Translate

09 março 2019

Elsevier e Universidade da Califórnia

Postamos que a Universidade da Califórnia rompeu sua assinatura com a editora Elsevier. Segundo o Conversation, as ações da empresa caíram 7% em razão do anúncio. Para este site, o confronto UC x Elsevier é mais uma rachadura no sistema de compartilhamento de pesquisas acadêmicas.

Conforme comentamos, as universidades assinam os periódicos, nos dias atuais de forma on-line. Estes contratos são negociados em um pacote único, com valores de milhões de dólares. Se o contrato acabar, as universidades não possuem mais acesso. Caso queira ler um artigo, é possível comprar pagando em torno de 35 a 40 dólares por texto.

Para o pesquisador, isto é bom, desde que ele esteja associado a uma instituição que aceite pagar. Para a editora, o sistema atual é interessante, já que o custo do acesso on-line é baixo. Além disto, há pouca concorrência. As editoras recebem os artigos gratuitamente, mas muitas pesquisas foram financiadas com dinheiro público. Os revisores atuam gratuitamente.

Segundo a bibliotecária da UC

A grande promessa da internet era que tornaria o conhecimento mais livre e facilmente acessível . No mundo da pesquisa acadêmica - onde novas descobertas são feitas e novos conhecimentos nascem - a esperança de 20 anos atrás era que o advento das plataformas online tornaria os artigos de pesquisa universalmente disponíveis. Isso também reduziria o custo da publicação de periódicos acadêmicos e, conseqüentemente, reduziria os custos de assinatura multimilionários suportados pelas universidades e outras instituições de pesquisa.

Em vez disso, os artigos não estão prontamente disponíveis para todos, os custos de assinatura continuaram aumentando e os direitos dos assinantes foram corroídos, incluindo o que eles podem fazer com os artigos que compram e sua capacidade de fornecer acesso de longo prazo a eles.

Mulheres

Um texto do Estadão mostra que "Nenhuma das 62 empresas do Ibovespa é presidida por uma mulher". É óbvio que esta discussão merece mais do que um texto de jornal, mas o texto é feliz em fazer a constatação: "Pesquisa Women In Business 2019, realizada pela consultoria Grant Thornton com mais de 3.500 empresários em 35 países, revela que apenas 15% das companhias têm mulheres no topo". Mais ainda:

Na pesquisa da Grant Thornton, em empresas que não possuem mulheres na liderança, só 32% delas dizem ter o objetivo de chegar ao topo. Porém, quando a companhia tem exemplos femininos nos cargos de gestão, o índice sobe 17 pontos porcentuais, para 49%

Uma explicação para este fato, de certa forma "diferente" (para não dizer "polêmica") das usuais, pode ser encontrada no livro Lo que Importa es el porqué, de Uri Gneezy. (É uma tradução de uma obra em língua inglesa, mas é a versão que tenho no Kindle).

Prevendo recessão

O Stumbling and Mumbling traz uma discussão interessante sobre previsão. Tenho um grande interesse neste assunto, talvez em razão de ministrar Avaliação de Empresas na minha universidade e isto ser tão relevante. Além disto, a previsão envolve métodos quantitativos, psicologia, pesquisas criativas e muitas outras formas que realmente atraem a atenção de um curioso.

Voltando a postagem, o site colocar uma comparação entre previsões realizadas em dezembro de cada ano para o crescimento da economia do ano seguinte (gráfico acima). De certa forma, na maioria dos casos, a previsões são razoáveis. Mas a grande diferença ocorreu nos anos de 2007 e 2008, justamente anos de recessão. Para o site, os previsores vão muito mal nas recessões. Citando Loungani, duas das 60 recessões que ocorreram no mundo nos anos 90 foram previstas com um ano de antecedência. E dois terços das recessões não foram enxergadas sete meses antes de ocorrerem. Para o site, “as previsões econômicas, portanto, são razoavelmente boas, exceto quando realmente precisamos delas.”

As razões podem ser listadas: (1) talvez os preditores demorem a atualizar as previsões (2) não há incentivo para romper o consenso (“é melhor estar errado junto com os outros”) (3) as recessões são realmente difíceis de serem previstas. Obviamente que esta lista de razões pode ser ampliada.

Contabilidade para Streaming

Nos últimos anos o setor de entretenimento apresentou uma mudança expressiva com a ascensão dos serviços de streaming (Netflix, por exemplo). Isto representa uma mudança também nas normas contábeis. Quando uma produtora de filmes desenvolve um produto para o cinema, os custos de produção devem ser capitalizados; a receita deve ser reconhecida com a bilheteria e a venda posterior do filme para a TV a Cabo, televisão ou streaming. Assim, os custos serão levados a resultado como proporcional a receita.

Entretanto, uma série de televisão, com episódios regulares, isto não poderia funcionar desta forma. A receita paga por um canal de televisão pode variar conforme o contrato entre produtor e exibidor. Diante desta situação, o FASB, entidade de emite normas contábeis nos Estados Unidos, apresentou uma “Atualização de Norma Contábil” ou ASU para tratar deste assunto. A norma contempla este novo modelo de negócio, onde a receita do streaming é baseada na assinatura. 

Segundo o presidente do Fasb, Russell G. Golden, o novo padrão melhora a informação para o investidor das empresas que trabalham com episódios de televisão. A norma deve entrar em vigor no final de dezembro de 2019. (imagem, daqui)

Rir é o melhor remédio

Carta de despedida do contabilista Sabugosa de Castro e Belinda Guedes, moça de prendas domésticas de Jundiá dos Pilares:

Prezada senhorita:
Tenho a honra de comunicar a V.Sa. que resolvi, de acordo com o que foi conversado com seu ilustre progenitor, o tabelião juramentado Francisco Guedes, estabelecido à Rua da Praia, no. 632, dar por encerrado nossos entendimentos de noivado. Como passei a ser o contabilista-chefe dos Armazéns Penalva, conceitua firma desta praça, não me restará, em face dos novos e pesados encargos, tempo útil para os deveres conjugais.
Outrossim, participo que vou continuar trabalhando no varejo da mancebia, como vinha fazendo desde que me formei em contabilidade em 17 de maior de 1932, em solenidade presidida pelo Exmo. Sr. Presidente do Estado e outras autoridades civis e militares, bem assim como representantes da Associação dos Varejistas e da Sociedade Cultural e Recreativa José de Alencar.
Sem mais, creia-me de V Sa. patrício e admirador
Sabugosa de Castro

(Amor de contabilista em carta comercial, O Cruzeiro, ed 2502, p 19, José Candido, p. 19)

08 março 2019

Confiança e desconfiança

O Metro Bank é um banco de varejo, fundado em 2010, no Reino Unido. Desde então, o banco cresceu, estando listado na Bolsa de Londres e fazendo parte do índice FTSE. Logo após sua fundação, o banco se expandiu rapidamente, abrindo muitas "lojas" de atendimento.

O Metro é um caso típico onde a desconfiança em razão de um "erro" provoca uma grande desconfiança do investidor.
Em março de 2018 o preço da ação do banco começa a cair. Agora estão valendo 77% a menos que há um ano.

