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17 janeiro 2016

História da Contabilidade: Companhia Confiança Maranhense

A Companhia Confiança Maranhense foi criada na metade do século XIX e é um exemplo das organizações existentes na época. Ao ler o projeto (1) de estatuto da Confiança é possível verificar que a empresa tinha uma finalidade (“edificar uma boa casa para uso do Commercio, e compras e vendas dos gêneros do Paiz.”), era constituída por acionistas, com uma estrutura organizacional enxuta (presidente, vice, dois secretários, uma direção de cinco membros e uma comissão fiscal de três membros) com eleição para os cargos. A Confiança era uma entidade que conhecemos hoje como sociedade limitada, já que os acionistas “não são responsáveis por mais que o valor nominal de suas acções”.

A assembleia geral correspondia a reunião dos acionistas, com direito a voto somente quem possuíam mais de cinco ações (de um total de quatro mil). O interessante é que cada acionista tinha direito a um voto, independente do número de ações no seu poder.

A Comissão Fiscal tinha como competência examinar a contabilidade, verificar o estado do estabelecimento e apresentar um relatório da sua opinião sobre o balanço. Ou seja, funcionava com um auditoria e também como um conselho fiscal dos dias atuais.

A Confiança iniciou as obras em 1855 e somente terminou os trabalhos em 1861 (2)

Fotografia: Casa das Tulhas, São Luís (MA) (3)


(1) O Globo, 15 de junho de 1855, ano IV, p 2-3, n 36. É importante destacar que este jornal não corresponde ao atual O Globo.
(2) Vide aqui. "É em torno desse prédio que por volta de 1861 a Praia Grande se consolida como uma área de comerciantes abastados, surgindo armazéns, quitandas, lojas, boticas, tipografias, padarias e outros serviços." (Fonte: aqui)
(3) "a Feira tem quatro entradas, sendo que na principal, se pode ver, ao centro da bandeira de ferro aberta em arco, as iniciais CM, alusivas à Confiança Maranhense e, logo abaixo, a data 1861, talvez alusiva ao ano da conclusão." Fonte: Aqui

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Bolsa Família e Bolsa Empresário

Um conto de duas Bolsas Por Carlos E. Gonçalves e Mauro Rodrigues Valor Econômico, 14/01/2016

Recentemente, o governo aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2016, que prevê um superávit primário de 0,5% do PIB. Em tempos de vacas magérrimas, optou-se por não reajustar o programa Bolsa Família - o que é uma má notícia. Foi anunciado também o fim do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), apelidado carinhosamente de Bolsa Empresário - essa sim uma boa notícia. 

O Bolsa Família, penalizado no orçamento de 2016 por conta da penúria arrecadatória, alivia a dura situação dos mais pobres do nosso país, tanto direta como indiretamente. A condicionalidade desse programa obriga os pais a investirem no capital humano dos filhos, o que ajuda a combater a perpetuação intertemporal da pobreza. Além disso, se o programa de fato afetar a oferta de trabalho de mães com rendimento muito baixo, levando-as a sair do mercado de trabalho para cuidar dos filhos, o salário das não-mães pobres que permanecem no mercado se eleva. E como essas se encontram nas camadas inferiores da pirâmide de renda, a desigualdade cai. Finalmente, o programa, por ser focado, não sai assim tão caro: R$ 30 bilhões por ano. 

Já o Bolsa Empresário, que nada mais é que dinheiro subsidiado do BNDES para empresas domésticas e externas, é uma péssima ideia. Seu custo? No melhor cenário possível, mais ou menos os mesmos R$ 30 bilhões por ano, em subsídios creditícios. A lógica do programa é tirar dinheiro de todos os brasileiros via orçamento federal - o governo emite dívida para levantar recursos que são repassados ao BNDES - ou via poupança forçada (leia-se FAT), e transferi-los a taxas amigas, menores que as taxas às quais o Tesouro se financia, para algumas empresas eleitas - as ditas amigas do Rei. Sem exageros, trata-se de um Robin Hood às avessas, que deveria causar horror a quem se diz de esquerda ao invés de angariar apoio. Enquanto o BNDES emprestar recursos subsidiados, o governo seguirá tirando dos pobres para dar aos ricos Na verdade, é até mesmo pior que isso: o Bolsa Empresário não apenas distribui renda na direção contrária; ele, além disso, leva a uma má alocação da poupança nacional. É verdade que a empresa X que recebeu grana barata do BNDES pode investir mais, mas veja que essa grana é retirada do mercado via emissão de dívida pública (ou sequestro da poupança do trabalhador, remunerada a taxas reais negativas). A contrapartida do empréstimo à X é que a esses recursos deixam de ir, via sistema financeiro privado, para outra empresa, a Y. Mas por que isso é um problema para a sociedade como um todo e não apenas para Y?

