Translate

12 novembro 2021

Mentiras: meio importa

 

A forma de comunicação afeta a taxa de mentira? Sim, veja que interessante o gráfico. Os meios de comunicação onde a escrita prevalece (e-mail e mensagens de texto) possuem menor "grau de mentira". 

Influenciadores digitais e Regulação

Faz sentido o governo regular a pessoa que dá conselhos na mídia social? Este debate está ocorrendo em diversas partes do mundo. Em um artigo sobre a Austrália, uma funcionária do governo expôs um argumento contrário a regulação:

“O influenciador do TikTok que está destruindo a Nokia não é tão diferente do cara do pub que quer lhe contar tudo sobre a grande empresa em que ele acabou de investir - mas com uma voz muito mais alta. Isso não é um conselho financeiro, mas como tem sido o caso desde que os taxistas começaram a dar dicas de ações, é uma parte inevitável de um ecossistema financeiro."

Há controvérsia sobre esta postura. Os influenciadores digitais possuem uma grande audiência e recebem para postar nas mídias. Assim, haveria motivos distintos do "cara do pub".

Na Austrália, segundo informação do artigo, os investidores de varejo possuem um volume de negociação superior ao investimento institucional. Isto trouxe uma preocupação para CVM de lá, preocupada com “influenciadores sociais estão contribuindo para o momento do rebanho em ações especulativas”.

Rir é o melhor remédio

 

O poder do café

11 novembro 2021

O mercado é da tecnologia


Em 2005, o mercado acionário era dominado pela GE, Exxon, Microsoft e Citigroup. O mercado de agora é bem tecnológico. A figura mostra que nos dias atuais a bolsa tem, entre as empresas mais valorizadas, Microsoft, Apple, Aramco e Alphabet. Em 


em 2005, a lista das empresas listadas mais valiosas do mundo era bastante diversificada, com algumas grandes empresas de petróleo, mas também conglomerados multinacionais, empresas de distribuição e finanças e assistência médica. Mas hoje, com exceção da Saudi Aramco, são os gigantes da tecnologia americana que dominam os rankings (embora a Tesla também possa ser colocada na categoria automotiva).

Surgimento das partidas dobradas e o poder da Itália

Uma das questões importante da história contábil é o surgimento das partidas dobradas. O gráfico acima é um trecho de um gráfico maior, de abrange o início das civilizações e chega até o século XX. O gráfico destaca o período entre 1250 a 1600 e cada cor representa uma "civilização". Em destaque, no alto, a "Itália". Veja que a Itália não era uma civilização forte, apesar dos pintores e da criação das partidas dobradas. No momento que a contabilidade "surgiu", em torno de 1300 depois de Cristo, os Mongóis dominavam o mundo (amarelo) e esta é a história de Marco Polo. Os otomanos turcos começam um fase de aumento de prestígio (azul claro), mas na Europa a principal "nação" era o território oriundo do Santo Império Romano (Áustria e arredores). 

Fintech e Concentração Bancária


 O texto é de agosto, mas continua muito interessante: 

A concentração bancária no Brasil, inclusive, foi um dos motivos que levou o BC a criar a #AgendaBC, um conjunto de iniciativas de inovação, desburocratização e democratização do sistema financeiro. O lançamento do sistema de pagamentos e transferências Pix e o open banking, por exemplo, surgiram a partir dessa iniciativa. “No sentido de promover inovação e competitividade no setor, a agenda do [Roberto] Campos Neto [atual presidente do BC] está indo numa direção perfeita”, avalia Schaefer.

Com um ambiente mais propício para a criação de plataformas financeiras e fintechs, a concentração bancária tem se reduzido gradualmente, embora ainda esteja em níveis altos. De acordo com o “Relatório de Economia Bancária”, realizado pelo BC em 2020, os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú Unibanco e Santander) foram responsáveis por 81,8% das operações de crédito realizadas no país em 2020, assim como por 79,1% dos depósitos. Em 2018, esses números eram 84,8% e 83,8%, respectivamente.

Esse fenômeno, de criação de fintechs dentro de casa, é chamado de “fintechzação” e deve se intensificar nos próximos anos. “As empresas perceberam que não precisam mais realizar parcerias com bancos para oferecer serviços financeiros. Elas podem criar os seus próprios bancos por meio de tecnologia e sistemas”, afirma Moraes, que já liderou pelo menos sete projetos de estruturação de bancos digitais. Entre os clientes da empresa estão, por exemplo, a varejista de moda Marisa e a companhia de cosméticos Natura.

O valor de ter esse tipo de serviço financeiro, conta o especialista, é poder aproveitar uma base de clientes já familiarizada com o ecossistema de produtos da empresa, elevando o relacionamento com esses consumidores. Augusto, da Liga Ventures, também vê benefícios nessa estratégia. “Da perspectiva do cliente, faz muito mais sentido ter um relacionamento financeiro com uma companhia que está presente no seu dia a dia”, afirma. “As startups vão ajudar nesse movimento de transformação, até porque as corporações não têm como objetivo final serem bancos, mas apenas prestarem esse serviço.”

Rir é o melhor remédio

 

Sucesso e fracasso

10 novembro 2021

Mudança no mundo da energia

 

Algo está mudando no mundo da energia. Carvão e petróleo ainda predomina, mas a figura mostra o crescimento da energia hidroelétrica e outras fontes renováveis. Ainda é pouco. Incentivos governamentais e redução no preço. 

