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13 novembro 2019

Problemas em outro artigo polêmico

No início do ano, publicamos um problema que ocorreu no principal periódico de contabilidade:


  • Uma pesquisa sobre evasão fiscal foi publicada em 2017 no principal periódico de contabilidade do mundo, o The Accounting Review
  • Um pesquisador, Alex Young, com dúvidas sobre a pesquisa, solicitou, sem sucesso, acesso aos dados e códigos usados, publicando suas dúvidas no EJW
  • Agora, o The Accounting Review retirou o artigo de sua edição


Agora, o Retraction Watch informa que a mesma dupla também teve um artigo aprovado em outro periódico, The Review of Financial Studies, da Oxford University Press, com problemas. Segundo o periódico

A special committee appointed by the SFS investigated the paper “Do Institutional Investors Demand Public Disclosure,” by A. Bird and S. Karolyi, published in the Review of Financial Studies in 2016 (10.1093/rfs/hhw062, volume 29, 3245–3277), after receiving reports on the inconsistency in the paper’s use of Russell vs. CRSP market capitalization ranks between the published version of the paper and its previously publicly distributed working paper version. Using the data and code provided by the authors, the committee determined that the estimates based on the use of Russell vs. CRSP ranks were not substantially different from each other. However, the Committee discovered that equations (1) and (2) on page 3254, which describe the two-stage model, do not describe the actual regressions that were used to generate the results presented in the paper. Moreover, the committee found that the paper’s main inferences are not robust if the models are estimated as described on page 3254 of the paper. In summary, the Committee concluded that the methodology described in the paper does not generate the results reported in that paper. Futhermore, the Committee concluded that the actual specification the authors acknowledged to have used in the paper was econometrically inconsistent. This is because the missing term constitutes an “excluded variable” which was not justified by the setting or discussed in the paper. The authors’ misstatement prevented the issue from being discovered in the review process.

Ou seja, os autores usaram uma regressão para fazer os cálculos e apresentaram outra no trabalho. E que não existiria diferença estatística. Ou seja, há problemas econométricos.

O Retraction Watch questiona, no entanto, que o periódico permitiu que os autores fizessem um “correção” do artigo, quando deveria ter ocorrido uma “retratação”, como foi o caso do início do ano, no The Accounting Review.

Guarde os nomes dos autores: Bird e Karolyi. Evite citá-los.

12 novembro 2019

Milionários estão cautelosos com 2020, mas otimistas com a próxima década

(...) Pesquisa elaborada pela área global de gestão de patrimônio do banco suíço UBS revela que o tradicional otimismo de ano novo é hoje temperado por uma hesitação e um maior senso de cautela de investidores de alto patrimônio em relação a 2020, com uma expectativa mais favorável para a próxima década do que para o ano.

Com base em entrevistas feitas com mais de 3.400 investidores com um patrimônio mínimo de US$ 1 milhão, o levantamento apontou que 79% das pessoas acreditam que os mercados estão caminhando para um período de maior volatilidade e mais da metade espera uma queda significativa em algum momento de 2020. Como resultado, 52% não têm certeza se agora é um bom momento para investir.

O ambiente de investimento é tido pela maioria como mais desafiador do que cinco anos atrás e o foco de atenção também tem se alterado. Para 66%, os mercados são movidos hoje mais por questões geopolíticas do que por fundamentos. Não à toa, a guerra comercial entre Estados Unidos e China é responsável pela maior preocupação entre os entrevistados (44%), seguido por política interna (41%) e eleição presidencial americana em 2020, com 37%.

Na média, investidores de maior patrimônio detêm 25% de suas carteiras em caixa, bem acima do percentual recomendado pelo UBS, frisa o banco, e com 60% dizendo que consideraria aumentar ainda mais esse nível.

Próxima década
Ainda que a cautela prevaleça sobre o ano que vem, as perspectivas são mais favoráveis para a década de 2020. Uma fatia de 69% dos entrevistados disse que ainda estava otimista sobre os retornos dos investimentos nos próximos dez anos. Tendências como envelhecimento da população, tecnologia, automação e sustentabilidade estão no foco dos investidores, como potenciais oportunidades a serem exploradas para o futuro.

Brasil
Os investidores brasileiros estão alinhados com os resultados da pesquisa global. A maioria (84%) espera maior volatilidade em 2020, 81% das pessoas avaliam que o ambiente para investir está mais desafiador do que há cinco anos e 59% não têm certeza que esse é um bom momento para aplicar. Dentre todas as regiões pesquisadas, a brasileira mostra a maior preocupação com as próximas eleições americanas, com 90% buscando aconselhamento sobre o impacto da disputa em seu portfólio.

A pesquisa do UBS contou com entrevistas em 13 mercados (Brasil, China, Alemanha, Hong Kong, Itália, Japão, México, Cingapura, Suíça, Taiwan, Emirados Árabes, Reino Unido e EUA) e foi realizada entre agosto e outubro de 2019.


Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

11 novembro 2019

Privatização da Eletrobras

Após sucessivos adiamentos, o governo encaminhou ao Congresso, na última 3ª feira (5.nov.2019), o projeto de lei que trata da privatização da Eletrobras. A expectativa é realizar o processo de venda da estatal no 2º semestre de 2020. O cronograma, no entanto, dependerá do tempo dos congressistas. A discussão deve se alongar, principalmente, pela relevância da empresa para o setor elétrico nacional.

Criada oficialmente em 1962, a estatal tem papel relevante na geração e transmissão de energia elétrica no Brasil. As 227 usinas da empresa correspondem a 1/3 da capacidade de geração instalada no país. A produção é responsável por atender cerca de 3 milhões de lares.
(...)

O aval do Congresso é necessário para incluir a Eletrobras no PND (Programa Nacional de Desestatização). O PL também traz as diretrizes para o processo de capitalização. Serão emitidas novas ações ordinárias (que dão direito a voto) para diluir a participação da União no capital social, hoje de 60%, para menos de 50%.

A intenção é que a Eletrobras se torne uma corporação, ou seja, uma empresa com controle pulverizado. Para garantir isso, o projeto determina que nenhum acionista poderá ter mais de 10% do capital votante da Eletrobras.

Na avaliação do economista e advogado do Souto Correa Advogados Victor Gomes, o texto evita uma concentração de mercado. “Se, por exemplo, 1 player atual pudesse ter o controle da Eletrobras, inibiria a competição no setor elétrico. Nesse contexto de reforma setorial, que visa aumentar a competição, acertaram nessa proposta”, afirmou.

A operação deverá arrecadar, no mínimo, R$ 16,2 bilhões. O montante, já contabilizado no Orçamento, corresponde ao pagamento pela mudança de contrato de concessão de usinas hidrelétricas. A mudança permitirá que a empresa negocie o preço da energia livremente no mercado. Pelo contrato atual, a estatal se comprometeu a praticar valores pré-fixados.

