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17 dezembro 2019

CVM condena dois (e livra 7) no julgamento da Petrobras

A Comissão de Valores Mobiliários tem como missão

Desenvolver, regular e fiscalizar o Mercado de Valores Mobiliários, como instrumento de captação de recursos para as empresas, protegendo o interesse dos investidores e assegurando ampla divulgação das informações sobre os emissores e seus valores mobiliários.


Os problemas da empresa Petrobras apareceram no passado e agora a entidade começou a julgar alguns dos processos envolvendo a empresa. Dois deles, abertos em 2016 (sobre fatos ocorridos antes), foram julgados ontem pela entidade. E o resultado é desanimador. No primeiro processo

aprovações relacionadas às contratações dos navios-sonda Petrobras 10.000, Vitória 10.000 e Pride DS-5, bem como à contratação da Schahin Engenharia S.A. como sociedade operadora do navio-sonda Vitória 10.000.

Resultou na condenação de Nestor Cuñat Cerveró (na qualidade de Diretor Internacional da Petrobras), que não poderá atuar, por um prazo de 15 anos, em cargo administrativo ou de conselheiro fiscal de companhia aberta. E deverá pagar multa de 1,2 milhão de reais. O segundo deles, sobre a contratação do navio-sonda Titanium Explorer, o diretor internacional Jorge Luiz Zelada foi condenado a pena parecida (multa e afastamento de qualquer cargo em cia aberta).

O problema foi a decisão da entidade com respeito a Almir Guilherme Barbassa, Guilherme de Oliveira Estrella, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, Paulo Roberto Costa, Renato de Souza Duque, Ildo Luís Sauer e Maria das Graças Silva Foster (ex-diretores da empresa). A entidade entendeu (com manifestação contrária de um dos diretores) que ocorreu prescrição aos acusados. Um dos votos considerou melhor “privilegiar a segurança jurídica “

Prescrição geralmente tem um culpado: o regulador. Acho que a missão não foi cumprida no julgamento.

Veja a decisão aqui

Balanço e Terceiro Setor

As entidades do terceiro setor devem apresentar suas demonstrações contábeis para os membros da sociedade. O principal usuário é o doador, que irá usar as demonstrações contábeis para avaliar a saúde da entidade e sua continuidade. Os doadores não querem colocar dinheiro em entidades com problemas financeiros. Uma forma de tomar esta decisão é olhar para o balanço e tentar ver a posição do net asset. Valores positivos seriam considerados como entidade solvente; o que gera doações.

Uma pesquisa mostrou existir uma relação entre a posição patrimonial destas entidades e as doações, nos Estados Unidos:

Using Form 990 data reported by public charities, we document significant bunching of nonprofits at near-zero net assets, the threshold for insolvency. Bunching occurs despite the fact that creditors cannot force insolvent nonprofits into involuntary bankruptcy. We show that the extent of bunching is greater among organizations that rely more heavily on contribution revenue, and that by inflating their net assets, bunching organizations are able to increase their contribution revenue relative to firms that report negative net assets. Charitable donors appear to use the net assets threshold as heuristic for a charity's financial health; nonprofit managers, in turn, respond to the preferences of their donors.

Oscar e Números

Para quem gosta de filmes:
As chances de um ator mais idoso ganhar o Oscar é reduzida (linha contínua mais forte), mas para o ator coadjuvante as chances aumentam com a idade (linha pontilhada mais forte). A atriz tem muitas chances se for bastante jovem, ou com mais idade. Via aqui

Rir é o melhor remédio

De dieta

16 dezembro 2019

Efeito Amazon

Segundo o texto "Inflação no país parece sentir o efeito Amazon", a tecnologia pode explicar o fato da inflação não ter subido nos últimos tempos:
Mas a figura parece contradizer um pouco esta teoria. Talvez em razão de algumas startups não estarem consolidadas. Mas a mesma força que explica a contenção da inflação, também explica o comportamento dos preços da educação e saúde. Trata-se do Efeito Baumol, já que exploramos diversas vezes aqui no Blog

Empresas na Bolsa do Brasil

Há um mês, o Valor publicou uma reportagem indicando que o número de empresas no mercado acionário brasileiro é um dos menores já registrados. Veja no gráfico:
O valor de mercado, em relação ao PIB, poderia ser maior. Mesmo com o crescimento recente, o percentual é de 61,2%
(Isto também é um indicador de bolha acionária). Mas o número parece baixo, com relação a média mundial:
Em fevereiro destacamos que a empresa B3 é extremamente lucrativa. Veja o que dizemos:

Além disto, nos últimos anos, enquanto a receita aumentava, o número de empresas que participava do mercado de capitais diminuía
Isto é incoerente com a missão da empresa e com o que a sociedade espera de uma bolsa de valores

Valor de um jogador

Especialistas apontam que a composição do valor de um jogador é formada por aspectos objetivos, como os títulos conquistados, o desempenho dentro de campo e a importância que o atleta tem para o time, mas também por fatores subjetivos, como a maneira como ele é visto pela torcida e a imprensa. (...)

Entre elas estão a posição do atleta em campo, idade, contrato, desempenho esportivo individual e sua importância para o time, ações disciplinares (faltas e número de cartões), desempenho na seleção, avaliação dos meios de comunicação osbre seu trabalho e seu potencial comercial, além do desempenho da equipe em que joga e competitividade da liga que disputa. (...)

Na lista de fatores importantes, a idade tem grande peso ainda, pois representa o potencial do atleta de gerar receita em futuras transferências. 

Nem só de gols vivem os craques, Gonçalo Junior, Estado de S Paulo, 8 de dez 2019, A21

Em outro texto, uma informação sobre Neymar Jr:

Por causa disso, ele [Neymar] perdeu R$277 milhões de valor de mercado, de acordo com estudo feito pelo Centro Internacional de Estudo do Esporte (CIES), organização independente de pesquisa com sede na Suíça.

Contusão e confusões jogam o valor de Neymar para baixo, idem

Rir é o melhor remédio

Trabalho perfeito

15 dezembro 2019

Efeito Hathaway

Em uma conferência realizada em junho, em Frankfurt, Alemanha, o presidente do Iasb comentou sobre o que está ocorrendo na entidade. Depois de falar sobre a IFRS como padrão global e dos desenvolvimentos de padrões. Na metade da palestra, comentou sobre Primary Financial Statements (vide aqui, anteriormente no blog).

O foco das Demonstrações Financeiras Primárias é a DRE. Ele faz um comentário interessante sobre o Efeito Hathaway:

Em 2012, o pesquisador americano Dan Mirvish notou uma correlação entre as notícias que mencionam Hathaway e um aumento no preço das ações da Berkshire Hathaway de Warren Buffett. Não é de todo surpreendente, até você perceber que muitas notícias não se relacionam com Berkshire Hathaway, mas com a atriz de Hollywood, Anne Hathaway. O mesmo acontecia cada vez que um filme de Anne Hathaway era lançado - seis vezes em dois anos - demais para ser uma coincidência. Dizia-se que os sistemas de negociação algorítmica mal configurados estavam em falta, comprando ações da Berkshire Hathaway sempre que a Hathaway foi mencionada nas notícias.

Ou seja, o computador não fazia diferença entre Anne e Warren. Concordo com Hans Hoogervorst: é uma boa história. Mas realmente não consegui ver como isto ajuda a entender a relação com o projeto de PFS.