Um banco classifica seus ativos conforme o nível de risco. Basicamente, se um ativo tem um risco maior ele "vale" menos que um ativo com menor risco. Recentemente o banco reconheceu que classificou incorretamente um ativo. Na realidade a PRA, a entidade reguladora inglesa na área, foi quem identificou o "erro". O problema do Metro mostra a relevância da informação sobre o índice de capital do banco. Como a confiança foi quebrada, agora o banco tem a difícil missão de convencer os investidores que a instituição é segura. O Metro é bem avaliado entre os clientes, muito acima dos bancos tradicionais, como HSBC, Lloyds, Barclays e RBS.

Mas o que importa são os investidores. Caso tenha necessidade de mais capital, o Metro provavelmente irá ter que pagar mais pelos recursos.

Petrobras ainda tem problemas de corrupção


  • Em novembro de 2018 a Petrobras encerrou os trabalhos de uma comissão de investigação alegando que a empresa tinha evoluído no combate à corrupção
  • Um mês depois, um funcionário da empresa foi preso nos Estados Unidos por corrupção 
  • Relatos mostram que há muita resistência em fazer apurações de todas as denúcias de corrupção

Um texto da Forbes/Reuters merece um leitura atenta. Segundo a revista, a empresa Petrobras ainda luta para vencer a corrupção. Ao contrário do que afirma a empresa, que estaria “livre de corrupção”, os depoimentos e a análise feita pela revista mostram que a corrupção generalizada ainda não foi erradicada.

Mas em novembro, a empresa encerrou os trabalhos de uma comissão de investigação constituída em 2014, afirmando que a empresa tinha progredido na luta contra a corrupção.

A revista fez entrevistas com seis pessoas. Uma delas, João Elek Jr, foi diretor de Governança e Conformidade. As demais não são citadas. Apesar da impressão de que a empresa evoluiu nos controles internos e na redução da corrupção, parece que ainda existem vulnerabilidades da empresa. Confirmando isto, em dezembro, novas denúncias aparecereram, incluindo acusações contra um funcionário da empresa na área de trading, atualmente preso nos Estados Unidos.

Elek relata que a unidade de conformidade teve muito trabalho e não tinha equipe suficiente para as investigações. Existiam obstáculos para demissão de funcionários e hostilidade ao trabalho da equipe. Segundo Elek, ocorreu um resistência cultural. Uma forma de resistência era o atraso com que as informações solicitadas eram fornecidas: alguns pedidos de arquivos que poderiam ser entregues em dias, levavam semanas ou meses. Alguns chefes, quando informados de suspeitas, tentavam proteger seus subordinados.

Haveria mais de 2 mil denúncias para serem apuradas. Não existia um apoio da alta gestão. O comitê de conformidade nunca teve a presença do então presidente, Aldemir Bendine. Bendine está preso por corrupção.

Desde o início das investigações, a Petrobra se diz vítima de elementos que espoliaram a empresa. Não acredito nisto. O texto mostra que existe um problema estrutural na empresa. Note que o verbo está no presente, não no passado. Não somos otimistas assim.

Mais mulheres com doutorado

O gráfico mostra a participação crescente das mulheres nos títulos de doutorado no Brasil. Em 2017, 54% eram mulheres. Inclui Mariana Pereira Bonfim, Ilka Gislaine de Melo Souza, Ivone Vieira Pereira, Adriana Isabel Backes Steppan, Edzana Roberta Ferreira da Cunha Vieira e Fernanda Fernandes Rodrigues

Rir é o melhor remédio


07 março 2019

Mulheres e igualdade

Uma pesquisa do Banco Mundial sobre o papel da mulher em diferentes países encontrou que somente em seis dos países existentes a mulher tem direitos igual ao homem. Os países são: Bélgica, Dinamarca, França, Letônia, Luxemburgo e Suécia, que conseguiram nota máxima em 35 critérios.

O Brasil ficou em uma posição intermediária elevada, com nota máxima em “going places”, “starting a job”, “getting married” e “managing assets”, totalizando 81,88 de 100. Um pouco atrás dos Estados Unidos ou Suíça.

Risco moral, Uber e Taxi

Já se imagina que plataformas digitais, como Uber, poderia ajudar a resolver o problema de risco moral entre motorista e passageiro. Agora, uma pesquisa comprovou que o sistema de classificação, juntamente com o monitoramente em tempo real e reclamação acessível pode realmente ajudar.

Segundo Meng Liu, Erik Brynjolfsson e Jason Dowlatabadi ao comparar Uber com taxi para uma mesma rota, os motoristas de taxis desviam em 7% uma rota de aeroporto para passageiro não locais, o que significa uma corrida mais longa.

Kothari é o novo economista-chefe da SEC

Um dos maiores pesquisadores da área de contabilidade foi nomeado para ser economista-chefe da SEC, a CVM dos EUA:

The Securities and Exchange Commission today announced that S.P. Kothari has been named Chief Economist and Director of the agency’s Division of Economic and Risk Analysis (DERA).  Dr. Chyhe Becker, who has served as DERA’s Acting Director while the SEC completed its search, will continue to serve both as Deputy Director and Associate Director of Litigation Economics.
Mr. Kothari joins the SEC from the Sloan School of Management at the Massachusetts Institute of Technology (MIT), where he is a professor of accounting and finance and recently ended a six-year term as Deputy Dean of MIT Sloan School of Management.

“S.P. brings with him wide-reaching insight from his decades spent as a leader in applying sophisticated research to the operation of our financial markets, including firsthand experience from his time in the private sector,” said SEC Chairman Jay Clayton.  “His leadership will guide DERA well in the research and analysis it provides in support of the Commission’s work on behalf of Main Street investors.  I also want to thank Chyhe for her exemplary leadership as Acting Director of the division over the last year.

Fonte:aqui
 Related image

Cursos mais demandados


Segundo o Censo de 2017 (via aqui), eis os cursos mais demandados no Brasil:

1) Pedagogia = 272.397 estudantes
2) Administração = 238.341
3) Direito = 215.520
4) Educação Física = 132.502
5) Ciência Contábeis = 130.945
6) Enfermagem = 102.470
7) Gestão De RH = 93.532
8) Engenharia Civil = 78.634
9) Psicologia = 69.953
10) Processos gerenciais = 69.616

Eis uma explicação para os números:

O tamanho do mercado de trabalho e a longevidade dos cursos ajudam a entender porque pedagogia, administração, ciências contábeis, direito, enfermagem e engenharia civil atraem milhares de estudantes para o ensino superior independentemente de crises e novas tendências. O perfil generalista do curso de administração aliado ao baixo custo do curso o coloca entre um dos campeões de alunos. “Quem se formou vai encontrar um posto de trabalho mesmo num momento como esse. É uma carreira que gera muitas contratações”, diz o gerente do Quero Bolsa.

Futebol e ações negociadas na bolsa

  • O preço das ações reflete a riqueza futura que será gerada
  • Em um clube de futebol, a eliminação de uma competição pode reduzir os prêmios que serão recebidos e o valor do patrocínio
  • Ontem, a Roma perdeu para o Porto e deixará de receber 10 milhões de euros. O preço das ações do clube cairam no dia de hoje

É sempre interessante acompanhar o que ocorre com o preço da ação de um clube de futebol. Quando este clube possui ação negociada na bolsa.