P.S. Atualização: como a pandemia afetou a emissão


International Accounting Day

 

Parabéns a todos que encontraram na contabilidade um campo de estudo, trabalho e diversão. Hoje é o International Accounting Day. A razão? É a data da publicação da Summa, de Pacioli. 

Finanças Comportamentais está envelhecendo mal?


Recentemente tivemos a divulgação de quem um dos autores mais renomados na área de finanças comportamentais agiu de maneira pouco ética. Além disto, algumas pesquisas famosas na área estão sendo questionadas, como é o caso do teste do Marshmallow. A pergunta faz sentido. Será que as finanças comportamentais entrou em crise?

O Nadaesgratis apresentou um longo texto sobre o assunto. A seguir alguns trechos:

Aún con todas estas limitaciones, creemos que los rumores sobre la muerte de la economía del comportamiento han sido ampliamente exagerados. Merece la pena ver la situación con algo de perspectiva:

Los problemas de replicación son comunes en la ciencia y, de hecho, estas crisis sirven para mejorarla. Las revistas académicas de economía, y poco a poco a también las de psicología, han elevado los estándares para facilitar la comprobación de los resultados de sus publicaciones. Hoy en día, la gran mayoría de las investigaciones en economía del comportamiento exigen un pre-registro de las hipótesis y los análisis que se van a estudiar, de forma que no haya una búsqueda espuria de resultados a partir de los datos obtenidos.

Además, se han elevado las exigencias sobre la disponibilidad pública de los datos utilizados. Todo ello facilita que se puedan comprobar la robustez de las investigaciones mediante réplicas, aunque estas lleven su tiempo.

Los problemas de falta de honestidad también aparecen, tristemente, en todas las ramas de la ciencia. Por centrarnos en la economía, cualquier análisis empírico con datos privados y/o confidenciales es susceptible de ser manipulado.(...)

Es cierto que, en su proceso de popularización, los economistas del comportamiento hemos sido culpables de cierta falta de rigor al publicitar en exceso resultados llamativos. No siempre se ha incidido lo suficiente en la complejidad y la volatilidad intrínseca del comportamiento humano, así como en los pequeños detalles del diseño experimental que pueden incidir de forma crucial en los resultados. (...) La economía del comportamiento no se reduce a los nudges, ni quizás sean los instrumentos más efectivos. Es cierto que los pequeños empujones psicológicos son un instrumento sencillo y barato de influir en el comportamiento de los individuos. Sin embargo, en su efectividad influyen múltiples factores que pueden contradecirse y la duración de sus estímulos es, en muchos casos, de corto plazo y el tamaño de los efectos tiende a ser pequeño. Aunque no inexistente.

Algunas herramientas, como el “priming”, están más en entredicho que otras. De hecho, esta ya ha sido eliminada de la última versión del libro de Thaler y Sunstein, demostrando que hay un avance en el aprendizaje de la materia. Por el contrario, otras como la teoría prospectiva, fundamento básico de la ciencia del comportamiento, ha sido replicada con éxito en numerosas ocasiones y cuenta con unos cimientos teóricos y empíricos muy sólidos.

(...)En definitiva, la economía del comportamiento ha sufrido los vaivenes clásicos de toda área científica en su proceso de maduración: escepticismo inicial, éxito desmesurado y, finalmente, crisis y reposicionamiento. Pero como ha señalado Alex Imas, tiene sentido esperar que el enriquecimiento que brinda a la ciencia económica haga que la economía del comportamiento no muera, sino que, como ya está ocurriendo, se transforme y pase a ser, simplemente, economía.

Fundos sustentáveis e empresas de tecnologia

 O crescimento de fundos específicos para quem deseja investir em ações "sustentáveis" tornou a missão dos gestores desses fundos complicada. Como encontrar ações de empresas que possam satisfazer os critérios de sustentabilidade? A melhor alternativa foram as empresas de tecnologia (Apple, Microsoft e outras) que satisfazem os critérios (pelo menos no escopo 1 e 2). O gráfico mostra que os principais fundos direcionaram os recursos para estas empresas



Rir é o melhor remédio


 Contabilidade, nos livros e na vida real

09 novembro 2021

Frases

É impossível gerar confiança, afeto, respeito, reputação, status, lealdade, generosidade ou oportunidade sexual simplesmente perseguindo os ditames da teoria econômica racional. Se a racionalidade fosse valiosa em termos evolutivos, os contadores seriam sexy. Strippers masculinos se vestem como bombeiros, não como contadores; bravura é sexy, mas racionalidade não. 

(Rory Sutherland, Alchemy, via aqui

Otimismo e investimento


Optimal stock investment decisions rely on assessments of the distribution of expected returns. Using a representative sample, we find over half the US population cannot answer simple questions on expected stock returns. Respondents who are unable to make any return prediction, who cannot answer questions on the distribution of expected returns, or who reveal unlikely distributional beliefs participate less in the stock market and have smaller stock investments. However, overoptimistic investors are more likely to participate in the stock market and have larger stock investments. These results persist after controlling for financial literacy, intelligence, education, and demographics. People who are ignorant about stock return distribution are more likely to invest in equities if they have higher levels of trust. Therefore, trust can substitute for cognition as a factor positively associated with individuals' propensity to invest.