Revisores de periódicos ruins

Uma  pesquisa (aqui, via aqui) entrevistou mais mil cientistas de diversos países e várias áreas para saber a sua relação com os revisores. O resultado mostrou que mais da metade dos entrevistados recebeu uma revisão “não profissional” e uma outra quantidade expressiva - a maioria dos entrevistados - disse que recebeu comentários problemáticos, que incluíam críticas pessoais e não construtivas.

Muitos leitores já passaram por isto. Recentemente o autor desta postagem recebeu uma crítica severa sobre uma pesquisa, onde o revisor propunha uma mudança na metodologia. Eu e a co-autora fizemos o que o revisor solicitava. Mesmo assim ele recusou o artigo (O pior neste caso é o editor, que aceitou passivamente esta atitude do revisor).

Em muitos casos, as críticas relatadas na pesquisa prejudicaram a carreira acadêmica dos entrevistados. Um dos relatos é de uma pesquisadora com pós-doutorado em New Hampshire que tentou um ensaio na Science e recebeu uma crítica negativa ao seu inglês. Em muitos casos, as críticas são próximas ao bullying. E por isto existe uma sugestão que as críticas sejam publicadas, em lugar de serem mantidas em sigilo. Isto poderia melhorar a qualidade e o profissionalismo dos revisores. Mas isto pode expor os novos pesquisadores à retaliação dos mais antigos.

Rir é o melhor remédio

amor incondicional

14 dezembro 2019

Quem paga os artigos?

Quando uma pesquisa é publicada, quem deveria pagar pelo artigo. Algumas opções: (a) quem está publicando, pois é de seu interesse que a pesquisa seja divulgada; (b) o assinante do periódico, pois é de seu interesse a leitura; (c) instituições de fomento à pesquisa (incluindo o governo), pois a divulgação da pesquisa pode trazer benefícios para todos. (Esqueci alguma outra opção?)

Este é um tema bastante discutido nas ciências. O movimento da publicação aberta de artigos, onde todos podem ler os artigos, tem crescido. A divulgação que a Elsevier, uma das grandes editoras científicas, tem uma margem de lucro de 37%, também ajuda neste debate. A reação da Universidade da Califórnia (vide aqui) é mais um capítulo nesta questão. Questões ideológicas também são consideradas neste debate. Eis uma posição sobre o assunto:

Algo huele a podrido en el mundo de las publicaciones académicas. Los investigadores ponen casi todo el trabajo: escriben los artículos, los evalúan y realizan la tarea editorial, todo esto de manera prácticamente gratuita. Sin embargo, las universidades deben pagar cuantiosas subscripciones para que sus investigadores puedan leer estos artículos. Los márgenes de las empresas editoriales que publican estas revistas sugieren que los precios que cobran son muy superiores a sus costes. Por ejemplo, Elsevier, una de las líderes del sector, tuvo en 2018 un margen
operativo del 37%.

A raíz de este problema, en los últimos años ha cobrado fuerza el movimiento a favor del acceso abierto (open access). La idea es sencilla (ver la discusión de Armstrong 2015). Obliguemos a las editoriales a que pongan libremente a disposición de los lectores todos sus artículos y, si quieren cobrar a alguien, que cobren a los autores. Las bibliotecas universitarias se ahorrarían las cuantiosas subscripciones y todos los lectores tendrían acceso a los artículos de investigación. Esta idea ha sido acogida con entusiasmo por muchas instituciones públicas, incluyendo el Consejo Europeo de Investigación (ERC) y ha dado lugar al llamado plan S. Según esta iniciativa, a partir del 1 de Enero de 2020, todos los científicos e investigadores cuya investigación ha sido financiada por el ERC deberán publicar su trabajo únicamente en revistas de acceso abierto o en repositorios abiertos. (...)

En cualquier caso, en lugar de obligar a los investigadores a que publiquen en revistas de acceso abierto, quizás harían mejor las instituciones públicas en exigir que publiquemos en revistas sin ánimo de lucro, independientemente de que estas cubran sus gastos cobrando a los lectores, a los autores, o a los miembros de la asociación.

Rir é o melhor remédio

Eis uma história interesse de professor e aluno. Geralmente na aula na sua aula, um ou dois alunos vão ao banheiro. Mas no dia da prova, o número aumenta. Não é necessário dizer a razão.

Este professor, da "velha escola", preparou uma armadilha para seus alunos. Ele criou uma conta no site Chegg, um site que possui um grande número de perguntas e respostas. E colocou uma questão que cobraria na sua prova lá, com uma resposta aparentemente correta.

Dia de prova, uma das questões era a que o professor tinha cadastrado no site.

Dos 99 exames, 14 caíram na armadilha. O professor (do curso de engenharia) deu nota zero e levou o caso para universidade, por violação das regras de conduta.

13 dezembro 2019

Incerteza política

O valor de uma empresa depende de vários fatores, inclusive externos. Quando o país está com problemas, isto vai refletir no valor das empresas. Em termos de processo de mensuração, os problemas de um país estão refletidos, por exemplo, na taxa de desconto utilizada. Países com problemas devem apresentar um risco maior e isto faz com que a taxa usada também seja maior.

Pensando em termos do modelo CAPM, os problemas externos estarão mensurados na taxa de livre de risco e no retorno do mercado. Além disto, em ambientes de incerteza, a provável geração de caixa pode ser frustada. Assim, não é surpresa quando os problemas existentes em um país afetam o valor das empresas.

Uma das possíveis medidas destes problemas externos é o índice de incerteza política. Proposto por Baker, Bloom e Davidson (aqui e aqui), o índice observa a quantidade de vezes que termos como "risco" são mencionados na imprensa. No caso de Baker, Bloom e Davidson, imprensa significa, no Brasil, a Folha de S Paulo.

Um estudo, recentemente publicado na Read, mostrou que esta relação entre incerteza política e destruição de valor ocorreu recentemente no Brasil, como era esperado.

Alinhado aos estudos prévios e de acordo com o esperado, observaram-se evidências de que o nível elevado de incerteza política alcançou a atividade econômica na forma de queda de desempenho e destruição do valor de mercado de empresas brasileiras. Estes resultados se mostraram robustos à utilização do índice EPU (Economic Policy Uncertainty) proposto por Baker, Bloom e Davidson (2013).

Lucro de Montadoras e Uber

Uma explicação interessante para o aumento nas receitas e queda nos lucros das montadoras: o Uber. A relação é a seguinte: o crescimento do Uber no Brasil trouxe um aumento de vendas para este mercado. Mas dois terços dos motoristas da Uber no Brasil não possuem veículo próprio. São 400 mil motoristas.

Isto tem aquecido o mercado de locação de automóvel. As locadoras cresceram e compraram veículos das montadoras. Mas estas empresas geralmente negociam em condições vantajosas. Assim, apesar do crescimento da receita, a margem é menor.

As vendas diretas, também conhecidas como vendas a frotistas, estão em nível recorde atualmente, representando 46% de todos os emplacamentos no Brasil ante nível de 25% em 2012, segundo a associação de concessionários de veículos, Fenabrave. Já as vendas no varejo, que carregam margens maiores, acumulam queda de cerca de 50% no período. (...)

Enquanto isso, as três principais locadoras de veículos do país, Localiza, Movida e Unidas, registraram lucros recordes em todos os anos, menos um, desde 2015, segundo mostram suas demonstrações de resultado.

John ou Paul?

Na rivalidade entre John e Paul, podemos ver que John realmente tinha músicas mais verdadeiramente inspiradoras, mas ele também tinha mais canções "Mehish". Paul foi um pouco mais consistente, com a maioria de suas músicas na categoria Adoro, mas um pouco menos de músicas que alcançaram a classificação de genialidade pura.

