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20 setembro 2017

Tragédia do Big Data

WE’RE MORE FOOLED by noise than ever before, and it’s because of a nasty phenomenon called “big data.” With big data, researchers have brought cherry-picking to an industrial level.

Modernity provides too many variables, but too little data per variable. So the spurious relationships grow much, much faster than real information.

In other words: Big data may mean more information, but it also means more false information.

Big-data researchers have the option to stop doing their research once they have the right result. In options language: The researcher gets the “upside” and truth gets the “downside.” It makes him antifragile, that is, capable of benefiting from complexity and uncertainty – and at the expense of others.

But beyond that, big data means anyone can find fake statistical relationships, since the spurious rises to the surface. This is because in large data sets, large deviations are vastly more attributable to variance (or noise) than to information (or signal). It’s a property of sampling: In real life there is no cherry-picking, but on the researcher’s computer, there is. Large deviations are likely to be bogus.

We used to have protections in place for this kind of thing, but big data makes spurious claims even more tempting. And fewer and fewer papers today have results that replicate: Not only is it hard to get funding for repeat studies, but this kind of research doesn’t make anyone a hero. Despite claims to advance knowledge, you can hardly trust statistically oriented sciences or empirical studies these days.

This is not all bad news though: If such studies cannot be used to confirm, they can be effectively used to debunk — to tell us what’s wrong with a theory, not whether a theory is right.

Another issue with big data is the distinction between real life and libraries. Because of excess data as compared to real signals, someone looking at history from the vantage point of a library will necessarily find many more spurious relationships than one who sees matters in the making; he will be duped by more epiphenomena. Even experiments can be marred with bias, especially when researchers hide failed attempts or formulate a hypothesis after the results – thus fitting the hypothesis to the experiment (though the bias is smaller there).


This is the tragedy of big data: The more variables, the more correlations that can show significance. Falsity also grows faster than information; it is nonlinear (convex) with respect to data (this convexity in fact resembles that of a financial option payoff). Noise is antifragile. SOURCE: N.N. TALEB

The problem with big data, in fact, is not unlike the problem with observational studies in medical research. In observational studies, statistical relationships are examined on the researcher’s computer. In double-blind cohort experiments, however, information is extracted in a way that mimics real life. The former produces all manner of results that tend to be spurious (as last computed by John Ioannidis) more than eight times out of 10.

Yet these observational studies get reported in the media and in some scientific journals. (Thankfully, they’re not accepted by the Food and Drug Administration). Stan Young, an activist against spurious statistics, and I found a genetics-based study claiming significance from statistical data even in the reputable New England Journal of Medicine– where the results, according to us, were no better than random.

Big data can tell us what's wrong, not what's right.

And speaking of genetics, why haven’t we found much of significance in the dozen or so years since we’ve decoded the human genome?

Well, if I generate (by simulation) a set of 200 variables – completely random and totally unrelated to each other – with about 1,000 data points for each, then it would be near impossible not to find in it a certain number of "significant" correlations of sorts. But these correlations would be entirely spurious. And while there are techniques to control the cherry-picking (such as the Bonferroni adjustment), they don’t catch the culprits – much as regulation didn’t stop insiders from gaming the system. You can’t really police researchers, particularly when they are free agents toying with the large data available on the web.

I am not saying here that there is no information in big data. There is plenty of information. The problem – the central issue – is that the needle comes in an increasingly larger haystack.
Fonte: aqui

Ranking: Celebridades mais perigosas

Fonte: McAfee (via aqui). Este ranking mostra as celebridades mais perigosas. Quando você pesquisar o nome de "Avril Lavigne" há um risco de 14,51% nos resultados; são endereços com ameaças online.