Veja o caso da Roma, um grande clube italiano. Ontem, jogando pela Champions League, provavelmente o principal campeonato de futebol do mundo, a Roma precisava de um empate ou uma vitória, por qualquer placar. Tinha vencido o primeiro jogo em casa e jogava o segundo em Portugal, contra o Porto. Ao final de 90 minutos, o placar mostrava 2x1 para o Porto. A prorrogação aconteceu e o Porto fez mais um gol. Com isto, classificava para mais uma etapa da Champions. A Roma estava eliminada. Eis o que ocorreu com o preço da ação da Roma:

O preço da ação refletiu o resultado em campo. Com o placar, a Roma deixou de classificar e perdeu 10 milhões de euros de prêmios, além da menor visibilidade para seus patrocinadores.

Rir é o melhor remédio


06 março 2019

Pesquisa

Você está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa sobre as características dos profissionais contábeis. Nela estamos buscando traços que sejam comuns aos profissionais de contabilidade.

Você será submetido a um instrumento de pesquisa que poderá ser respondido em apenas 2 (dois) minutos.

Em nenhum momento você será identificado. Os resultados da pesquisa serão publicados e ainda assim a sua identidade será preservada. Você não terá nenhum gasto e ganho financeiro por participar na pesquisa. Os benefícios serão o oferecimento de dados sobre as características dos profissionais contábeis, contribuindo para o estudo nessa área.

Clique aqui.

Grato

Para pirataria: bons produtos e preços razoáveis


  • Alguns países tentaram combater a pirataria com penas mais pesadas
  • A experiência da Nova Zelândia parece indicar que bons produtos e preços razoáveis pode ser a solução

A experiência da Nova Zelândia parece indicar que a melhor maneira de combater a pirataria é através da oferta de bons produtos a preços razoáveis. Uma pesquisa com mil pessoas naquele país (via Boing Boing) mostrou que 75% dos entrevistados usam a TV aberta, 58% o cinema e 55% assinam streaming (Netflix, por exemplo). Somente 11% usam a pirataria e 10% torrent.

As pesquisas parecem indicar que os usuários migram para opções legais quando estão disponíveis por um preço razoável. É bom lembrar que sites piratas geralmente estão cheios de malware, sendo arriscados para os usuários.

Isto vale para preço de artigos em periódicos? A margem de lucro da Elsevier é de 37%. Entretanto, há uma sutileza aqui. Em muitos casos, o acesso é pago pela universidade ou pelo governo (no caso do site “periódicos”).

Piora a situação fiscal dos Estados

Um texto do Estado de S Paulo mostra que mesmo após a renegociação das dívidas de 2016, mais da metade dos estados brasileiros pioraram os indicadores fiscais. Parece até que não sabem o que é risco moral? Eis o texto:

Mesmo após a renegociação das dívidas com a União, em 2016, mais da metade dos Estados brasileiros tiveram uma piora em indicadores fiscais. Naquele ano, o governo federal suspendeu o pagamento e reduziu parcelas das dívidas estaduais por dois anos, com a intenção de dar um alívio para que eles colocassem as contas em dia. No entanto, levantamento feito pelo ‘Estadão/Broadcast’, com base em dados do Tesouro Nacional, mostra que 14 das 27 unidades da federação estavam, no fim de 2018, com ao menos um dos dois indicadores da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – que medem endividamento e gasto com pessoal – piores que em 2015, no auge da crise que levou à renegociação.



São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, Tocantins, Bahia e Distrito Federal estão nessa lista. Rio Grande do Norte, que decretou recentemente estado de calamidade, e Mato Grosso do Sul não informaram os dados completos ao Tesouro.

O Rio Grande do Sul, um dos casos mais graves, apresentou leve melhora desde 2015, mas continua desenquadrado da LRF em termos de dívida. Pela lei, a dívida do Estado não pode ser maior que duas vezes sua receita. No caso do gasto com pessoal, essa despesa não pode ser superior a 49% da receita para o Executivo estadual.

Com o acordo de 2016, os governadores ficariam livres de pagar as parcelas da dívida com a União por seis meses. Depois disso, as prestações voltariam gradativamente. Em troca, a União exigiu um teto para os gastos públicos, que ficam impedidos de crescer mais do que a inflação do ano anterior. Mesmo assim, as contas de muitos deles continuaram a piorar.

De lá para cá, o governo criou um Regime de Recuperação Fiscal (RRF) desenhado para Estados em grave desequilíbrio – com adesão do Rio – e já admite um novo programa. A ideia é que governadores consigam dinheiro novo no curto prazo, com empréstimos garantidos pela União em troca, novamente, da aprovação de medidas de ajuste fiscal.

Gasto. A avaliação da equipe econômica é que o fato de os Estados terem piorado os indicadores mesmo após a renegociação mostra que o problema não é o pagamento de dívida, mas sim o elevado gasto, sobretudo com servidores e aposentados. Por isso, o novo programa de auxílio exigirá corte de despesas e só liberará recursos proporcionalmente à economia.

“Você não pode dar benefício sem ter instrumento de cobrar contrapartidas”, diz o economista Felipe Salto, presidente da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. Segundo ele, a União também tem culpa por ter aumentado transferências e avais para empréstimos nos últimos anos sem ter se preocupado com o escalonamento da crise fiscal.

“A crise estadual é estrutural, com ICMS obsoleto, FPE (fundo de participação dos estados) esvaziado, aposentadorias fáceis e precoces. Não há lei que evitasse essa crise”, diz o professor do Instituto de Direito Público (IDP), José Roberto Afonso.

Estados citam diversas causas para o problema

As justificativas dos Estados para a piora nos indicadores fiscais vão desde falta de austeridade das gestões anteriores, queda de receita e crescimento de gastos obrigatórios a mudanças metodológicas, já que muitos tiveram que alterar regras de contabilidade nos últimos anos para atender a critérios do Tesouro Nacional. Eles citam ainda a alta no câmbio, que afetou as dívidas externas – caso de São Paulo, Santa Catarina e Bahia – e as dificuldades de enxugar o crescimento da folha e dos gastos previdenciários.

No caso de Minas Gerais, o secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, explica que a atual gestão mudou a forma de contabilizar as receitas financeiras do fundo de financiamento previdenciário do Estado. Segundo ele, a fórmula antiga escondia “travestia o déficit”, à medida que abatia parte das receitas do fundo do cálculo da despesa.

Minas Gerais deixou de pagar as últimas parcelas da dívida à União e recorre ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não sofrer as contrapartidas aplicadas pelo Tesouro. Tenta também, bem como Rio Grande do Sul, ingressar no RRF.

Já o secretário de Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, admite que o Estado tem dificuldades em controlar o gasto previdenciário. Ele relata que o ente aprovou um regime de capitalização para a previdência dos servidores em 2013, mas nunca regulamentou. Agora, às vésperas da reforma federal, prefere esperar.

Em Roraima, o secretário Marcos Jorge diz que as últimas gestões deixaram o gasto crescer descontroladamente.

Santa Catarina também atribui a piora nos indicadores a mudanças metodológicas.