Conclusão
Paul foi o melhor Beatle. Simplesmente não há um vencedor claro, mas se pressionado, eu diria que essa análise mostra Paul como o compositor um pouco melhor. Uma coisa que pode ser dita com segurança é que John não era a única força motriz artística por trás dos Beatles


O autor usou Streaming (Paulo é mais popular, pois as 10 músicas mais escutadas, 5 são de Paul, 2 dos dois, 2 de John e 1 George) e sua própria análise das músicas dos Beatles.

Rir é o melhor remédio


12 dezembro 2019

Custo de Transação

Via aqui

Quanto vale a Aramco?

A Aramco tornou-se a empresa mais valiosa do mundo:

 Mesmo com estes números, ainda existe desconfiança sobre a instabilidade da Arábia Saudita e seu real valor. O percentual reduzido de oferta de ações também não ajuda.

Robert Rapier, em um texto para Forbes, tinha levantado algumas questões no início de novembro, que ainda são válidas. Considerando dividendos de 75 bilhões anuais e um valor de 2 trilhões, o dividend yield seria de 3,75%. Este mesmo índice seria de 4,8% para ExxonMobil, 3,9% para Chevron e 6,3% para BP. Isto parece não fazer sentido, para uma empresa onde o governo saudita é majoritário. E empresa de petróleo e governo parece não funcionar, segundo Rapier. Para seu argumento, ele usou o caso

Or, consider a situation that happened with Petrobras, which is primarily owned by the government of Brazil. A few years ago when oil prices spiked, the Brazilian government forced Petrobras to  subsidize the cost of fuel for Brazilians, which directly cost Petrobras shareholders. The lesson is that sometimes the interests of the government are going to conflict with those of shareholders, and shareholders will lose.

Ao colocar os pontos negativos e os pontos positivos em análise, parece que o valor da Aramco não é sustentável.

Pesquisas em 2019

O Google divulgou as principais pesquisas de 2019. Eis alguns resultados:

Buscas do Ano:
1. Copa América
2. Tabela do Brasileirão
3. Gugu Liberato
4. Vagas de emprego
5. Gabriel Diniz

Por que?
1. ... o Whatsapp parou de funcionar hoje?
2. ... são 21 tiros de canhão?
3. ... o Japão está na Copa América?
4. ... Carlinhos Brown saiu do The Voice?
5. ... não comer carne na Sexta-Feira Santa?

Como fazer
1. ... inscrição para o Enem 2019
2. ... ovo de Páscoa caseiro
3. ... que as pessoas gostem de mim
4 ...  ovo de colher
5. ... figurinhas no WhatsApp

Enquanto isto, em Portugal, as perguntas mais populares
1. Como saber onde votar?
2. Como funciona o Tinder?
3. Como fazer caramelo
4. Como fazer registro animal no SIAC?
5. Como preencher o IRS?

A seguir o vídeo

Impostos na Rede

Para o governo brasileiro, eis uma ideia interessante. Alguns governos estão taxando os gigantes digitais. Isto inclui Google, Apple e Facebook. Assim, em lugar de tirar dinheiro da classe média ou dos desempregados, imposto nas gigantes digitais pode ajudar na arrecadação de recursos e ao mesmo já possui precedente no mundo.

Agora foi a Espanha, que anunciou um imposto, a exemplo da França. É bem verdade que Trump ameaçou colocar impostos sobre produtos franceses, depois que a França anunciou um imposto de 3% sobre as gigantes de tecnologia. A Espanha seria o próximo país a impor o Imposto Google. E a OCDE parece estar apoiando a iniciativa.

Leia mais aqui

Rir é o melhor remédio

Professor, aula e prova

11 dezembro 2019

Melhores lugares para trabalhar

Veja, a seguir, os 50 Melhores para Trabalhar no Brasil em 2020 e suas respectivas notas:

1.SAP (Nota: 4,6)
2.ThoughtWorks (Nota: 4,5)
3.Google (Nota: 4,5)
4.Takeda Pharmaceuticals (Nota: 4,5)
5.Banco Votorantim (Nota: 4,5)
6.MetLife (Nota: 4,5)
7.Bain Company (Nota: 4,5)
8.Eurofarma (Nota: 4,5)
9.McKinsey & Company (Nota: 4,5)
10. Nubank (Nota: 4,4)
11. Globosat (Nota: 4,4)
12. Tokio Marine Holdings (Nota: 4,4)
13. Volvo Group (Nota: 4,4)
14. CIT (Nota: 4,4)
15. Scania (Nota: 4,4)
16. Edenred (Nota: 4,4)
17.Syngenta (Nota: 4,4)
18. Creditas (Nota: 4,4)
19. Amazon (Nota: 4,4)
20. Dell Technologies (Nota: 4,4)
21. Magazine Luiza (Nota: 4,4)
22. Loggi (Nota: 4,4)
23. Icatu Seguros (Nota: 4,4)
24. Cargill (Nota: 4,4)
25. Autoglass (Nota: 4,4)
26. B3 (Nota: 4,4)
27. Roche (Nota: 4,4)
28. Siemens (Nota: 4,4)
29. International Paper (Nota: 4,4)
30. Mercado Livre (Nota: 4,4)
31. John Deere (Nota: 4,3)
32. Basf (Nota: 4,3)
33. BRQ (Nota: 4,3)
34. Mars (Nota: 4,3)
35. Azul Linhas Aéreas (Nota: 4,3)
36. Microsoft (Nota: 4,3)
37. Bayer (Nota: 4,3)
38. Petrobras (Nota: 4,3)
39. Johnson Johnson (Nota: 4,3)
40. Braskem (Nota: 4,3)
41. Oracle (Nota: 4,3)
42. Robert Bosh (Nota: 4,3)
43. BV Financeira (Nota: 4,3)
44. Elektro Eletricidades e Serviços (Nota: 4,3)
45. Henkel (Nota: 4,3)
46. Suzano (Nota: 4,3)
47. Avanade (Nota: 4,3)
48. Senior Sistemas (Nota: 4,3)
49. Klabin (Nota: 4,3)
50. The Coca-Cola Company (Nota: 4,3)

Em geral as Big Four aparecem neste tipo de ranking. Não foi o caso. Observe que são avaliações realizadas por funcionários. Grande a presença de multinacionais.

Pontos Positivos e Negativos da IPO Aramco

Sobre a oferta pública de ações da Saudi Aramco, a empresa conseguiu captar 25,6 bilhões de dólares.

Uma análise atual mostra alguns pontos negativos e positivos do resultado final.

Pontos Positivos


O valor obtido é recorde mundial de lançamento de ações. Mesmo vendendo uma parcela tão pequena do capital, a Aramco toma o posto da chinesa Alibaba de maior captação de recursos no mercado

O lançamento atraiu um excedente de subscrições de 4,7 vezes o valor oferecido.

O valor de 1,7 trilhão é maior que a soma das cinco empresas de petróleo imediatamente seguintes. Ou seja, a Aramco é realmente uma empresa enorme

Pontos negativos

Há quatro anos, o governo queria fazer o lançamento no exterior, lançando de 5 a 10% do capital. O valor foi bem menor e o lançamento ocorreu na bolsa local

Mesmo prometendo pagar elevados dividendos, reduzindo os impostos, trazendo bons conselheiros para o processo e mudando a gestão, os investidores externos não apareceram com a voracidade esperada.

