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15 dezembro 2017

Frase

"BR Distribuidora provavelmente tem a melhor governança corporativa de todas as empresas listadas no novo mercado".

Pedro Parente, presidente da Petrobras.

Ainda


Os problemas da empresa Steinhoff estão sendo investigados pelo regulador da África do Sul. Isto também inclui o trabalho da Deloitte como auditor da empresa. A empresa comercial declarou que irá refazer suas demonstrações por erros contábeis. Enquanto isto, o preço da ação da empresa desabou (figura).

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"Não quero receber"

Um país pode arrecadar 250 milhões de dólares de uma empresa e recusa. Parece algo estranho, mas aconteceu com Luxemburgo. A Comunidade Europeia decidiu que o pequeno país deveria cobrar este valor de uma empresa em impostos atrasados. Entendeu que Luxemburgo cobra menos imposto e que isto configuraria uma ajuda ilegal para a empresa.

Luxemburgo contestou a decisão. A empresa é a empresa comercial Amazon, que usa Luxemburgo como uma forma de planejamento tributário. Por conta disto, a Amazon possui 1500 funcionários no país que possui uma população de 500 mil habitantes. Além da Amazon, a Comunidade Europeia também tinha determinado cobrança de 26 milhões de dólares da Fiat, que Luxemburgo contestou.

A Irlanda, outro “paraíso fiscal”, também afirmou que não iria cobrar 13 bilhões de dólares da Apple e estaria recorrendo.

Rir é o melhor remédio

A diferença entre o designer e o cliente:






14 dezembro 2017

Confiança

Diversas pesquisas realizadas no Brasil mostram que a nossa população tem muita desconfiança do congresso, do presidente, dos políticos, ...

Talvez esta falta de confiança nas instituições não seja algo específico do Brasil. Os gráficos a seguir são de uma pesquisa nos Estados Unidos:




No primeiro gráfico é possível perceber que a confiança no congresso, na suprema corte e na presidência caiu dos níveis "elevados" existentes na década de 70 (40, 45 e 50%, aproximadamente) para valores reduzidos de agora: abaixo de 40% para a suprema corte e a presidência e abaixo de 10% para o congresso). A confiança na imprensa também reduziu (segundo gráfico), assim como nas instituições econômicas (gráfico 3, com bancos, trabalho e grandes negócios), especialmente após a crise de 2008. Finalmente, a fé na medicina, escola e religião também tiveram uma redução nos últimos anos. A crença na medicina caiu de 90% para 40%.

O gráfico a seguir talvez seja uma exceção:
A confiança na polícia, nos militares e na justiça criminal manteve-se constante ou tiveram um aumento nos últimos anos. Os dados são do Gallup.

Ilusão

Eis algumas ilusões de ótica:

Você consegue ver 16 círculos?
Esta fotografia está estranha?
Quantas pernas você percebe na fotografia abaixo?
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Frase


"O BNDES é como o Godzilla pisoteando o terreno da decisão corporativa." (Daniel Moss)

Rir é o melhor remédio

Sombras ao som de "What a Wonderful World"


Hand Shadow - Raymond Crowe at Royal Variety Show from RAYMOND CROWE on Vimeo.

13 dezembro 2017

IPO da BR

A Petrobras levantou cerca de R$ 5 bilhões com a abertura do capital de sua subsidiária de distribuição decombustíveis BR Distribuidora, ao precificar o IPO em R$ 15 a ação, de acordo com informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira (13).

A oferta de ações da líder do mercado de combustíveis no Brasil ficou no piso da faixa indicativa de preços, estimada entre R$15 reais e R$ 19.


Fonte: Aqui

A oferta de ações pode reduzir o endividamento, mas também pressionar por uma melhor gestão da empresa.

Pode isto?