 O sistema financeiro privado tem por objetivo maximizar o lucro. Assim seus empréstimos são decididos com base na qualidade/risco da empresa ou do projeto em questão. E o banco além disso monitora de perto o uso dos recursos; se a coisa não vai bem, ele retira a linha de crédito para minimizar perdas. Já o BNDES é controlado pelo governo, seu objetivo não é necessariamente maximizar lucro. Claro que a qualidade do devedor e a natureza do projeto importam, mas esses são apenas uma parte da história. Outros critérios como, por exemplo, o incentivo à formação de Monopólios Nacionais (eufemisticamente chamados de "Campeões" Nacionais) também estão por trás das decisões de crédito do banco, que é um agente do governo. 

 [...]

Quando esse tipo de crédito dirigido assume proporções jabuticabais, empresas produtivas e que deveriam crescer - justamente porque atendem melhor o interesse dos consumidores -, encolhem por ausência/encarecimento de crédito (caso elas não tenham acesso aos fundos do BNDES). Do outro lado, tantas outras que deveriam encolher por serem improdutivas, ficam por aí vivíssimas da silva por conta de um custo de capital artificialmente baixo - respiração artificial. O resultado final você já antecipou: a economia como um todo se torna menos produtiva, o país cresce menos do que poderia. 

O bem-vindo fim do PSI não significa o fim do Bolsa Empresário, infelizmente. Enquanto o BNDES continuar a emprestar recursos subsidiados, o governo seguirá tirando dos pobres para dar aos ricos. 

[...]

Parafraseando nosso amigo Samuel Pessoa, é tanto erro e tanta falta de entendimento dos problemas econômicos do país, que dá vontade de sentar na sarjeta e chorar.

 Carlos Eduardo Gonçalves é professor titular da USP
 Mauro Rodrigues é professor livre-docente da USP

16 janeiro 2016

Rir é o melhor remédio

Diferença entre o ocidente (azul) e o oriente (vermelho):







Fato da Semana


Ideia Perfeita

O Incidental Comics é um local de quadrinhos inteligentes e filosóficos. A seguir, um dos melhores: a ideia perfeita: Ela está em algum lugar;


Orçado e realizado

Os orçamentos da Olimpíada são feitos para ter estouros, é claro, mas estes Jogos estão sendo assolados por estouros orçamentários em um momento em que o país mal pode se dar ao luxo de pagá-los. No ano passado, o custo total do evento, financiado principalmente pelos governos federal e local, atingiu mais de R$ 24 bilhões, 25% acima do planejado. O orçamento do comitê organizador local, financiado pela iniciativa privada através de venda de ingressos e patrocínios, também subiu dos R$ 4,2 bilhões anunciado quando o Rio foi escolhido para a sede em 2009, para R$ 7,4 bilhões.

(Fonte: Aqui)

15 janeiro 2016

Rir é o melhor remédio






Vendo o mundo diferente por Anton Gudim

Anuidade do CFC

Inicio de ano é a hora de efetuar o pagamento da anuidade do sistema CRC/CFC. Se o profissional efetuar o pagamento até o final deste mês terá um desconto; sendo contador, o valor para 2016 será de 456 reais; já o técnico paga 409. O blog pesquisou os valores históricos pagos pelos profissionais (contador e técnico) desde 1999 até 2016. Todos os valores que pesquisamos são para o pagamento com desconto, que ocorre no final de janeiro de cada ano.
A partir de 2006 o valor passou a ser diferente; naquele ano, o valor do contador permaneceu o mesmo do ano anterior e do técnico reduziu para 225 reais. O gráfico mostra a evolução deste montante ao longo do tempo. Aparentemente os valores estão crescendo muito, já que em 2016 o contador pagará 3,2 vezes o que pagava em 1999. O gráfico a seguir mostra o comportamento da anuidade de maneira mais clara.

Mas este aumento pode ser enganoso em razão da inflação. Afinal, os preços hoje no Brasil estão aumentando em torno de 10% ao ano. Utilizando o INPC do IBGE para expressar esta inflação, colocamos os valores a preços de dezembro de 2015. O resultado é o seguinte:

Pode ser notado que nos últimos anos o valor da anuidade não tem variado substancialmente. Para os contadores, o ano de 2011 apresentou uma anuidade a preços de hoje de R$480. Para os técnicos, o maior valor ocorreu em 2004, quando a anuidade foi de R$475. O menor valor foi em 2002, quando a anuidade era de R$160 ou R$405 a preços de hoje.

Imaginando que o número de pessoas registradas tenha aumentado nos últimos anos, em razão até da expansão do ensino no Brasil, é razoável imaginar que a receita com esta anuidade de pessoa física tenha evoluído não em razão do valor individual mas do quantitativo de pessoas que pagam.