Avaliação da Pós pela Capes

Cursos na área de Ciências Contábeis (instituição, nome, nível e nota):

FUCAPE - ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado/Doutorado - 4
FURB - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado/Doutorado - 5
PUC/SP - CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS - Mestrado - 3
UEM - Ciências Contábeis - Mestrado - 3
UERJ - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado - 3
UFBA - CONTABILIDADE - Mestrado - 3
UFC- ADMINISTRAÇÃO E CONTROLADORIA - Mestrado/Doutorado - 4
UFES - Ciências Contábeis - Mestrado - 4
UFG - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado - 3
UFMG - CONTROLADORIA E CONTABILIDADE - Mestrado/Doutorado - 4
UFPB/J.P. - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado/Doutorado - 4
UFPE- CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado/Doutorado - 4
UFPR - CONTABILIDADE - Mestrado/Doutorado - 5
UFRGS - CONTROLADORIA E CONTABILIDADE - Mestrado - 3
UFRJ - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado/Doutorado - 5
UFRN - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado - 3
UFRPE - CONTROLADORIA - Mestrado - 3
UFSC - CONTABILIDADE - Mestrado/Doutorado - 5
UFU - Ciências Contábeis - Mestrado/Doutorado - 4
UNB - UFPB - UFRN - CONTABILIDADE - Mestrado/Doutorado - 5
UNB - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado/Doutorado - 4
UniFECAP - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado - 4
UNIOESTE - CONTABILIDADE - Mestrado - 3
UNISINOS - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado/Doutorado - 5
UNOCHAPECÓ - CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO - Mestrado - 3
USP - CONTROLADORIA E CONTABILIDADE - Mestrado/Doutorado - 6
USP/RP - CONTROLADORIA E CONTABILIDADE - Mestrado/Doutorado - 5

Profissionais

FIPECAFI - MESTRADO PROFISSIONAL EM CONTROLADORIA E FINANÇAS - 2
FUCAPE - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado Profissional - 5
Fucape-RJ - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado Profissional - 3
UFC - ADMINISTRAÇÃO E CONTROLADORIA - Mestrado Profissional - 4
UPM - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Mestrado Profissional - 4


São 32 cursos, sendo 27 acadêmicos. Mas atenção: alguns cursos não foram "avaliados', por terem sido criados recentemente. É o caso da UFRN ou UFPB. Na área temos um curso nota 6, da USP, e sete (retirando o multi, que está em processo de extinção) cursos nota cinco. Destaque também para o curso da Fucape de mestrado profissional, que obteve a nota máxima para um curso de mestrado. Há 17 anos eram quatro cursos de pós-graduação !

Salário e discriminação

A consultora PwC no Reino Unido revelou (1) que paga menos 13% menos às equipas negras, asiáticas e de etnias minoritárias do que a outros funcionários, noticia The Independent.

O tratamento discriminatório é abordado num relatório divulgado esta segunda-feira, que a empresa diz ter decidido publicar num esforço para chamar a atenção e incentivar as organizações a agir contra a discriminação.

“Precisamos começar a olhar para além da estreita lentidão do género, caso contrário, a verdadeira diversidade no local de trabalho não será alcançada”, disse Kevin Ellis, presidente e sócio sénior da PwC, citado pelo jornal britânico.

No Reino Unido, a partir de abril do próximo ano, as empresas que tenham mais de 250 pessoas terão que divulgar os salários de géneros nos sites (2). A PwC disse que calculou as diferenças de pagamento e bónus utilizando a mesma metodologia que o Governo exige para as diferenças de remuneração de género, com base nos dados que a empresa possui dos funcionários.

A diferença de remuneração entre os BAME (sigla utilizada no Reino Unido que agrega Negros, Asiáticos e Minorias Étnicas) é atualmente de 12,8% e a diferença de bónus do BAME é de 35,4%. Segundo a PwC, a diferença resulta de existirem funcionários não-BAME em cargos mais altos e com maior remuneração e mais funcionários do BAME em funções administrativas juniores.


