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06 novembro 2018

Estudo de Caso: Criptomoeda, DFC e Resultado Operacional

A Bitmain Technologies é uma empresa que fabrica hardware para mineração de criptomoedas. Com sede em Beijing, China, a empresa foi fundada em 2013. Em 2018 a empresa tornou-se a maior do mundo em chips para mineração Bitcoin, além de operar um polo de mineração da moeda. A empresa estava planejando fazer um lançamento de ações na bolsa de valores de Hong Kong para captar recursos para expandir sua produção. Com isto, divulgou suas demonstrações contábeis para o público externo. Nos dados divulgados, a empresa relatou um lucro operacional de US$1 bi, mas um fluxo de caixa das operações negativo de 622 milhões.

O descompasso entre lucro operacional e fluxo de caixa das operações SEMPRE desperta interesse. A Bloomberg investigou o caso e descobriu que a empresa compra peças e contrata pessoal usando moeda corrente, faz os equipamentos e os vende em criptomoeda. Este negócio é bastante lucrativo, já que o lucro operacional é proveniente de uma receita de 2,8 bi.

A diferença com o fluxo de caixa das atividades operacionais é que os pagamentos estão classificados dentro do caixa operacional, mas os recebimentos não. Isto é estranho, já que geralmente as empresas tendem a tentar melhorar seu fluxo das operações. Além disto, quando a empresa vende suas criptomoedas, o dinheiro que entra é classificado como fluxo de caixa de investimento. A empresa ainda mensura a criptomoeda pelo valor de custo, classificando-a como ativo. A Bitmain justifica esta medida para evitar a volatilidade da moeda, que poderia distorcer os resultados. Quando a empresa vende a criptomoeda, ela reconhece o resultado, medido pela diferença entre o valor de venda e o valor existente no ativo.

Outro aspecto interessante é um item do resultado chamado “perda de criptomoedas incorridas como resultado de incidentes de segurança cibernética”. Este item aparece na demonstração do resultado da empresa.

Com base nestas informações, pede-se:
a) Qual o valor da margem operacional da empresa? A margem operacional é a divisão do lucro operacional pela receita.
b) Quando a empresa divulgou seus resultados, que usuário a empresa estava visando?
c) Suponha que a empresa tem uma criptomoeda que recebeu em uma venda de equipamento. Naquele momento (mês 1), o valor do equipamento foi de $1.000. Oito meses depois (mês 9), a empresa resolveu vender esta criptomoeda, dentro do mesmo exercício. O valor da transação foi de $1.800. Faça os lançamentos contábeis para as duas transações.
d) O que representa a perda relatada no final do texto? Como seria o lançamento desta perda? Qual seria o fato gerador? Isto afetaria o fluxo de caixa operacional?

Curso Prático de Contabilidade, 2a ed, César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues


Fonte: LEVINE, Matt. Bitmain Adds Crypto to the Accounting Equation https://www.bloomberg.com/opinion/articles/2018-09-27/bitmain-ipo-adds-crypto-to-the-accounting-equation

Rir é o melhor remédio

Introvertido

05 novembro 2018

Vitória de Pirro

Recentemente, o tenista Roger Federer anunciou que estava deixando o contrato com a Nike. Federer escolheu uma marca pouco conhecida, a Uniqlo. Mas a marca "RF" (que inclui o design), que ele usava no tênis e na camisa, é de propriedade da Nike, que criou o design em 2010.

Especialistas disseram que provavelmente a Nike deve vencer uma batalha judicial, se Federer insistir em ter a marca RF.

Jacqueline Pang, advogada do especialista em IP Mewburn Ellis, disse ao Tennis World USA que a posição legal da Nike é forte e que poderia continuar a explorar a marca, mas alertou que, ao fazer isso, a gigante do vestuário pode alienar uma base de fãs mais leal. para Federer, em vez de Nike.

Mas para Nike, reter a marca pode ser complicado. Uma vitória de Pirro, conforme afirmou a especialista. Isto pode provocar a ira dos fãs leais de Federer.

Rir é o melhor remédio

Mudando o status

03 novembro 2018

Brexit pode trazer perdas para as Big Four no Reino Unido

O Financial Reporting Council (FRC) lançou um programa estratégico a fim de “garantir que os serviços de auditoria atendem da melhor forma o interesse público” do Reino Unido no processo de saída da União Europeia (Brexit), esta segunda-feira. Acontece que este programa coloca em causa os serviços que as quatro maiores empresas de consultoria do mercado oferecem, no Reino Unido.

Este órgão supervisor do mercado britânico (um misto entre o que é o Conselho de Finanças e a CMVM, em Portugal) avisa que, para aumentar a confiança dos investidores nas contas das empresas cotadas na Bolsa de Londres (FTSE 100), pode ser necessário vetar a Deloitte, EY, KPMG e PwC na venda de serviços de auditoria e outros tipos de informação financeira.

Isto porque o programa estratégico do FRC contempla um processo consultivo no mercado britânico, um serviço que as ‘Big Four’, supervisionadas pela FRC, também vendem.

Esta posição do FRC pode levar a que as quatro maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, percam mais de mil milhões de libras (1,1 milhões de euros) no Reino Unido.

“A confiança do público em auditorias depende da confiança na independência do auditor, e o FRC examinará a eficácia das regras atuais de independência, que incluirão determinar se novas ações são necessárias para evitar que a independência dos auditores seja comprometida, inclusive se todo o trabalho de consultoria para empresas de auditoria deve ser proibido “, lê-se no programa do FRC.