A mudança, segundo Joísa Dutra, aumentará eficiência da empresa como gerador, já que poderá negociar os preços com diversos fornecedores. “Tem 1 impacto muito positivo. Pretende retornar ao gerador o direito de negociar os preços e disputar direito de ser fornecedor de consumidores residenciais, comerciais e Indústrias”, explicou.

CUSTO DA OPERAÇÃO PARA ELETROBRAS
O texto também determina que empresa terá que fazer aportes financeiros ao Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) por 4 anos após a desestatização. Ainda, terá obrigação de repassar R$ 3,5 bilhões para o programa de revitalização do rio São Francisco e recursos para abater em subsídios do setor elétrico.

Apenas duas das empresas do grupo Eletrobras ficarão de fora da privatização. A Eletronuclear, que controla as usinas do complexo de Angra, e a Itaipu Binacional –que pertence 50% ao Paraguai. Como a Constituição determina ambas fiquem sob controle da União, o PL permite a criação de uma nova estatal.

Outros 3 programas ficarão sob o guarda-chuva da nova estatal: o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica); Luz para Todos, que atende famílias de baixa renda; e o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. (...)

Fonte: Aqui

Quando a transparência é ruim

Anteriormente comentamos aqui

Durante décadas o princípio regulatório nos EUA [não somente] tem sido o da divulgação Bingo. Se você divulga o salário dos funcionários públicos, isto irá mudar a atitude das pessoas; evidenciando os conflitos de interesse de uma pessoa, irei levar isto em consideração na decisão; se divulga os impostos na nota fiscal, isto muda o comportamento; se o auditor divulga o que ele teve dificuldade em auditar, isto irá chamar a atenção dos usuários da demonstração; e assim por diante. Será que isto está funcionando? Nós temos hoje um grande número de informação, mas pouco tempo para ler e levar em consideração na decisão (sistema 1 e sistema 2). Egan afirma: “(...) temos outra opção para ser eficaz: design” 

Eis um texto do The Economist sobre a questão da evidenciação de informação por parte dos bancos centrais

Nos EUA, os economistas do Goldman Sachs acusaram o banco [Central] de construir um “salão de espelhos” em suas comunicações com os mercados. O Fed, argumentam os economistas, este ano sinalizou suas intenções para os mercados e, ao mesmo tempo, ouviu seus palpites. Como resultado, Fed e mercado entraram em uma espiral de pessimismo, ignorando a economia real. Na ânsia de entrar em contato com os mercados, o Fed se esqueceu de que é ele quem manda.

Então, os bancos centrais devem falar um pouco menos? Os microeconomistas sabem há muito tempo que a ambiguidade pode ter usos estratégicos. Os contratos de trabalho, por exemplo, não especificam todas as tarefas do empregado, nem todas as obrigações do empregador, provavelmente porque é melhor deixar espaço para um lado punir o mau comportamento do outro. (...)

Ao fazer a postagem me lembrei da transparência das decisões de tribunais superiores. Uma consequência inesperada é o aumento do parecer de cada juiz. Mantendo a mesma equipe, pareceres mais longos significa menos julgamentos realizados. Uma consequência negativa da transparência.

Paradoxo Nórdico

O VE trouxe uma extensa reportagem sobre o “Estado Feminino”: a participação da mulher na Noruega. Eis dois dados do texto:

A lei de igualdade de gênero exige uma cota de 40% de mulheres nas organizações públicas. Esta lei foi estendida para os conselhos das estatais, em 2004, e para os conselhos de administração das empresas abertas, e 2006.

O aumento da participação feminina no mercado de trabalho agregou 360 milhões de dólares à economia, entre 1972 a 2013

Ainda assim, parece não ser suficiente: a mulher na Noruega ganha 88% do salário do homem, talvez uma das maiores taxas do mundo, mas indicando existir desigualdade. Mesmo com as cotas, 34% dos cargos diretivos no setor público são ocupados pelas mulheres.

Um detalhe que escapou: o paradoxo nórdico. Uma pesquisa comparou a Suécia com a Espanha (ok, não é a Noruega, mas tudo indica que os dados são equivalentes): a violência doméstica é maior na Suécia. E parece válido para Dinamarca

Nordic countries are known for their progressive childcare and paid leave policies, but many of them suffer from high incidences of domestic violence. In Denmark, 32% of women said they had experienced intimate physical and/or sexual violence at least once in their lifetime.
A 2016 report refers to this phenomenon as the "Nordic paradox," suggesting that there may be an unexpected backlash against women in gender-equal societies.
Since 2002, Denmark has launched multiple national action plans to confront this issue. The most recent plan focuses on young people exposed to dating violence.

Os índices de violência parecem ocorrer em outros países daquela região

Rir é o melhor remédio

Conselho no outdoor da Funerária: digite e dirija.

10 novembro 2019

Razões para ser um contador

Why did you become an accountant?
Posted by AICPA Communications on Nov 10, 2019

Today is International Accounting Day, a day started to honor Luca Pacioli — the Father of Accounting and Bookkeeping. On this day, we honor the hard work of accounting and finance professionals around the world. To celebrate, we asked CPAs why they chose the accounting profession. Here’s what they said.

“I went to college knowing one thing — I was going to college. I didn’t know what my major would be, so I started taking classes that I thought sounded interesting. A year and a half in, I signed up for my first accounting class. I jokingly tell people that on day one in my intro to accounting class, I could hear a chorus of angels singing. Suddenly, I’d found my calling — debits and credits were the most genius thing ever. It clicked, it made sense and I loved it! Accounting is the language of business and financial literacy — a valuable life skill. The opportunities I’ve had because I’m a CPA are more than I could have imagined, and I’m very thankful I signed up for that intro to accounting class.”

Lisa Simpson, CPA, CGMA

“If you ask my friends and co-workers to use one word to describe me, I believe the overwhelming majority would say that I am logical. I decided to pursue a career in accounting because of my logical nature. I wanted to have a job. No matter how the economy is doing, companies will always need someone to assist with their finances. However, having a good salary and job security was not the only motivation for me to become an accountant. My passion for playing with numbers and understanding the story behind them rather than just counting them inspired me to pursue a career in accounting. There’s nothing more exciting than seeing clients’ faces light up when I find a solution to their problems or ‘translate’ technical language of ASCs into plain English for them. Accounting is indeed a fulfilling career.”

Iryna Klepcha, CPA

“The reason I got into accounting was to get into the FBI. I was good at accounting in high school. I had four schools that were recruiting me for football, and the school I chose had a great accounting program. My friend’s father told me to go for accounting while his son and my other friends went to school for law enforcement. He said this way, when I showed up to the crime scene, I could tell them ‘out of the way, I’m in charge.’ Went to the right school [Canisius] for the wrong reason [to play football] but was lucky enough they had a strong culture of promoting the CPA. Something I didn’t know anything about and when I learned of it, I started to attend ‘Meet the Accountants’ nights. When meeting firm representatives, it changed my career goal to become a CPA.”