Fonte: Aqui

(1) Não deixa de ser corajosa a atitude da empresa.
(2) Parece o balanço social do Ibase

Aramco: Quanto vale e onde será negociada


Anteriormente mostramos neste blog sobre a possibilidade da maior empresa de petróleo do mundo abrir parte de seu capital. A Aramco, empresa de propriedade do governo da Arábia Saudita, está planejando seriamente fazer uma oferta pública de ações. Tudo parece indicar que esta oferta ocorrerá no final de 2018 ou, se atrasar, em 2019. Um ponto crucial na oferta é a expectativa do valor da empresa. Recentemente outra questão foi colocada: qual será o mercado de capitais que irá receber a oferta de ações.

Começamos pelo primeiro ponto: o valor da empresa. Aqui o processo de oferta pública começa de maneira inusitada. O príncipe herdeiro indicou que o valor da empresa seria de US$2 trilhões. Isto faria a Aramco a empresa de maior valor do mundo: só para comparar, a segunda colocada, a Apple, tem um valor de 800 bilhões de dólares. Este número é razoável? Esta é uma discussão bastante polêmica. A Aramco é uma empresa com um grande volume de reservas de petróleo (vinte vezes as reservas da Petrobras), um produto de qualidade (sem o enxofre existente nas reservas da Venezuela) e de baixo custo. Além disto, possui uma grande rede de refinarias e uma boa infraestrutura.
Usando dados da Reuters, a uma avaliação de 7 a 8 dólares por barril e 260 bilhões de barris de reservas, o valor da empresa seria próximo àquele previsto pelo príncipe. Mas geralmente uma empresa de petróleo não é avaliada somente pela quantidade das suas reservas. Se fosse assim, o valor de mercado da Petrobras ficaria entre 91 a 104 bilhões de dólares.

Outro cálculo da Reuters considerou a relação entre EV / EBITDA e chegou a um valor necessário de US130 bilhões de Ebitda por ano para que a empresa tivesse o valor de US2 trilhões. Uma comparação feita com a Exxon mostra que a empresa ocidental obteve um Ebitda de 23 bilhões em 2016 para um valor de mercado de US$365 bilhões. Ou seja, uma relação perto de 16 de EV / EBITDA. Assim, a Aramco deveria ter uma relação próxima a esta para atingir o valor alvo: 2000 /16 = 125 bilhões. Mas a Exxon é o parâmetro de eficiência financeira do setor e os investidores gostam da empresa. Em empresas como Shell, BP e Total o múltiplo é de seis vezes. Usando este parâmetro, isto elevaria o patamar do Ebitda para mais de 330 bilhões de dólares por ano.

Mas mesmo usar a Exxon pode ser inadequado, já que as reservas da empresa ocidental são menores (10% da empresa saudita), bem como sua produção (50%). De qualquer forma, o anúncio do príncipe pode ter sido uma decisão ruim. Afinal, se o valor da IPO não alcançar este montante, a operação poderá ser considerada um “fracasso”.

É preciso considerar que a avaliação da Aramco agora é muito difícil em razão da falta de transparência dos números. Alguns analistas utilizam os dados das contas nacionais da Arábia Saudita, já que a empresa é um monopólio. E por estes dados, um Ebitda acima de 100 bilhões não é impossível, segundo informa a Reuters.

Onde – A segunda questão da oferta pública da Aramco é onde irá ocorrer. As autoridades pretendem lançar 5% das ações da empresa na oferta pública e parte deverá ficar na bolsa de valores da Arábia Saudita. Pelo gigantismo da empresa, o pequeno mercado de ações saudita ficará bastante concentrado nas ações da petrolífera. Mas deverá existir uma parcela de ações que a ser ofertada numa bolsa internacional. Os mercados que podem receber a oferta são New York e Londres, os principais candidatos. Mas os mercados de Hong Kong, Tóquio, Cingapura e Toronto não estão descartados.