Stock-Return Ignorance Yulia Merkoulova & Chris Veld Journal of Financial Economics, via aqui

Em outras palavras: para participar do mercado é necessário conhecer sobre os retornos esperados; as pessoas comuns não possuem este conhecimento; serão os otimistas que irão participar do mercado. A pesquisa controlou a educação financeira, a inteligência, a educação e aspectos demográficos. 

Valor de um livro

Um vídeo da Forbes analisa o valor de um livro. No caso, um manuscrito de Leonardo da Vinci. Em 3:30 um especialista comenta algumas das variáveis que podem determinar o valor, resumida por ele em "o que temos em mãos". Logo a seguir, em 5:20, surge o valor de 50 milhões de dólares (foi vendido por um pouco menos de 30 milhões para Bill Gates), chamado de Valor Justo. Mas com a ressalva de que só saberemos o valor quando for a leilão. Mas seria inferior ao valor de um pintura de Da Vinci, pois um quadro seria mais raro. 

Links

 Como a torcida afeta o resultado de uma partida de futebol - inclui o efeito da pandemia

Brincando com a silhueta do sol (fotografia)

Influência de Musk com suas postagens no mercado de criptomoedas

Como a chegada do telégrafo afetou o preço de produtos agrícolas na China - aumentou também a variabilidade

Rir é o melhor remédio

 

O que a escola ensina e o que eu preciso aprender

08 novembro 2021

Confiança Global

Ipsos faz uma pesquisa em diversos países questionando se algumas profissões são confiáveis ou não. Eis o resultado de 2021:

Médicos e cientistas, que estiveram diante da batalha contra a pandemia, receberam avaliação positiva. O valor do gráfico é a diferença entre quem confia e quem não confia em cada profissão. Por exemplo, os médicos receberam 64% de aprovação e 10% de reprovação, o que corresponde a uma valor de 54%. Políticos (menos 52%) e ministros do governo (-39%) não estão muito bem cotados. 

O relatório também está desmembrado por país. Vejamos as cotações para o Brasil:

Médicos = 66% - 9% = 55%
Cientistas = 68% - 9% = 57%
Professores = 68% - 8% = 60%
Membros das forças armadas = 35% - 26% = 9%
Polícia = 30% - 31% = 1%
Pessoas normais = 35% - 14% = 21%
Juízes = 26% - 32% = -6%
Advogados = 22% - 33% = -11%
Apresentadores de Televisão = 26% - 33% = -6%
Pesquisa de opinião = 33% - 22% = 11%
Padre e Pastor = 25% - 31% = 6%
Jornalista = 34% - 30% = 4%
Servidores públicos = 27% - 26% = 1% 
Líderes empresariais = 23% - 24% = -1%
Banqueiros = 14% - 47% = -33%
Executivos de propaganda = 19% - 28% = -9%
Ministros do governo = 11% - 65% = -54%
Políticos em geral = 6% - 77% = -71%

Ou seja, avaliamos nossos políticos e ministros pior que a média global. 

Mas gostaria de chamar a atenção para um resultado da pesquisa. Você já deve ter lido uma bobeira dizendo que no Japão o único profissional que não curva para o imperador é o professor. Além de não proceder, veja o resultado da pesquisa:
A pior avaliação para professor está na parte debaixo da figura. Veja que o Brasil é um dos países com elevada valorização ao docente. 

Empresas e sustentabilidade


A AAT, uma entidade contábil inglesa, está discutindo a divulgação de sustentabilidade no sentido de evitar a "lavagem verde" (greenwashing). A lavagem verde é a atitude de empresas que induzem investidores e público em geral a acreditar que seus produtos e serviços são mais ecológicos do que são na realidade. É uma manipulação relacionada com a questão da sustentabilidade. 

Neste sentido, "a AAT lançou uma nova orientação ética sobre sustentabilidade, que inclui uma lista de verificação para as empresas seguirem. Inclui: perguntar como sua organização e base de clientes podem ajudar a sociedade e a sustentabilidade; garantir que cada novo projeto ou área de desenvolvimento seja completamente explorada e pesquisada do ponto de vista da sustentabilidade; medir tudo, de KPIs e metas a resultados; realizar regularmente avaliações de risco; e estabelecer metas baseadas na ciência.

Links

 James Bond, cardápios de restaurante e taxa de câmbio histórica

Como a imprensa pode distorcer a noção percebida de risco: avião x automóvel - viés da representatividade

Um guia rápido de termos climáticos e seu significado

A melhor entrevista de xadrez - Em 2018, no torneio de Gilbratar, Ivanchuk (nascido em 1969) foi questionado sobre sua partida. Ele faz a análise de memória, com detalhes impressionantes. (via aqui). Aqui em português

Usando a linguagem textual para identificar as patentes relevantes (figura acima)

Rir é o melhor remédio

 

Itchy Feet são quadrinhos sobre diferença cultural. Mais aqui e abaixo:







07 novembro 2021

Documentos do IFAC

 O IFAC acaba de publicar Pontos de Vista (POV) em francês, árabe, russo e espanhol. A série apresenta discussão sobre relatórios corporativos, responsabilidade e transparência no setor público, profissão contábil, confiança e crise, auditoria, clima e corrupção e lavagem de dinheiro

A imagem a seguir é do setor público e mostra a quantidade de países que adotam o regime de competência:


Além disto, o IFAC está permitindo uma consulta online aos padrões desenvolvidos pelo International Audit and Assurance Standards Board (IAASB), o International Ethics Standards Board for Accountants (IESBA) e o International Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB). Clique aqui

Contar a emissão de carbono faz sentido?