A Secretaria de Fazenda de São Paulo explica que, se por um lado a dívida cresceu, com o câmbio e o estoque de precatórios, por outro a receita corrente caiu 5,7% em termos reais.

Já a Bahia ressalta que a dívida está sob controle, abaixo do limite. Alagoas também alega que a piora é pequena e decorrente do avanço dos gastos com aposentados e pensionistas.

Em Tocantins, a secretaria de Fazenda culpa o último governo, que foi cassado.

Rio de Janeiro, Amazonas, Mato Grosso, Distrito Federal e Maranhão foram procurados, mas não responderam.

Impacto da nova norma de Leasing na Espanha

A exemplo do Brasil, a Espanha está adotando as novas normas de leasing. A seguir, uma reportagem do Cinco Dias sobre o assunto e o impacto na dívida das empresas:

Las nuevas normas contables sobre los arrendamientos van a tener un importante impacto sobre la deuda de las empresas del Ibex 35. En concreto, estas grandes compañías verán engordar en 35.164 millones de euros en conjunto su pasivo desde este año con la aplicación de la NIIF 16, según se desprende de sus cuentas anuales. Telefónica, IAG, Santander, BBVA, Naturgy, CaixaBank o Repsol son las que mayores volúmenes se anotarán y queda pendiente conocer cómo afectará a Inditex los alquileres de sus tiendas en todo el mundo.

La IASB (Junta de Normas Internacionales de Contabilidad, en sus siglas en inglés) aprobó la NIIF 16 para aplicar a partir de 2019. Anteriormente, los arrendamientos financieros se apuntaban como gasto en la cuenta de resultados, pero ahora las empresas cotizadas (y las que tienen deuda cotizada) deben incorporar el valor de los alquileres y el leasing de inmuebles, vehículos o equipos como deuda. La obligación financiera se apunta como pasivo, a la vez que el derecho de uso se trata como un activo.

Esto significa que si, por ejemplo, una compañía de­sembolsa 100 millones de euros al año por los alquileres de sus oficinas o vehículos, en un contrato vigente por cinco años, deberá sumar 500 millones al pasivo.

Respecto a la deuda neta total de las empresas no financieras del Ibex, que alcanzó los 155.971 millones en 2018, la NIIF 16 tendrá un impacto de alrededor de un 14% adicional en el pasivo, lo que significa sumar 21.937 millones. En el caso de las entidades financieras, estos arrendamientos supondrán otros 13.227 millones.

La mayor parte de las grandes cotizadas ya han comenzado a describir en sus cuentas de 2018 la huella que dejará la NIIF 16. En términos absolutos, el mayor impacto recae en Telefónica, que reconoce una cifra de pasivo adicional de entre 7.400 y 8.100 millones, un 18% más que el montante de 2018. La teleco tiene un número muy elevado de acuerdos como arrendatario de diversos activos, principalmente torres, circuitos, inmuebles para oficinas, tiendas y terrenos donde se ubican torres propias, según recoge en sus cuentas.

También destaca el caso de IAG, con un impacto de 5.130 millones, lo que supone un 61,4% adicional en deuda, debido a los alquileres de aeronaves, inmuebles y otros equipos, según la empresa. Naturgy, por su parte, reconoce 1.643 millones de pasivo complementario por arrendamientos de buques, vehículos, terrenos de uso energético donde se ubican centrales de generación, principalmente parques eólicos y fotovoltaicos, además de oficinas. Repsol también reconoce 1.367 millones de impacto, un 39,75% más. ACS, por su parte, suma 1.003 millones, frente a una caja positiva de tres millones del pasado año. En términos porcentuales, la compañía más afectada es Meliá, concretamente con un 209%, debido a que como explica la propia compañía su cartera incluye 100 hoteles en régimen de alquiler, principalmente en ciudades europeas (ver gráfico).

Efectos y amortización

Este aumento de pasivo por la NIIF 16 va a tener algunas consecuencias en las empresas. “Va a haber un impacto en los ratios de endeudamiento, algo que los analistas comprueban sistemáticamente”, explica Fernando Nubla, socio de la consultora EY. Sin embargo, como destaca este experto, la amortización de estos contratos se computa fuera del ebitda, por lo que en ese aspecto “las compañías se van a ver beneficiadas”, ya que este indicador financiero mejorará. También recalca la importancia que va a tener en las cuentas la estimación que cada firma haga de los arrendamientos más cortos y renovables a su voluntad, como las tiendas para grupos de retail, ya que en ese caso entra el cálculo discrecional de “un plazo razonablemente cierto”.

Los grandes bancos también están entre los más afectados en volúmenes, debido a que en gran parte han protagonizado en los últimos años operaciones de sale & lease back de carteras de sucursales bancarias y de sus propias sedes. Santander sufre la magnitud más elevada, de 6.700 millones, y ha calculado un impacto sobre la ratio de capital ordinario (CET 1) de 20 puntos básicos. La entidad presidida por Ana Botín, además de vender sucursales agrupadas en la socimi Uro, también se desprendió de su sede central en Boadilla (Madrid), en un contrato de 40 años. BBVA, por su parte, reconoce un importe de 3.600 millones, con un impacto en capital Tier 1 de 12 puntos básicos. En el caso de CaixaBank son 1.400 millones y una reducción de 10 puntos negativos en el capital CET1. En contraste, Bankia todavía no ha revelado su cifra pero explica en sus cuentas que el impacto será reducido.

Inditex tampoco ha ofrecido todavía el impacto, que previsiblemente será una cifra relevante, debido a que la mayor parte de sus 6.500 tiendas son en alquiler, por las que el año pasado pagó 2.300 millones en rentas, aunque no obstante el grupo textil dispone de caja positiva por 6.824 millones.

Curso Prático de Contabilidade: Sendo Detetive

A seguir, mais um estudo de caso para os professores/alunos que usam o livro Curso Prático de Contabilidade, Editora Gen, César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues:

Nem sempre olhar só as demonstrações contábeis é suficiente para entender o que se passa em uma empresa. Mas muitas vezes é possível deduzir a partir dos números. Parece um pouco um trabalho de detetive, onde algumas pistas permitem a montagem de um quebra-cabeça, resultando numa possível descoberta do culpado.

Este caso é de uma empresa real e a ideia é fazer uma “investigação” sobre a empresa. As informações são provenientes exclusivamente das demonstrações contábeis: balanço, DRE e DFC.


Pede-se:
Com base somente nos números apresentados, você consegue imaginar o que está ocorrendo com esta empresa?

Rir é o melhor remédio


05 março 2019

Simons x Buffet



A Renaissance Technologies é um fundo de hedge criado pelo matemático Jim Simons. Nos últimos 30 anos, eles tiveram um retorno 2,5 vezes maior que o de Warren Buffet. O fundo de Simons obteve um retorno anual de 45%. Enquanto, Buffet teve retorno anual médio de 17%.