Assim, quando você pagar a anuidade, lembre-se que em razão da inflação os valores estão 3% menores do que no ano anterior.

Celular da Celebridade



Como se você precisasse de mais provas de como as celebridades vivem em um mundo diferente do nosso, aqui mostramos o que acontece quando uma conta no Instagram com 8 milhões de seguidores publica uma foto — a conta em questão é a 433, que posta vídeos e fotos sobre futebol [do jogador holandês Demy de Zeeuw]. (...)

Em vez disso, o smartphone fica temporariamente inutilizável devido ao bombardeio de sua popularidade. Parece até que está rodando algum tipo de script hacker no telefone, mas tudo não passa de centenas de milhões de pessoas pelo mundo abrindo o app e curtindo sua foto sobre o nada.

Links

Na Índia produtos com imagens sagradas vendem mais. Após o uso, os devotos colocam as embalagens nas árvores ou depositam no rio, com consequências para o ambiente. Este produtor teve uma ideia para resolver este problema: transformar a embalagem do seu produto.

As virtudes do videogame

Cirurgião plástico deve garantir êxito do procedimento estético

Existe astronauta barbudo?

Acordo entre a Deloitte e a Associação de Golf dos EUA

Regra fiscal belga é declarada ilegal (AB Inbev perdeu)

Multinacionais nos EUA devem ter dois procedimentos para contabilizar leasing

Como David Bowie foi um pioneiro em finanças (aqui também)

Um ano do ataque ao Charlie Hebdo: propagando do jornal português Público

13 janeiro 2016

IFRS 16

O Iasb anunciou a nova norma de leasing. A entidade calcula que existam 3,3 trilhões de dólares de compromissos, sendo 85% fora do balanço. O The Telegraph lembrou que o ex-presidente do IASB, Sir David, afirmava que certamente nunca embarcou numa aeronave que estivesse no balanço da companhia aérea.

A figura a seguir faz um resumo dos principais pontos da norma:
No anúncio, o atual presidente do Iasb lembrou da transparência para as empresas na aprovação da norma. O vídeo com Hans Hoogervorst (via aqui) encontra-se a seguir:

O blog Contabilidade e Métodos Quantitativos lembrou dos efeitos já encontrados nas pesquisas acadêmicas dos autores sobre o assunto.

Para uma leitura, recomendo o capítulo de leasing no livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva.

Salário dos Professores e desempenho escolar


Abstract:

The impact of teacher pay on school productivity is a central concern for governments worldwide, yet evidence is mixed. In this paper we exploit a feature of teacher labour markets to determine the impact of teacher wages. Teacher wages are commonly set in a manner that results in flat wages across heterogeneous labour markets. This creates an exogenous gap between the outside labour market and inside (regulated) wage for teachers. We use the centralised wage regulation of teachers in England to examine the effect of pay on school performance. We use data on over 3000 schools containing around 200,000 teachers who educate around half a million children per year. We find that teachers respond to pay. A ten percent shock to the wage gap between local labour market and teacher wages results in an average loss of around 2% in average school performance in the key exams taken at the end of compulsory schooling in England.

Teacher pay and school productivity: Exploiting wage regulation

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Resenha 7 Dias no Inferno

Este é um falso documentário e a graça está exatamente aí. O filme trata de uma rivalidade entre dois tenistas profissionais que se encontram num jogo em 2001 que durou sete dias. Andy Samberg (foto, de Brooklin Nine-Nine) é o tenista Aaron Williams e Kit Harington é seu rival, Charles Poole. Mas o engraçado é ver David Copperfield e os tenistas John McEnroe, Chris Evert e Serena Williams falando, como se fosse verdade, dos jogadores.

Vale a Pena? Com menos de cinquenta minutos de duração, o filme é interessante para quem gosta de tênis. Para os demais, é um filme para amar ou odiar. Talvez nem seja isto, mas meramente um filme para esquecer no dia seguinte. Muito mais interessante é ver John McEnroe no CSI New York, por exemplo, quando fez o papel dele mesmo e, ao mesmo, de um artista que ganhava dinheiro sendo McEnroe em festinhas. Ou assistir Wimbledon, uma comédia água com açúcar com Kirsten Dunst e Paul Bettany. Ou Ponto Final, de Woody Allen, com Scarlett Johansson e Jonathan Rhys Meyers, de 2006.Este último, o mais recomendado para quem gosta de um bom filme e não necessariamente de tênis.

Links

PwC paga 55 milhões por perdas com Madoff

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HBR: Estimando o custo de uma reunião

Nudge: Normas sociais em Bangkok e o planejamento urbano (foto)

Como dividir as pizzas em pedaços iguais