Não tinha pensado desta forma:

(...) as empresas estão sendo solicitadas a fazer é um exercício amplamente sem sentido. O fato é que não queremos medir a quantidade de carbono que está sendo injetada na atmosfera como se fosse assim que resolveremos nossa crise climática. O que nós, como sociedade, queremos é que essas emissões sejam radicalmente reduzidas. Em outras palavras, o problema que as empresas precisam resolver não é como elas medem suas emissões de carbono, mas como as eliminam e a que custo. (...)

Então, para usar um dos meus exemplos favoritos, o Aeroporto de Gatwick afirma que é um negócio neutro em carbono. Faz isso ignorando inteiramente suas emissões do escopo 3 [as criadas em razão da existência da empresa]. O fato de todo o seu modelo de negócios depende do envio de aeronaves para as pistas, o que criará grandes quantidades de emissões desnecessárias de carbono, é algo que eles optam por ignorar. Se, no entanto, eles fossem obrigados a eliminar suas emissões do escopo 3, teriam duas opções. Eles poderiam se tornar um centro de aeronaves elétricas, se fosse possível demonstrar que as aeronaves elétricas poderiam ser neutras em carbono. Como alternativa, eles poderiam admitir que é impossível alcançar seu objetivo e poderiam se declarar, nas palavras de contabilidade de custos sustentável, insolvente de carbono.

Foto: Chris LeBoutillier

Rir é o melhor remédio

 

Mídia social e sua melhor representação

04 novembro 2021

Reguladores fabricam narrativas conceituais para diluir críticas


Karthik Ramanna, em Unrealible Accounts: How Regulators Fabricate Conceptual Narratives to Diffuse Criticism antecipa um livro que será publicado em 2022. Ramanna concentra na mudança da estrutura conceitual do Fasb em 2010, que retirou os termos confiabilidade e verificabilidade do texto. Na época, o Fasb e o Iasb trabalhavam juntos e a presença dos termos seria um obstáculo ao uso, mais intenso, do valor justo. 

Para justificar a alteração, criou-se uma narrativa para eximir os reguladores de críticas. A narrativa teria como finalidade o famoso "tirar o c* da reta" (ou CYA em inglês), um termo bastante reconhecido dos jornalistas que cobrem entidades regulatórias. Seria uma forma de desviar a responsabilidade por algo. Neste sentido, como a confiabilidade e a verificabilidade eram obstáculos ao uso do valor justo, argumentou-se que os termos estavam sendo confundidos com objetividade. 


Rir é o melhor remédio


 Qualquer dúvida contábil

03 novembro 2021

FAQ sobre ISSB


A Fundação IFRS anunciou hoje a criação formal do International Sustainability Standards Board (ISSB, na sigla em inglês). Este anúncio já era previsto, mas agora temos alguns detalhes adicionais sobre o novo regulador. Eis um conjunto de perguntas e respostas para você entender o ISSB.

Qual a vinculação com a Fundação IFRS?

A ISSB estará vinculada a Fundação. Para isto, a "constituição" da Fundação foi alterada recentemente para prever a existência de uma entidade como esta. 

O que será feito das outras entidades que se dedicam a regulação na área?

O número excessivo de entidades que emitiam normas já tinha sofrido uma redução recente. Mas algumas destas entidades serão absorvidas pelo ISSB, como é o caso Value Reporting Foundation até junho de 2022. Não está claro como o pessoal destas entidades serão aproveitados na nova entidade, nem como as questões culturais e de estrutura administrativa e financeira será resolvido. 

E o GRI? Continuará existindo?

Sim, de maneira independente. A entidade declarou que pretende continuar colaborando com a Fundação IFRS.

Onde será a sede da ISSB?

Como tem sido praxe de entidades internacionais, a escolha é por cidades aprazíveis, com um bom sistema de transporte, segurança para seus membros e possibilidade de desfrutar uma boa vida. A escolha foi por Frankfurt. Por coincidência, ou não, o atual presidente da Fundação IFRS é alemão. Lembrando que a sede oficial da Fundação IFRS é o Delaware (não Londres). Mas anunciou que haverá centros regionais. 

Quem está apoiando a nova entidade?

Diversos apoios já foram declarados, como o IFAC, o IPSASB, o IOSCO e diversas entidades profissionais. O CFC ainda não declarou apoio, mas deverá fazê-lo breve. Algumas empresas de auditoria manifestaram apoio também. 

E os Estados Unidos?

Boa pergunta. Não vi nenhuma manifestação formal da SEC, por exemplo. O apoio não deixa de lançar uma expectativa de um reatamento entre Fasb e Iasb. Mas particularmente arriscaria que não existirá.

A nova entidade será dedicada ao ambiente, ao social, a governança ou todos os itens?

Formalmente, todos os itens. Mas o presidente da Fundação IFRS declarou que a sustentabilidade, em especial as mudanças climáticas, é a questão definidora.

Como será a representatividade da nova entidade?

Apesar da presença global e a representação de todas as regiões do mundo, incluindo as economias emergentes e em desenvolvimento, acredito que haverá uma distribuição onde os países mais ricos terão um peso maior. Isto ainda não está certo, mas já foi divulgado que serão três membros da região Ásia-Oceania, três membros da Europa, três membros das Américas, um membro da África e quatro membros nomeados de qualquer área.

Quem vai comandar a ISSB?