Atualmente as relações entre a casa real saudita e o presidente Trump são as melhores possíveis, o que favorece o mercado acionário dos Estados Unidos. Mas, conforme já comentamos aqui, há o risco de demandas judiciais contra a empresa. A decisão por Londres pode ser problemática, já que existem regras de oferta mínima para o mercado britânico e a oferta de ações da Aramco não irá atingir.

Fasb versus Iasb – a decisão de “onde” tem uma implicação contábil importante. A escolha pelo mercado acionário dos Estados Unidos significa opção pelas regras do Fasb. Londres e os outros mercados citados adotam as normas do Iasb. Assim, o conjunto de padrões contábeis escolhido irá depender também da escolha do local onde parte da oferta de ações ocorrerá. Novamente é preciso destacar que até hoje os números contábeis da empresa nunca foram publicados. Parece existir  demonstrações contábeis de anos anteriores, que foram inclusive auditadas por algumas das maiores empresas mundiais de auditoria (PwC, EY e BCG). Entretanto, nada se sabe sobre os valores. Segundo a Reuters, a empresa está preparando as demonstrações pelas normas do IFRS, mas pode fazer uma mudança para US GAAP, se a decisão for usar a bolsa de Nova York.

Para complicar, o governo saudita está implantando um novo sistema de impostos que irá reduzir substancialmente a carga tributária. Isto poderá aumentar o volume de dividendos, o que melhora sua avaliação inicial. De qualquer forma, o prazo é curto para estruturar um sistema contábil: menos de um ano, se for seguido o cronograma original.

Questões que podem afetar a avaliação – além dos aspectos apresentados anteriormente, não é possível deixar de considerar outros aspectos que podem influenciar no valor da empresa. Um deles é o fato de que estão sendo lançadas ações minoritárias, sendo que o controle permanece em solo saudita. Se o ágio pelo controle for substancial, isto tende a diminuir o valor da IPO. Outro ponto relevante é a governança desconhecida da empresa. As garantias para o minoritário podem não ser atrativas o suficiente para atrair o investidor. O preço do petróleo é outra variável decisiva no valor. Um aumento nas cotações, num mercado tão volátil, pode fazer com que a oferta seja um sucesso. Mas a perspectiva de um excedente de combustível poderá reduzir o potencial de ganho futuro da empresa, influenciando no valor da ação. Finalmente, a qualidade da informação contábil e da evidenciação podem ajudar a trazer investidores ou a afastá-los.

Apesar das incógnitas apresentadas, tudo parece indicar que a Aramco será, a partir de 2019, a empresa de maior valor do mundo.

Resenha: Amazon Prime Vídeo


Nos Estados Unidos o sistema de streaming da Amazon já está funcionando há algum tempo, mas só recentemente recebi o convite para testar a “versão brasileira” (que na verdade é o mesmo site global, agora aceitando cadastro de diversos países). São sete dias de graça e, após isso, a mensalidade custa US$ 2,99. Para aderir é necessário ter um cartão internacional e lembre-se de acrescentar à mensalidade o IOF. Já melhoraram isso. Veja um adendo do tecnoblog:
De acordo com a Amazon, novos assinantes têm direito a um período gratuito de teste válido por sete dias. Depois disso, o serviço passa a cobrar mensalidade de R$ 7,90 durante os seis primeiros meses de assinatura. Terminada essa fase, a cobrança passa a ser feita no valor cheio, de R$ 14,90 mensais.
Um detalhe interessante é que os usuários que já assinam o serviço com cartão de crédito internacional poderão contar com o período promocional de seis meses caso migrem suas contas para a cobrança em reais.
Eu, particularmente, me interessei pelo teste porque vi que tinham Mr. Robot, cuja resenha eu já tinha lido aqui no blog e me atraiu, caso contrario teria esperado um pouco mais.  Um detalhe bem chato é que a cada novo episódio a legenda desconfigurava de português brasileiro para o de Portugal.  Quando as legendas eram em inglês, não houve problemas. (Também já resolveram isso.)

O que eu achei legal e diferente foi poder ver informações com base no IMDb sobre a música e os personagens daquela cena ao clicar na tela. De vez em quando até apareciam algumas curiosidades, algo que me atrai. A nota geral no IMDb também é mostrada no catálogo e isso me ajudou a tentar alguns novos títulos que eu talvez tivesse ignorado.


Não há material o suficiente com legenda em português para dizer que o site já está operando bem no Brasil e não há disponibilidades de muitos filmes e séries recentes. Também já estão resolvendo isso. Algumas séries que não estavam mais disponível no Netflix, como Supernatural, estão no Prime.

Não vi mais muita coisa legal e logo já irei cancelar, pois após os sete dias a mensalidade é cobrada automaticamente para quem não cancelar dentro do limite do teste. - Hoje, cerca de um ano depois, já considero uma assinatura muito válida, especialmente nos 6 primeiros meses.

Segundo o site, é possível 3 pessoas utilizarem o aplicativo ao mesmo tempo. Alem da disponibilidade via browser, há apps para celulares e tablets e é possível baixar títulos para assistir offline.

Vale a pena? Ainda não. Os filmes não são muito atuais, quase não há séries, a configuração ainda precisa ser melhorada e achei o catálogo um pouco desorganizado. O Netflix nos deixou mal-acostumados... Agora vale. O Netflix ainda é bem melhor, mas o preço já reflete isso. O Prime está mais barato e já mostrou que está disposto a investir cada vez mais nisso. estou adorando conhecer as séries originais. Em breve resenharei mais algumas...

Postagem atualizada em: 25/12/2018

Rir é o melhor remédio


19 setembro 2017

Sears e Toy R Us em apuros

Duas empresas tradicionais que estão em sérios apuros. A primeira, a Sears, fundada em 1886 e ainda hoje um dos maiores nomes do varejo dos Estados Unidos, Canadá e México. A empresa dos Estados Unidos anunciou no início do ano um plano de reestruturação para cortar US$1 bilhão de custo. Somente no primeiro semestre foram fechadas 52 lojas da empresa e mais cortes virão. Em 2010 a empresa tinha 3.500 lojas físicas; hoje são 695.

A empresa canadense, diante da incerteza se teria caixa e dúvidas sobre sua continuidade, anunciou um plano de reestruturação e venda em meados deste ano. Isto inclui fechar lojas e demitir funcionários. A empresa mexicana é 100% de propriedade do bilionário Carlos Helú.

A segunda empresa é a Toy “R” Us, fundada em 1948 e tradicional varejo de brinquedos. Ontem a empresa solicitou proteção legal, um pedido de insolvência, para permitir uma melhor negociação da dívida de 5 bilhões de dólares, além de melhorar as operações da empresa, em especial a entrega dos presentes de natal. São 64 mil empregados e 1.600 lojas.

Efeito Amazon?

Passaporte

Gestores de construtoras brasileiras envolvidos no escândalo de corrupção conhecido como Lava-jato compraram propriedades em Portugal e pediram visto de residência ao abrigo do programa “vistos gold”, noticia o jornal britânico The Guardian.

As propriedades terão sido adquiridas em 2014, depois do início das investigações relacionadas com o processo Lava-jato, e os vistos terão sido pedido na mesma altura.

O ex-presidente da construtora Andrade Gutierrez Otávio Azevedo, que foi condenado a 18 anos de prisão domiciliar pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, comprou uma propriedade em Lisboa por 1,4 milhões de euros e pediu o visto permanente.


Fonte: Aqui. Aqui uma discussão sobre o fato de Madonna estar vivendo em Portugal.

Links

Viés de gênero na atribuição de notas na universidade

Lembrar a existência de viés comportamental no mercado melhora o desempenho dos investidores

Nenhum problema com os envelopes do Emmy

Menina de 9 anos publica seu primeiro artigo: sobre insetos

BNDES resiste em devolver 180 bilhões,  mas Temer já decidiu que vai

Expansão e desempenho da Marcopolo

Morreu o homem que impediu a destruição da Terra

Tecnologia e contabilidade

O potencial de aplicação de inovações tecnológicas na contabilidade continua crescendo. No trecho do artigo a seguir mais alguns exemplos:

(...) A EY Global Artificial Intelligence Lab recentemente aplicou AI (Inteligência Artificial) e tecnologias de aprendizado profundo para o processo de contabilidade de arrendamento. A AI é usada para simplificar a captura de dados de contratos, identificando as cláusulas relevantes para o tratamento contábil, como a data de início de arrendamento, os valores de pagamento e as opções de renovação ou de rescisão. Ao facilitar a captura de dados desses contratos, as equipes EY são capazes de trabalhar de forma muito mais rápida e eficiente.

(....) A aprendizagem de máquina pode ser usada para elaborar um modelo de previsão de fraude contábil para calcular com maior precisão a probabilidade de distorções materiais futuras, melhorando a qualidade da auditoria.

A EY recentemente anunciou a expansão do uso de drones em observações de inventário. A fim de aprimorar a qualidade da auditoria, este extenso projeto piloto está usando a tecnologia pioneira da indústria para melhorar a precisão e a freqüência da coleta de dados de contagem de inventário. Ao inovar o processo de contagem de estoque usando tecnologia inovadora de drone, AI e aprendizagem de máquinas, criará uma capacidade que pode revolucionar áreas de fabricação, cadeia de suprimentos e gerenciamento de inventário. (...)

Felice Persico, da EY. continue lendo aqui

KPMG agiu adequadamente na auditoria do HBOS

O HBOS plc é uma instituição bancária e empresa de seguros com sede no Reino Unido e controlada pelo Lloyds Banking Group. O HBOS foi formado em 2001 pela junção do Halifax e Bank of Scotland (por isto o nome). Naquele ano era a quinta maior instituição bancária inglesa.

Durante a crise de 2008, as ações do HBOS sofreram um grande queda nos preços em razão dos rumores sobre sua situação financeira. Logo depois, a instituição foi incorporada ao grupo Lloyds, mas as autoridades tiveram que reforçar seu capital em 20 bilhões de libras. Na época, criticou-se o auditor, a KPMG, de não ter percebido os problemas da instituição.

Agora, em 2017, o regulador do mercado britânico, o Financial Reporting Council (FRC) concluiu que a KPMG agiu adequadamente, dentro dos padrões esperados por uma auditoria.

Deloitte com receita recorde de US$ 39 bilhões

Saiu no Financial Times: a Deloitte divulgou receitas globais de vendas de US$ 39 bilhões, a EY de US$ 31 bilhões e a PWC ainda não publicou nenhum resultado. A divisão que mais cresceu na Deloitte, com aumento de 13% nas receitas, foi a consultoria de risco, que aconselha as companhias quanto a questões relacionadas a crimes cibernéticos e regulação. A divisão de consultoria da Deloitte, sua maior linha de negócios, apresentou um aumento de 10% das receitas, que a empresa atribuiu a investimentos em áreas incluindo inteligência artificial, robótica, computação em nuvem e tecnologia de protocolo de confiança. As áreas de consultoria estão crescendo mais que as de auditoria.

Na última década as Big Four diversificaram os seus negócios e reduziram a dependência do trabalho de auditoria, em parte por causa do aumento da competitividade para esses contratos e outra pelo aumento do rigor regulatório para as práticas contábeis. Todas as empresas Big4, Deloitte, EY, KPMG e PWC, foram multadas por reguladores de todo o mundo nos últimos 12 meses, destacando a dificuldade da eliminação da má conduta em redes globais de firmas associadas, que empregam centenas de milhares de empregados e abrangem dezenas de países. Essas questões surgiram novamente quando a pressão recaiu recentemente sobre a KPMG em relação a negócios que o escritório sul-africana prestou para a controversa família Gupta.