Competição de séries temporais


  • A questão da precisão da previsão de séries temporais começou no final da década de 60
  • A competição entre cientistas para verificar quem desenvolve um melhor modelo começou logo a seguir
  • Estas competições podem ser uteis para o desenvolvimento de melhores previsões

A questão da precisão de previsão séries temporais apareceu pela primeira vez em uma tese de doutorado de David Reid em 1969. Cinco anos depois, o trabalho de Newbold e Clive Ranger utilizou 106 séries temporais e iniciaram uma discussão para tentar descobrir quais métodos eram mais precisos. Os autores sugeriram um combinação de técnicas como a melhor resposta para o assunto. A pesquisa da época começou a focar na descoberta do melhor modelo.

Makridakis e Hibon propuseram uma competição de previsão envolvendo um grande número de séries temporais. Qualquer pessoa poderia participar e esta talvez tenha sido a primeira competição de previsão. Eles usaram dados da demografia e economia, variando entre 9 a 132 observações, com dados não sazonais, e chegaram (conforme trabalho de 2000) as seguintes conclusões:


  • Métodos sofisticados ou complexos não irão resultar em previsões mais precisas do que os métodos mais simples
  • A classificação do desempenho dos métodos muda conforme a medida de análise de precisão usada
  • O uso de vários métodos combinados supera, em média, métodos individuais
  • A precisão depende do horizonte envolvido na previsão. 

A partir deste instante, os pesquisadores começaram a focar nos modelos que produziram boas previsões, em lugar de focar naqueles modelos com melhores propriedades matemáticas.

Em 1998, Makridakis & Hibon realizaram um nova competição de previsão, envolvendo 3003 séries temporais, com 14 a 126 observações. Nesta competição, somente um concorrente usou redes neurais e o desempenho foi ruim. Hoje há um consenso de que esta técnica não é adequada para séries curtas, uma característica comum das séries temporais.

Nos dias atuais a competição é bem comum. O site Kaggle promove diversas competições para resolver problemas práticos, alguns deles vinculados à previsão. Já foi constatado que a competição ajuda a melhorar os resultados das previsões.

Adaptado daqui. Fonte da imagem aqui

Amazon e efeito sobre o mercado

Damodaran, ao comentar sobre suas previsões da Amazon, apresenta o seguinte gráfico (do NYTimes):

Eu sei que essa imagem provavelmente está muito comprimida para você ler, mas basta dizer que nenhuma empresa, por maior que seja, é segura quando a Amazon entra no mercado. Assim, você pode explicar a implosão da Blue Apron, quando a Amazon entrou no negócio de entrega de refeições, mostrando seu pequeno tamanho e falta de capital; observe que o declínio no valor de mercado da Kroger, Walmart e Target na data da aquisição da Whole Foods foi muito maior em termos de valor em dólares, e essas empresas são grandes e bem capitalizadas. É importante notar também que o declínio no valor de mercado não é permanente e que as empresas em alguns dos setores vêem uma recuperação nos períodos subsequentes, mas geralmente não nos níveis anteriores da entrada da Amazon. Se a Amazon representa o lado da luz da ruptura, a destruição do status quo e tudo o que está associado a ela, nos negócios em que ela entra, é o lado sombrio.

Ele continua:

Em particular, a empresa enfatiza três elementos-chave em seu modelo de negócios:
  1. Concentre-se no Fluxo de Caixa Livre : Eu costumo ser cético quando as empresas falam sobre fluxos de caixa livres, já que a maioria usa definições de auto-serviço, onde adicionam "coisas" para fazer seus fluxos de caixa parecerem mais positivos. A Amazon não parece ter o mesmo rumo. Na verdade, ela não apenas desconta as despesas de capital e as necessidades de capital de giro, como deve, mas também as aquisições (como os US $ 13,2 bilhões gastos com a Whole Foods) para obter o fluxo de caixa livre.
  2. Gerencie o investimento em capital de giro: Talvez por lembrar dos tempos de start-up quando o gerenciamento incorreto de estoques a tenha derrubado, a empresa está concentrada em manter seu investimento em capital de giro o mais baixo possível.
  3. Use alavancagem operacional : A Amazon está claramente consciente de sua estrutura de custos, reconhecendo que seu crescimento de receita pode dar-lhe vantagens significativas de economias de escala, quando se trata de custos fixos. (...)
Há dois recursos adicionais para a empresa que gostaria de acrescentar, dos meus anos de observação da empresa.
  1. Paciência : Eu nunca vi uma empresa mostrar tanta paciência com seus investimentos quanto a Amazon(...)
  2. Experimentação : Em quase todos os negócios em que a Amazon entra, ela está disposta a tentar coisas novas para sacudir o status quo e abandonar experimentos que não funcionam em favor de experimentos que o façam.

Mortes no trânsito

  • O seguro obrigatório para veículos no Brasil é gerenciado por um conjunto de seguradoras
  • A Seguradora Líder divulgou recentemente suas demonstrações contábeis
  • Um informação não contábil se destaca: o número de indenizações a acidentados de trânsito
  • Em 2018 foram mais de 38 mil mortes no trânsito. 
Em 2018 morreram no Brasil 39 mil pessoas por homicídio. É um número expressivo e pouco lisonjeiro. Mas os mortos em acidentes de trânsito é tão grande quanto. 

A Seguradora Líder é uma empresa nacional que lidera um consórcio de 76 seguradoras que centraliza a gestão do DPVAT. No seu relatório anual, a empresa apresentou o seguinte gráfico:
O gráfico informa o número de indenizações recebidas por morte no trânsito Foram 38.281. Deste total, a maioria envolvia motocicletas. 

Uma observação: como o seguro é obrigatório, acredito que o número divulgado pela seguradora esteja muito próximo da realidade. 

Estudando no Youtube


  • Gongbang ou Estude Comigo são canais no Youtube que mostram pessoas estudando
  • Alguns canais possuem milhares de inscritos
  • Aparentemente, assistir os vídeos enquanto estuda seria motivador para as pessoas que precisam estudar.

O vídeo a seguir trata de "Gongbang", em coreano, ou benkyou douga, no Japão ou "estude comigo" em alguns outros países. Trata de vídeos que são produzidos por pessoas que estão estudando e gravam elas ... estudando. Outras pessoas assistem, enquanto estudam. Parece realmente bobo, mas existem muitas pessoas que assistem. A primeira pessoa que aparece no vídeo em um coreano que está estudando para ser contador. Ele estuda por horas e 20 mil pessoas já se inscreveram no seu canal. Segundo ele conta no vídeo, é uma forma das pessoas não se sentirem sozinhas enquanto estudam. O vídeo mostra ele sentado, estudando, tomando notas e lendo um livro.

O primeiro benefício que meus espectadores podem obter é a motivação. Ao observar outras pessoas estudando, elas também podem se motivar a estudar muito. E para mim mesmo, estudando com todos vocês, eu posso me impedir de ficar com preguiça e continuar a me concentrar no meu estudo.





Rir é o melhor remédio


04 março 2019

Déficit Atuarial da Previdência: 21 trilhões

https://pbs.twimg.com/media/D02ivvWW0AAVXIj.png

Metodologia do Impairment na Ambev

No ano passado postamos sobre nossas dúvidas quanto ao teste de impairment da Ambev. Um ano depois, a empresa, ao divulgar suas demonstrações, ainda continua sem fazer amortização por recuperabilidade e continua calculando do teste de maneira bastante "simples". A figura abaixo é uma comparação da redação das duas demonstrações contábeis.
No lado esquerdo, o ano de 2018. Destaquei alguns trechos, mas é perceptível que a empresa tentou destacar pontos na sua metodologia.

