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17 agosto 2021

Turismo

 O gráfico a seguir mostra que o turismo internacional ainda não reagiu à crise sanitária:

A comparação é com 2019 e pode existir uma questão sazonal aqui. As mudanças nas regras de recebimento de turista também pode ser um problema. Provavelmente o turismo doméstico deve estar em processo de recuperação. 

16 agosto 2021

Futebol e lavagem de dinheiro


Uma reportagem da Al-Jazeera mostra como o futebol pode ser usado para lavagem de dinheiro. Os repórteres centraram na figura de Christopher Samuelson, denominado de The Magician, que é especializado no assunto. Samuelson tem entre seus clientes ricos do Oriente Médio, oligarcas russos e chineses interessados em usar um clube de futebol para lavagem de dinheiro.

Nos últimos anos Samuelson intermediou negócios com os clubes Reading e Aston Villa. E no passado esteve envolvido com o Everton, o Chelsea e outros clubes. Cobrando 3% do valor da venda, a equipe de Samuelson inclui até ex-policial. 

No texto, uma história interessante: quando estavam negociando o Aston Villa, a equipe de Samuelson estava também monitorando a Liga de Futebol para saber o que estava acontecendo nos bastidores. Depois, Samuelson desconfiou que alguém estava falando com a imprensa. Obtendo os registros telefônicos, uma atividade ilegal, ele descobriu o nome de quem estava falando demais. 

Custo sanitário e a produção de filmes na Nova Zelândia


A Nova Zelândia ficou conhecida como sendo um grande cenário para filmes, como Senhor dos Anéis. Além de ter uma grande quantidade de recursos humanos especializada, o que inclui técnicos em efeitos especiais, as montanhas, praias e neves da Nova Zelândia pode ser uma atração a parte. E nas últimas décadas, o governo da Nova Zelândia ofereceu generosos subsídios para atrair a produção de filmes, a tal ponto que os chineses resolveram filmar propagandas partidárias por lá. Dinheiro do contribuinte sendo usado para financiar propaganda política.

Mas eis agora a Amazon decidiu transferir a filmagem da série (?) O Senhor dos Anéis, que deveria começar neste momento, da Nova Zelândia para Inglaterra. A justificativa apresentada seria a política sanitária do país, que exige 14 dias de isolamento, antes do começo dos trabalhos. A Amazon já tinha alugado um estúdio em Auckland e desistiu do projeto no país (lembrando que isto é custo perdido e não deve ser levado em consideração).   

A restrição sanitária poderia reduzir muitas produções cinematográficas em razão do custo derivado do Covid. Este custo sanitário está sendo levado em consideração na escolha do local de filmagem. Aparentemente, a Inglaterra não teria esta restrição.  

Foto: Tobias Keller

ESG é uma nova fase do capitalismo ?


Publicado pela Forbes, o texto a seguir defende, no título, o movimento ESG como sendo uma revolução. Mas os argumentos são mais no sentido de ser uma evolução. 

Revolução ESG inaugura nova fase do capitalismo 

Solange Guimarães 

ESG trata da incorporação de práticas de sustentabilidade ambiental, inclusão social e governança no universo corporativo e sua transformação em um ativo financeiro tangível  

 Preocupação ambiental, comportamento ético e ações concretas para diminuir as desigualdades sociais eram considerados há pouco mais de 20 anos um diferencial, quase um luxo, das empresas que se pretendiam sustentáveis. Hoje atuar fortemente nesses temas passou a ser mandatório para qualquer organização. Mais que metas e propósitos intangíveis, mais que declarações públicas de boas intenções, as companhias têm que provar com fatos e dados o que estão fazendo e demonstrar com métricas e indicadores auditáveis o impacto positivo de suas atividades. A sustentabilidade em diferentes âmbitos entrou em um novo patamar e essa fase tem nome, ou melhor, sigla: ESG, do inglês environmental, social and governance, ou seja, ambiental, social e governança.  