Mark Koziel, CPA, CGMA

“Compassionate. Protector. Always. CPA. When I was five, I would use my dad’s 10-key [the kind with printing tape] and a periscope-style flashlight I pretended was a phone to play a made-up game I called ‘office,’ where my friends and I ran a company helping others make sound financial decisions with their Monopoly money. Twenty years later, I became a CPA. Why? Because — like the other hats I wear as a daughter, sister, wife, mom, friend, colleague and coach — it affords me the opportunity to connect with others in a meaningful way to share love, kindness, compassion and appreciation. Every day, I get to use my gifts to help others, protect the public and advocate for the accounting profession.”

Sarah Bradley, CPA

“I became an accountant because I’ve always been fascinated by business, and accounting is the language of business. My goal was to become a CFO. And, to manage an organization’s finances or make sound investment decisions, you need to speak the language. My interests changed over time, but my career progression wouldn’t have been possible without my background in accounting.”

Carl Mayes, CPA

“I became a CPA because I wanted to help people’s dreams come true. Dreamsreams often start with a solid financial footprint, and CPAs are the best at helping people achieve their financial dreams — so that their clients are able to pay for their children to go to college and achieve their college dreams, buy their dream vacation home or even retire earlier and live their dream life. Plus, I became a CPA because I really like to work with people and connect with them so that I am part of their team in terms of their financial and tax planning goals. The CPA profession is extremely rewarding, and I’m grateful for the experiences I’ve had in the profession. Plus, it has allowed me ample opportunities to grow and prosper and the work-life balance to make time for all of the things I enjoy.”

Susan C. Allen, CPA/CITP, CGMA

We want to keep celebrating you and everything you do. Share your “why” on social media using #InternationalAccountingDay. If you’d like to celebrate with the AICPA, become a member today and use code LUCA20 to receive a special discount.

Liz Rock, Manager — Branded Content Strategy, Association of International Certified Professional Accountants

08 novembro 2019

O mundo está louco




Money is free for those who are creditworthy because the investors who are giving it to them are willing to get back less than they give. More specifically investors lending to those who are creditworthy will accept very low or negative interest rates and won’t require having their principal paid back for the foreseeable future. They are doing this because they have an enormous amount of money to invest that has been, and continues to be, pushed on them by central banks that are buying financial assets in their futile attempts to push economic activity and inflation up. The reason that this money that is being pushed on investors isn’t pushing growth and inflation much higher is that the investors who are getting it want to invest it rather than spend it. This dynamic is creating a “pushing on a string” dynamic that has happened many times before in history (though not in our lifetimes) and was thoroughly explained in my book Principles for Navigating Big Debt Crises. As a result of this dynamic, the prices of financial assets have gone way up and the future expected returns have gone way down while economic growth and inflation remain sluggish. Those big price rises and the resulting low expected returns are not just true for bonds; they are equally true for equities, private equity, and venture capital, though these assets’ low expected returns are not as apparent as they are for bond investments because these equity-like investments don’t have stated returns the way bonds do. As a result, their expected returns are left to investors’ imaginations. Because investors have so much money to invest and because of past success stories of stocks of revolutionary technology companies doing so well, more companies than at any time since the dot-com bubble don’t have to make profits or even have clear paths to making profits to sell their stock because they can instead sell their dreams to those investors who are flush with money and borrowing power. There is now so much money wanting to buy these dreams that in some cases venture capital investors are pushing money onto startups that don’t want more money because they already have more than enough; but the investors are threatening to harm these companies by providing enormous support to their startup competitors if they don’t take the money. This pushing of money onto investors is understandable because these investment managers, especially venture capital and private equity investment managers, now have large piles of committed and uninvested cash that they need to invest in order to meet their promises to their clients and collect their fees.

At the same time, large government deficits exist and will almost certainly increase substantially, which will require huge amounts of more debt to be sold by governments—amounts that cannot naturally be absorbed without driving up interest rates at a time when an interest rate rise would be devastating for markets and economies because the world is so leveraged long. Where will the money come from to buy these bonds and fund these deficits? It will almost certainly come from central banks, which will buy the debt that is produced with freshly printed money. This whole dynamic in which sound finance is being thrown out the window will continue and probably accelerate, especially in the reserve currency countries and their currencies—i.e., in the US, Europe, and Japan, and in the dollar, euro, and yen. 

At the same time, pension and healthcare liability payments will increasingly be coming due while many of those who are obligated to pay them don’t have enough money to meet their obligations. Right now many pension funds that have investments that are intended to meet their pension obligations use assumed returns that are agreed to with their regulators. They are typically much higher (around 7%) than the market returns that are built into the pricing and that are likely to be produced. As a result, many of those who have the obligations to deliver the money to pay these pensions are unlikely to have enough money to meet their obligations. Those who are recipients of these benefits and expecting these commitments to be adhered to are typically teachers and other government employees who are also being squeezed by budget cuts. They are unlikely to quietly accept having their benefits cut. While pension obligations at least have some funding, most healthcare obligations are funded on a pay-as-you-go basis, and because of the shifting demographics in which fewer earners are having to support a larger population of baby boomers needing healthcare, there isn’t enough money to fund these obligations either. Since there isn’t enough money to fund these pension and healthcare obligations, there will likely be an ugly battle to determine how much of the gap will be bridged by 1) cutting benefits, 2) raising taxes, and 3) printing money (which would have to be done at the federal level and pass to those at the state level who need it). This will exacerbate the wealth gap battle. While none of these three paths are good, printing money is the easiest path because it is the most hidden way of creating a wealth transfer and it tends to make asset prices rise. After all, debt and other financial obligations that are denominated in the amount of money owed only require the debtors to deliver money; because there are no limitations made on the amounts of money that can be printed or the value of that money, it is the easiest path. The big risk of this path is that it threatens the viability of the three major world reserve currencies as viable storeholds of wealth. At the same time, if policy makers can’t monetize these obligations, then the rich/poor battle over how much expenses should be cut and how much taxes should be raised will be much worse. As a result rich capitalists will increasingly move to places in which the wealth gaps and conflicts are less severe and government officials in those losing these big tax payers will increasingly try to find ways to trap them.

At the same time as money is essentially free for those who have money and creditworthiness, it is essentially unavailable to those who don’t have money and creditworthiness, which contributes to the rising wealth, opportunity, and political gaps. Also contributing to these gaps are the technological advances that investors and the entrepreneurs that I previously mentioned are excited by in the ways I described, and that also replace workers with machines. Because the “trickle-down” process of having money at the top trickle down to workers and others by improving their earnings and creditworthiness is not working, the system of making capitalism work well for most people is broken.

This set of circumstances is unsustainable and certainly can no longer be pushed as it has been pushed since 2008. That is why I believe that the world is approaching a big paradigm shift.

Fonte: aqui
The World Has Gone Mad and the System Is Broken

História da Contabilidade em 20 imagens

O texto a seguir é uma adaptação da seção "Ilustração" do livro de Jacob Soll, The Reckoning. São vinte imagens. Boa Leitura.

