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19 outubro 2018

Laudo de Avaliação

O laudo de avaliação corresponde ao documento formal onde o analista detalha os passos seguidos para se chegar ao valor de uma empresa, das ações de uma empresa ou de um ativo específico. Em muitas situações é importante que o analista construa este documento formal, pois o mesmo poderá servir de base para decisões. Se uma empresa deseja comprar ações de outra, o laudo pode indicar as razões para o preço ofertado.

A principal característica de um bom laudo é permitir que o seu leitor possa entender o que levou ao valor final daquilo que se pretende avaliar. O ideal seria que o laudo pudesse convencer quem está lendo de que o valor obtido é o mais adequado e que todas as variáveis foram levadas em consideração. Assim, se o laudo está projetando um crescimento da receita de uma empresa para o próximo ano, o laudo deve oferecer os elementos necessários para que o leitor possa ficar convencido de que a hipótese considerada no documento é razoável.

Não existe um laudo padrão, mas algumas entidades reguladoras procuram estabelecer certos requisitos ou informações que devem constar do mesmo. O que será descrito a seguir é somente uma sugestão para alguém que deseja fazer um relatório.

Partes que compõe um laudo 

De uma maneira geral, um relatório de avaliação apresenta as seguintes partes:

Resumo executivo 

Muitos relatórios são preparados para pessoas que possuem pouco tempo para ler com detalhe o seu conteúdo. Ou pessoas que acham que possuem pouco tempo. Neste caso, um resumo executivo pode ser útil. É importante destacar que a existência do resumo executivo tende a induzir a opinião do leitor; assim, sua redação deve ser feita com muito cuidado, indicando pelo menos o objeto da avaliação, o método usado, os direcionadores mais relevantes e o seu resultado final. Este resumo não deve ultrapassar a uma página.

Também pode ser elaborado um breve resumo ao final ou início de cada um dos itens, em especial para aquelas partes mais longas do texto.

Introdução

O principal ponto da introdução é apresentar o objetivo do laudo. Ou seja, o que motivou o analista a preparar o documento. Nas primeiras linhas é possível indicar também a relação do avaliador com o objeto da análise: se foi contratado por alguma empresa, se tem interesse particular na avaliação, etc. Caso exista uma relação do avaliador com o objeto, pode ser relevante indicar os cuidados tomados para a sua isenção com os resultados do laudo. A data de referência do laudo pode ser informada na introdução, embora também deva ser destacada no final do relatório.

Na introdução também é possível apresentar o currículo do avaliador, destacando as habilidades e competências do mesmo para elaborar o laudo. Também pode apresentar aqui a remuneração do avaliador, se é que ela existiu. Existindo mais de um avaliador, pode constar o currículo de toda a equipe ou somente do responsável principal.

Se existirem controvérsias com respeito a alguns termos técnicos, o laudo pode indicar na introdução (ou logo após ou no final) as definições mais relevantes. Também pode constar uma descrição sumária do objeto de avaliação.



Objeto



Neste trecho, o laudo deve delimitar o objeto. Se a avaliação é de uma empresa, o que está sendo considerado e o que não está sendo considerado. Se a empresa faz parte de um grupo, é importante delimitar se a avaliação está considerando somente a empresa. Caso a avaliação é referente a uma filial da empresa, isto deve estar claro no laudo.



Como em muitos casos o objeto de avaliação pode não ser de conhecimento de todos os leitores do relatório, é importante destacar as principais características do objeto. Pode ser até interessante fazer um breve histórico deste objeto. Em uma empresa, traçar uma descrição do seu início, os fatos mais marcantes, as principais dificuldades e conquistas. Também fazer um relato do setor de atuação, o número de empregados, o seu porte e apresentar, de maneira resumida, algumas informações financeiras.

Pode-se fazer nesta seção, ou em uma seção em separado, uma análise do desempenho dos últimos anos. Para uma empresa, uma análise das demonstrações contábeis, focando a sua rentabilidade, a estrutura de capital, as políticas de investimentos, de giro e de distribuição de dividendos, entre outras, pode ser útil para compreensão dos resultados que serão apresentados na avaliação.

Análise Macro

Para contextualizar a avaliação, pode ser apresentado o ambiente econômico onde está inserido o objeto. Para uma empresa, isto inclui uma análise dos países onde atua e a perspectiva para os próximos anos. Também é importante uma análise do setor de atuação, as principais ameaças e os pontos fortes. Fatores como evolução tecnológica, inflação, emprego, taxa de juros, consumo, mudança demográfica, mercado de capitais (incluindo bolsa de valores), fatores políticos, entre outros, podem ser considerados. Uma análise dos principais concorrentes é útil, já que isto geralmente afeta o resultado da avaliação.