 Essencialmente, o ESG trata da incorporação de práticas de sustentabilidade ambiental, inclusão social e governança no universo corporativo e sua transformação em um ativo financeiro tangível. Os critérios ESG se tornaram relevantes na análise de riscos e na tomada de decisões dos investidores e já impactam nas decisões de compra dos consumidores. Sua relevância é tamanha que empresas do mundo inteiro têm investido para fazer com que suas políticas de governança tragam retornos ambientais e sociais o quanto antes.  

 Esse novo propósito perseguido pelas organizações é uma mudança de paradigma diante da máxima liberal, que imperou na segunda metade do século 20, de que o objetivo de uma empresa deveria ser gerar lucro para garantir retorno ao acionista. Essa ideia, defendida pelo economista Milton Friedman, começou a ficar ultrapassada em 2004 quando a Organização das Nações Unidas, sob a batuta do secretário-geral Kofi Annan, estabeleceu os pilares do desenvolvimento sustentável.  

De lá para cá, grandes líderes empresariais vêm debatendo a responsabilidade corporativa e seu compromisso com todos os públicos de interesse (não apenas o acionista), o chamado Capitalismo de Stakeholders. Um manifesto de 2019 da Business Roundtable, associação que reúne as maiores corporações dos Estados Unidos – entre elas Amazon, Apple, Bayer, Coca-Cola, Dell e IBM –, com as assinaturas de 181 CEOs, reforçou que o propósito das corporações deve ser o bem-estar social. No ano seguinte, Larry Fink, CEO da BlackRock, maior gestora de fundos do mundo, declarou a sustentabilidade como seu novo padrão de investimentos e convocou os investidores a dar preferência às empresas com propósito.  

 A convergência de interesses que coloca o ESG em destaque é muito influenciada pelos investidores, pela opinião pública e pelas mudanças de hábitos de consumo. Levantamento realizado pelo Instituto Akatu e a GlobeScan sobre as percepções dos consumidores em 27 países mostrou que no Brasil mais de 70% dos consumidores esperam que as empresas não agridam o meio ambiente e mais de 60% querem que as empresas estabeleçam metas para tornar o mundo melhor.  

“ESG passou de uma questão estratégica periférica para ser central e dominante. Executivos e stakeholders (boards, funcionários de todos níveis, agentes, governo, reguladores e a sociedade) reconhecem que ESG é um direcionador de valor e estão proativamente endereçando esses fundamentos”, explica Alexandre Pierantoni, diretor da Duff&Phelps no Brasil, consultoria global de finanças corporativas.  

Christian Gebara, presidente da Vivo, comprova. “A sustentabilidade está na nossa estratégia, alinhada às expectativas de clientes, acionistas, fornecedores, colaboradores e sociedade, nos aspectos ambientais, sociais e de governança. Com o Vivo Sustentável – um dos nossos pilares de negócio – damos um olhar consciente para os impactos das nossas atividades e as conexões que construímos com o planeta. Assumimos, assim, o protagonismo para dialogar sobre diversidade, cuidado com o meio ambiente e uso consciente da tecnologia, por exemplo. Tudo isso, apoiado na relevância, na liderança e na credibilidade da nossa marca, que tem como propósito digitalizar para aproximar.”  

Além de influenciar a percepção da sociedade, os indicadores ESG também definem a atratividade de uma empresa tanto no mercado de capitais quanto para questões relacionadas a fusões e aquisições, ou seja, impactam diretamente no valuation das companhias.  

“As empresas querem fazer negócios com quem investe em modelos mais sustentáveis, que possam contribuir para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que entreguem valor à sociedade com um sistema de governança que permita transparência e conduta responsável em todas suas atividades”, afirma José Luiz Moreira, CEO da IHM, empresa do Grupo Stefanini. Especializada em transformação digital, a IHM criou uma divisão focada em soluções tecnológicas que ajudam as indústrias a executarem suas agendas de ESG, sobretudo na adaptação ao processo de transição energética pelo qual o mundo está passando.  