Jan Provost, A Morte e o Avarento, no início do século dezesseis. Groeningemuseum, Bruges, Bélgica. Mestres holandeses e flamengos pintaram imagens de aviso, celebrando a proeza de seus cidadãos na contabilidade e alertando que os humanos nunca poderiam equilibrar completamente seus livros. O homem teria que prestar contas a Deus, que sempre faria o acerto de contas final.

Hendrick ter Brugghen, O Chamado de São Mateus, 1621. Museu Central em Utrecht, Holanda. Santo padroeiro dos contadores, banqueiros e perfumistas, São Mateus transmitiu mensagens conflitantes sobre finanças, deixando a cristandade com um grande enigma moral: era ou não imoral administrar e ganhar dinheiro? Mateus insistia que a riqueza tinha que ser tratada com competência e honestidade, mas, ao mesmo tempo, era terrena e pecaminosa. Essa ambiguidade moral ainda hoje está conosco.

Hans Memling, Último julgamento, painel central, c. 1467-1471. Pomorskie Museum, Gdansk, Polônia. O diretor da agência de Bruges do Banco Médici, Tomasso Portinari, encomendou a pintura de Hans Memling, O Último Julgamento, (pintado entre 1547-1461). Nele, o arcanjo São Miguel mantém uma escala de acerto de contas final, na qual pesa almas e decide quem vai para o inferno. A vida imitou a arte quando, em 1477, Portinari arruinou o Banco Medici com investimentos arriscados e foi lançado na pobreza e desgraça.
Francesco Sassetti, Libro Segreto (Archivio di Stato di Firenze, Itália). As páginas do livro contábil secreto do chefe de contabilidade para o Banco Medici, Francesco Sassetti, revel suas falhas como contador. Quando essas contas foram feitas no início dos anos 1470, Sassetti havia se tornado descuidado com as auditorias e os lançamentos, e o banco estava à beira do colapso financeiro.
Domenico Ghirlandaio, Confirmação da Regra Franciscana pelo Papa Honorius III, c 1485. Detalhe da nave da capela Sassetti, Santa Trindade, Florença, Itália. Mais do que focar na disciplina contábil e na administração bancária, Sassetti foi consumido por seu patrocínio à Capela Sassetti de Ghirlandaio na Igreja de Santa Trindade, em Florença, uma obra prima da arte neoplatonista. Já não se via como contador, mas como patrício piedoso e instruído, Sassetti foi pintado ao lado de seu empregador e do governante de Florença, Lorenço "O Magnífico" de Medici.
Domenico Ghirlandaio - Francesco Sassetti e seu filho Teodoro, c. 1488. The Metropolitan Museum of Art. O retrato Francesco Sassetti e seu filho Teodoro (1488) é notável por sua falta de semelhança com o retratado. Ele foi pintado na sua ausência porque Sassetti partiu para Lyon para assumir a responsabilidade pelo colapso da filial e deixou a pintura como uma lembrança de si mesmo para seus filhos. Antes um contador habilidoso e respeitado, o homem que ajudou a derrubar o Banco Medici retornaria a Florença como um homem em ruínas.
Jacopo de Barbari, Retrato de Frei Luca Pacioli, c. 1500, Museo di Capodimonte, Nápoles, Itália. Retrato famoso de Jacopo de Barbari do Frei Luca Pacioli, autor do primeiro manual impresso de contabilidade de partidas dobradas. A estatura de Pacioli como professor de matemática e contabilidade era tal que ele foi pintado em primeiro plano, com seu aluno e patrão, Guidobaldo de Montefeltro, Duque de Urbino, estando atrás dele. Um contador nunca mais seria pintado em superioridade a um homem da nobreza.
Jan Gossaert, Retrato de um Mercador, c. 1530. National Gallery of Art, Washington. No início dos anos 1500, Antuérpia e cidades vizinhas tinha tornardo o centro do comércio mundial e expertise contábil. A famosa pintura de Jan Gossaert celebra a riqueza e as ferramentas contábeis correspondentes de um mercado de sucesso, Jan Snouck Jacobs (1510-1585)
Quentin Metsys, O lavador de dinheiro e sua esposa, 1514. Museu do Louvre, Paris, França. A pintura de Quentin Metsys é um estudo de como os comerciantes podiam levar uma vida piedosa administrando bem seu dinheiro e também sendo cristãos devotos. Observe que a esposa segura um Livro de Horas iluminado com um retrato da Virgem Maria e que contas e letras de câmbio estão na prateleira ao fundo.
Marinus van Reymerswaele, O Cambista e sua esposa, 1539. Museu Nacional do Prado, Madri, Espanha. Em uma versão posterior do quadro de Metsys, Marinus van Reymerswaele remove o aspecto religioso, substituindo o livro do salmo por um livro contábil, celebrando, assim, tanto a proeza flamenga na contabilidade quanto a virtude da boa irmandade.
Quentin Metsys, Os cambistas, c. 1549, Musei Bellas Artes de Bilbao, Espanha. Em 1540s, entretanto, artistas como Quentin Metsys e Marinus van Reymerswaele começam a retratar contabilidade como uma atividade possivelmente fraudulenta e imoral. Tanto Metsys e van Reymerwaele pintaram um número de versões desta imagem de "cambistas" ou "coletores de impostos" não confiáveis e possivelmente judeus.
Marinus van Reymerswaele, Dois coletores de impostos, c. 1540. National Gallery, Londres. Nesta pintura de coletores de impostos mantendo as contas, van Reymerswaele descreve vividamente as ferramentas usadas pelos contadores: livros, letras de câmbio, selos e arquivos. No entanto, ele associa a gestão financeira com figuras distorcidas e toucas satíricas, possivelmente apontamento para a loucura humana da ganância e a arrogância na gestão de fortunas. Em lugar de celebrar a contabilidade e o comércio, estes quadros alertam para o perigo de confiar demais nas ferramentas financeiras do cálculo e da gestão.
Jan de Baen, Os corpos dos irmãos De Witt, c. 1672-1675, Rijksmuseum, Amsterdam, Holanda.
Apesar da sofisticação e dedicação financeira e contábil de Jan de Witt ao modelo republicano holandês de política, e este constitui um exemplo para a experiência política moderna, em 1672 ele e seu irmão Cornelis foram depostos pelo poderoso príncipe de Orange. Sob as ordens do princípe, uma multidão estripou e linchou os dois, cortando os dedos das mãos e dos pés e comendo seus órgãos internos.
William Hogarth, Casamento à la Mode: no.2, tête à tête, c. 1743, National Gallery Londres. A pintura de Hogarth Brevemente depois do casamento ou Tête à Tête (1743-1745) é um retrato vívido da relação ambivalente na elite britânica sobre a contabilidade na época de Robert Walpole. Ela mostra um visconde de ressaca esparramado na cadeira depois de um noite foram em um bordel ou com sua amante, enquanto sua esposa começa a acordar depois de uma longa festa com jogos de cartas em casa. O camareiro deles caminha para longe com horror, levando recibos e um razão, que não é de interesse deles.
Josiah Wedgwood e Filhos, Dark Blue Jasper Dip Medallion de Jacques Necker, c. 1770-1800 (Metropolitan Museum of Art, New York). Um exemplo fino da valiosa cerâmica de jaspe, este medalhão é um retrato do ministro francês e autor de Compte rendu, Jacques Necker. Enquanto os amigos dissidentes radicais de Wedgwood lutaram pelos ideais políticos adotados por Necker, Wedgwood se satisfaz vendendo aparições lucrativas de figuras políticas e equilibrando seus livros .
Thomas Hickey, John Mowbray com seu agente de dinheiro, Banian, c. 1790. Biblioteca Britânica. Na metade do século dezoito, industriais e colonialistas britânicos usavam a contabilidade com tal sucesso que eles geraram uma riqueza sem precedente. Ele tinham tal confiança em suas habilidades com gestores financeiras que uma série de retratos de britânicos conduzindo seus negócios foram pintados mostrando pessoas sorrindo sob seus livros contábeis. Essa confiança feliz na contabilidade irá desaparecer no tempo de Dickens, um século mais tarde.
Benjamin Franklin, Instruções para os Chefes dos Correios manterem suas contas, Filadélfia, 1753 (Sociedade Histórica da Filadélfia). Benjamin Franklin era fascinado por contabilidade. Ele manteve livros de partidas dobradas, escreveu sobre contabilidade e até compôs sua autobiografia nas páginas de um livro de contabilidade. Enquanto chefe dos correios britânicos na colônia americana, ele criou este mapa para cada agência dos correios. Não somente explicou para seus chefes de agências, mas também fez um mini manual de contabilidade de partidas dobradas para que qualquer pessoa que viesse aos correios pudesse aprender o básico da contabilidade, que Franklin considerava essencial para a vida cotidiana.
Compte rendu au roi par M Necker, Paris, 1781, Biblioteca da Princeton University. A contagem final do diretor financeiro francês de Louis XVI, Jacques Necker, o revolucionário e bem vendido Compte rendu au roy (1781). Foi a primeira vez que um político reivindicaria de um superávit - neste caso, 10,2 milhões de livres - como uma declaração de sucesso político. Necker começou uma tradição de usar números grandes e muitas vezes imprecisos como propaganda política, uma tradição desgastada que continua até hoje.
Registro do Tesouro dos Estados Unidos, Um visão geral das receitas e gastos do dinheiro público, por autoridade do superintendente de finanças, por tempo de entrada na administração, para 31 de dezembro de 1781. Inspirado no Compte rendu de Necker, o Superintendente de Finanças Americano Robert Morris publicou esta cópia das contas do tesouro do governo dos EUA. Transparência contábil tornou-se central entre os fundadores americanos e foi consagrada no Artigo 1, seção 9, da Constituição.
Henry David Thoreau, Contas para Walden, 1846-1847. Huntington. Um dos líderes do movimento transcendentalismo americano, Henry David Thoreau buscou a volta para natureza e o estado de pura espiritualidade pela rejeição de bens materiais. Esta rara folha de notas do seu trabalho para o clássico Walden, ele voltou para os princípios contábeis calculando o mínimo necessário para subsistência.