O governo realmente esperava um valor de 2 trilhões e expressou os descontentamento, até com a cobertura da mídia. A reação foi muito mais próxima a um patriotismo do que uma análise fria esperada dos gestores de um patrimônio valioso.

Parte da compra foi feita por instituições governamentais da Arábia Saudita (quase 10%, segundo a Bloomberg) e empresas sauditas (38%).

Utilidade marginal e Disney

Seria um exemplo de utilidade marginal?

Aqui (do WSJ)

Auditoria de Clima

A questão do reconhecimento dos efeitos do clima nas demonstrações contábeis volta a ser um assunto. Agora, investidores querem que as auditorias tratem isto de forma mais séria:

Investidores europeus que administram ativos no valor de mais de 1 trilhão de libras (1,28 trilhão de dólares) estão pressionando os principais auditores a tomarem medidas urgentes com relação aos riscos relacionados ao clima, alertando que o não cumprimento dessas medidas pode causar mais danos do que a crise financeira.

O argumento para uma auditoria mais rigorosa foi reforçado por declarações públicas de órgãos reguladores e vigilantes contábeis, destacando os riscos potencialmente sistêmicos que as mudanças climáticas podem representar.

Em uma carta enviada em janeiro às chamadas Big Four - EY, Deloitte, KPMG e PwC - os investidores disseram estar preocupados com o fato de as mudanças climáticas estarem sendo "ignoradas" em contabilidade e auditorias. A carta foi vista pela Reuters e seu conteúdo está sendo divulgado pela primeira vez.

"O principal é que não queremos outra crise financeira, e isso pode ser muito pior", disse Natasha Landell-Mills, chefe de administração da Sarasin & Partners, gerente de ativos, que está liderando a campanha por 29 investidores.

(...)Eles querem que os auditores contestem as premissas sobre preços de petróleo e gás a longo prazo, que sustentam os retornos dos acionistas.

"Desta vez, precisamos que nossos auditores estejam atentos e dêem alarme quando os executivos falharem em refletir perdas ou responsabilidades previsíveis", disse Landell-Mills à Reuters.

O International Accounting Standards Board (IASB) disse (...) que seus padrões IFRS tratam de questões relacionadas ao risco de mudanças climáticas, mesmo que não sejam explicitamente abordados.

"Esperamos que a administração relate sobre questões ambientais e sociais na medida necessária para que os usuários principais das demonstrações financeiras formem sua própria avaliação das perspectivas de longo prazo da empresa e da administração dos negócios pela administração", disse Nick Anderson (*), membro do conselho do IASB. (...)


Este membro tem um texto sobre a questão da mudança climática que pode ser acessado aqui

Rir é o melhor remédio

Propaganda: Algumas vezes a transparência não é a melhor opção

10 dezembro 2019

Corrupção foi maior na Petrobras

Em 2014, diante das denúncias de corrupção, a Petrobras estava diante de um dilema: como reconhecer as perdas em razão da existência de diversos funcionários (e políticos) que se aproveitaram da empresa para enriquecer. Depois de meses, a empresa terminou por reconhecer um valor de R$6,2 bilhões de pagamentos.

Na verdade, qualquer número seria um grande chute. Mas 6,2 bilhões parecia uma medida reduzida para o tamanho do rombo, dado que a percentagem do PF (“por fora”) era de 3%, segundo depoimentos coletados pela Lava Jato.

O atual presidente da Petrobras, que não fazia parte do corpo diretivo na época, afirmou que esta estimativa estava subestimada. Segundo Castello Branco

“Eu creio que essa estimativa, por melhores que sejam os critérios que orientaram sua elaboração, não corresponde à realidade. Somente da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, nós já recebemos de volta cerca de R$ 4,2 bilhões”

“Temos vários exemplos disso: US$ 15 bilhões jogados fora com o Comperj [Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro, no município fluminense de Itaboraí]. Um prédio na Bahia, a chamada Torre Pituba, onde se gastaram aproximadamente R$ 2 bilhões na construção do que eu chamo de templo da corrupção, porque foi superdimensionado para as necessidades da companhia. A Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, a mais cara do mundo, custou quase US$20 bilhões. E ainda ficou com a metade da capacidade do que havia sido planejado”

Orientação na Pós-graduação

Um dos principais temas dos corredores da pós-graduação é a questão da orientação. Entretanto este assunto carece de estudos mais aprofundados.

Um artigo da Nature, A message for mentors from dissatisfied graduate students, esclarece um pouco este assunto. Um dado assustador: 25% dos alunos disseram que mudariam de orientador se o tempo voltasse. Já um estudo da US National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine afirmou que a orientação é “fator mais importante na conclusão de um diploma em STEM [ciência, tecnologia, engenharia ou matemática]”. O relatório também cita estudos que mostram que os alunos efetivamente orientados têm mais probabilidade de publicar trabalhos e de concluir seu programa de doutorado.

Mas a pesquisa mostrou outro dado: nem sempre o aluno recebe um tempo adequado por parte dos seus orientadores. 49% dos estudantes afirmaram passar menos de uma hora individualmente com seu orientador a cada semana. Veja a figura abaixo:

Imagem do Brasil no exterior

Do Valor Setorial, Comunicação Corporativa, texto Imagem Negativa no Exterior, o seguinte gráfico:
A pesquisa foi realizada em veículos de comunicação pela Imagem Corporativa e abrangeu 13 veículos de comunicação de 11 países, incluíndo NY Times, Fnancial Times, The Economist e outros. No ano de 2019, o problema foram as notícias relacionadas com a questão ambiental.

Rir é o melhor remédio

Aposentadoria e robô

09 dezembro 2019

Espanha: escândalos, sem consequência

Un dicho recuerda que quien quiera derrotar a la corrupción debe estar dispuesto a enviar a la cárcel a su familia. Abusos y prácticas anticompetitivas forman una bestia de múltiples cabezas que está golpeando duramente a las empresas españolas. Tanto, que hace algunos días la CNMV se vio obligada a lanzar una advertencia pública por la cascada de irregularidades y casos de presunta corrupción ligados a importantes empresas cotizadas. Desde el BBVA e Iberdrola por las escuchas del excomisario José Manuel Villarejo relacionadas con el espionaje a casos vinculados a contrataciones públicas (FCC, Indra, Isolux, OHL, ACS), escándalos financieros (Popular, Bankia) o por crisis empresariales (Pescanova, Dia, Abengoa). Eso por citar solo los más sonados en un país que es, según el Foro Económico Mundial, la economía 23 de 141 Estados evaluados que, sin embargo, baja al puesto 39 cuando se analiza su propensión a la corrupción.

Por muy enérgica que sea la reacción pública de la CNMV, ni siquiera el regulador ha puesto sanciones por esos fallos en la comunicación que dice detectar. En los últimos dos años ha abierto nueve expedientes (cinco en 2017 y cuatro en 2018) por incumplimientos en la información que las empresas tienen que divulgar al mercado (dentro de ella está la comunicación sobre procesos por corrupción que les afecten) y no ha concluido ninguno de esos procesos ni ha puesto sanciones.

¿Es una preocupación real en las corporaciones? Preguntada, la CEOE remite a la Asociación Española de Compliance para más información sobre estas cuestiones. Tampoco las Cámaras de Comercio se manifiestan. Y la Asociación Española de Banca elude analizar si el sector está dando una imagen negativa por no haber evitado conductas, como mínimo, inapropiadas y se limitan a recordar que en los últimos años “se han producido importantes cambios regulatorios en los bancos con un doble objetivo: protección al consumidor y estabilidad financiera”.