A transição energética deve atrair investimentos massivos e, pelo potencial que o Brasil apresenta para as energias solar e eólica e em biocombustível, a neutralidade de emissão de carbono representa uma grande oportunidade para a inserção internacional do país.  

Enquanto a geração de eletricidade e o transporte representam 53% das emissões globais de gases do efeito estufa, no Brasil o setor de energia é responsável por apenas 8% das emissões, pois aqui predominam as usinas hidrelétricas. “Com a expansão da produção eólica, solar e de biomassa, além da substituição de térmicas a diesel e de investimentos em estrutura de armazenamento de energia, o Brasil pode assumir a liderança da energia sustentável”, avalia o economista Gesner Oliveira, coautor do livro “Nem Negacionismo Nem Apocalipse – Economia do Meio Ambiente: Uma Perspectiva Brasileira”.  

Economia circular  

Gesner Oliveira também vê potencial na geração de energia a partir dos resíduos sólidos urbanos e estimula a economia circular em cada cadeia produtiva. O conceito de economia circular defende o melhor uso dos recursos naturais, por meio de novas oportunidades de negócios, da otimização na fabricação de produtos e da reciclagem dos resíduos, de forma a depender menos de matéria-prima virgem, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.  

Na metalúrgica Tupy, multinacional brasileira com sede em Joinville, Santa Catarina, 99% do material metálico utilizado como matéria-prima teve origem na reciclagem e metade do volume total de resíduos gerados são reciclados. Destes resíduos, cerca de 75 mil toneladas foram transformadas em coprodutos e utilizadas em outras cadeias produtivas.  

Já a seguradora Zurich, uma das mais tradicionais do mundo, acaba de anunciar um “selo verde” para certificar as oficinas mecânicas parceiras no Brasil. A ideia é estimular a utilização de insumos com baixo impacto ambiental, processos de destinação de resíduos líquidos e sólidos e de reutilização de recursos. A aferição será feita pelo Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), e a expectativa é que a mudança das práticas gere ganhos de eficiência, economia de custos, produtividade e maior captação de clientes.  

Pioneira no segmento de gestão ambiental, a Ambipar ganhou relevância internacional por desenvolver soluções que promovem a economia circular, ou seja, que buscam reintroduzir os resíduos na cadeia produtiva, gerando mais uma fonte de receita para as empresas clientes e reduzindo o impacto ambiental. Foi o centro de pesquisas da Ambipar que mostrou à indústria farmacêutica a viabilidade técnica e econômica da reutilização do colágeno usado para envolver cápsulas de vitaminas e outros medicamentos. O resíduo, que iria para aterros sanitários, passou por estudos e análises e se tornou um protótipo de sabonete que, dermatologicamente testado e aprovado, provou ser uma excelente matéria-prima para a indústria de cosméticos.  

Cristina Andriotti, CEO da Ambipar, explica que a empresa também é especialista em atendimento a emergências ambientais e tem bases operacionais distribuídas estrategicamente na América do Sul, América do Norte, Europa, África e Antártida. “Nossa maior visibilidade, no entanto, é com o gerenciamento de resíduos com foco em valorização”, comenta. A Ambipar abriu capital em 2020, e a demanda pelos papéis foi a maior já registrada na história da Bolsa de Valores brasileira (B3) em uma oferta pública inicial.  

  A hora e a vez do S  

Pesquisas mostram que os temas relacionados a E (enviromental) têm tido a maior parte de atenção e que questões de S (social) e G (governance), embora endereçadas, aparecem em segundo patamar. No Brasil, as empresas têm buscado um maior equilíbrio entre os três temas. No âmbito da governança, há questões de controle corporativo e problemas a serem mapeados, como fraudes, corrupção, risco de ataque cibernético, exposição e relacionamento político, entre outras. No aspecto social, há forte demanda da sociedade brasileira pelo tema da diversidade e inclusão.  