Rir é o melhor remédio


07 novembro 2019

Broedel no Iasb

The IFRS Foundation has announced the appointment of Alexsandro Broedel, Joanna Perry, and Maria Theofilaktidis as Trustees of the IFRS Foundation. Their appointments will begin on 1 January 2020 and will expire on 31 December 2022.

Alexsandro Broedel is Group Executive Finance Director and Investor Relations Head at Itau Unibanco in Brazil.

Joanna Perry holds a variety of senior non-executive positions for both public and private organisations in New Zealand and is serving the last few weeks of her second term as Chair of the IFRS Advisory Council.

Maria Theofilaktidis is Executive Vice-President, Chief Compliance Officer and Head of Enterprise Risk for The Bank of Nova Scotia.

In addition, the current IFRS Foundation Trustees Else Bos, Su-Keun Kwak, and Guangyao Zhu have been reappointed to serve a second three-year term, also beginning on 1 January 2020.


Fonte: Aqui

Frase

Se há alguma lição histórica a ser aprendida aqui, é que as sociedades que conseguiram aproveitar a contabilidade como parte da sua cultura geral, floresceram (Jacob Soll, The Reckoning) 

Esta frase é, de certa forma, o resumo do livro de Soll. Vale a pena sua leitura. Ele mostra que o desenvolvimento está acompanhado da contabilidade.

FCL da Aramco

Um analista da Bloomberg fez uma análise de sensibilidade da Aramco.
O valor meta de 2 trilhões da empresa só seria atingido se a taxa de desconto fosse de 5% e o preço do barril do petróleo estivesse em $80. Os 5% parecem baixo, pois um título de 30 anos da empresa mais um risco de 2% aponta 5,85%. Mesmo o risco de 2% parece reduzido, em razão dos ataques terroristas recentes e dos problemas políticos do país.

Mas a estratégia da empresa parece interessante: iniciar com o mercado de títulos locais. Provavelmente os bilionários locais serão "convidados" para "cumprir seu dever patriótico". Uma análise elevada nesta primeira fase pode conduzir a uma reversão na expectativa do valor da empresa em 1,5 bilhão, como se espera.

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Débito e crédito

06 novembro 2019

Pemex segue caminho da Petrobras

A empresa de petróleo estatal mexicana Pemex tem muitas similaridades com a Petrobras: estatal, dominada por políticos e com problemas de corrupção. A notícia mais recente envolve um escândalo, onde a empresa de aluguel de sondas, Oro Negro, gravou conversas entre gestores da Pemex que falam de corrupção nos contratos.

De acuerdo a las grabaciones, presentadas como parte del proceso de quiebra de Oro Negro ante un tribunal en Estados Unidos – los directivos de Petróleos Mexicanos llegaron a recibir hasta 5 millones de dólares como sobornos por algunos contratos, de acuerdo a una investigación de Univisión.

Para “simplemente por reunirse” con el entonces director de Pemex, Emilio Lozoya, los interesados debían pagar entre 50 mil y 100 mil dólares, según reveló en las grabaciones, realizadas en octubre de 2017, José Carlos Pacheco Ledesma, entonces coordinador ejecutivo de Pemex Perforación y Servicios.


A empresa Oro Negro afirma que a Pemex suspendeu contratos, por não pagar subornos, e isto provocou sua quebra.

Según el diario estadounidense en la grabación el funcionario de Pemex dice que recibir sobornos es una práctica común, pues muchos trabajadores de la petrolera incluso aceptaban el dinero a través de miembros de su familia o de consultorías que son los operadores.

“Hay subdirectores, por ejemplo, con un hijo como el responsable (de aceptar dinero)”, señala el WSJ de acuerdo con la grabación.


A empresa Pemex também está envolvida na corrupção da Odebrecht

Mais problemas em pesquisa na Psicologia

Há alguns anos, um estudo sobre o uso de saltos em mulheres concluiu que tem um efeito sobre os homens. Segundo noticiado, o “salto alto torna as mulheres mais bonitas”.

Agora, a Springer retirou este estudo, por “deficiências metodológicas e erros estatísticos”. Os dados do artigo não seriam confiáveis.