Uma empresa apresenta dificuldades na sua gestão. Suspende os pagamentos aos credores e entra em falência. Mesmo assim, seus executivos deverão receber bônus de 16 milhões de dólares. Pode isto? Não deveria, já que os responsáveis pela condução dos negócios estão sendo recompensados por sua incompetência. Em que país subdesenvolvido isto ocorreu? Estados Unidos. E o pagamento foi aprovado pelo juiz responsável pelo caso. A empresa: Toy-R-Us. 

SEC, Teste de Howey e moedas

A entidade reguladora do mercado de capitais dos Estados Unidos interrompeu uma publicação da Munchee no Facebook e no Youtube, onde a empresa prometia ganhos de 199% com uma oferta inicial de moeda. Num dos textos da empresa, onde listava as razões para investir do Tokche Munchee estava:

À medida que mais usuários chegam na plataforma, os tokens do MUN mais valiosos serão

Parece que o regulador estaria contra a moeda digital. Mas o texto acima sugere um esquema Ponzi. Além disto, não seria possível prometer este retorno. No início de novembro a empresa parou de vender os tokens e devolveu o dinheiro.recebido.

Este é um exemplo de que nem sempre o regulador atua para coibir pirâmides ou falsas promessas. Além disto, a empresa estava, de certa forma, lançando títulos mobiliários, sem a autorização legal. O texto da Bloomberg cita o Howey Test que corresponde a um teste, criado pela Suprema Corte dos Estados Unidos, para determinar se certa transação é um contrato de investimento. No caso da Munchee, o produto poderia ser um investimento (mas não o Bitcoin) para o autor do texto.

CVM e dois julgamentos

Ontem a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) julgou dois processos de interesse da contabilidade. Em ambos os casos, a entidade impôs penas monetárias aos gestores. O primeiro envolveu a empresa Schlosser e dois dos diretores, além dos membros do conselho de administração. A acusação era que os dirigentes não permitiram o acesso, por parte dos auditores independentes, às informações, o que incluiu informações necessárias para determinar os saldos contábeis, nos exercícios de 2012 a meados de 2014. Outra acusação é que a empresa não fez o teste de recuperabilidade e não contabilizou a depreciação do imobilizado. O segundo processo refere-se a empresa Cobrasma e seus administradores. O auditor alegou que não teve acesso às informações que permitissem mensurar o passivo da empresa no que diz respeito as provissões de processos judiciais e dívidas com instituições financeiras correspondente ao exercício encerrado no final de 2014.

Existem três aspectos preocupantes com respeito ao julgamento de ontem. O primeiro é a morosidade do julgamento (aqui um link para a rapidez a divulgação dos resultados; mas nada sobre a redução nos prazos processuais). Ambos casos ocorreram no exercício social encerrado em 2014 e foram constituídos a partir do parecer de auditoria. Se considerar uma divulgação no segundo semestre de 2015, temos dois anos desde que o fato ocorreu. Há um preceito que permitir uma ampla defesa aos acusados, mas isto não parece justificar um tempo tão longo entre o fato e o seu julgamento.

O segundo ponto que preocupa refere-se aos “atenuantes” invocados pelo relator. Estes atenuantes contribuem com a redução na pena imposta. No primeiro caso, da Schlosser, o relator considerou como atenuante “as severas dificuldades financeiras pelas quais a Companhia passava à época dos fatos”. Parece que o fato de uma empresa passar por “dificuldades financeiras”, seja lá o que isto signifique, permite a compaixão da entidade no momento do estabelecimento da pena. Não faz sentido e pode abrir precedentes. No segundo caso o atenuante foi que durante o exercício de 2014 teria existido baixo volume de negociação, o que também é subjetivo e preocupante, além de inibir a maior liquidez do mercado.

O terceiro fato corresponde a aplicação das penas. Nos dois casos prevaleceu a aplicação de multas. Isto incluiu os membros dos conselhos de administração das empresas. Apesar de chamar a atenção para a relevância deste conselho, a CVM achou que basta a aplicação de penas monetárias para inibir o comportamento inadequado. Não seria também interessante inabilitar o acusado de exercer essa função por alguns anos?

Um ponto positivo é que ambos os casos só foram possíveis graças ao relatório do auditor.