Ainda não foi definido. Haverá um presidente, um vice, pelo menos, e 14 membros. Depois de definido os membros é que os trabalhos irão começar. Acredito que algumas pessoas da Value Reporting serão aproveitadas aqui, mas não é garantido. 

O trabalho irá começar do zero?

Não. Em março foi criado um grupo, denominado de TRWG, responsável por desenvolver algumas iniciativas e recomendações técnicas. Este grupo já divulgou o seu trabalho, baseado em quatro pilares estratégia, gerenciamento de riscos, e métricas e metas

Qual será a governança?

O ISSB estará no mesmo nível do IASB, sendo supervisionado pelos curadores. E o processo de trabalho será o mesmo da Fundação. Haverá um Comitê Consultivo de Sustentabilidade e grupos regionais criado pelos curadores. 

Qual será a missão do ISSB? 

Segundo divulgado, desenvolver padrões globais e requisitos de divulgação para facilitar relatórios consistentes e comparáveis por empresas em todas as jurisdições, para ajudar a direcionar capital para negócios resilientes a longo prazo, na transição para uma economia de baixo carbono.

Como serão denominado os padrões?

IFRS Sus­tain­abil­ity Dis­clo­sure Standards

Fontes: aqui aqui aqui aqui aqui

Contabilidade e Ambiente - 1


No encontro entre os principais líderes mundiais, em Roma, foi divulgada uma declaração e em um determinado tópico temos:

Saudamos também o programa de trabalho da International Financial Reporting Standards Foundation para desenvolver um padrão global de relatórios de linha de base sob governança robusta e supervisão pública, com base na estrutura da Força-Tarefa do FSB sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima e no trabalho dos definidores de padrões de sustentabilidade.


Netflix e o processo de escolha


Lendo Eric Johnson (que acabou de lançar um livro sobre escolha) no Behavioral Scientist (How the Netflix choice engine tries to maximize happiness per dollar spent) encontrei algo que tentava entender e não conseguia: a razão da mudança do sistema de classificação da empresa, de nota para binário. 

Mas antes disto é importante dizer que Johnson mostra como a Netflix trabalha para que você possa usar seus serviços. São vários itens. Por exemplo, a empresa tem um catálogo de 6 mil títulos, mas eles reduzem estas opções para algo em torno de 80, usando seus algoritmos. 

Mas a parte que me interessava: qual o motivo de deixar de usar uma escala de nota? Veja que isto interessa aos pesquisadores, que pedem para seus entrevistados responderem questionários, e gostam de usar a escala de nota. Mas a Netflix parece ter optado pela escala binária. Eis o que Johnson diz:

A Netflix usou uma escala de 5 estrelas, mas acreditava que as pessoas estavam confusas com a escala. As pessoas descobriram que a escala de polegares era mais fácil de usar e a mudança para polegares dobrou o número de classificações coletadas. Eles também descobriram que as pessoas tendiam a avaliar apenas os filmes de alto nível e sérios com uma 5 empresas, embora ficassem felizes em dar um sinal positivo para uma comédia assistida. A escala de resposta binária tornou os avaliadores menos pretensiosos e talvez mais honestos. 

Tudo isto foi feito usando os testes A/B, com milhões de espectadores. 

Globalização e Big Data no mercado financeiro

Marc Flandreau argumenta que as empresas de tecnologia estão cada vez mais parecidas com bancos. O capital de hoje está muito parecido com o que ocorria no século XIX. Eis um trecho:

We argue that the clauses were valuable because they were information. While silent on the process whereby the assets would be repossessed, prospectuses were exceedingly detailed when it came to identifying the resource and describing the algorithm whereby information on foreign payments from the sources would be released. Sworn information intermediaries were involved, monitoring the execution of payments from, say, the borrower’s custom house. The funds became traceable in real-time: If for instance the money for the semester’s dividend was not forthcoming by a certain date specified in the contract, the intermediaries would write or telegraph to the agents for the loan London, and the credit event would be documented in the newspapers.

Fiscalização das auditorias das empresas chinesas: 2024 prazo limite


Com o escândalo da Enron, o legislativo dos Estados Unidos aprovou normas para fiscalização do trabalho dos auditores das empresas com ações negociadas na bolsa. Foi criado o PCAOB e muitas jurisdições estrangeiras, incluindo o Brasil, passaram a permitir que a entidade fiscalizasse os auditores. Duas exceções: China e Hong Kong.

Em 2020, novamente o Congresso dos Estados Unidos aprovaram uma nova norma. Pela lei, as ações de uma empresas serão proibidas de serem negociadas se uma jurisdição impedir que o PCAOB inspecione a auditoria por três anos consecutivos. A SEC regulou a norma e deve iniciar antes do final de 2021. Isto significa que em 2024 o prazo deve finalizar para as empresas chinesas com ações no mercado dos EUA.

Fonte: aqui. Foto: Annie Spratt

Links

Não plante árvores, cultive florestas

Como melhorar a publicação em economia: grande parte do atraso surge do comportamento demorado dos autores na revisão do trabalho (acho que ser para contábeis também)

Até no clero, a Islândia é diferente (via aqui)

Seis razões do ser humano usar máscaras

O plano maluco de Portugal ser um dos maiores países do mundo (vídeo)

Rir é o melhor remédio

 

como pagar menos imposto de renda: compre um zoológico. O fiscal do imposto não sabe quanto custa alimentar um elefante

02 novembro 2021

Maldição do Conhecimento



De um artigo de Tim Harford, a maldição do conhecimento ou a dificuldade que uma pessoa bem informada tem em "apreciar", completamente, a ignorância de outras pessoas. Tim descreve sua experiência em ler as instruções de um exame de Covid, que talvez estivesse clara para quem escreveu, mas era bem confusa para ele. 