Apresentação do Método 

Um relatório de avaliação pode usar um método principal para chegar ao valor do objeto. Mas nada impede de outros métodos secundários sejam usados e os resultados comparados. A ideia aqui é permitir uma análise criteriosa do objeto. Exemplificando, o método de custo pode ser útil para uma situação de liquidação, mas não adequada para uma situação de continuidade.

Muitos métodos de avaliação de empresas, quando partem das mesmas suposições, devem, obrigatoriamente, chegar ao mesmo resultado. Neste caso, a apresentação destas diferentes formas pode dar mais segurança para o avaliador. Isso ocorre, por exemplo, quando se usa o fluxo de caixa dos acionistas ou o fluxo de caixa livre para estimar o valor.

Caso o avaliador tenha optado por algum tratamento específico nos cálculos, isto deve ser indicador. Se, por exemplo, o avaliador fez algum ajuste adicional na avaliação de uma empresa por conta do controle, da liquidez, de riscos regulatórios e específicos, isto deve estar claro no laudo, mostrando, se for possível, a sustentação para tais ajustes. Alguns dos ajustes pode ser uma opinião do responsável pelo laudo, mas isto deve estar claro no relatório.

Base de Dados 

É importante também apresentar a base de dados que foi usada para o relatório. O relato da base de dados pode permitir que os interessados refaçam os cálculos realizados. Quando a base é pública, a indicação da fonte pode ser suficiente. Mas quando os dados não são de conhecimento de todos, é interessante que os mesmos sejam apresentados em algum lugar do relatório, talvez nos anexos.

Em muitos casos, existe mais de uma possibilidade de base de dados. É o caso da variação dos preços, onde é possível escolher um índice de inflação entre os diversos que são calculados. Caso esta escolha seja relevante para o resultado final, é interessante uma justificativa da opção. E eventualmente, que seja feita uma análise adicional com a base de dados alternativa.

Projeções 

Neste trecho, o relatório irá apresentar os valores projetados usados nos cálculos. Este item é crítico, pois cada avaliador deverá fazer uma projeção diferente para cada objeto de análise. Além disto, projeção geralmente diz respeito ao futuro e sempre haverá incerteza e imprecisão nesse ponto.

Se o método usado for o fluxo de caixa descontado, as projeções serão do fluxo de caixa projetado, bem como das taxas de descontos usadas, que irão refletir o custo de oportunidade do capital.

Também devem ser projetados, se for o caso, o valor terminal ou valor da perpetuidade.

Em muitos casos, as projeções relacionados com o objeto dependem de projeções de variáveis econômicas, políticas, demográficas e outras. Os valores usados nestas projeções devem ser explicitados no relatório.

Análise de Sensibilidade 

A análise de sensibilidade é útil para indicar os direcionadores de valor e como uma alteração nas principais suposições pode afetar o resultado final. Uma forma simples de executar a análise de sensibilidade é verificar a influência de uma variação de 10% na projeção de determinado item sobre o valor obtido. Quanto maior esta variação, mais relevante será esta variável para o valor obtido.

Em alguns casos, o relatório pode fazer um confronto com outros resultados prévios de avaliação, indicando as diferenças e a razão dos resultados divergentes. Este item pode ser chamado de análise adicional

Opinião 

Um laudo termina com a opinião do avaliador sobre o que está sendo mensurado. Algo como “em minha opinião, o objeto de análise tem um valor de $$$, na data xx/xx/xx”. O trecho da opinião pode ressalvar, no seu início, as bases para avaliação e lembrar as limitações do valor calculado. Mas a opinião deve ser o grande destaque deste item.

Fontes da Informação 

Este item pode estar na introdução ou no final. O trecho deve indicar os principais documentos e fontes que foram usados para fazer o laudo, incluindo as demonstrações contábeis, outros laudos, cópias de contratos e outras informações internas, fontes das informações macroeconômicas e setoriais, entrevistas realizadas, entre outras. Por ser um relatório técnico, não é relevante que o laudo siga normas técnicas - do tipo ABNT - exceto quando isto estiver no escopo do trabalho. Também não é relevante citar referências científicas, embora isto possa trazer uma seriedade maior ao texto.

Apêndices e Anexos

Nos apêndices, o relatório pode incluir os dados mais detalhados usados nas projeções, os cálculos das projeções, as definições técnicas (pode ser aqui ou no início do relatório). Os anexos devem constar os conteúdos que não são a essência do laudo, cuja a fonte são terceiros.