Volta do Tratamento da Inflação na Contabilidade Brasileira: Ambev

  • Desde a extinção da correção das demonstrações contábeis, as empresas brasileiras não usavam qualquer tipo de tratamento para situações de inflação elevada
  • No ano passado, o CPC aprovou o IAS 29 para ser aplicado no Brasil
  • A Ambev, ao divulgar suas demonstrações contábeis de 2018, está aplicando o CPC 42/IAS 29 para as operações na Argentina
A demonstração contábil divulgada da Ambev marca a volta do tratamento da inflação na contabilidade brasileira. Usando a norma recentemente aprovada IAS 29/CPC 42, a empresa realizou o tratamento dos números contábeis em ambientes inflacionários. No caso, através do tratamento da filial na Argentina.

Como naquele país a inflação em três anos foi superior a 100% - somente em 2018 chegou quase a 50% - a empresa de cerveja divulgou a aplicação da norma no seu balanço divulgado no final de fevereiro. Conforme a empresa

A IAS 29/CPC 42 exige a divulgação dos resultados das operações da empresa na Argentina como se fossem altamente inflacionárias a partir de 1º de janeiro de 2018 (início do período em que se identifique a existência de hiperinflação).

Isto não é bem verdade, já que anteriormente, no regime da família Kischner, a inflação era manipulada.

De acordo com a IAS 29/CPC 42, os ativos e passivos não monetários, o patrimônio líquido e a demonstração do resultado de subsidiárias que operam em economias altamente inflacionária são corrigidos pela alteração no poder geral de compras da moeda corrente, aplicando um índice geral de preços.
As demonstrações contábeis de uma entidade cuja moeda funcional seja a moeda de uma economia altamente inflacionária, quer estejam baseadas na abordagem pelo custo histórico ou na abordagem pelo custo corrente, devem ser expressas em termos da unidade de mensuração corrente à data do balanço e convertidas para real na taxa de câmbio de fechamento do período.

Um problema do mecanismo aplicado pela empresa é que

os impactos das alterações no poder de compra geral a partir de 1 de janeiro de 2018 foram reportados na demonstração de resultados em uma conta específica para ajuste de hiperinflação, no resultado financeiro (ver Nota 24 - Despesas e receitas financeiras).

Esta opção é realmente muito ruim, já que o problema inflacionário do investimento foi considerado dentro da conta de receita financeira. Ainda nas notas explicativas:

No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, a utilização da norma de Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária, de acordo com as regras do IFRS, resultou (i) em um ajuste positivo de R$182,5 no resultado financeiro, (ii) em um impacto negativo no lucro líquido de R$292,4.

Entretanto, o impacto negativo no lucro não fica claro na DRE da empresa.

Consumo de caixa na Tim

Um aspecto que se destaca nos resultados da empresa Tim é a posição do caixa e equivalentes. No final de 2016 a empresa tinha 5,1 bilhões neste item do balanço patrimonial. Um ano depois, durante 2017, a empresa “queimou”  2,167 bilhões. Agora, ao final de 2018, a empresa relatou que possuía 1,075 bilhão, ou 4 bilhões a menos que há dois anos.
(Fiz uma adaptação na figura, para fins didáticos)

A empresa está gerando lucro e caixa nas operações. Nos dois anos, 2018 e 2017, o caixa das operações cresceu de 5,4 bilhões para 6,1 bilhões de reais. Uma parcela está sendo destinada ao caixa de investimentos: 4,4 bilhões e 3,8 bilhões, em 2017 e 2018. Somando, o que corresponderia ao “fluxo de caixa livre” dos períodos foi positivo. O que justifica a redução no saldo de caixa e equivalentes seria, portanto, o caixa de financiamentos. Em 2017 a empresa amortizou 3,3 bilhões de empréstimos e financiamentos; no ano seguinte o pagamento foi de 3,6 bilhões.

Gerenciamento de impressão

O gráfico abaixo corresponde a primeira página das demonstrações contábeis da empresa Sul America:
Sendo uma das mais antigas empresas brasileiras, a Sul América apresenta com cuidado suas informações contábeis. Neste caso, o gráfico foi publicado no jornal Valor Econômico de 27 de fevereiro. Não encontrei uma versão digital no site de relações com investidores da empresa, mas confesso que procurei pouco. Perceberam algo de diferente no gráfico?

Resolvi refazer o gráfico em uma planilha Excel, usando os números da empresa. Veja como ficou:
A diferença da coluna do lucro é tão gritante que não chamaria isto de gerenciamento de impressão. 

Rir é o melhor remédio


03 março 2019

Pesquisa em Futebol

Uma pesquisa divulgada em fevereiro deste ano analisa algo muito interessante. Comecemos pelo título: "Twelve Eyes See More Than Eight. Referee Bias and the Introduction of Additional Assistant Referees in Soccer". Criativo e resumindo a pesquisa. No caso, a presença de árbitros adicionais no futebol e o viés. Basicamente, será que mais olhos analisando os lances modificam a forma como o futebol é conduzido?

Usando dados de duas temporadas, da Liga dos Campeões e Liga Europa, onde os principais times do mundo estavam competindo, os pesquisadores analisaram antes - na temporada 2007 a 2008 - e depois - temporadas 2013 e 2014 - se a presença de mais dois assistentes poderia resultar em mudanças, por exemplo, no número de cartões amarelos. Foram mais de dois mil jogos analisados. Sabe-se que a decisão de um juiz de futebol pode ter consequências econômicas: um time pode ganhar prêmios e ser favorecido, em detrimento de outro.

A pesquisa encontrou a existência de viés na decisão dos juízes na primeira temporada analisada, mas não na segunda, quando foram introduzidos mais dois auxiliares. E aumentou o número de cartões amarelos. Assim, a pesquisa mostrou que a medida melhorou o "controle sobre o jogo"

Olivier Verstraeten e Stijn Baert. Twelve Eyes See More Than Eight. Referee Bias and the Introduction of Additional Assistant Referees in Soccer. feb 2019.

História da Contabilidade: Aumento no relatório da Administração

O Balanço Semestral do Banco de Pernambuco, de 31 de dezembro de 1855, foi realizado pelo guarda-livros Ignacio Nunes Corrêa. Além do balanço, a Demonstração da Conta de Ganhos e Perdas do semestre e uma espécie de relatório da administração. Um aspecto curioso é que neste relatório apresenta o seguinte texto

(Publicado em Diário do Maranhão, 25 de fevereiro de 1855, ano 1, n. 129, p. 3)

História da contabilidade: Ucharia Régia

O jornal A Imprensa traz uma história relacionada com a imperatriz Maria Tereza (provavelmente Maria Tereza da Austria). A rainha, analisando as contas do palácio, verificou com uma conta de velas de sebo e o valor de sete mil rublos. Achou estranho, já que existia no palácio somente velas de cera e de azeite. Mandou investigar e descobriu que por este valor se tinha comprado uma vela de sebo. A explicação seria a seguinte:

Uma noite voltara de uma caçada o grão-duque Constantino, com o rosto cortado e os lábios rachados pelo frio. Que remédio se aplicaria? (...) um pouco de sebo derretido à luz de uma vela. (...) Por todo palácio se procurou uma vela de sebo e não houve meio de achá-la. 
- Pois compre-se, bradou impaciente o grão-duque.
Quantas, senhor?
- As que forem precisas.  