Tim comenta de um experimento famoso feito por Elizabeth Newton. Ela dividiu os participantes em dois grupos e pediu que um dele fizesse o som de uma música famosa, como Raindrops Keep Falling on my Head. A outra pessoa tinha que adivinhar a música. Para quem fazia o som, parecia muito fácil a tarefa. Apostavam que o acerto seria de 50%. Mas para quem escutava, tentando adivinhar, era bem difícil. Quem estava fazendo o ruído, podiam "ouvir" a música na cabeça, enquanto faziam o barulho. Eles não pensavam na música sem "ouvir" a letra. 

Isto não é novo, obviamente. Mas em um mundo com tanta informação, a chance de ocorrer aumenta substancialmente. Pense nas vezes que você tentou seguir as instruções de um produto e não conseguiu. Eis aí um exemplo desta maldição. 

Foto: cena clássica do filme Butch Cassidy and Sundance Kid

Passaporte de vacinação pode ser útil para entender as normas contábeis


A revista The Economist trata do caos com os passaportes da vacina no mundo. É um bom exemplo para ilustrar as vantagens e desvantagens do processo de padronização. E como isto envolve questões técnicas, mas também questões políticas. A discussão é válida para as normas contábeis. Abaixo, os trechos mais significativos:

Muitos países não exigiam passaportes para a entrada de estrangeiros antes da 1.ª Guerra. Mas, conforme o conflito se espalhou, Estados se apressaram em adotar documentos de viagens para ajudar a manter a segurança de suas fronteiras. Portanto, após o armistício, acumulou-se uma variedade desconcertante de informações a respeito de diferentes nacionalidades, que provocavam mais caos do que clareza nos postos de controle fronteiriço. Mas retornar a um mundo em que as pessoas podiam viajar livremente pelas fronteiras se tornou inimaginável.

Em 1920, a Liga das Nações entrou em ação e projetou um livreto de 32 páginas, com o nome do país na capa e informações pessoais básicas, como local e data de nascimento. Alguns governos reclamaram. A França achava o livreto caro demais para imprimir em comparação ao cartão de frente e verso que utilizava – e levou alguns anos para eles se adaptarem. Hoje, porém, todos os passaportes seguem o mesmo modelo. Seja em Heathrow, no Reino Unido, ou no Aeroporto Internacional Moshoeshoe I, em Lesoto, autoridades são capazes de olhar para um passaporte e ter uma boa noção a respeito de que privilégios desfruta o portador do documento.

Durante a pandemia, um processo similar ocorre. Estados se apressaram para criar passaportes de vacinas para impedir o vírus de atravessar fronteiras – ou as portas de um restaurante ou de uma academia de ginástica. Com frequência as pessoas têm de provar que foram vacinadas, que testaram negativo recentemente ou que tiveram covid e se recuperaram.

(...) O problema é que esses passes não são interoperáveis. A maioria parece igual: um QR code num smartphone ou num pedaço de papel. Mesmo assim, até escanear os códigos pode ser problemático. Diferentes aplicativos de verificação leem diferentes tipos de passes. Uma vez escaneados, os códigos oferecem informações que variam, dependendo do sistema de saúde nacional ou local ou regras de privacidade. (...)

Passou da hora de padronizar. Ainda assim, desenvolver um passe digital de saúde é mais complicado do que desenvolver um documento de viagem. Passaportes podem revelar idades, mas passes de vacina são portas de entrada para informações pessoais de saúde. Isso assusta as pessoas.

Mesmo entre países com índices de vacinação relativamente altos, o apoio aos passaportes de vacinação ainda varia, de 52% na Hungria, a 84% no Reino Unido. Na Índia, as pessoas estão acostumadas a compartilhar impressões digitais e escaneamentos de íris, como parte do sistema de identificação biométrica Aadhaar. Ainda assim, muita gente, como a editora executiva Debjani Mazumder, se preocupa com a possibilidade de farmacêuticas e seguradoras terem acesso aos seus registros de saúde. “Sinto-me como uma cobaia”, afirma Mazumder.

(...) Quando agentes de empresas aéreas, empregadores e funcionários de bares escaneiam QR codes, eles checam duas coisas: a confirmação de que os portadores estão vacinados ou testados contra covid e uma assinatura digital provando que a informação vem de um emissor confiável. A uniformidade entre os passes digitais de saúde requereria um amplo acordo a respeito de qual informação exata de saúde incluir – e como qualificá-la e empacotá-la.

Isso deveria ser relativamente fácil. Em agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um guia com as recomendações mínimas de dados para um certificado. O nome e a data de nascimento do portador, mais a marca e o número do lote da vacina são considerados necessários. Identificar quem ministrou a inoculação – o que vem incluído em alguns passes –, não.

O mais complicado é criar um sistema unificado de checagem de assinaturas digitais de autoridades de saúde. Criar um repositório de todas as assinaturas confiáveis é uma tarefa cara e carregada de tensão política. Países com sistemas nacionais de saúde pública, como o Reino Unido, possuem apenas um emissor. Mas, nos EUA, há cerca de 300, incluindo governos estaduais, hospitais e farmácias.