Sobre a Forma do Relatório 



Os pontos anteriores referem-se ao conteúdo de um relatório. É necessário alguns comentários sobre a forma do relatório.



Software 



De uma maneira geral, os cálculos de avaliação são feitos em planilha. Posteriormente, os resultados são apresentados em um editor de texto, em conjunto com um programa de apresentação de slides. Alguns pacotes permitem uma integração entre a planilha e o editor de texto, o que facilita a mudança do relatório, quando houver uma alteração nos cálculos.

Aqui o analista deve tomar o cuidado de fazer uma apresentação profissional cuidadosa, evitando erros de digitação / linguagem, fazendo um layout do relatório agradável para o leitor. Estes cuidados incluem a escolha da letra e seu tamanho e a disposição da informação no texto (incluindo tabelas e gráficos). Apesar da essência do relatório ser importante, a forma conta muito para sua credibilidade.

Opinião Coerente

O laudo é uma opinião. Cada avaliador deveria ter uma ampla liberdade para enunciar sua opinião sobre o objeto de avaliação. Mas na prática, o leitor quer saber a origem das informações e se os resultados são coerentes. Se uma ação de uma empresa foi avaliada por diversos especialistas em torno de X e o laudo apresentado é um valor bastante diferente deste, é importante que esta opinião esteja embasada em argumentos sólidos ou lógicos.

Da mesma forma, um avaliador que usou uma projeção de crescimento da economia de 4% em um laudo, não pode usar uma projeção de 15% em outro laudo, exceto se as condições tenham mudado substancialmente. Neste caso, o avaliador deve indicar as razões da mudança de opinião.

Citar ou não citar 

É comum que muitas informações de um laudo tenham origem em fontes de terceiros. Apesar do laudo não ser um trabalho acadêmico, é importante citar as fontes por dois motivos. A citação de um fonte de informação com credibilidade, como o Banco Central ou outra entidade com renome, corresponde a um argumento de autoridade. O Banco Central é uma autoridade quando o assunto é a taxa de juros da economia. Sua citação melhora a qualidade do texto para o leitor. O segundo motivo é que um avaliador que usa uma fonte e não faz a referência pode ser acusado de plágio, estando sujeito inclusive a punições por parte da legislação brasileira. E para quem o contratou, passa um impressão de pouco profissionalismo.



É importante destacar que o avaliador pode discordar de uma “autoridade”. Neste caso, ou busca outras autoridades com opiniões próximas aquelas expressas no laudo ou apresenta os argumentos que levaram a não usar os dados destas autoridades.



Tamanho do laudo



Não existe um padrão de tamanho de um laudo. Geralmente esperamos um tamanho maior, quanto maior for a remuneração do avaliador. E também acreditamos que laudos maiores poderiam ser um sinal de laudos melhores, embora isto nem sempre seja verdadeiro.

Em razão dos itens que foram citados anteriormente, o tamanho de um laudo deve ultrapassar facilmente as dez páginas.

Tabela ou gráfico 

A presença de gráfico facilita a leitura de um relatório. Mas não substitui a tabela. Assim, as informações principais podem estar em um gráfico dentro do laudo, destacando o conteúdo. Mas os valores que foram usados para construir o gráfico devem estar em uma tabela ao final do laudo se a informação for relevante para o resultado final.

Quando se usa um gráfico é necessário saber escolher a melhor opção. Por exemplo, geralmente não usamos um gráfico de pizza para mostrar a evolução temporal de um item; neste caso, o melhor é um gráfico de linha. Os gráficos mais sofisticados, como aqueles em 3D, deve ser usados se o provável leitor tiver condições de entender o conteúdo.

Dificuldade 

De uma maneira geral, o conteúdo de um laudo deve ser acessível para um leitor com um conhecimento mediano em gestão financeira. Assim, não é necessário explicar, por exemplo, o conceito de ativo, já que é possível admitir que o leitor irá entender esta terminologia.

Muitos relatórios técnicos são elaborados de maneira a tornar difícil a sua leitura. A finalidade é reduzir eventuais questionamentos com o aumento na complexidade. Esta é uma estratégia que pode funcionar em alguns casos, desde que o leitor não tenha um grau de conhecimento sofisticado sobre o assunto.

Blockchain é uma mentira

 With the value of Bitcoin having fallen by around 70% since its peak late last year, the  has now gone bust. More generally, cryptocurrencies have entered a not-so-cryptic apocalypse. The value of leading coins such as Ether, EOS, Litecoin, and XRP have all fallen by over 80%, thousands of other digital currencies have plummeted by 90-99%, and the rest have been exposed as outright frauds. No one should be surprised by this: four out of five initial coin offerings (ICOs) were  to begin with.