Para Maria Eugênia Buosi, CEO da Resultante ESG, escritório especializado na integração das práticas a companhias, investidores e instituições financeiras, o S caminha mais lentamente porque incomoda, afeta o modelo de negócios, mas mexe também com o modelo mental, valores, polêmicas. “No fim do dia, ESG é sair da zona de conforto. Se não está doendo, não está sendo feito direito”, declara. “Se estamos vivendo os maiores desafios ambientais e sociais da história, com risco iminente de uma crise climática e de perda maciça de biodiversidade e um abismo social em que 1% da população detém 50% da riqueza, não há como resolver esses desafios fazendo as mesmas coisas de sempre. É preciso mudar. E isso incomoda.”  

É por isso que os especialistas apontam que o processo de implementação de mudanças organizacionais só se dará de forma completa e definitiva com o apoio e a liderança da alta gestão e dos controladores da empresa.  

“Em uma jornada de quase 15 anos, tornamos ESG parte fundamental das nossas estratégias. Com isso, além de contribuirmos para um mundo mais sustentável, buscamos inspirar princípios de confiança, criar oportunidades iguais, aproveitar o poder de todas as gerações e empoderar comunidades locais. Nesse sentido, estamos atentos e ativos no desenvolvimento de ações de sustentabilidade e inclusão, trabalhando por nossas metas e demonstrando à sociedade, de forma transparente, os resultados que já conquistamos”, afirma Rafael Segrera, presidente da Schneider Electric para América do Sul. “Sustentabilidade é parte integrante e indissociável dos nossos negócios.”  

Uma estratégia que vem sendo utilizada para dar mais consistência e celeridade às transformações é utilizar os frameworks de complianceR e governança para implementação dos pilares de ESG. “A criação de processos e controles relacionados ao combate ao trabalho escravo é muito semelhante aos processos de compliance que muitas empresas já possuem para lidar com uma série de outros riscos de terceiros, como suborno e corrupção, lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo”, ressalta Ian Cook, diretor da Kroll no Brasil, empresa mundial de gestão de riscos e investigações corporativas. 

“O compromisso com práticas de ESG deixou de ser uma opção”, sentencia Luciano Guidolin, presidente da consultoria Stelagu Capital e Gestão Empresarial. “As empresas que quiserem sobreviver terão de ir além da retórica na defesa dos interesses da sociedade.”

15 agosto 2021

Educação Online está funcionando?

 Resumo:


The pandemic has revived the longstanding debate about the effect of online versus face-to-face instruction on student achievement. The goal of this paper is to provide new evidence on the impact of online versus face-to-face instruction on student learning outcomes, using rich, transcript-level longitudinal data from a public university. We pay particular attention to eliminating selection bias by incorporating student and instructor fixed effects into the empirical analysis as well as to separate out the impact of online versus in-person education from COVID-19-related confounding factors. Our results indicate that students in face-to-face courses perform better than their online counterparts with respect to their grades, the propensity to withdraw from the course, and the likelihood of receiving a passing grade. However, our investigation also reveals that instructor-specific factors, such as leniency in grading or actions towards preventing violations of academic integrity, play a significant role in determining the studied relationship. Without accounting for these instructor-specific factors, the relationship is severely biased, causing one to mistakenly conclude that online instruction is better for student learning than face-to-face instruction. Our analysis further documents a rise in grades associated with COVID-19-triggered changes to student assessment policies embraced by universities as well as instructors adopting a more flexible approach to grading. While these developments led to an increase in grades for all students overall, those who began Spring 2020 in face-to-face courses appear to have benefitted more generously from them. Finally, an auxiliary analysis shows that living in neighborhoods with better broadband technology is associated with a larger increase in grades among students who had to switch from in-person to online instruction during COVID-19. This finding supports the argument that unequal access to technology might have caused learning disparities to get deepened during the pandemic

Is Online Education Working? Duha Tore Altindag, Elif S. Filiz, and Erdal Tekin NBER Working Paper No. 29113 July 2021 JEL No. H75,I21,I23



14 agosto 2021

13 agosto 2021

Investidor pode fazer a diferença


Essa última onda de especulações sobre o futuro da indústria [do petróleo] começou em 26 de maio de 2021, quando um tribunal holandês ordenou que a Royal Dutch Shell reduzisse suas emissões 45% até 2030 a partir dos níveis de 2019. Isso inclui emissões de veículos que queimam a gasolina da Shell, algo pelo qual a indústria do petróleo nunca foi responsabilizada legalmente.