O autor possui diversos livros publicados e até verbete na Wikipedia. (Lá consta os problemas científicos das pesquisas do autor). Ele tem publicado em língua portuguesa Psicologia do Consumidor e Metodologia em Psicologia.

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Harry Porter

05 novembro 2019

Microsoft do Japão testa sistema de trabalho de quatro dias por semana

Já pensou em trabalhar apenas quatro dias por semana? A filial da Microsoft no Japão resolveu testar um experimento em que os funcionários tiveram uma jornada de trabalho de quatro dias por semana. A regra era: todas as sextas-feiras seriam de folga. Os resultados mostram um aumento de 40% na produtividade da equipe, além da redução nos custos operacionais da empresa.

Segundo o CEO da Microsoft no Japão, Takuya Hirano, a ideia da empresa é tentar obter os mesmos resultados com 20% menos tempo de trabalho. "Trabalhe um pouco, descanse bastante, aprenda muito."

O esquema funcionou da seguinte forma: 2.300 funcionários da empresa tiveram 5 sextas-feiras de folga, sem redução nos salários e sem desconto nos dias de folga a que têm direito anualmente. O resultado foi um aumento de produtividade de 40%. Para eliminar o tempo de deslocamento, muitas reuniões foram reduzidas, canceladas ou feitas remotamente. E a aprovação à medida foi positiva: no total, 92,1% dos funcionários gostaram do experimento.

A empresa, agora, pretende repetir o teste em outras épocas do ano.


Fonte: Aqui

Uber

A receita total da Uber aumentou 29%, para US $ 3,81 bilhões no terceiro trimestre em comparação com o ano anterior, informou a empresa nesta tarde. E esse é um crescimento muito bom da receita. Mas, para obter esse crescimento de receita, a empresa lançou tudo o que tinha. Assim, as despesas aumentaram ainda mais rapidamente e a perda operacional aumentou.

Nos três trimestres até agora em 2019, o Uber perdeu US $ 7,4 bilhões. Você realmente precisa se esforçar para perder US $ 7,4 bilhões em US $ 10 bilhões em receita:




O fluxo de caixa das operações foi negativo em US $ 878 milhões no trimestre, elevando o consumo de caixa até agora este ano para US $ 2,52 bilhões.

Mas não se preocupe: ele tem muito dinheiro para investir, graças a inúmeras rodadas de captação de recursos, o dinheiro levantado durante o IPO e algumas dívidas monstruosas. No final do trimestre, ainda havia US $ 12,6 bilhões em dinheiro para queimar.

Grande parte desse dinheiro é emprestada: a Uber possui US $ 5,7 bilhões em dívidas de longo prazo. (...)


É uma visão bastante negativa da empresa. 

Mundo atual





Daniel Garcia. Veja mais aqui

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Bandeiras do mundo

04 novembro 2019

Como a mulher deve se portar - 2

Depois da denúncia que a EY fez um treinamento sobre como a mulher deve se comportar (vide aqui) duas reações distintas e interessantes.

A primeira, de uma ex-partner que afirmou estar familiarizada com os valores machistas.

A reação da empresa foi um vídeo de uma funcionária da EY. Na primeira versão, a EY fazia uma crítica a cobertura da imprensa

O objetivo da imprensa é criar notícias e atrair cliques e não existe dúvida que esta história foi feita com esta finalidade

afirmou a funcionária da EY. O interessante é que inicialmente no vídeo a representante da EY tenta desvincular o treinamento da EY e depois diz que escutou elogios ao treinamento. Tanto a crítica à imprensa quanto o elogio ao programa foram depois excluídos de uma nova versão do vídeo.


Impresso ou digital

Ao comentar sobre uma possível fusão entre duas editoras de livros didáticos, um texto do The Conversation de Naomi Baron trata de uma questão delicada: a transição do material impresso para o digital.

Segundo Baron:

(...) os alunos aprendem melhor usando livros impressos ou digitais. Os alunos dizem que geralmente preferem estudar textos impressos em vez de digitais.

Em dois estudos internacionais com estudantes universitários - incluindo um que eu conduzi e outro liderado por Diane Mizrachi -, os alunos disseram esmagadoramente que aprendem melhor com impressão. Meus colegas e eu recebemos a mesma resposta em um estudo que fizemos com alunos do ensino médio e do ensino médio na Noruega. Nos três estudos, os alunos reclamaram que se distraíam ao ler digitalmente.

Uma análise de vários estudos sobre o tema concluiu que, em geral, os alunos tiveram um melhor desempenho ao responder perguntas sobre uma passagem de leitura, se a liam impressa, não digitalmente. No entanto, essas descobertas às vezes dependem do tipo de perguntas feitas ou da quantidade de tempo que os alunos passam lendo.

As pesquisadores Patricia Alexander e Lauren Singer Trakhman mostraram que os alunos se saem igualmente bem com impressão e digital quando perguntas são feitas sobre a ideia principal de uma passagem. No entanto, se for solicitado aos alunos pontos-chave mais detalhados, eles se sairão melhor na impressão. Ironicamente, se você perguntar a esses mesmos alunos sobre o meio em que eles acham que tiveram notas mais altas, eles dizem que são digitais - mesmo que o oposto seja verdadeiro.

Sobre isto, uma questão que interessa é a apresentação de informações contábeis. Afinal, meio digital ou impresso. Particularmente, eu prefiro impresso. Sou assinante de jornais e geralmente olho os balanços publicados. Mas raramente entro em um site para ler uma versão digital.

Recentemente o governo adotou medidas para reduzir o custo contábil das empresas, que incluía a não obrigatoriedade de publicação em jornais. Uma consequência indireta da medida talvez esteja no texto acima: as pessoas irão ler menos ou com menor atenção as demonstrações.

Sobre este assunto, novamente recomendo a dissertação de José Mauro Soares que mostrou que a tela conduz a piores decisões na contabilidade. Em diferentes situações.

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Evolução

03 novembro 2019

Razões para NÃO investir na Aramco

A Forbes apresenta dez razões para NÃO investir na Saudi Aramco

1. Risco Geopolítico

Um ataque de mísseis no dia 14 de setembro desabilitou duas das maiores joias da Saudi Aramco, a planta de estabilização de petróleo Abqaiq e o campo petrolífero Khurais. Já se foi o tempo em que as ameaças ao fluxo de petróleo na Arábia Saudita seriam o suficiente para aumentar o preço do produto. Depois de saltar 20% com o ataque a Abqaiq, o petróleo bruto caiu para US$ 60, mais baixo do que antes. Em meio a tensões, o presidente norte-americano Donald Trump parece estar cansado de proteger o país, e a batalha do Iêmen mostra que os sauditas não conseguiriam se defender em uma guerra contra o Irã. Amrita Sen, da consultoria Energy Aspects, afirma: “A possibilidade de ataques no futuro é real e afeta o mercado”.