Faced with the public spectacle of a market bloodbath, boosters have fled to the last refuge of the crypto scoundrel: a defense of “blockchain,” the distributed-ledger software underpinning all cryptocurrencies. Blockchain has been heralded as a potential panacea for everything from poverty and famine to cancer. In fact, it is the most overhyped – and least useful – technology in human history.

Fonte: aqui

16 outubro 2018

Efeito do Uber no trânsito

A entrada dos serviços de compartilhamento em uma cidade deveria reduzir o trafego e o número de mortes. Entretanto, uma pesquisa (via aqui) realizada em uma grande cidade mostra que ocorreu o oposto. Com a entrada do Uber, o número de veículos aumentou, assim como o congestionamento.

Isto parece contra a intuição: se você bebe, em lugar de usar seu automóvel, você usa o Uber. Menos perigo nas ruas e menores as chances de um acidente. Entretanto, o que ocorreu, segundo os dados coletados na pesquisa, foi o contrário.

A explicação parece ser a seguinte: algumas pessoas que usavam o transporte público passaram a usar o Uber. Quem tinha automóvel, continua com seu veículo.

Rir é o melhor remédio

Preço é igual a qualidade? Uma fotógrafa profissional resolveu contratar o serviço de um editor profissional. O mercado é concorrido e ela achou quem cobrasse de 0,25 US$ a 10 dólares. Ela testou três serviços: US $ 0,25, US $ 5 e US $ 10. E pediu “Eu gostaria que você tornasse esta imagem muito vibrante, quente. Limpe a pele, olhos brilhantes e faça o cabelo dela parecer mais vermelho (...) confio em seu julgamento em fazer essa imagem parecer linda ”. Eis o resultado:
Na esquerda, a foto original. Na direita, o trabalho do profissional. Qual foi o trabalho que cobrou US$0,25?

Finanças Corporativas Comportamentais

Resumo:

Behavioral Corporate Finance provides new and testable explanations for long-standing corporate-finance puzzles by applying insights from psychology to the behavior of investors, managers, and third parties (e. g., analysts or bankers). This chapter gives an overview of the three leading streams of research and quantifies publication output and trends in the field. It emphasizes how Behavioral Corporate Finance has contributed to the broader field of Behavioral Economics. One contribution arises from the identification of biased behavior (also) in successful professionals, such as CEOs, entrepreneurs, or analysts. This evidence constitutes a significant departure from the prior focus on individual investors and consumers, where biases could be interpreted as `low ability,' and it implies much broader applicability and implications of behavioral biases. A related contribution is the emphasis on individual heterogeneity, i. e., the careful consideration of the type of biases that are plausible for which type of individual and situation


Behavioral Corporate FinanceUlrike MalmendierNBER Working Paper No. 25162

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15 outubro 2018

Algoritmos de machine learning fracassam no mercado

Machine learning is enabling investors to tap huge data sets such as social media postings in ways that no mere human could. Yet, despite the enormous potential, its record remains mixed. The Eurekahedge AI Hedge Fund Index, which tracks the returns of 13 hedge funds that use machine learning, has gained only 7 percent a year for the past five years, while the S&P 500 returned 13 percent annually. This year the Eurekahedge benchmark dropped 5 percent through September.

One of the potential pitfalls for machine learning strategies is the extremely low signal-to-noise ratio in financial markets, says Marcos López de Prado, who joined AQR Capital Management as head of machine learning in September and is the author of the 2018 book Advances in Financial Machine Learning. “Machine learning algorithms will always identify a pattern, even if there is none,” he says. In other words, the algorithms can view flukes as patterns and hence are likely to identify false strategies. “It takes a deep knowledge of the markets to apply machine learning successfully to financial series,” López de Prado says.

Nigol Koulajian echoes that view. The founder and chief investment officer at Quest Partners, a New York-based systematic macro hedge fund that manages $1.7 billion, says that quants coming out of finance programs and high-tech companies often expect to create optimizations at a much higher level of precision than is warranted in finance. “They’re coming with a mindset that we’re going to conquer the world with big data,” Koulajian says. In finance, though, the market regime is not static, and markets aren’t closed systems like a chess game. “You can have one little pin drop that can basically make you lose over 20 years of returns,” he says.

[...]

