na empresa - o executivo estava sendo antiético. Mas esta prática é mais comum do que pensamos: quantas vezes um corretor imobiliário exagera nas pessoas que compraram um imóvel semelhante? ou quantas vezes uma empresa destaca que há um grande interesse por um produto? No mundo dos negócios isto chama-se blefe. 

Enquanto a fraude é condenável, o blefe é defensável. Mas qual a fronteira entre ambos? 

Foto: aqui

06 março 2023

Vantagens da moeda corrente

Em um texto sobre o uso de moeda corrente na Suíça, uma relação de três vantagens da moeda corrente:


Primeiro, o dinheiro torna o gerenciamento do seu dinheiro claro e simples. É mais fácil manter uma compreensão firme de seus gastos com notas e moedas. Você só precisa abrir sua carteira para ver se pode pagar despesas adicionais. É por uma boa razão que os pais geralmente dão dinheiro aos filhos em dinheiro. Por outro lado, quando você mantém um cartão de plástico em um terminal de pagamento, tudo o que vê é um valor que será debitado da sua conta em algum momento no futuro.

Segundo, graças à sua simplicidade de uso, o dinheiro permite que todos participem da economia na vida social. Você não precisa de uma conta ou telefone celular para pagar com moedas e notas, nem precisa de uma afinidade com a tecnologia digital.

Terceiro, ao pagar em dinheiro, você não precisa fornecer detalhes pessoais, como seu nome ou número do cartão. Com pagamentos eletrônicos, no entanto, são armazenadas informações sobre as pessoas que efetuam o pagamento e seu comportamento de pagamento.

A notícia é que pode existir um plebiscito para obrigar o governo a garantir as moedas e notas em quantidade suficiente e que qualquer tentativa de substituir o franco suíço por outra moeda só pode ser feito por referendo. Isto inclui moeda digital. 

Balanço Global

Assim como um balanço corporativo pode fornecer informações sobre a saúde financeira de uma empresa, um balanço global (GBS), contabilizando os ativos e passivos de governos, empresas, famílias e instituições financeiras, pode fazer o mesmo para economia mundial.

Este é o início do artigo publicado por Andrew Sheng, indicando a existência de um balanço global. Bom, na prática, o GBS não é tão global assim, já que combina dados de dez países, representando 60% do PIB. O GBS é calculado pela McKinsey Global Institute. 


O comparativo do GBS é realizado em termos de outra medida, no caso o PIB. O gráfico abaixo mostra que atualmente a China tem a maior parcela do balanço global, uma posição que já foi do Japão, nos anos 80. 

Sobre o fato do comparativo ser o PIB é natural que exista uma medida de "fluxo" - que seria esta medida econômica de produção. Neste caso, se o GBS corresponde ao Balanço, o PIB seria a DRE. O texto informa que os ativos correspondem a 18,1 vezes o PIB. Seria a medida inversa ao giro do ativo, que corresponderia dizer que os ativos mundiais provocariam uma geração de riqueza de 5%.

(Tenho dúvidas se isto tudo faz sentido. Seria necessário mais leitura sobre o tema)

Rir é o melhor remédio

 

Quando se aprende um pouco por dia e quando você tenta aprender tudo no mesmo dia. Fonte: aqui

05 março 2023

Curva do tempo está mudando?

 Parece que a curva da temperatura está mudando:

Aparentemente a temperatura média está mais elevada e há um aumento na variância. Ou seja, a curva da temperatura está mais achatada, com o deslocamento da média para o lado direito. É uma explicação para o problema ambiental? 




Rir é o melhor remédio

 Chatbot não irão substituir os advogados:

Fonte: aqui    

04 março 2023

03 março 2023

Contador, ética contábil e evasão fiscal: IESBA propõe uma importante e questionável guinada no código de ética

Inicialmente a notícia:

O Conselho Internacional de Padrões de Ética para Contadores divulgou uma proposta para revisar seu código de ética para tratar de preocupações sobre contadores que ajudam as empresas a evitar o pagamento de impostos.

O exposure draft, divulgado sexta-feira pela IESBA, responde a reclamações de evasão fiscal generalizada por empresas multinacionais e revelações do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos no Pandora Papers e o Paradise Papers do envolvimento de importantes escritórios de contabilidade e advocacia e bancos na facilitação de tais estratégias tributárias.

As propostas da IESBA, afiliada à Federação Internacional de Contadores, visam fortalecer as expectativas éticas para os contadores que trabalham em empresas e na prática pública ao realizar atividades de planejamento tributário para seus empregadores ou fornecer serviços de planejamento tributário aos clientes.


"A profissão contábil desempenha um papel confiável na facilitação da operação eficiente e eficaz do sistema tributário de uma jurisdição e na sua criação de um pilar do sistema econômico", disse a presidente da IESBA, Gabriela Figueiredo Dias, em comunicado divulgado na sexta-feira. "No entanto, é crucial que haja grades éticas claras e robustas quando contadores profissionais auxiliam o planejamento tributário de suas organizações e clientes empregando para salvaguardar o interesse público. Essas propostas oportunas também foram projetadas para fornecer aos contadores profissionais orientações práticas para enfrentar os desafios éticos nessa área complexa."

A estrutura ética proposta explicaria os tipos de ameaças ao cumprimento dos princípios éticos fundamentais do código de ética contábil que podem ser criados quando contadores profissionais estão envolvidos no planejamento tributário. Estabeleceria um princípio claro de que os contadores profissionais deveriam recomendar ou aconselhar sobre um acordo de planejamento tributário somente se determinassem que há uma base credível nas leis e regulamentos para ele.