2. Crescimento zero


Na área de commodities, é preciso ter escala para competir. Mas, quando você consegue atingir essa escala, o crescimento fica travado pela lei dos números grandes. Uma empresa pequena pode rapidamente dobrar de tamanho e valor, mas a Aramco não pode. Sua produção está estagnada ao redor dos 10 milhões de barris por dia desde 2014. E, mesmo antes dos ataques a Abqaiq, a empresa era obrigada a usar menos de 90% de sua capacidade para satisfazer um acordo de redução de volumes da Opep, a Organização dos Países Produtores de Petróleo. No primeiro semestre de 2019, a renda líquida e investimento de capital da Aramco caíram 12%, para US$ 47 bilhões e US$ 14,5 bilhões, respectivamente. De acordo com a análise da Bernstein Research, a Aramco não terá fundos suficientes neste ano para pagar dividendos vindos de fluxo de caixa, então, terá de fazer empréstimos para honrar os pagamentos.


3 . Nenhuma autonomia 

A empresa, ativa ou não na Opep, age como uma ferramenta primária da política de petróleo saudita, com o rei, não o conselho, tomando as decisões”, afirma Bill Farren-Price, diretor da RS Energy Group. Na preparação para a abertura de capital, o rei Salman diminuiu os níveis de impostos da Aramco de 80% para 50% em 2017, fazendo com que a companhia tivesse de pagar “apenas” US$ 100 bilhões em tributos ao reinado em 2018. A Aramco promete dividendos de pelo menos US$ 75 bilhões por ano aos acionistas assim que suas ações forem a público, mas, com os problemas orçamentários da Arábia Saudita, esses números podem ser cortados por decreto real.


4. Dúvidas sobre avaliação


O príncipe Mohammad bin Salman regularmente avaliava a Aramco em US$ 2 trilhões. Esse valor sempre foi alto demais. As maiores e mais bem geridas empresas de petróleo do mundo fazem negócios com rendimento de dividendos perto dos 5% (Exxon 5%, Chevron 4%, Shell 6,5%,Total 5,6%, Sinopec 8%). Para gerar um rendimento de 5% nos US$ 75 bilhões de dividendo, a avaliação do valor de mercado deve chegar na ordem do US$ 1,5 trilhão. Em uma base de preço/rendimento, aplicar a mega taxa sobre P/R de 15 ao rendimento líquido de aproximadamente US$ 100 bilhões chega no mesmo valor de US$ 1,5 trilhão.



5. Alternativas em excesso



Até mesmo US$ 1,5 trilhão deve ser um valor muito alto, considerando que o mundo não precisa de mais nenhuma petroleira gigante, controlada pelo Estado e com capital aberto. Por exemplo, a Gazprom, a PetroChina e a Petrobras sofreram com escândalos de corrupção e perderam pelo menos 40% de valor na última década. A Equinor, gigante norueguesa conhecida anteriormente como Statoil, é considerada a gigante petrolífera estatal mais bem administrada. Ela perdeu apenas 20% de valor na última década e fez grandes avanços na redução da intensidade de carbono em suas operações, uma clara vantagem competitiva.


6. Erros no tratamento do capital


No final de 2017, o príncipe prendeu dezenas de bilionários e magnatas sauditas e os instalou em uma prisão extravagante no The Ritz-Carlton, em Riyadh. Dentre os presos, estavam capitalistas famosos, como o príncipe Alwaleed bin Talal, conhecido há tempos por seus investimentos astutos nas últimas décadas. Mohammad bin Salman retirou ativos no valor de US$ 100 bilhões deles sem nenhum precedente legal. Não há mais sauditas na lista de bilionários globais da Forbes. O príncipe Alwaleed declarou que o preço de sua liberdade foi de US$ 6 bilhões. Antes figura conhecida na CNBC, ele pouco tem sido visto. Se esse é o tratamento que empreendedores de sucesso recebem na Arábia Saudita, existe razão para ser um? Capital apenas flui para lugares onde é bem tratado e protegido pela lei. Em 2016, a Arábia Saudita atraiu US$ 7,4 bilhões em investimentos estrangeiros diretos. Em 2017, o FDI afundou para US$ 1,4 bilhão, recuperando-se apenas em 2018 para US$ 3,2 bilhões. O Grupo Banco Mundial coloca a Arábia Saudita como o país 92 entre 190 no quesito facilidade de fazer negócios. Existem muitos outros lugares para investir.

7. Poder dos perfuradores norte-americanos

Se é absolutamente necessário para você possuir ativos de petróleo e gás, não é melhor que estejam em lugares politicamente estáveis ​​como Texas ou Novo México, onde os direitos de propriedade são sacrossantos, contratos são mantidos pelo Estado de Direito e a probabilidade de ataques irreparáveis ​​de mísseis são ironicamente baixos? Perfuradores norte-americanos descobriram enormes reservas na última década que agora estão à venda, com preços 50% ou mais baratos do que no ano passado. A Apache Corp. caiu 50%, a Occidental Petroleum 44%, e a EOG Resources 17%, em relação aos níveis do ano anterior. Todos têm muito mais espaço para crescer do que a Aramco e não são sobrecarregados com a pressão de ser um cofrinho real.


8. Que direitos humanos?



O assassinato do colunista do “Washington Post” Jamal Khashoggi no ano passado ainda ganha manchetes, mas não se pode acreditar por um segundo que ele foi o primeiro dissidente morto e desmembrado por uma equipe de assassinos sauditas. Ao mesmo tempo que o príncipe MbS acha que pode aplacar a liberalização concedendo às mulheres permissão para dirigir, ele aprisiona o ativista Loujain al-Hathloul por mais de um ano. As mulheres continuam sendo cidadãs de segunda classe e devem cobrir a cabeça em público. Não há pluralismo religioso, liberdade de reunião ou expressão. O álcool é proibido. Mas agora você pode obter um visto de turista para ver como essa monarquia absoluta mantém seus 30 milhões de súditos alinhados.


9. Poder absoluto corrompe


Em um país que proíbe toda oposição política, quando a mudança finalmente chegar ao reino, não será ordenada. Em uma conversa no final de 2017, Khashoggi me disse que não era um revolucionário. “Eu não sou contra o sistema. Sem a monarquia, o país inteiro entraria em colapso”, afirmou. O que ele mais queria para a Arábia Saudita eram as liberdades que se tem como garantidas nos Estados Unidos. “Gostaria de ter liberdade de expressão.”


10. Era do petróleo está no fim

O mundo nunca usou mais petróleo. São cerca de 101 milhões de barris por dia. E há muito mais de onde isso veio, graças aos avanços na perfuração direcional e no fraturamento hidráulico. O mundo está cheio de petróleo agora mesmo após o quase total colapso da Venezuela (que tem ainda mais matéria-prima do que a Arábia Saudita) e o bloqueio ao petróleo iraniano. Quando o “pico petrolífero” chegar nos próximos 25 anos, será por conta não de suprimento inadequado, mas de demanda sem brilho, impulsionada pela adoção de veículos elétricos. Isso estripará o preço do petróleo e, com ele, o valor das reservas da Aramco. Considerando que, atualmente, a Aramco bombeia cerca de 4 bilhões de barris por ano, as reivindicações sauditas de há 260 a 300 bilhões de barris em reservas comprovadas de petróleo devem ser vistas com dúvidas. Não há valor em um barril de petróleo de um solo que ninguém conseguirá perfurar por 50 anos.