Fonte: aqui


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Ainda sobre a divisão das Big Four

Jim Peterson argumenta, sobre a divisão das Big Four, proposta pelo FRC britânico:

Of the total 2017 revenue reported by Barclays PLC for 2017, about two-thirds or some £ 14.4 billion was reported in the non-UK operations of Barclays International, conducted through 40 “main entities” in 22 different countries. 


Para ele, a grande geração de receita em diversos países poderia inviabilizar esta operação. Dois pontos relevantes: a possibilidade da auditoria ser compartilhada por outra empresa para operações no exterior; e o fato de não sabermos se o exemplo do Barclays é um exemplo mediano das empresas ou uma exceção. 

Gol anuncia reorganização societária para incorporação da Smiles

A Gol Linhas Aéreas anunciou que pretende realizar uma reestruturação societária para incorporar sua empresa de programa de fidelidade Smiles, segundo comunicado divulgado na noite de domingo (14).

"A incorporação da Smiles na Gol resultará na extinção da Smiles, nos termos da Lei das S.A., com a sucessão pela Gol em todo o patrimônio da Smiles e na migração da base acionária da Smiles para a Gol", disse a companhia aérea.

A Gol acrescentou ainda que os contratos operacionais entre a companhia aérea e a empresa do programa de fidelidade, que vencem em 2032, não serão renovados. De imediato, o plano de fusão das empresas não afeta os clientes, apenas acionistas.

A reorganização depende da aprovação pela Agência Nacional de Aviação Civil e dos acionistas das companhias. Caso a reorganização não seja aprovada, a Gol disse que poderá buscar outras alternativas para incorporar a Smiles, incluindo uma oferta pública de aquisição (OPA) para tirar a empresa da bolsa.

Com a decisão, a Gol segue caminho semelhante tomado pela Latam, que em setembro anunciou a decisão de não renovar o contrato com a operadora de programas de fidelidade Multiplus e fechar o capital da empresa.

Se as transações da Gol e da Latam forem concluídas, não haverá empresas do programa de fidelidade listadas na bolsa de valores do Brasil.

Mais: Aqui

Corrida fomentada aos bancos

Em meados de 2017, os habitantes da Catalunha foram as urnas para votar em um plebiscito se queriam ou não deixar a Espanha. O governo de Madri não usou armas ou ameaças explícitas, mas a economia para punir aqueles que votaram.

Naquele momento, algumas empresas resolveram mudar a sede para outro local da Espanha. Isto ocorreu com os dois maiores bancos da Catalunha: o Caixabank e o Sabadell. O que não se contou na época é que nestes bancos ocorreu uma corrida por parte dos clientes, que começaram a retirar seu dinheiro e depositar em outras instituições, aparentemente com medo de serem prejudicados com o resultado da votação.

Recentemente descobriu-se que o governo espanhol ajudou nesta corrida (via aqui). Grandes empresas do estados, como RTVE, Adif, RENFE e outros, acessaram suas contas no Caixabank e Sabadell e retiraram bilhões de euros. A ordem de fazer o saque tinha partido de Madri, do governo central espanhol. Um executivo do Sabadell perguntou ao ministro da Economia da Espanha sobre a retirada dos recursos e recebeu a seguinte resposta: “você já mudou o endereço da empresa?”.

Naquele momento, o governo passou uma lei permitindo que uma empresa mudasse seu endereço para outra região do país em apenas um dia útil, sem a necessidade de consultar os acionistas. Logo após a mudança, parte do recurso voltou para os bancos, evitando uma corrida maior de retirada e uma eventual falência dos bancos.

Blogosfera contábil

Algumas publicações recentes nos blogs de contabilidade:

A equipe do Panorama Público vem publicando muita coisa interessante e extremamente relevante. Esta é a postagem mais recente: Como internet dá novo significado à participação popular? E nesse clima da gestão pública, a Claudia Cruz, do Ideias Contábeis, questiona o aumento das despesas com pessoal do estado do Rio de Janeiro. Por sua vez, o pessoal do Contabilidade e Métodos Quantitativos publicou uma palestra sobre “o orçamento público no Brasil e o financiamento das Universidades Federais”.

Em seu blog, o Vladmir destacou uma pesquisa sobre o mercado acionário sob o impeachment e a Polyana, do Histórias Contábeis, publicou sobre eleições e democracia.

Já o Orleans, do informação Contábil , falou sobre “O famoso “Dividend Yield” no Mercado de Ações” e o time do Olhar Contábil discorreu sobre o tweet de Elon Musk que causou turbulência no mercado financeiro.

O professor Alexandre Alcântara destacou uma reportagem bem interessante sobre o contador versus a inteligência artificial.

Recomendamos a leitura!