Isto parece uma importante e questionável guinada no código de ética. Há aqui uma mudança de foco, onde o profissional, contratado por uma entidade, deve defender o interesse do Estado. Isto é muito inovador. Se nos primórdios o profissional fazia a contabilidade para o dono, a mudança proposta submeteria o profissional ao fisco. Faz sentido? 

Será que as entidades que regulam a profissão irão aceitar? É, o inferno está cheio de pessoas bem intencionadas. 

Curiosidade: Gabriela Figueiredo Dias é portuguesa

Foto: Luca Bravo

Modularidade, Lego e Salvar o Planeta

A modularidade tem várias vantagens. A primeira é que os componentes individuais podem ser fabricados em escala, o que reduz rapidamente os custos. Na década de 1930, um engenheiro aeronáutico americano chamado TP Wright fez um estudo cuidadoso das fábricas de aviões. Ele concluiu que quanto mais frequentemente um modelo específico de avião era montado, mais rápido e barato o próximo avião se tornava. Os trabalhadores aprenderam as melhores maneiras de trabalhar e ferramentas especiais seriam desenvolvidas para ajudar em tarefas específicas. Wright descobriu que o segundo avião seria tipicamente 15% mais barato que o primeiro. O quarto seria 15% mais barato que o segundo e o oitavo avião 15% mais barato novamente. Sempre que a produção acumulada dobrava, os custos unitários caíam 15%. Wright chamou esse fenômeno de "curva de aprendizagem".


Pesquisadores posteriores descobriram curvas de aprendizado em mais de 50 produtos, de transistores a cerveja. Às vezes, a curva de aprendizado é superficial e às vezes é acentuada, mas sempre parece estar lá. E como os projetos modulares usam repetidamente os mesmos planos e estruturas, eles aproveitam a eficiência da curva de aprendizado. (...)

Por sua natureza, os projetos de construção modular são mais propensos a continuar, mesmo quando há um problema com um elemento da estrutura. Isto ajuda a explicar porque, no banco de dados da Flyvbjerg [um especialista em megaprojetos fracassados], os projetos modulares são praticamente imunes aos mais dramáticos "cisnes negros", que são sempre um risco para outros grandes projetos.

Da coluna de Tim Harford. Foto: Xavi Cabrera

Harford entende que a aplicação da modularidade pode ajudar a energia solar e talvez a energia nuclear, reduzindo os custos deste tipo de energia. Isto pode facilitar a mudança da estrutura energética mundial. Por isto, o salvar o planeta do título. 

E a contabilidade? A questão da curva de aprendizagem é ensinada em custos, sendo fundamental para certas áreas. 

Processos contra gigantes da mídia crescem

 

Nos últimos anos tem-se observado um aumento substancial na depressão entre os jovens. O gráfico acima mostra a evolução da doença, entre 2004 a 2021 nos Estados Unidos. Começa a consolidar uma crença que as empresas de mídia sociais - Meta, Google entre outras - seriam responsáveis pela mudança no quadro de saúde de pessoas entre 12 a 17 anos. 

Há algumas pistas neste sentido. A primeira é que o tempo gasto pelos jovens com redes sociais digitais é substancial. E os jovens que passam mais tempo na mídia social são mais propensos a terem casos de depressão. O gráfico abaixo mostra esta relação e parece nítido que quanto maior o tempo dispendido em uma mídia social, maior a chance de ter depressão. 

A segunda pista é que os algoritmos são construídos para tentar aumentar ao máximo o tempo consumido on-line, mesmo que isto seja prejudicial para o usuário. O processo de recomendação de novos conteúdos induzem aos conteúdos que podem agradar ao usuário, não necessariamente a um tipo de conteúdo de qualidade. 

A terceira pista refere-se ao aumento de processos judiciais contra as empresas. O texto da Context, aonde retirei os gráficos acima, escutou alguns dos litigiantes e suas histórias. Alguns casos recentes mostram que a própria justiça não acredita na isenção das mídias sociais. O artigo de Avi Ascher-Shapiro apresenta algumas vitórias parciais que já aconteceram nos Estados Unidos. O Snap foi condenado pela morte de dois garotos que usavam um filtro que encorajava a condução imprudente. O Google está sendo processado por um vídeo no Youtube que induzia o apoio ao Estado Islâmico. 

Alguns advogados acreditam que estão diante de um caso parecido ao da indústria do cigarro e ao da produção de amianto. Mas este assunto é controverso. 

E a contabilidade? Em termos contábeis, havendo a chance da empresa ser processada e perder, a contabilidade deve olhar isto como um passivo. Para as empresas contábeis que consideram que a vida digital é só bônus, este seria o lado do ônus. Todo cuidado é pouco na exposição dos temas na mídia social. 

Rir é o melhor remédio

 

Gostei muito deste cartoon. Poderia ser também no automóvel. 

02 março 2023

Gráficos

 

Netflix responde por 15% do tráfego mundial da internet. Logo a seguir, Youtube, com 12%

Turismo contribuiu com 1/4 da economia da Islândia, Grécia e Croácia 

O declínio de um programa de televisão: The Simpsons e as notas no IMDb (verde, notas melhores; e vermelho, notas piores)

Rir é o melhor remédio

 Como segurar uma caneca de café: