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11 outubro 2017

BR Distribuidora: prêmio ou desconto

A UBS fez uma avaliação da BR Distribuidora, informou o Valor Econômico (via aqui). Mas existem dúvidas se haverá prêmio ou desconto. Por um lado, a eficiência irá melhorar; por outro lado, a Petrobras ainda será um acionista importante.

Dois pontos na questão: (1) na verdade, ainda é muito cedo para fazer este tipo de projeção, não existindo informações suficientes para o caso de uma oferta; (2) a existência de prêmio ou desconto irá depender, inclusive, do preço mínimo do laudo. Com respeito ao segundo item, não faz muito sentido a discussão, pois depende do patamar estabelecido no laudo.

De qualquer forma, quanto mais o controle for negociado, melhor o valor da IPO.

Teste de Impairment, a Petrobras e a punição da CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado de capitais, acusa 40 administradores e ex-administradores da Petrobrás de terem burlado as normas contábeis brasileiras. A suspeita de irregularidade está na reavaliação do valor de ativos como as refinarias Abreu e Lima (Rnest) e o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). (...)

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a CVM analisou as demonstrações financeiras de 2010 a 2014 para verificar inconsistências ou a falta dos testes – chamados “impairment” no jargão financeiro. (...)

A CVM acusa atuais e ex-diretores, conselheiros de administração e fiscais pelas supostas irregularidades. Além dos ex-presidentes, a lista inclui executivos da atual diretoria: Ivan Monteiro (Financeiro), Solange Guedes (Exploração e Produção), Roberto Moro (Desenvolvimento), Jorge Celestino (Refino), Hugo Repsold (Assuntos Corporativos) e João Elek (Governança).

Também estão no processo ex-conselheiros de administração como o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e os empresários Jorge Gerdau e Josué Gomes da Silva. São acusados ainda os ex-diretores envolvidos na Lava Jato Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.


Fonte: Aqui

Finalmente estão levando o teste de impairment a sério. Mas será mesmo?

Resenha: O Palácio da Memoria

Com um pouco mais de duzentas páginas, este livro reúne pequenos textos sobre pessoas “extraordinárias”, a maioria delas desconhecidas. A narrativa é muito interessante e o autor consegue prender o leitor. Como cada capítulo é relativamente pequeno, o livro pode ser apreciado aos poucos.

A maioria das pessoas apresentadas no livro é desconhecida e muitos capítulos centra seu foco na questão do racismo nos Estados Unidos, no século XIX e meados do século XX. Ao fazer estas escolhas, o autor, Nate DiMeo mostra como uma vida “comum” pode também ser “extraordinária”. Veja a vida de Edwin Booth, que foi ator, mas teve sua carreira prejudicada pelo irmão, também ator, John Wilkes Booth, ambos filhos do maior ator shakespeariano dos EUA. Este mesmo pai que reduziu Edwin em público, mas isto não foi suficiente para Edwin parar de atuar. Mas seu irmão, John, matou Lincoln com um tiro num teatro. E isto levou Edwin abandonar os palcos. Anos depois, Edwin vê um homem caído nos trilhos de uma estrada de ferro e salva sua vida; este homem salvo por Edwin é o filho de Lincoln, o presidente que foi assassinado por seu irmão. Outras pessoas extraordinárias aparecem no livro.

Vale a pena? - Uma ótima leitura, para ser consumida aos poucos.

Simplificação da Evidenciação Contábil nos EUA

Finalmente uma notícia boa para contabilidade. A SEC, entidade que regulamenta o mercado de capitais dos Estados Unidos, está propondo uma alteração nas regras de evidenciação contábil das empresa, anunciou a Reuters. Apesar desta medida ser uma promessa de campanha de Donald Trump, as medidas começaram durante o governo Obama.

Com as novas regras, as empresas podem omitir algumas referências a fatores de risco e usar referências online (hiperlinks), o que poderá reduzir o volume de informação divulgada.

A proposta estará disponível para audiência pública por 60 dias.

Links

A mulher dos gatos: um estudo psicológico em Porto Alegre

Fotografias de ruas de Clarissa Bonet (ao lado)

LSE: Impacto do blog na divulgação científica 

O produtor de cinema Weinstein é acusado de estupro, assédio ...

Independência da Catalunha: O mito do apoio da população

Workshops 3º CCGUnB

Não congressistas do 3º CCGUnB que desejarem participar somente dos workshops poderão se inscrever pelo link a seguir até o dia 31 out: http://soac.unb.br/index.php/ccgunb/ccgunb3/about/editorialPolicies#custom-7


Workshop I – Pesquisa Qualitativa em Contabilidade 1
Theme: "Fundamentals of Qualitative Research"
Condutora: Wai Fong Chua (The University of Sydney)
CV: http://sydney.edu.au/business/staff/waifong.chua
Data e Horário: 29/11/2017 das 09:00 às 12:30h
Local: Finatec/Universidade de Brasília
Língua: Inglês. Com tradução simultânea.


Workshop II – Pesquisa Qualitativa em Contabilidade 2
Theme: "Construction of accounting qualitative research course "
Condutor: David Cooper (University of Alberta)
CV: https://www.ualberta.ca/business/about/contact-us/school-directory/david-cooper
Data e Horário: 29/11/2017 das 14:00 às 17:30h
Local: Finatec/Universidade de Brasília
Língua: Inglês. Com tradução simultânea.

Workshop III – Pesquisa Quantitativa em Contabilidade
Condutor: Otávio Ribeiro de Medeiros (Universidade de Brasília)
CV: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787664U2
Data e Horário: 29/11/2017 das 14:00 às 17:30h
Local: Finatec/Universidade de Brasília
Língua: Português.

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

09 outubro 2017

CVM e a modernização das regras de divulgação

(...) o regulador tem que lutar para que sua regra de divulgação não perca o seu significado, que é ajudar o investidor a tomar sua decisão de forma refletida. Em alguns casos, a publicação excessiva de informações em documentos como o prospecto de ofertas públicas acaba sendo usada mais como mecanismo de proteção de emissores e intermediários. (...)

A discussão do tema passa ainda pela adoção de outros canais para a publicação de informações, como a própria internet, a dinamização do sistema de divulgação de informações da CVM (empresas.Net), uso de infográficos e material visual para facilitar a vida do investidor.


Parece que esta discussão deveria ter ocorrido há dez anos

Economia sempre foi comportamental

Eu não sei quem inventou esse nome economia comportamental, pois até onde sei os economistas sempre estudaram o comportamento humano. Cada área da economia usa uma ferramenta diferente para tentar modelar e prever o comportamento humano: matemática, estatística, pisicologia, história, computação, física e por aí vai. Então não faz sentido usar esse nome economia comportamental, pois tudo que os economistas estudam sempre foi comportamental. Adam Smith, um dos maiores filósofos e economistas de todos os tempos, escreveu este famoso trecho. que já tratava de economia "comportamental":

"Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele têm pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter."


Nobel para pesquisa em psicologia econômica

Richard Thaler foi anunciado vencedor do prêmio Nobel de Economia. Thaler tem inúmeras pesquisas na área comportamental da economia.

Thaler se junta a Kahneman, que ganhou o prêmio anteriormente, em 2002. Outro grande nome da área comportamental da economia, Amos Tversky, não pode receber o prêmio pois faleceu em 1996.

Thaler nasceu em 1945 e colaborou com Kahneman em diversos trabalhos.

Rir é o melhor remédio

Fonte Aqui

08 outubro 2017

Fato da Semana: Impostos e Multinacionais

Fato da Semana: Impostos e Multinacionais

Data: 4 de outubro

Contextualização - As empresas multinacionais utilizam do planejamento tributário para reduzir o volume de impostos pagos. Um dos mecanismos é o preço de transferência. Mesmo com a fiscalização, algumas empresas escolhem paraísos fiscais para receber suas receitas, como é o caso da Apple com a Irlanda ou a Amazon com Luxemburgo. Isto gera uma perda de receita dos países que "compram" o produto e que possuem alíquotas elevadas. No ano passado a Comunidade Europeia multou a Apple por usar este mecanismo e obrigou a Irlanda a coletar os impostos devidos. Entretanto, a Irlanda está "enrolando", evitando cobrar os impostos.

Relevância - o preço de transferência é um velho conhecido do profissional contábil. A implicância da Comunidade Europeia não será a primeira, nem a última, vez que o fisco tenta conter este mecanismo de planejamento tributário. O que talvez seja inédito são os valores elevados e o fato de estar concentrado nas empresas de tecnologia.

Notícia boa - Indiferente.

Desdobramento - Pelos valores elevados será que a Apple irá pagar o que está sendo cobrado? Ou melhor, será que a Irlanda irá cobrar o que está sendo exigido? Se não o fizer, haverá retaliação da Comunidade Europeia? Sou cético e acho que haverá um acordo.

Mas a semana só teve isto? Ao contrário da semana passada, nesta semana tivemos poucos fatos.

Rir é o melhor remédio

Não entendeu?

06 outubro 2017

Links

SASB e padrões para os relatórios de sustentabilidade

Padrão contábil e o comportamento de uma empresa

Wells Fargo oferece reembolso por cobrança inadequada

A distribuição geográfica do Nobel (figura)

Propostas de alterações no CPC

Sobre a Postalis

Sobre a intervenção do fundo de pensão Postalis:

Fontes com conhecimento do assunto disseram que a decisão do Postalis de terceirizar a gestão de créditos podres que já tinham sido baixados para prejuízo também foi levada em conta pelo regulador. 

Em 2016, a fundação transferiu bilhões de créditos podres de seus dois planos para fundos de direitos creditórios e contratou as gestoras Jive, Novero e Cadence para geri-los. (...) A operação segundo uma fonte, não está prevista na resolução 3.792 que regulamenta os investimentos dos fundos de pensão. (Schincariol, Juliana. Má governança leva Previc a intervir no Postalis, Valor, 5 de outubro de 2017, C1)

O motivo deveria ser os listados mais adiante: denúncias de má gestão, corrupção e fraudes.