(...) O programa do FRC só será praticado, com caráter obrigatório, se as suas recomendações forem ratificadas pelo governo de Theresa May.


Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio


02 novembro 2018

Análise fiscal do gasto com saúde no Brasil

O Tesouro Nacional divulgou ontem (01/11) o relatório: "Aspectos Fiscais da Saúde no Brasil"


O documento aponta que a relação entre a despesa federal primária com saúde e a receita corrente vem subindo continuamente, tendo atingido 8,3% em 2017. Em proporção do PIB, o gasto federal com saúde chegou a 1,8% no ano passado.

Segundo dados do Banco Mundial, em 2015 os gastos públicos com saúde em todas as esferas no Brasil equivaleram a 3,8% do PIB. Os países desenvolvidos, que atendem uma população com maior proporção de idosos, aplicaram 6,5% do PIB. Considerando-se também os gastos privados, observa-se que o gasto total com saúde no Brasil se aproxima da média da OCDE. O processo de envelhecimento da população brasileira tende a aumentar o gasto público em saúde no país nos próximos anos.

O relatório apresenta ainda projeção para a despesa federal primária com saúde no Brasil em dois cenários de médio prazo. No cenário base, as estimativas indicam crescimento real de 25,9% - cerca de 2,6% ao ano – na demanda por despesas primárias em saúde nos próximos dez anos. Já no cenário de expansão, que leva em conta a ampliação da cobertura de alguns serviços, esse crescimento seria de 37% em dez anos, ou cerca de 3,6% ao ano.

Fonte: Aqui

Seguradoras pressionadas com nova abordagem das normas IFRS

As grandes seguradoras globais iniciaram os preparativos para a IFRS 17 (que diz respeito aos contratos de seguros e que passa a vigorar em 1⁰ de janeiro de 2021) e a IFRS 9 (norma sobre instrumentos financeiros que deverá ser adotada em conjunto para a maior parte das empresas seguradoras), mas as pequenas ainda estão atrasadas, de acordo com um novo relatório “Participando para vencer”, da KPMG Internacional. 67% das grandes seguradoras pesquisadas estão na fase de concepção de projeto ou implementação da IFRS 17 e 64% estão em posição semelhante com relação à IFRS 9.

Em comparação, entre as pequenas seguradoras, somente 10% e 25% iniciaram a concepção de projeto ou a implementação da IFRS 17 e da IFRS 9, respectivamente.

Segundo o estudo, mesmo diante do progresso de muitas seguradoras, ainda há obstáculos para tornar a IFRS 17 e a IFRS 9 operacionais: 90% delas afirmaram que esperam dificuldades para garantir um número suficiente de pessoas fazer o trabalho e metade delas está preocupada com o orçamento.

“As organizações globais que estão mais adiantadas com os projetos são as que mais sentem a pressão do tempo. Quanto mais fazem, mais percebem como a implementação das novas normas é desafiadora.

As pequenas seguradoras, que fizeram um mínimo de preparativos, precisam se engajar urgentemente nessa tarefa. Já aqui no Brasil, espera-se que o IFRS 9 seja obrigatório para seguradoras que não estão ligadas a banco somente quando o IFRS 17 entrar, e sobre esse último, as entidades ainda não possuem prazo regulamentar”, afirma o sócio da KPMG no Brasil, Lúcio Anacleto.


[...]

A pesquisa

O relatório “Participando para vencer” (do original em inglês, In it to win it: Feedback from insurers on the journey IFRS 17 and 9 implementation one year in) fez uma abordagem da implementação da IFRS 17 e da IFRS 9, realizada com base em uma pesquisa com 160 executivos de seguradoras de mais de 30 países. [...]

Fonte: Revista Apólice - via Ibracon

PIB Global 2017: 80 trilhões de dólares

 


01 novembro 2018

Celular e Banheiro

Uma pesquisa descobriu o hábito de usar smartphone no banheiro (WC):

*** 80% das homens possuem esse hábito, contra 69% das mulheres
*** Os usuários do Android usam mais (88%) do que aqueles que possuem um aparelho com iOS
*** Os jovens usam mais que os mais velhos: 96% com menos de 23 anos usam
*** o uso de mídia social é a função mais comum: 54%. MAs também é importante o uso para mensagem de texto (40%), música (40%), vídeo (38%) e até mesmo trabalho. Um a cada nove usam para namorar

E a maioria das pessoas não limpa o aparelho após o uso: uma pesquisa descobriu que os telefones transportam até 10x mais bactérias do que a maioria dos assentos sanitários.

Esta pesquisa foi feita nos EUA. E você? Já usou?

Auditores e Valor Justo

A adoção do valor justo trouxe alguns desafios para a contabilidade, especialmente nos instrumentos classificados como nível 3. Neste nível, predomina a subjetividade. Para conhecer melhor como os auditores reagem a esta mensuração, uma pesquisa, agora publicada sob formato de artigo, foi realizada.

O objetivo da pesquisa é analisar a percepção dos auditores em relação à mensuração do valor justo dos instrumentos financeiros complexos nível 3 em instituições financeiras. Foi aplicado um questionário com uma amostra de 62 auditores independentes com qualificação técnica em instituições financeiras das grandes empresas de auditoria entre sócios, gerentes e auditores seniores. (...)  A subjetividade foi uma característica implícita no processo em que os auditores se mantiveram conservadores, contudo foram identificadas divergências de valores que resultaram em questões imateriais e apontamento de divergências de mensuração de estimativas contábeis.  (...)

Leia o artigo completo aqui

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