Confiança

Sem uma maneira confiável de verificar certificados internacionalmente, até a mais avançada tecnologia falha. George Connolly, diretor da OneLedger, a firma que desenvolveu o OnePass, um passaporte de vacinação com base em blockchain. Ele diz que o aplicativo acessa dados de apenas cerca de 20 jurisdições.

Então, ele faz com que firmas terceirizadas obtenham passes de saúde de outros lugares, telefonando e mandando e-mails para autoridades sanitárias. Dakota Gruener, diretora da id2020, uma parceria público-privada com foco em identificação digital, virou os olhos. “Uma blockchain não é necessária”, afirma. “A blockchain é apenas uma distração.”

Os avessos à tecnologia têm motivos para se orgulhar. Conforme diz Albert Fox Cahn, do Surveillance Technology Oversight Project, um grupo de defesa de direitos, “há tanto dinheiro sendo gasto para instalar essas lindas e brilhantes novas cercas de metal em torno de nossa sociedade, ao mesmo tempo em que as cercas de madeira ainda cumprem bem sua função.”

Pedaços de papel assinados por médicos, como o “cartão amarelo” da OMS, têm sido suficientes para registrar imunizações há décadas. Eles são mais inclusivos globalmente, dado que muita gente em países pobres não tem smartphones. A julgar pelos preços do mercado clandestino, os passes de papel não seriam tão mais fáceis de falsificar. Falsificações de certificados de vacina em papel supostamente emitidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA saem por US$ 150 no Telegram, mais caro do que algumas alternativas digitais.

Atribuição O maior impedimento para passaportes de vacina não é a tecnologia, mas a geopolítica. Seria necessário uma organização sofisticada em termos de saúde, tecnologia e diplomacia, para fazer os países concordarem com padrões globais. Isso parece uma função óbvia da OMS. Enroscada na rivalidade entre EUA e China, porém, a organização tem sido atacada por todos os lados em razão da maneira com que tem lidado com a pandemia. A respeito dos passes digitais, a OMS se atrapalhou. Mesmo tendo publicado extensos documentos descrevendo como os passaportes de vacina deveriam ser projetados, a entidade insiste que provas de vacinação não deveriam ser exigidas de viajantes internacionais enquanto a distribuição de vacinas estiver tão concentrada nos países ricos.

Fundamentalmente, a OMS rejeitou se envolver na validação e verificação dos documentos. Manter um registro de signatários confiáveis requerer uma grande equipe de funcionários. Também exige escolhas políticas, como a respeito de reconhecer signatários como Palestina ou Afeganistão – e quais vacinas são válidas. A OMS também deveria ter de adotar algum tipo de ação quando algum Estado violasse as regras. Carmen Dolea, diretora do Secretariado Internacional para Regulações de Saúde, da OMS, diz que essa tarefa vai além de suas atribuições. “Há questões de responsabilização”, afirma.

Ainda assim, mesmo que de maneira destrambelhada, o mundo parece estar convergindo para alguns padrões e tecnologias. Os padrões da UE para certificações digitais relativas à covid, por exemplo, também estão sendo usados na Turquia a na Suíça. Os padrões indianos foram adotados no Sri Lanka e nas Filipinas.

Links

A restauração de uma pintura, para seu estado original, pode piorar a obra: caso do Vermeer e Van Eyck (foto)

Links


Periódicos predatórios - inclui cópias piratas de artigos de periódicos legítimos, mudança de nome de periódicos ...

James Bond e o risco nas aventuras - risco que 007 corre nas viagens globais, incluindo patógenos transmitidos por animais, desidratação por excesso de Martinis e sexo inseguro. Especula-se que 007 contraiu toxoplasmose, pelo comportamento imprudente

Covid e a ciência aberta

Quantos sites existem no mundo?

Operação cúpido: Melhor filme sobre vinho?

Rir é o melhor remédio


 Quatro estágios de uma aula

01 novembro 2021

Contadores: Adaptação, não substituição

Quaisquer que sejam seus medos, o avanço perpétuo da tecnologia não substituirá os contadores - mas exigirá que eles mudem significativamente, de acordo com Jason Marx, presidente e CEO da Wolters Kluwer Tax & Accounting.

"Os contadores precisam pensar muito mais em adaptação do que em substituição", disse Marx aos participantes na conferência anual de usuários da empresa, realizada esta semana em Austin, Texas. “A tecnologia melhora a eficiência, removendo etapas manuais e reduzindo o erro humano. Ele impulsiona o processamento direto, em vez de substituir os contadores, e os libera para se concentrarem no trabalho mais estratégico que exige criatividade, colaboração e imaginação."

Isso, claro, só é verdade se eles tirarem proveito das ferramentas em questão: Marx contrastou uma pesquisa de Robert Half de 2019, na qual os contadores relataram esmagadoramente estar preocupados com o potencial de tecnologia, com um estudo de Wolters Kluwer, de 2021, que mostrou que apenas 7% das pequenas empresas — e apenas 2% surpreendentes das grandes empresas — acreditam que eles estão maximizando o uso da tecnologia.