Assim foi feito e a vela foi comprada e usada para o tratamento do grão-duque. O criado que comprou a vela tinha que apresentar a conta de uma vela, mas o valor era irrisório: um libra. Assim, colocou na conta vinte libras. O fiscal, que recebeu a conta, resolveu usar a compra para desviar recursos da contabilidade do palácio e acrescentou mais um zero: 200 libras. O subintendente acrescentou mais um zero: duas mil libras. Finalmente a conta chegou para o intendente que determinou o pagamento da vela de sebo usada pelo herdeiro da coroa, no valor de vinte mil libras.

A história acima ilustra como não existia controle contábil na monarquia no passado (não quer dizer que existe nos dias de hoje). Isto está bem descrito em The Reckoning de Jacob Soll.

(A Imprensa, 11 de agosto de 1858, ano II, n. 64, p. 3. Ucharias regias)
Ucharia = despensa, local onde guardam os mantimentos

História da Contabilidade: Imposto de Renda, Computador e Análise de balanços

A luta entre a receita federal e os fraudadores do imposto de renda é mais antiga que pensamos. Nota fria, notas falsas e meia nota já eram usadas há tempos no Brasil. E esforços na tentativa de ter um instrumento que pudesse pegar os fraudadores ...

Em 1968, a receita federal começa a usar dois meios importantes para tentar reduzir as fraudes fiscais. O primeiro é um computador, instalado na sede do Ministério da Fazenda. Este computador foi chamado de pantera cor de rosa pois as unidades do equipamento, importado dos Estados Unidos, estavam pintadas de rosa. Para aqueles que não se lembram ou não viram, “pink panter” era um personagem de desenho animado e nome de um diamante que originou filmes estreados por Peter Sellers. (Vale a pena ver)

O segundo meio para reduzir fraudes foi a associação entre “novos” formulários e a análise de balanço. Veja o que disse Cleto Henrique Meyer (foto), diretor do Imposto de Renda, em 1968:

Novos formulários para declaração de rendas estão sendo ultimados. Por êsses novos modelos teremos os índices de rentabilidade das emprêsas ou dos contribuintes em geral; os índices de giro de investimento, os índices de estoques, os índices de retôrno, a relação entre as compras e as contas a pagar, etc. Com êsses elementos poderemos dar as regras do jôgo [itálico no original] ao computador, e êle denunciará as emprêsas cujos índices não apresentarem o equilíbrio necessário entre lucro, receita, despesas, estoques, etc. Perfurados os cartões com base nesses dados, o cérebro eletrônico, por um lado, fará o cálculo do impôsto, emitirá as notificações e recibos. Ao mesmo tempo, em outra operação simultânea, selecionará os contribuintes cuja confrontação de índices for suspeira [itálico no original], em desacôrdo com os padrões normais de contabilidade. Com isso esperamos fechar o cêrco em tôrno dos sonegadores. 

(O Cruzeiro, 6 de janeiro de 1968, ed 1, p. 14. Entrevista a Arlindo Silva, foto Indalécio Wanderley) (Grafia da época)

Rir é o melhor remédio


02 março 2019

Leveza e Sensibilidade

Talvez esteja sendo rigoroso demais. Mas particularmente fiquei incomodado com a divulgação do XII Encontro Nacional da Mulher Contabilista (vide aqui). O evento será realizado em Porto de Galinhas, Pernambuco:

Tradicional por tratar com leveza e profissionalismo temas do universo feminino, a 12ª edição traz o lema “Empreendedorismo, Inovação e Sensibilidade: conduzindo revoluções”. (grifo meu)

Qual a razão do termo "leveza"? Pareceu que o termo está associado não ao que é leve, mas ao sentido figurado, de "singelo" e "delicado". Pelo fato de ser um encontro da mulher? 

Além disto, empreendedorismo e inovação são temas que não estão restritos ao universo feminino. Será que "sensibilidade" daria esta restrição?

Última observação: quando da redação desta postagem, o link para programação para o Congresso não estava funcionando.

KPMG e PCAOB

  • A KPMG contratou funcionários do regulador de empresas de auditoria nos Estados Unidos
  • Com isto, a empresa teve acesso a lista de fiscalização
  • Em 2017, Diana Kunz delatou o esquema. Três funcionários envolvidos já se declararam culpados.
  • O julgamento de dois deles está ocorrendo agora nos EUA

No passado, a empresa KPMG contratou funcionários da PCAOB, entidade responsável por supervisionar as empresas de auditoria nos Estados Unidos. O julgamento de David Middendorf está ocorrendo neste momento. No final de fevereiro o julgamento começou e deve continuar na quarta de cinzas.

Em fevereiro de 2017, Jeffrey Wada, funcionário do PCAOB que queria um emprego na KPMG, leu para Cynthia Holder, diretora executiva da KPMG e sua ex-colega no PCAOB, a lista de empresas que seriam inspecionadas pelo regulador. Holder repassou a informação para seu chefe, Brian Sweet, sócio da KPMG, que compartilhou com seu chefe, Thomas Whittle, partner e responsável pela inspeção, que, finalmente, repassou para Middendorf.

O esquema começou a desmoronar quando a lista passou a ser compartilhada com mais pessoas. Uma destas pessoas, Diana Kunz, partner em Chicago, que foi quem delatou a atividade ilícita na empresa de auditoria.

Holder, Sweet e Whittle já se declararam culpados.Britt, outro acusado, deve ser julgado em outubro. Agora estão sendo julgados Middendorf e Wada.

Fonte: Aqui

Novo Banco tem prejuízo de mais de 1,4 bi

  • Novo Banco, de Portugal, foi criado após a falência do Banco Espírito Santo
  • Em 2018 teve um prejuízo de 1,4 bi, derivado do banco "mau"

O Novo Banco foi criado em 2014 depois da crise do falido Banco Espírito Santo. O banco foi capitalizado com recursos públicos de Portugal. Em 2017, o fundo Lone Star passou a ter 75% do capital social.

Agora, o Novo Banco apresentou seus resultados de 2018: 1,412 bilhão de euros ou 1,412 mil milhões, como se diz em Portugal. E já anunciou que irá solicitar recurso do Fundo de Resolução. Quando da criação do Novo Banco, foi criado um banco “bom” ou “Novo Banco Recorrente” e o “Novo Banco Legacy”. No resultado apresentado agora, o NB Recorrente teve um lucro de 2,2 milhões, melhorando seu desempenho. Já o Legacy teve prejuízo de 1,515 bilhão.

No ano de 2018, o Novo Banco vendeu ativos e passivos da sucursal da Venezuela e de outras localidades. 

O seu gestor disse que continuará focado na redução das dívidas incobráveis, ou “credito malparado” em Portugal.