Esta tampoco parece ser una de las principales inquietudes sociales. Solo el 2,4% de los encuestados en el último barómetro del CIS declaran verse afectados directamente por la corrupción (en general no solo la empresarial) y solo un 7,7% la señala como el principal problema del país.

La persistencia de formas de trabajar poco éticas tiene, en teoría, numerosas barreras legales y debería estar sometida a una estrecha vigilancia: sistemas de cumplimiento normativo —compliance— dentro de las empresas; seguimiento del Código de Buen Gobierno en las cotizadas; auditorías; normas que garanticen la competencia... Pero como ilustra Joaquín Garralda, decano de Ordenación Académica de IE University, los procesos por los que se llega a delinquir son complejos y paulatinos. “No creo que ningún directivo diga ‘vamos a llamar a X para que espíe para nosotros’. En cambio, sí entran en juego las medias palabras, los eufemismos. Le pongo un ejemplo: me imagino que el superjefazo de Volkswagen, antes del escándalo de las emisiones, planteaba unos objetivos muy agresivos del tipo: ‘Haced lo que sea para ganar cuota de mercado, pero logradlo”. Eso, dice Garralda, unido a mandos que quieren demostrar una fidelidad inquebrantable al jefe, pone en marcha la maquinaria de la organización con resultados a veces nefastos. “Lo que se une a otro segundo aspecto: la soberbia, el pensar que las trampas se pueden arreglar con el tiempo. Lo hemos visto con la contabilidad creativa, que surge esperando que posteriormente el ciclo económico mejorará y tapará los agujeros, pero al final, como sucedió con la crisis de Enron, la marea baja y descubre quién no tenía el traje de baño puesto”.

¿Qué papel desempeñan los auditores para parar esta ola? “Somos actores importantes, pero no los únicos. Los órganos de gobierno de las entidades tienen la responsabilidad de elaboración y supervisión de los estados financieros que nosotros auditamos”, responde David Tejada, director del Departamento Técnico y de Calidad del Instituto de Censores Jurados de Cuentas. “Ellos [los directivos] son los obligados a establecer sistemas de control interno para evitar el fraude en las compañías”.

Tejada recuerda que la normativa establece requerimientos concretos a los auditores para detectar anomalías. Pero todo se limita a que el profesional pueda tener una “seguridad razonable” de que los estados financieros están libres de “incorrección material” debido a fraude o error. “Hablamos de una seguridad razonable, no absoluta. Hay unas limitaciones propias de la auditoría que se traducen en el hecho de que, por ejemplo, la dirección puede ocultar información”.

Un consejero de una empresa del Ibex 35 que pide anonimato admite que sí se palpa esa preocupación, pero la achaca a garbanzos negros. “La sensibilidad en los consejos la hay, existe. Que luego se pongan todos los medios para luchar contra la corrupción… En cualquier momento puede pasar algo, cualquier persona puede comprometer a una empresa”. Ese mismo consejero señala que la información financiera a la que están obligadas las corporaciones está perfectamente definida. Pero matiza que es más complicado abordar la información no financiera, que debería desgranar qué medios se utilizan para prevenir la corrupción y el blanqueo. “La ley que los regula está muy mal escrita”, se queja.

El exministro de Justicia Francisco Caamaño pone sobre la mesa otra discrepancia que, en su opinión, juega malas pasadas en España. “Creo que se dan tensiones entre la asesoría jurídica y el compliance. En la mayoría de países los responsables de cumplimento son independientes de la asesoría jurídica, no como aquí”. Y apunta a que, en procedimientos judiciales, el abogado de la empresa puede tener una estrategia procesal que quizá no sea la mejor desde el punto de vista del cumplimiento normativo, por ejemplo, presentándose en la causa como víctima de tal o cual comportamiento en vez de demostrar que la empresa ha sido transparente y diligente. Caamaño también plantea otra disyuntiva: la del tamaño. En sectores como la banca, por ejemplo, iniciativas como las normas de Basilea han servido de revulsivo como un auténtico sistema de cumplimiento, pero a ese nivel llegan muy pocos actores, solo las empresas más grandes.

Lo cierto es que la crisis de 2008 desató grandes males en forma de casos de corrupción que no siempre han tenido grandes remedios. La presidenta de Transparencia Internacional en España, Silvina Bacigalupo, cree que asistimos a una “crisis de gobernanza de los últimos 15 y 20 años que ha generado que nos replanteemos el mundo”. Con ello se refiere a que en España se han acometido reformas legislativas y en el marco internacional han surgido iniciativas como los objetivos de la ONU de desarrollo sostenible (ODS), que en el fondo tienen mucho que ver con la corrupción. “Aunque los cambios siguen siendo lentos”, matiza.

La globalización también ha jugado su papel. A los inversores institucionales de medio mundo les preocupan cada vez más estas cuestiones cuando examinan los méritos de las compañías, y en especial se fijan en el rol de los consejeros independientes. “Antes había consejos que eran graníticos, de consenso… ahora cada vez hay más debates saludables”, dicen en una gran consultora.

Transparencia, la clave
Por muchas normas que se aprueben, el camino hacia la pulcritud corporativa está lleno de curvas. Un ejemplo elocuente lo destapó la CNMC este mismo año cuando impuso una sanción de 118 millones a una docena de empresas por repartirse las obras públicas del AVE durante nada menos que 14 años. Una de ellas, Alstom, que se acogió al programa de clemencia —que exime de sanción al primer denunciante de un cártel— entregó comunicaciones y correos electrónicos que demostraron estrategias vergonzosas entre los participantes de la rapiña, como por ejemplo un sorteo con el que fijaban un orden para que nadie se quedase fuera del reparto de obras públicas. En ocasiones, la oferta económica que presentaba el ganador era 50 o 100 euros superior a la siguiente en contratos de millones de euros.

Juan Luis Jiménez, del departamento de Análisis Económico Aplicado de la Universidad de Las Palmas, critica que el regulador “se rasgue las vestiduras” por varios casos de corrupción que ocupan ahora las portadas de los periódicos y no haya levantado más la voz cuando se han destapado prácticas anticompetitivas como esta. “Se es condescendiente con un tipo de corrupción que debería visibilizarse mucho más. Los acuerdos para restringir la competencia son muy numerosos y muy graves”. A menudo, el problema está en la falta de medios de la policía. En su departamento llevan tiempo estudiando la efectividad de la política anticompetencia y creen que esta decayó tras la reforma de 2013, cuando la antigua Comisión Nacional de Competencia fusionó seis organismos de control regulatorio dando lugar a un macroorganismo hoy llamado CNMC. “Se debería crear un marco de sanciones realmente disuasorio”, añade, porque muchas veces las multas no compensan más que una pequeña parte del daño. También apunta que es “una mala señal” que los dictámenes de Competencia tengan a menudo votos discordantes fruto de la división interna en el propio organismo.

Son problemas propios de un país que, como apunta David Velázquez, director del Máster Universitario en Abogacía de Esade, arrastra un déficit de muchos años en cultura para frenar el fraude, ya que a la falta de tradición se une la introducción tardía de cambios normativos importantes. Aún así, cree que “cada vez hay mayor concienciación”, a menudo porque las corporaciones se toman en serio el hecho de que un escándalo las pueda dejar fuera del mercado si no aplican medidas o con su presidente sentado en el banquillo de los acusados.