Ele acredita que os profissionais tributários e contábeis estão mais do que prontos para o desafio. "Você faz parte de uma profissão que provou sua coragem, determinação e resiliência repetidamente", disse ele aos participantes da conferência. “Você serviu como heróis calmos nos bastidores para manter as empresas funcionando durante tempos muito, muito difíceis. Você está equilibrando as implicações de novas regulamentações tributárias, acelerando as tendências do mercado para tecnologia e mobilidade, uma verdadeira guerra por talentos e demandas urgentes de clientes o tempo todo."

Para ajudá-los a entender e enfrentar todos esses desafios, ele explicou cinco grandes tendências de mercado que estão moldando a contabilidade e que precisam ter em mente à medida que avançam.

1. A mudança para a nuvem - "A pandemia serviu como catalisador para estabelecer o valor e a flexibilidade do software em nuvem", disse Marx. "Isso trouxe fatores como alta disponibilidade, custos mais baixos para recuperação de desastres, continuidade de negócios, gerenciamento remoto da força de trabalho e agilidade dos negócios", e a mudança só está se acelerando.

2. A mudança para o trabalho remoto - Embora esse movimento esteja gerando uma necessidade de colaboração e eficiência mais rigorosas na experiência do cliente, seu impacto está realmente sendo sentido internamente. "A experiência da equipe se tornou muito mais relevante, com os crescentes impactos da guerra para os principais talentos, que certamente foram agravados pela pandemia", explicou Marx.

3. Os crescentes requisitos para troca e relatórios de dados em tempo real - "Isso está sendo impulsionado pela captura automatizada de dados de origem por relatórios regulatórios que exigem dados consistentes e pela crescente importância das APIs que permitem às empresas tratar plataformas como nosso próprio CCH Axcess como um hub central", segundo Marx.

4. Tecnologia emergente que permite um trabalho de maior valor - Ao reduzir a entrada manual de dados e melhorar a precisão, ferramentas tecnológicas emergentes e avançadas - e pelo menos 90% das empresas esperam que essas ferramentas os ajudem a obter melhores resultados na próxima temporada de impostos, de acordo com uma pesquisa de 2021 da Wolters Kluwer citada por Marx. “Quarenta por cento de todas as empresas disseram que eram inovadoras ou adotantes iniciais de tecnologia e 54% das grandes empresas, e todas elas relataram níveis mais altos de confiança e melhores resultados do que as empresas que se rotulam como mais lentas para adotar."

5. Mudança legislativa e regulatória - O volume, a velocidade e a intensidade das mudanças legislativas e regulamentares estão ficando esmagadores. “Não há dúvida de que o ritmo da regulamentação mudou nos últimos anos - bem, você sabe disso; você vive isso. É praticamente ininterrupto, e não vemos isso mudando ", disse Marx. “Muitos de vocês se perguntam se algum dia veremos um retorno a uma temporada normal de impostos, mas planejar a temporada de impostos está se tornando mais complicado por mudanças tardias no preenchimento de prazos e formulários."

Fonte: aqui

Meta

 

No final da semana passada o executivo do Facebook anunciou que haveria uma mudança no nome da empresa para Meta. (Na realidade o anúncio vai um pouco além da mudança do nome)

Na sexta, a empresa Meta Materials teve um acréscimo de 24% no preço das ações, antes que o investidor desse conta que era outra empresa. Não é a primeira vez, nem será a última, onde o mercado confunde o nome de uma empresa. Aconteceu com a Zoom (software), logo no início da pandemia. Ou até em termos geográficos, com uma confusão entre Nigéria e Niger

Imposto mínimo


O governo democrata de Joe Biden quer aumentar a arrecadação. Uma primeira ideia era taxar os bilionários. A proposta é bastante controversa. Agora outra proposta surgiu: o imposto mínimo para as empresas. Nos Estados Unidos - assim como aqui, em alguns momentos da nossa história - as empresas apresentam uma demonstração financeira para o fisco e outra para os acionistas. A alíquota nominal é de 21% e a proposta seria a seguinte: a empresa pagaria pelo menos 15% sobre o lucro que informam aos acionistas, se o valor for maior que os 21% indicado ao fisco.

Apesar do apoio dos políticos do partido de Biden, a proposta parece não ter agradado aos contadores de lá, segundo informa a newsletter do Deal Book. Uma pesquisa informal entre 39 acadêmmicos de contabilidade não encontrou nenhum apoio. A resistência refere-se a redução da qualidade das informações contábeis para os acionistas. Além disto, os políticos estimam um geração adicional de 400 bilhões de dólares em dez anos, mas uma estimativa da Universidade da Pensilvânia encontrou um valor de 227 bilhões e outra do Centro de Política Tributária achou US $ 110 bilhões.

Foto: aqui

Links


Os CAPTCHAs são deprimentes porque as fotos são sombrias, sem alegria e carecem de humanidade 

Como vacinar o mundo mais rapidamente - A produção global tem sido impressionante e acelerada: de acordo com a Airfinity, uma empresa de análise de ciências da vida, a marca de produção de bilhões de doses foi atingida em 12 de abril. Um bilhão a mais foi produzido em 26 de maio e o terceiro bilhão em 22 de junho. Isso é bom. Mas precisamos de 11 bilhões de doses para vacinar completamente 70% do mundo, o que pode não acontecer até 2022. (...) se reduzirmos o tamanho da dose, podemos vacinar mais pessoas de cada frasco de vacina. 

Google Trends 15 anos: 15 dicas para obter o máximo da ferramenta

A previsão mostra que enfatizam a incerteza

Lêmures possuem senso de ritmo

Rir é o melhor remédio

 

Três regras para investir em ações