Cavando mais profundamente na decisão do tribunal, é claro que os juízes prestaram atenção à ciência. (...) O tribunal considerou a Shell parcialmente responsável por esse aumento [da temperatura da Terra].

(...) A Shell planeja apelar a decisão no tribunal holandês, e isso sem dúvida envolverá um debate prolongado sobre o que significa "ilegal" no contexto do Código Civil Holandês.

(...) Os tribunais também são muito lentos para agir. Lembre-se de que a resposta da Exxon ao derramamento de petroleiro Exxon Valdez em 1989 amarrou os tribunais por mais de uma década.

Portanto, embora os processos possam adicionar pressão pública, os tribunais não são as principais forças de mudança no momento.

Investidores e mercados detêm mais poder

No mesmo dia, o tribunal holandês decidiu sobre o caso da Shell, acionistas da Chevron aprovaram uma resolução para exigir que sua empresa, sediada em São Francisco, também reduza as emissões do "escopo 3" - as emissões criadas pelo uso dos produtos da empresa. E os acionistas da Exxon, com o apoio do maior gerente de fundos de investimento do mundo, a Blackrock, votaram pela expulsão três membros do conselho e substituí-los por especialistas em energia renovável e ciência do clima.

Com os votos dos acionistas da Chevron e da Exxon, é importante reconhecer que a maior parte das propostas de maioria dos votos também é não implementado ou são diluídos em várias rodadas de votos subsequentes Se eles são bem-sucedidos depende muito mais das negociações entre os acionistas e a empresa.

São investidores como a Blackrock que podem mudar a balança. Com a Blackrock do lado dos acionistas que estão pressionando por mudanças, é possível que as duas principais empresas de petróleo sejam forçadas a adotar uma estratégia de investimento mais favorável ao clima.

Blackrock, Vanguard e State Street têm imenso poder na sala de reuniões. Eles estão agora entre os maiores acionistas das empresas de petróleo e gás dos EUA, atualmente detendo 18,5% de Exxon e 19,4% da Chevron. Eles também possuem cerca de 20% das empresas do mercado S&P 500, incluindo um pedaço grande de ações nos grandes bancos que financiam essas empresas.

(...) O incentivo mais forte para a mudança da indústria de combustíveis fósseis pode, portanto, ser a disciplina de grandes investidores nos mercados financeiros. Quando grandes investidores, como a Blackrock, não recebem retornos sobre seus investimentos proporcionais ao risco financeiro, eles agem cortando suas participações ou usando seu poder de voto para efetuar mudanças.

Embora eu acredite que este seja um passo na direção certa, não conte com isso como uma solução ideal, no entanto, porque a Blackrock e os outros grandes fundos de ativos tendem a promover mudanças corporativas isso beneficia seus investidores, não necessariamente o público em geral.

O mercado começou a prestar atenção

Vários anos atrás, eu produzi evidências que, quando os investidores avaliaram empresas com maiores emissões de gases de efeito estufa, consideraram os custos potenciais de futuros processos e regulamentações, o que afetar os preços das ações. Na época, no entanto, o mercado prestou pouca atenção a esse passivo, talvez por causa do histórico bem-sucedido da Exxon em defender ações climáticas.

No outro artigo, mostrei que o mercado prestou atenção ao orçamento de carbono (...) e para evidências de que os ativos de combustíveis fósseis podem perder valor em um mundo mais quente.

Esse não é mais o caso. Os mercados estão agora prestando muita atenção a ambos. A década passada viu o mercado em alta mais forte em 50 anos. No entanto, investimentos em os estoques de combustíveis fósseis perderam cerca de 20% de seu valor na mesma década. Enquanto isso, o preço do carbono na Europa dobrou nos últimos 12 meses. (...)