Los cambios deberían empezar por las palabras. La figura anglosajona del whistleblowing, un denunciante interno, se ha asumido aquí como el “chivato”, con connotaciones negativas, y no como una persona cuya acción va a ayudar a mejorar las cosas. Tampoco hay un esfuerzo por la transparencia más allá de que a menudo se divulga información plagada de lugares comunes que no permite evaluar si los órganos de gobierno de las compañías hacen lo que deben: velar por el tono ético de su organización. Muchos le echan la culpa a estilos de dirección personalistas más propios de otras épocas. ¿Mejorarán las cosas las nuevas generaciones? Garralda es pesimista por algo muy humano: a menudo los dueños o los gestores acaban convencidos de que todo va bien gracias exclusivamente a ellos. “Piensan: ‘La empresa c´est moi’, como diría Luis XIV”. Aunque sí es cierto que, gracias a las redes sociales, asumen que tendrán que ser mucho más transparentes. “No se atreverán a decir eso de que ‘este comentario no salga de aquí”.


Fonte: Maria Fernandez. El País, Las grandes empresas en España suman escándalos pero, de momento, no pagan las consecuencias

Faleceu Vocker

Paul Vocker ficou conhecido como presidente do FED. Combateu, no banco central dos EUA, o problema inflacionário. Era economista e formado em Harvard e Princeton. Também conselheiro do Obama.

Faleceu ontem. Em 2000 ele participou da criação do International Accounting Standards Board e foi chefe do IASB's trustees por dois anos. Tentou evitar a falência da Arthur Andersen. Então, foi convidado para presidir a recém-criada Public Company Accounting Oversight Board.

Amigo Oculto

Novamente neste ano foi realizado o amigo dos blogs de contabilidade. Neste ano, contamos com a participação de Alexandre Alcântara, Felipe Pontes, Pedro Correa, Isabel Sales, Vladmir, Roberto Lima, Orleans Martins, Polyana, Sandro Soares, Claudia Cruz e Roberto Ushisima. O sorteio foi realizado e a brincadeira começou. Quem me tirou encaminhou dois livros:


Há milhares de anos acompanho a obra de Chico Buarque. Gostei muito de Budapeste, mas não tanto de Leite Derramado. E não tinha lido os dois últimos: O irmão alemão e Essa gente. Ao contrário de muitos, que acham que Chico Buarque só fez uma obra boa nos anos 60 a 80, eu continuo admirando suas canções. Não sou especialista, mas considero Cantiga de Acordar sua mais bonita composição (mas acho que sou o único a ter esta opinião). 

Bom, sobre os livros, uma história interessante. Na quinta, ao chegar em casa, fiquei sabendo que o porteiro tinha recebido um pacote da Amazon, mas com o nome de uma pessoa que não era do meu apartamento. O porteiro só informou o caso e disse que iria devolver o pacote. No caso, a embalagem esta em nome do meu amigo oculto. 

Rir é o melhor remédio

Termos e condições. Quem já leu? 

08 dezembro 2019

SEC e IASB

A SEC possui um cargo de Deputy Chief Accountant (International). Basicamente ele cuida das questões internacionais da entidade, o que inclui o Iasb. A SEC anunciou agora a nomeação de Paul Munter para o cargo.

Ele possui PhD pelo Colorado. Mas dois pontos interessantes no comunicado:

a) foi funcionário de uma Big Four, como tem sido praxe nestes conselhos
b) ele é daqueles que vão e voltam:

"I am truly grateful that Paul has agreed to return to the Office of the Chief Accountant to play a key role on international matters," said SEC Chief Accountant Sagar Teotia. "As many know, international matters are an area of critical focus and significant priority to our office. Paul's extensive background in various international areas will be extremely valuable as we continue to advance improvements in international accounting and auditing matters."

"I am honored to have the opportunity to return to work at the Commission and I am excited to serve with the professionals in the Office of the Chief Accountant who have deep expertise and experience on international matters. I also look forward to working with our foreign counterparts to continue to advance high-quality financial reporting on behalf of investors," said Mr. Munter.

Já comentamos isto aqui: a porta giratória da regulação contábil.

07 dezembro 2019

Rir é o melhor remédio

Amostra e população

Homenagem à contabilidade

A notícia é um pouco antiga (de outubro), mas não deixa de ser interessante. A Polícia Federal e o Ministério da Economia deflagraram um operação para desarticular um grupo de fraudadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Como é praxe nas operações da PF, a mesma recebeu um nome de batismo. E o nome escolhido foi Caduceu.

A investigação aponta que o grupo praticava as fraudes de duas maneiras: criando vínculos empregatícios fictícios, inseridos no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) por meio de Guia de Recolhimento do FGTS indevidas; e usando documentos médicos falsos para simular doenças e assim obter benefícios, em especial o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez.

Segundo a PF, para que tais fraudes fossem praticadas, faziam parte da organização criminosa um técnico em contabilidade, um servidor do INSS e uma pessoa responsável por falsificar laudos e relatórios médicos.

O nome da operação faz referência ao contador da operação criminosa, diz a PF. O símbolo da contabilidade é o Caduceu.

06 dezembro 2019

Desigualdade de Renda: homens x caramujos

Resumo:

Inequality in the distribution of material resources (wealth) occurs widely across human groups. The extent of inequality, as measured by the Gini coefficient, is less in small-scale societies, such as hunter-gatherers and pastoralists, and greater in large-scale ones like current nation states. In many societies, the statistical distribution of wealth takes a characteristic form: unimodal, skewed to the right, and fat-tailed. However, we have relatively little systematic information about the distribution of material resources in nonhuman animals even though such resources are vital to their survival and fitness. Here we present the first description of inequality in material resources in an animal population: the distribution of gastropod (snail) shells inhabited by the hermit crab Pagurus longicarpus. We find that the shell distribution for the crabs strongly resembles the characteristic form of wealth distribution in human groups. The amount of inequality in the crabs is more than that in some small-scale human groups but less than that in nations. We argue that the shell distribution in the crabs is not simply generated by biological factors such as survival and growth of either crabs or gastropods. Instead, the strong resemblance in the human and hermit crab distributions suggests that comparable factors, not dependent upon culture or social institutions, could shape the patterns of inequality in both groups. In addition to the similarity in their inequality distributions, human and hermit crabs share other features of resource distribution, including the use of vacancy chains, not seen in other species. Based upon these parallels, we propose that P. longicarpus could be used as an animal model to test two factors – individual differences and intergenerational property transfers – that some economists theorize as major factors influencing the form of wealth distributions in humans. We also propose that inequality in hermit crabs could provide a baseline for examining human inequality.

Fonte: A comparison of wealth inequality in humans and non-humans
Author:

Ivan D. Chase,Raphael Douady,Dianna K. Padilla
Publication:

Physica A: Statistical Mechanics and its Applications
Publisher:

Elsevier
Date:

15 January 2020

Fisco da Itália acusa Fiat de subavaliar aquisição da Chrysler

As autoridades fiscais italianas acusam a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) de ter subavaliado a Chrysler em 5.100 milhões de euros durante a aquisição da última tranche da Chrysler em 2014, avança esta quinta-feira a Bloomberg, que cita uma auditoria a que teve acesso. Segundo a agência noticiosa, o processo poderá levar a uma regularização de cerca de 1,3 mil milhões de euros.

A compra da Chrysler pelo grupo italiano decorreu ao longo de cinco anos e culminou em 2014 com a aquisição do remanescente do capital da Chrysler.

A Fiat Chrysler encontra-se presentemente sediada na Holanda e com residência fiscal no Reino Unido, tendo abandonado Turim, que foi a "casa" da Fiat ao longo de mais de um século.