Fonte: Forbes

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Evolução

02 novembro 2019

Viés da Atribuição

Sobre o viés da atribuição, uma resposta no Quora 

Você por acaso reconhece alguns desses cenários?



  • Quando a Letícia tirou nota 2 na prova, você automaticamente assumiu que foi porque ela era preguiçosa e não se importou em estudar.
    Mas quando você tirou 2 em uma prova, foi porque o professor não te ensinou bem a matéria e as questões da prova eram muito difíceis.
  • Quando a Letícia te cortou na estrada, você automaticamente assumiu que ela era arrogante, desagradável e imprudente.
    Mas quando você cortou a Letícia na estrada, é porque você tinha que ir à algum lugar e estava com pressa.
  • Quando a Letícia chegou atrasada para o encontro, você automaticamente assumiu que ela simplesmente não se importava com a sua companhia ou com o seu tempo.
    Mas quando você chegou atrasado para encontrar com ela na manhã seguinte, é porque o seu carro estava sem gasolina e você teve que parar em um posto para abastecer.
Percebe o padrão?


Quando a Letícia é responsável por algo ruim, você atribuiu aquele evento à personalidade dela.

Ela foi mal na prova?


Ela é preguiçosa e não estuda.

Ela te cortou na estrada?


Ela é arrogante e imprudente.

Ela se atrasou para o combinado?

Ela não respeita o tempo das pessoas.

Mas mal sabia você que ela foi mal no teste porque o seu cachorro morreu.

E que ela te ultrapassou porque a sua filha estava no hospital.


E que ela estava atrasada ao encontro porque o carro dela quebrou.

Ainda sim, quando esses mesmos eventos acontecem com você, você atribui eles a fatores circunstanciais fora do seu controle. Você não atribuiu esses eventos a sua personalidade como quando você fez com a Letícia.

Isso é chamado de Viés de Atribuição.

Você foi mal no teste?

Professor incompetente e questões difíceis!

Você cortou a Letícia na estrada?

Não tinha o que fazer, você estava atrasado para algo importante!

Você estava muito atrasado para o encontro?


Bom, você teve que passar no posto para abastecer!

Leva menos de 10 segundos para ter consciência que esse tipo de pensamento tendencioso existe nas suas decisões, e é na verdade uma armadilha muito fácil de cair.

Reconhecer que o viés de atribuição existe e evitar o seu pensamento preconceituoso é um passo necessário para se desenvolver empatia.

A empatia é muito importante para diminuir a nossa ignorância e preconceito para que possamos nos tornar uma sociedade melhor.

O que eu posso aprender agora em 10 segundos que será útil para o resto da minha vida?
Peter Heinz - estudou em Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2018) - Tradutor ·Traduzido em 21 de outubro
Kevin Luo - BBA, Business Administration, University of Michigan Ross School of Business (2017) - Original author

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Evolução no Twitter

01 novembro 2019

Emissão CO2

O gráfico apresenta a emissão de CO2. Quanto mais escuro, maior a emissão. O Brasil emite pouco, mas o problema é a evolução. Logo após a II Guerra a emissão era de 0,16 t per capita. Em 1970 chegou a 1 tonelada. Vinte anos depois, em 1990, 1,39 t. No início do novo século, 1,87 t. E agora, 2,27. Mas bem abaixo de 16,24 dos EUA. Ou 19,28 t da Arábia Saudita.

A Inglaterra chegou a emitir 11,23 antes da I Guerra. E agora 5,81 t. 

Retratação na Psicologia

O psicologo Hans Jürgen Eysenck, nascido em 1916 e falecido em 1997, possui um extenso trabalho sobre inteligência e personalidade. Quando faleceu, era o psicologo mais citado na literatura.

Nascido na Alemanha, mudou, na década de trinta, para a Inglaterra, por conta da oposição ao regime nazista. Fez doutorado em Londres e depois entrou para o King´s College, onde atuou entre 1955 a 1983. Escreveu 80 livros e mais de 1600 artigos científicos.

Agora muitos trabalhos podem ser “recolhidos” em razão de erros na pesquisa. O foco são as pesquisas em conjunto com Ronald Grossarth-Maticek Desde 2010 já existia uma suspeita de problemas na pesquisa de Eysenck. A instituição de origem já abriu uma investigação e parece que 26 artigos foram considerados “inseguros”. Entretanto, o King´s College não incluiu as pesquisas onde Eysenck é único autor, o que parece sugerir que a investigação deve “acusar” mais o co-autor.

Leia mais aqui 

Absurdo do prêmio Nobel em Ciências

Todo ano, durante a premiação do Nobel, o principal da área acadêmica mundial, volta a discussão sobre a escolha realizada pela Fundação. Além das injustiças, este ano um artigo do The Atlantic destacou um fato importante: a premiação está distorcendo e reescrevendo a história. Além de muitas vezes deixar de fora bons pesquisadores, o processo científico nos dias atuais mudou. Com respeito ao primeiro ponto, não existe dúvida. O texto de Ed Yong (The Absurdity of the Nobel Prizes in Science) aponta vários casos. Eu lembro, na área de economia, o fato de Black e Tversky não terem sido premiados por terem falecido precocemente. Mas Baumol viveu bastante tempo e não foi contemplado.

Em muitos casos, o esquecimento pode representar reescrever a história da ciência. Yong narra o caso de Damadian que foi “esquecido” pelo Nobel, enquanto seus colegas, Paul Lauterbur e Peter Mansfield, foram contemplados. Damadian publicou anúncios em três jornais dos EUA protestando contra o esquecimento. No Nobel de Economia eu me lembro de Roberts (mas Fama, que escreveu depois sobre a eficiência de mercado, foi reconhecido), Milgrom (mas Myerson e Bengt Holmstrom) e Martin Weitzman (mas Nordhaus), sendo que este último “pode”  ter cometido suicídio pelo “esquecimento” do prêmio.

Mas o texto do The Atlantic destaca outro ponto também importante. Atualmente a ciência é um esforço de um grupo de cientistas. Reconhecer um cientista (ou dois ou três) é injusto com o grupo de trabalhou na pesquisa. Isto pode dar a impressão de que a ciência é feita por uma pessoa solitária, sem interação com outras pessoas:

críticos notam que é um absurdo e um anacronismo o reconhecimento do trabalho de cientistas. Em lugar de honrar a ciência, isto distorce sua natureza, reescreve a história e negligencia o papel de importantes pessoas [tradução livre]

Ganhar o prêmio traz vantagens, conforme lembra Yong: mais citações, um tempo de vida médio maior, lucro em palestras e a sensação de grandeza. Ser esquecido pode ser pior.

Rir é o melhor remédio

Quando o professor usa meu nome como um bom exemplo