Gastando dinheiro com sabedora


  • Se você quiser gastar dinheiro com sabedoria, considere pagar alguém para fazer sua lavanderia ou compras de supermercado .
  • Eliminar as coisas estressantes da sua lista de tarefas libera tempo para atividades mais significativas, como passar tempo com a família ou amigos, o que pode levar a mais felicidade.
  • Isso está de acordo com um professor da Harvard Business School, que diz que muitos de nós ignoram essa maneira simples de ser mais feliz porque gastar o dinheiro nos faz sentir culpados.

Todos nós queremos mais tempo para gastar fazendo coisas que gostamos.

Mas, de acordo com a professora da Harvard Business School, Ashley Whillans, não estamos fazendo a única coisa que pode nos dar mais tempo: Gastar dinheiro para eliminar nossas tarefas diárias ou semanais mais estressantes.

(...) Whillans diz que trocar dinheiro por mais tempo livre pode nos deixar mais felizes. Especificamente, "usando dinheiro para comprar não ter experiências negativas", como lavar e dobrar roupa ou limpar a casa.

Para Whillans, uma opção é por um apartamento mais caro, perto do trabalho, onde tudo está a uma curta distância e não se tem um transporte tedioso, diz ela. A pesquisa de Whillans mostra que "comprar tempo" dessa maneira leva a uma maior felicidade e menor estresse. Mas muitas vezes, há algo que está nos impedindo.

"Eu achei nos meus estudos que as pessoas se sentem realmente culpadas por terceirizar(...), disse Whillans.

Pagar alguém para entregar refeições, lavar e dobrar nossa roupa ou cortar a grama nos faz sentir como um fardo, ela diz. Nós também sentimos que mostramos aos outros que não somos capazes de fazer nossas próprias tarefas.

A melhor maneira de neutralizar esses sentimentos de culpa, disse Whillans, é focar no valor que você está ganhando. (...)

Fonte: Aqui

Este conceito pode ser encontrado no livro Dinheiro Feliz. Por sinal, vale a pena ler.

Rir é o melhor remédio


01 março 2019

Justiça e Emoji

O Emoji é uma nova forma de comunicação. Um problema é que o emoji pode conduzir a diferentes interpretações. Um texto publicado na The Verge mostra um lado diferente desta questão: cada vez mais o judiciário deve lidar com os emoji e ele não está preparado.

O texto relata casos interessantes:
= Um tribunal está tentando provar que um homem é culpado de cafetinagem; uma das provas eram mensagens enviadas a uma mulher com “saltos altos” e “dinheiro” juntamente com a frase sobre o trabalho em equipe
= um casal de Israel enviou uma mensagem para um dono de um apartamento, com garrafa de champanhe, cometa e outros símbolos, juntamente com a confirmação que queriam alugar o imóvel. Depois, o casal parou de responder e alugaram um apartamento diferente. O dono entrou na justiça, cobrando um indenização, já que ocorreu uma sinalização de alugar o imóvel.

Para complicar, o emoji pode ter variações culturais e pode sofrer variações de formato conforme o sistema operacional do telefone.

Mesmo assim, os símbolos estão aparecendo cada vez mais nos tribunais (gráfico).

Até agora, os emojis e emoticons raramente foram importantes o suficiente para influenciar a direção de um caso, mas à medida que se tornam mais comuns, a ambiguidade em como os emoji são exibidos e o que interpretamos emoji pode se tornar uma questão maior para os tribunais

Era da Grandes Universidades


Assim como ocorreu no varejo, no ensino de graduação há a presença cada vez maior das grandes universidades. O ensino a distância impulsiona uma transformação atual. Eis uma análise do que está ocorrendo nos Estados Unidos:

Much as Amazon and Walmart now stand as the templates for the retail business, mega-universities in many ways reflect a shift in what Americans seek in a college degree: something practical, convenient, and inexpensive. Traditional institutions can certainly learn from these disruptors. And the more they do, for better or worse, the more these mega-universities may change the shape and purpose of higher education.

Como diz um gestor de uma destas universidades, "é uma resposta racional do mercado".

Universidade da Califórnia e Elsevier

  • A Universidade da Califórnia anunciou um boicote à Elsevier
  • A Elsevier cobra quando um cientista submete um artigo e quando ele acessa a base de dados
  • Trata-se da maior universidade a adotar uma medida deste tipo
A Universidade da Califórnia, um dos maiores clientes da Elsevier, anunciou um boicote à editora. Trata-se da melhor universidade do mundo que adotou uma medida parecida.

A Elsevier foi fundada em 1880 sendo a maior editora científica, técnica e médica do mundo, publicando 430 mil artigos anualmente em 2.500 periódicos. Nos seus arquivos constam 13 milhões de documentos e 30 mil e-books. Mesmo atuando na área de divulgação científica, a Elsevier possui uma margem de lucro elevada, de 37% em 2017.

O domínio do mercado da empresa tem permitido que a editora cobrasse dos pesquisadores, quando decidem publicar em dos seus periódicos, e das universidades, quando alguém acessa o seu arquivo de textos.

Durante oito meses a Universidade da Califórnia tentou estabeleceu uma negociação nos contratos de assinatura; a universidade deseja um preço único para a assinatura e para a submissão de artigos. A Elsevier defendia a cobrança dupla: na submissão e no acesso aos periódicos.

O movimento ocorre em meio a uma revolta global sobre o modelo de publicação de acesso fechado, que a New Scientist chamou de "mais lucrativo do que petróleo" e "indefensável". Os maiores financiadores científicos da Europa anunciaram que só apoiarão pesquisas que tenham a liberdade de ler no momento da publicação.

Emprego na área Contábil em Janeiro

Os dados de janeiro do emprego formal no Brasil demoraram a sair. Provavelmente em razão da extinção do Ministério do Trabalho. Ontem os números foram divulgados e mostraram, para a economia como um todo, um saldo ligeiramente positivo, a criação de 34 mil novos postos de trabalho.

Para o setor contábil os números também foram positivos. Segundo os dados do mercado formal de emprego, foram contratados 11.961 novos empregados, um número bastante expressivo, no patamar anterior a recessão econômica de 2015/2016; e foram demitidos 9.574, o que indica a criação de 2.387 novos postos de trabalho. Em termos acumulados, entre fevereiro de 2018 a janeiro de 2019, praticamente não se criou novos postos de trabalhos; neste período foram admitidos 113.923 e demitidos 113.926.

Desde 2014, o número de demitidos foi de 585 mil, indicando um redução de vagas no setor contábil de 40,6 mil postos. O gráfico mostra um comparativo entre o setor contábil e a economia como um todo. É possível notar que há um descolamento entre a economia (linha vermelha) e o setor contábil (azul) a partir da metade do gráfico, indicando que enquanto parecia existir uma leve recuperação no número de postos na economia, a crise continuava na área contábil.

O mês de janeiro foi particularmente bom para as mulheres (1548 novos postos), quem tem curso superior (mais 1489 postos) e escriturários (2050 novos postos). É importante salientar que janeiro tradicionalmente é um mês de contratações. Desde 2014, somente no ano de 2016 o indicador de emprego foi negativo.

Rir é o melhor remédio