A mudança para a Holanda, em 2014, levou à aplicação de um imposto sobre os ganhos de capital aplicados por Itália quando uma empresa transferem ativos para fora do país. A taxa de imposto sobre as empresas em Itália cifrava-se, na altura, em 27,5%, o que, diz a Bloomberg, pode implicar uma regularização de impostos na ordem dos 1,3 mil milhões de euros.

O grupo FCA indicou à Bloomberg que "discorda veementemente deste relatório preliminar e está confiante que terá sucesso na redução da avaliação feita na auditoria". "É importante notar que quaisquer ganhos tributáveis na nova avaliação seriam compensados pelas perdas fiscais transitadas e não terá qualquer impacto relevante em saídas de caixa ou nos resultados", acrescentou um porta-voz da Fiat.

De acordo com documentos apresentados a 31 de outubro junto do regulador, a FCA indica que se encontra em negociações sobre um "significativo ajustamento fiscal proposto", referindo que "irá defender de forma vigorosa a sua posição".

As autoridades fiscais italianas detetaram "violações fiscais substanciais" e concluem que a Fiat Chrysler subavaliou ativos sujeitos ao imposto referente à deslocação de ativos para o exterior em 5,07 mil milhões de euros, segundo um relatório de auditoria consultado pela Bloomberg.

O fisco italiano avaliou a Chrysler em cerca de 12,5 mil milhões de euros, enquanto a Fiat declarou um valor inferior a 7,5 mil milhões de euros, refere a Bloomberg citando fontes próximas do processo.

As negociações com as autoridades fiscais italianas vão prosseguir durante um período de 60 dias, indicava o relatório de contas referente ao terceiro trimestre da FCA, devendo uma avaliação final ser apresentada até ao final do ano, acrescentava o documento. Caso as negociações fracassem, a questão será dirimida em tribunal.

A Fiat acordou a compra dos 41,5% da Chrysler que ainda não detinha por 4,35 mil milhões de dólares (3,92 mil milhões de euros ao câmbio atual) em janeiro de 2014.


Fonte: Aqui.

Isto pareceu estranho. Talvez a verificação da outra ponta, através da análise da contabilidade do ex-acionista da Chrysler, possa esclarecer o assunto.

Harvard ou EY

A taxa de aceitação da EY é de 3,5% em 2019. Harvard recebeu 43.330 solicitações para a classe de 2023 e admitiu apenas 1.950, para uma taxa de 4,5%.

Segundo a empresa, é mais difícil ser empregado na EY do que entrar em Harvard. Mas há controvérsias se a comparação é válida. 

Padronização privada

Na quarta edição do livro Teoria da Contabilidade (ainda no prelo) comentamos os modelos de regulação contábil. Podemos ter a regulação realizada por uma entidade pública, por uma entidade do setor privado ou por uma entidade sem fins lucrativos. Adotamos a primeira opção no Brasil, através do CPC, vinculado a uma autarquia. Muitos países do mundo adotam a terceira opção, como é o caso dos Estados Unidos.

Mas a adoção da regulação através de uma entidade do setor privado também pode existir. Eis um exemplo interessante, misto, onde há normas de uma entidade do terceiro setor, no caso a Fundação IFRS, e uma forma de regulação, através de uma empresa de auditoria.

A Deloitte, uma das grandes empresas de auditoria, propõe um modelo de demonstrações segundo a IFRS:
A figura acima é a DRE,sendo que no canto esquerdo tem a norma respectiva e no meio até a numeração da nota explicativa. O modelo sugere até exemplo de nota explicativa.

Isto é bom ou ruim?

Custo dos Banheiros

Recentemente a rede de cafeterias Starbucks instituiu uma politica de permitir o uso dos cafés e banheiros para qualquer pessoa, mesmo que não faça compras. Em lugar de aumentar o número de visitas, apurou-se que a política de banheiros abertos implementada em maio de 2018 representou uma queda de 6,8% de pessoas, em comparação com outras cafeterias.

A Starbucks discordou da descoberta. "Como evidenciado por nossos relatórios de resultados, os clientes estão nos visitando em números recordes", disse o porta-voz Reggie Borges. (...) As vendas comparáveis ​​de lojas dos EUA no ano fiscal encerrado em 29 de setembro aumentaram 5%, incluindo um aumento de 3% nos gastos médios e um ganho de 2% no número de transações comparáveis ​​que indicam tráfego, informou a Starbucks em outubro. As vendas comparáveis ​​no quarto trimestre subiram 6%, o melhor desempenho em mais de dois anos. O CEO Kevin Johnson disse na época que a Starbucks continua vendo "crescimento do tráfego em todas as partes do dia".


O tráfego de clientes não foi a única coisa prejudicada. A renda média dos clientes da Starbucks caiu em comparação com a renda média de outras cafeterias próximas, graças a menos visitas de “sua clientela mais rica”. “Isso seria consistente se eles fossem mais sensíveis à aglomeração e aos novos visitantes trazidos por a política do banheiro ”.

Enquanto isso, os clientes que visitam suas lojas passam em média 4,2% menos tempo na Starbucks, em comparação com outros cafés seguindo a instituição da política oficial, de acordo com a pesquisa. O declínio também é maior nos locais mais próximos dos abrigos para sem-teto.

Rir é o melhor remédio

Nani é do Pasquim, da revista Mad e também é redator de programa humorístico. Todo dia sai com três ou mais tirinhas. Aqui um cartum dele sobre maquiagem.

05 dezembro 2019

Países com maiores dívidas

Eis uma listagem dos países com maiores dívidas, em termos totais:

10- Canadá, $1.54 trilhão - isto corresponde a 90% da economia
9- Brasil, $1,64 tri - 88% do PIB
8- Índia, $1.85 tri
7- Alemanha, $2.43 tri o que equivale a 62% da economia
6- Reino Unido, $2.45 tri ou 87%
5- França, $2.73 tri. Isto corresponde a 98% da economia
4- Itália, $2.74 tri. É um valor bem elevado, já que corresponde a 132%
3- China, $6.76 tri ou 51%
2- Japão, $11.78 tri - Corresponde ao maior valor relativo do mundo
1- EUA, $21.46 tri ou 104%

Fonte: Aqui

Voto impresso

Para quem defende o voto impresso (não eletrônico) ou a existência de impressão do voto, eis um caso que ocorreu nos Estados Unidos: em uma disputa no condado de Northampton, um candidato teve uma quantidade de votos bem abaixo do esperado. As máquinas, ExpressVoteXL, são de fabricação da Election Systems & Software, uma grande empresa. A máquina é nova e sofisticada, com tela de toque e cédula de papel.

Ao perceber o problema, iniciou-se uma investigação. Com as cédulas impressas geradas percebeu que um candidato, que tinha obtido 164 votos de 55 mil, tinha vencido.

Hackers Especializados

Uma empresa de segurança cibernética, DynaRisk, descobriu um ataque engenhoso de hackers. Em lugar de focarem os dados de inúmeras pessoas, os hackers conseguiram informações pessoais de mulheres com peso acima da média. Após terem acesso a milhares de dados, os hackers procuraram vender suplementos de emagrecimento. E para aumentar seus lucros, começaram a negociar as informações para uma publicidade direcionada.

A violação mostra como os hackers estão tentando lucrar com o lucrativo mercado de dados pessoais impulsionado pela publicidade on-line.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

04 dezembro 2019

Publicação em Jornais

A medida provisória 892, que desobriga a publicação de balanços de empresas em jornais, perdeu validade nesta terça-feira por não ter sido votada nos plenários da Câmara e do Senado.