Rir é o melhor remédio

Frase motivacional do dia:

18 setembro 2017

Ensino de Teoria na Pós-graduação

Um artigo de Iudícibus, Beuren e Santos sobre a disciplina de Teoria na pós-graduação no Brasil:

Este estudo objetiva analisar como o ensino da Teoria da Contabilidade ocorre nos Programas de Pós-Graduação de Ciências Contábeis do Brasil. Pesquisa com abordagem qualitativa foi realizada a partir da análise de conteúdo dos planos de ensino de 27 cursos. Os resultados mostram que 30 docentes lecionam a disciplina nos programas analisados. A maior parte deles possui livros publicados em outras áreas, poucos possuem livros no escopo da disciplina analisada. A disciplina é obrigatória para a maioria dos cursos de mestrado, enquanto que nos cursos de doutorado apenas alguns possuem uma disciplina específica, geralmente denominada de Teoria Avançada da Contabilidade. Em relação aos conteúdos, o núcleo fundamental da teoria contábil, princípios, postulados e evolução histórica são discutidos na maioria dos cursos. Em volume pouco considerável, assuntos distintos são disseminados nos cursos, inclusive alguns de outras áreas, por exemplo, governança corporativa, contabilidade ambiental, auditoria, ensino da contabilidade. Em alguns programas predomina a abordagem macroeconômica, com viés positivista. Em relação às referências, destacam-se as obras dos autores Iudícibus, Hendriksen e Van Breda, convergindo com pesquisas realizadas em cursos de graduação. Contudo, outros autores se sobressaem, como Watts e Zimmerman, Kam, Most e Scot, além dos pronunciamentos contábeis.

Listas: os melhores cursos, segundo RUF

1º) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
2º) Universidade de São Paulo (USP)
3º) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
4º) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP)
5º) Universidade de Brasília (UNB)
6º) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
7º) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
8º) Universidade Federal do Paraná (UFPR)
9º) Universidade Federal da Bahia (UFBA)
10º) Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)

Ver mais aqui (Dica: profa. Ducineli, grato)

Petrobras e a previsão de queima de caixa

No final de 2014 a empresa Moody´s alertava para a queima de caixa na Petrobras. Isto significava que a empresa poderia reduzir seu volume de recursos existentes no caixa para níveis mínimos. E o alerta que isto iria ocorrer depois de 2016, mantendo a situação existente na empresa. A Moody´s baseou sua previsão na impossibilidade da Petrobras cortar seus investimentos.

Entre 2010 a 2013 o valor de caixa e equivalentes da Petrobras esteve em torno de 40 bilhões de reais. Este valor chegou a 68 bilhões no primeiro trimestre de 2014 e caiu para 50 bilhões dois trimestres depois. Até aquele momento, a média do caixa de investimento era de -20 bilhões de reais por trimestre. Já o caixa das operações médio era de 14 bilhões. Ou seja, por trimestre a empresa necessitava de 5 bilhões de reais, em média.

Admitindo que a empresa, a partir de 2014, não captasse mais dinheiro pelo fluxo de financiamento e que o caixa existente, de 44 bilhões no final de 2014, tivesse sido usado para cobrir o investimento, o caixa da empresa duraria um pouco mais de dois anos:

44 / 5 = 8,8 trimestres.
(No gráfico acima, o azul é o caixa das operações, o vermelho é o caixa de investimento e o amarelo corresponde ao caixa de financiamento. O gráfico mostra o período de 2010 ao segundo trimestre de 2017 e está em R$ milhões)