Portanto, na minha opinião, não são os tribunais que forçarão a indústria de combustíveis fósseis a reduzir as emissões. Pelo menos no curto prazo, parece que o que fará a diferença será uma mudança nas estratégias dos investidores, longe de investimentos de alto risco e alto carbono e em direção a produtos e serviços mais limpos que possam obter retornos superiores para os acionistas.

O tempo dirá. Mas eu apostaria na Blackrock, Vanguard e State Street e nos mercados financeiros como melhores instrumentos para reduzir ou eliminar as emissões de carbono das grandes empresas de petróleo e gás, não dos tribunais.

Fonte: Paul Griffin, The Conversation

PwC e contratação de 100 mil funcionários


Uma das Big Four, a PwC anunciou uma mudança, investindo pesadamente em mão de obra. No seu anúncio, a empresa falou no aumento em 100 mil novos funcionários, uma expansão para 284 mil. Uma grande parte das contratações serão de estudantes de minorias étnicas, aumento nos negócios na Ásia e Pacífico, o foco no ESG (ambiente, social e governança, na ordem) e aquisições. 

Trata-se da "maior mudança estratégica" desde a compra da empresa de consultoria Booz & Co em 2014. Em termos financeiros, trata-se de investimento de 12 bilhões. O anúncio foi destaque no Financial Times

Unicórnios são viáveis?

 

A Amazon é um exemplo de sucesso entre empresas inovadoras. A partir do seu 15o. ano de existência, a empresa já tinha alcançado o equilíbrio. O pior desempenho foi em 2002, com prejuízo de 3 bilhões. 

As perdas acumuladas do Uber excederam US $ 23 bilhões, enquanto as do Snapchat excederam US $ 8 bilhões, Airbnb e Lyft US $ 7 bilhões, Palantir US $ 6 bilhões e Nutanix US $ 5 bilhões. Bloom está perto de US $ 2,5 bilhões. Estimativas recentes para o WeWork, que não divulga dados, colocam suas perdas acumuladas em aproximadamente US $ 10 bilhões em março de 2021.

Muitas dessas startups têm enormes avaliações. Atualmente, Snap, Airbnb e Uber estão avaliados entre US $ 90 e US $ 100 bilhões, enquanto o Palantir está avaliado em US $ 46 bilhões, Lyft em US $ 20 bilhões, Nutanix em US $ 8 bilhões e Bloom Energy em US $ 4,6 bilhões. (...)

Em resumo, a Amazon não é um bom modelo para os unicórnios que perdem dinheiro hoje. Só porque uma startup conseguiu ter sucesso, não significa que outras também terão sucesso, principalmente quando a Amazon alcançou lucratividade no décimo ano de existência. A maioria dos unicórnios que perdem dinheiro hoje tem mais de 10 anos, alguns com 20 anos. Além disso, as perdas acumuladas para muitas dessas startups ainda continuam a aumentar sem reviravoltas à vista. 

(Os valores não foram ajustados pela inflação, mas creio que isto não afeta substancialmente as conclusões)

Fonte: aqui

Links


Presença de verbete na Wikipedia, assimetria da informação e oferta pública de ação

Uma imagem vale mais que mil palavras: Medindo o sentimento do investidor, combinando aprendizado de máquina e fotos de notícias (já participei de um exame de trabalho de final de curso e adorei o título)

O tempo e o investimento

Hipótese dos mercados inelásticos

Via aqui

Foto: Markus Spiske

06 agosto 2021

Patrimônio da Unesco

 

A lista de patrimônio mundial da Unesco concentra em alguns países do mundo: Itália, China, Alemanha, Espanha, Espanha, França, entre outros. O Brasil aparece na lista com 23 locais. Em 2020 nenhum novo local foi inscrito, mas em 2021 29 novos locais foram adicionados. Atualmente são 1.155 locais, sendo 52 correndo algum tipo de risco, nenhum no Brasil. 