O prazo para votação da MP, editada pelo presidente Jair Bolsonaro em 6 de agosto, terminava hoje. Como não foi votada, deixará de valer. No dia 12 de novembro, a comissão mista que analisou o texto considerou-o inconstitucional, principalmente por não atender ao pré-requisito da urgência, ao qual uma MP deve obedecer.

Na comissão, também foi lembrado o fato de que, antes da edição do ato, Bolsonaro havia sancionado, em 24 de abril, a lei nº 13.818, que autoriza as empresas a publicarem suas demonstrações financeiras de forma resumida em jornais de grande circulação a partir de 1º de janeiro de 2022.

Até lá, continuará valendo a regra da Lei das S.A., de 1976, que determina a publicação do balanço no diário oficial do estado em que estiver situada a empresa e em um jornal de grande circulação nacional.


Fonte: Aqui

Revisão de uma prova de 2003

A edição de outubro de 2019 do Journal of Finance traz uma nota sobre um artigo que foi publicado em 2003. 

This note corrects an error in the proof of Proposition 2 of "Risk Reduction in Large Portfólios: Why Imposing the Wrong Constratint Helps" that appeared in the Journal of Finance, August 2003. 

Realmente é muito curioso. O texto foi publicado em 2003 e somente agora teve uma prova corrigida. São oito páginas de texto. Fiquei pensando: (a) será que somente agora alguém percebeu que a prova estava errada?; ou (b) será que somente agora os autores conseguiram encontrar uma solução para o problema da prova? 

No primeiro caso, isto mostraria que um artigo, publicado no periódico de finanças de maior prestígio, somente agora algum leitor descobriu um erro na prova. Poucos leem ou poucos leem com a devida atenção. Isto é um pouco triste. 

No segundo caso, talvez agora os autores tenham obtido algum apoio para resolver a prova incorreta. Curiosamente, uma das citações é de 2017. 

Enel Goiás

A Enel Distribuição Goiás, anteriormente Companhia Energética de Goiás, Celg, atua na distribuição de energia elétrica no estado de Goiás.

Originalmente a empresa foi criada em 1955. O desempenho da empresa piorou significativamente nos anos 2000. Entre 2003 a 2009 foi só prejuízo. Foi constituída uma CPI no legislativo do estado, encerrada em 2010. A qualidade do serviço caiu e mesmo diante de diversas tentativas de negociações para recuperar a empresa esbarraram na politicagem regional. Finalmente, em 2015, a maioria das ações da empresa foram repassada para a Eletrobras, em troca de uma dívida com o governo. Em 2016, o governo Temer decide vender as ações em um leilão de privatização.

Agora alguns políticos do estado de Goiás tentam retomar a empresa. Os deputados estaduais querem a estatização da empresa. O governador também. Do outro lado, o governo federal e especialistas do setor. Um professor da UFRJ resume isto:

manifestação de populismo político, sem sentido e sem efeito

Dados do Tesouro Estadual

O Ranking da qualidade da informação contábil e fiscal é uma iniciativa da Secretaria do Tesouro Nacional que foi criada para avaliar a consistência da informação que o Tesouro recebe por meio do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – Siconfi – e, consequentemente, disponibiliza para acesso público.

A intenção deste trabalho é fomentar a melhoria da qualidade da informação utilizada tanto pelo Tesouro Nacional quanto pelos diversos usuários dessa informação.

Esta primeira versão do ranking foi baseada nos dados de 2018 e utilizou verificações simples, como a verificação da igualdade de valores entre relatórios diferentes. Para os próximos anos, serão inseridas verificações mais complexas e que terão mais peso no ranqueamento.

As bases de dados foram extraídas do Siconfi no dia 12/06/2019, que é a mesma data de corte utilizada no Balanço do Setor Público Nacional - BSPN.

O ranking é dividido em quatro dimensões de avaliação: gestão da informação (D_I), contábil (D_II), fiscal (D_III) e contábil x fiscal (D_IV). Para a versão de 2018, não foram aplicadas verificações da D_I (gestão da informação) que verifica o comportamento dos entes no envio das informações.

Para o ranking referente ao exercício de 2019, serão acrescentadas verificações da dimensão de gestão da informação (D_I), bem como, a inserção da Matriz de Saldos Contábeis (MSC) no rol de origens de informação.


Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Contagem de quantos Nuggets tem na caixa. Fonte: Aqui

03 dezembro 2019

Campeã em poluição

Qual o impacto em uma empresa se considerada a maior poluidora por plástico do mundo? Uma pesquisa realizada em 51 países, coletando 476 mil resíduos, com a participação de 72 mil voluntários, encontrou que a Coca-Cola foi a empresa campeã em poluição por plástico no mundo. Quase metade do material coletado tinha origem nos produtos da empresa. Depois da Coca-Cola aparecem Nestlé, Pepsico, Mondelez e Unilever.

Apesar disto não ter uma influência imediata nos resultados da empresa, aumenta a pressão para que encontre uma maneira de resolver o problema. Nada impede que um processo judicial, a exemplo do que está sofrendo a Exxon, possa gerar passivos para a empresa no futuro.

Em meados deste ano, começou a circular uma ideia de cobrar o imposto de renda em uma nova base fiscal. Segundo Marta Watanabe, o objetivo é criar uma nova base de cálculo do Imposto de Renda, partindo de outra variável diferente do lucro contábil.

A ideia da Receita é cobrar o IRPJ sobre um lucro cujo cálculo deixa de lado as regras contábeis do IFRS (...) A Receita diz que a série de ajustes que as companhias precisam fazer no lucro contábil para se chegar à base sobre a qual é calculado o IR causa divergências entre Fisco e contribuinte, o que eleva o contencioso.

Contra a proposta há o argumento do aumento da complexidade. Outros argumentos, como a possibilidade de se ter uma dupla contabilidade, que seria ruim para os negócios do país. Haveria uma contradição ao instituir uma nova contabilidade.

Tudo isto parece muito estranho. As normas internacionais são defendidas pela capacidade de não usar regras, mas sim princípios. E pela sua qualidade. Mas a contabilidade é feita para diversos usuários, entre eles o fisco. Se a IFRS no Brasil depende do fisco para sobreviver, isto é realmente preocupante.

Tente olhar o problema sob a ótica do Fisco. A IFRS, com sua subjetividade, não consegue atender a um usuário? Ele deve ficar passivo, esperando uma discussão de longo prazo? Discutindo se as normas são melhores ou não? A discussão não é “segunda contabilidade”, mas uma contabilidade que parece não estar satisfazendo um dos mais fortes reguladores. A unanimidade em torno de uma norma merece sempre ser questionada. Não vamos fechar questão contra a posição do Fisco.

Gastando salário com ações da empresa

Um notícia de setembro, mas que é interessante: O CEO do Deutsche vai gastar parte do seu salário para comprar ações do próprio banco.

Segundo o Financial Times (via Valor), Christian Sewing está comprando ações do próprio banco. O Deutsche Bank tem passado por uma série de problemas, que inclui denúncias de corrupção e reestruturação com fechamento de postos de trabalho. O executivo anunciou que irá comprar ações no equivalente a 15% do salário líquido, até o final de 2022. Isto corresponde a 850 mil euros. Além dele, o presidente do conselho de administração investiu 1 milhão de euros.

Por um lado, isto pode demonstrar uma sinalização para os investidores, em um momento que as ações estão em um patamar mínimo. No momento do anúncio, a ação tinha um valor de 8,33, sendo o máximo - nos últimos cinco anos - de 35 US$ no passado distante:

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