Entretanto, do final de 2014 até o segundo trimestre de 2017 a empresa conseguiu aumentar seu caixa das operações para 22 bilhões (era 14 bilhões). Ao mesmo tempo, o corte nos investimentos foi expressivo: caiu de 20 bilhões para 9,6 bilhões, em média, entre 2015 ao segundo trimestre de 2017. E o pagamento dos financiamentos foi, em média, de 10,3 bilhões (era positivo em 6,3 bilhões antes). Com base nestes dados temos que a soma dos fluxos perfaz um total médio de 2 bilhões de reais sendo agregado ao caixa e equivalentes (estamos desconsiderando a variação cambial). Ou seja, a queima de caixa foi estancada: o saldo do caixa, no final de 2014, era de 44 bilhões; no final do primeiro semestre de 2017 era de 78 bilhões.

Há uma ressalva neste dado: o desempenho do segundo trimestre de 2015 foi crucial para o resultado. Sem este trimestre, a variação do saldo de caixa médio seria negativa em 2,2 bilhões.
(O gráfico acima mostra o saldo de caixa e equivalentes no final do trimestre. Observe que logo após a projeção, o saldo cresceu substancialmente)

Remuneração de Executivos e medidas não-GAAP

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos (via aqui) mostrou que os executivos que fizeram grandes ajustes positivos no desempenho fora dos princípios contábeis (medidas Não-GAAP), entre 2010 e 2015, receberam 23% a mais na sua remuneração anual esperada, em relação aos valores utilizando os princípios contábeis.

Em geral a contabilidade das empresas obedece às normas contábeis emanadas dos reguladores. Nos Estados Unidos estas normas seriam emitidas pelo Fasb. Entretanto, as empresas podem divulgar outras medidas de desempenho; esta liberdade poderia ser aproveitada quando as medidas contábeis não expressassem o verdadeiro desempenho da empresa. Entretanto, as medidas que fogem aos princípios contábeis são divulgadas para “manipular” o resultado. Além disto, os executivos tendem a enfatizar a divulgação dos resultados favoráveis, o que se torna um incentivo para o uso das medidas não-GAAP.

Outro aspecto é o fato dos executivos muitas vezes terem o controle do sistema de compensação. Eis um exemplo nacional: comitê de remuneração do Bradesco é composto do presidente do Conselho de Administração, do diretor-presidente, dois membros do Conselho de Administração e um membro não administrador.

Rir é o melhor remédio


17 setembro 2017

Fato da Semana: Reconhecimento da receita

Fato da Semana: Reconhecimento da receita das incorporadoras

Data
: 14 de setembro de 2017

Contextualização
- A decisão do Brasil em adotar as normas internacionais teve uma consequência política. O país decidiu colocar nas mãos de uma entidade sem fins lucrativos, o Iasb, as decisões sobre como fazer a contabilidade. Um dos aspectos pendentes foi o reconhecimento da receita nas incorporadoras. A CVM decidiu considerar a regra do reconhecimento ao longo do tempo, mas existia uma dúvida se este era o critério mais adequado. Este tipo de situação corresponde a uma interpretação da norma, sendo analisado e decidido por um comitê específico do Iasb. Esta semana, este comitê decidiu que o critério usado no Brasil não é adequado. Para este comitê, o mais adequado seria o reconhecimento na entrega das chaves.

Relevância
- Esta decisão irá alterar os resultados de algumas grandes empresas brasileiras. Provavelmente o lucro ficará mais volátil, assim como a receita. Talvez sem um ganho expressivo na qualidade da informação. A discussão que ocorreu nos EUA há anos sobre a convergência pode ser rememorada aqui.

Notícia boa
- Não para as empresas incorporadoras e para CVM, que defendiam o critério do POC. Bom para quem mesmo?

Desdobramento - A CVM pode manter sua orientação de não usar a entrega das chaves como critério de reconhecimento. Haverá pressão neste sentido.

Mas a semana só teve isto? Não. Semana dos reguladores: nova norma de fatos relevantes, discussão sobre materialidade no Iasb e a prisão inédita de uma empresário por manipulação dos mercados.