A localização está no mapa abaixo:





Eis a lista:

Centro histórico de Ouro Preto
Centro histórico de Olinda
Missão Jesuíta Guaranis
Centro de Salvador
Igreja de Bom Jesus de Congonhas
Parque do Iguaçu
Brasília
Serra da Capivara
Centro de São Luís
Floresta Atlântica
Costa Atlântico
Diamantina
Amazônia
Pantanal
Ilhas do Atlântico
Cerrado: Veadeiros e Emas
Cidade de Goiás
São Cristovão
Rio de Janeiro
Pampulha
Valongo
Parati e Ilha Grande
Sítio Burle Marx

SEC quer mais poder para fiscalizar criptomoedas

Eis texto da Forbes 

Na última terça-feira (3), na Conferência do Fórum de Segurança de Aspen, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), Gary Gensler, afirmou que o órgão precisa de mais autoridade para regular totalmente o mundo das criptomoedas e proteger os investidores, especialmente quando se trata das plataformas DeFi (Empréstimos e Finanças Descentralizadas, na sigla em inglês). 

“Neste momento, esses ativos especulativos digitais, como bitcoin e outros, simplesmente não possuem proteção de investimento suficiente e, francamente, neste momento, é como se fosse um faroeste selvagem” disse Gensler. (...)

Por causa de sua trajetória profissional, Gensler é visto por muitos na indústria como um amigo ou, pelo menos, como um agente neutro quando se trata de criptomoedas. No entanto, ele deixou claro em seu discurso que, embora possa ser neutro do ponto de vista da tecnologia, ele não terá essa mesma postura quando se trata de regulação.  

Ao avaliar o contexto desses ativos digitais, Gensler diz ver um sistema que opera contra os investidores comuns. Ele se preocupa particularmente com a comercialização em plataformas descentralizadas de uma infinidade de criptos e derivados, incluindo stablecoins, que ele acredita estarem sob a jurisdição da SEC por serem títulos, independentemente da nomenclatura.  

Isso pode ser prejudicial aos investidores porque pode criar assimetrias de informação entre o emissor e o comprador, deixando o investidor exposto. Até o momento, os únicos criptoativos amplamente aceitos no mercado são o bitcoin e o ethereum.  

“Certas regras relacionadas a ativos de cripto estão bem estabelecidas. O teste para determinar se um ativo é um título é claro. No entanto, existem algumas lacunas. Acho que precisamos de mais poder do Congresso para evitar que transações, produtos e plataformas se beneficiem de brechas regulatórias ”, diz Gensler.  

Ainda assim, Gensler acredita que a tecnologia derivada do bitcoin, como a tecnologia de ledger desenvolvida por Satoshi Nakamoto, é importante e se tornará um catalisador para mudanças em diferentes campos do mercado financeiro. Ele também acredita que os criptoativos ainda não atendem amplamente aos três requisitos de uma moeda fiduciária: reserva de valor, unidade de medida e meio de troca. “Nenhum ativo de cripto funciona totalmente como dinheiro. O bitcoin tem algumas das características do dinheiro, mas não todas.” (...) (grifo nosso)

Foto: aqui

Estar presente no trabalho ajuda na promoção

Um estudo distribuiu aleatoriamente empregados de uma agência de viagens nove meses de trabalho integral em casa ou a tempo integral no escritório, os funcionários em casa tinham cerca de metade da probabilidade de receberem uma promoção como os seus colegas de escritório. Isto era verdade, embora os trabalhadores à distância fossem 13% mais produtivos, fazendo mais chamadas por minuto e tirando menos pausas e dias de baixa por doença.

(Deal Book New York Times) 

Foto: Inside Weather

Links


Por que os jogadores de games são muito melhores do que os cientistas na captura de fraudes? (Achei injusta a comparação, mas ok)

Os hospitais dos EUA começaram a postar seus preços on-line (interessante o fato de estarem aparecendo empresas que fazem o trabalho de intermediação entre os dados disponibilizados e os usuários)

Como o Prime Day, da Amazon, é algo genial (?!) (para o bem e para o mal)

Diferença entre método e metodologia

Rir é o melhor remédio

 

Stress de contador