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11 novembro 2015

Curso de Contabilidade Básica

Recebemos a fotografia de Baltazar Guimarães Silva tentando resolver os exercícios do livro de Contabilidade Básica. Para quem acompanha o blog Contabilidade Financeira, em 2013 foi postado uma entrevista com ele, contando sua experiência profissional como contabilista. Em 2010 ele publicou um texto sobre o horário de verão, no mesmo ano que recebeu uma homenagem pelos 50 anos de profissão.

Baltazar é o pai de um dos co-autores do livro Curso de Contabilidade Básica. A fotografia dele fazendo os exercícios foi postada no Facebook e recebeu muitos comentários. O que talvez tenha espantado muitos é que aos quase noventa anos ele ainda tem a disposição para se divertir com a contabilidade.

Os autores do Curso de Contabilidade Básica sabem que encontraram nele um excelente aluno e revisor. E a todos, um exemplo de vida.

Valor da Dívida

O mapa da dívida mostra o tamanho da dívida de cada país proporcional a sua área. Jamaica aparece enorme, pois sua dívida representa muito em relação ao tamanho da economia. As cores representam o crescimento da economia.

Pobreza e auto-controle

Resumo:

We argue that poverty can perpetuate itself by undermining the capacity for self-control. In line with a distinguished psychological literature, we consider modes of self-control that involve the self-imposed use of contingent punishments and rewards. We study settings in which consumers with quasi-hyperbolic preferences confront an otherwise standard intertemporal allocation problem with credit constraints. Our main result demonstrates that low initial assets can limit self-control, trapping people in poverty, while individuals with high initial assets can accumulate indefinitely. Thus, even temporary policies that initiate accumulation among the poor may be effective. We examine implications concerning the effect of access to credit on saving, the demand for commitment devices, the design of financial accounts to promote accumulation, and the variation of the marginal propensity to consume across income from different sources. We also explore the nature of optimal self-control, demonstrating that it has a simple and behaviorally plausible structure that is immune to self-renegotiation.

Bernheim, B. D., Ray, D. and Yeltekin, Ş. (2015), Poverty and Self-Control. Econometrica, 83: 1877–1911. doi: 10.3982/ECTA11374

Links

CVM pune Eike Batista impedindo de assumir cargo administrativo nos próximos cinco anos

Um filme sobre impostos  (e aqui um texto sobre a Pfizer e os impostos no exterior)

Toshiba processa três antigos presidentes pelo escândalo contábil

Uma solução para acabar com o doping no esporte (E a Rússia é acusada de doping em massa)

Segundo a PwC, 28% das empresas inglesas não evidenciam o bônus

A evolução da face humana (vídeo)

Don´t Let Your Children Grow Up to Be Accountants

10 novembro 2015

Rir é o melhor remédio

Avisos que vão te deixar um pouco confuso





Qual é o papel do BNDES?



Estudo de minha autoria* recém-publicado pelo Peterson Institute for International Economics mostra que, se os desembolsos subsidiados do BNDES em relação ao PIB caíssem à metade, a taxa real de juros poderia ser 30% menor.

Reportagem recém-publicada no jornal “O Globo” revela que entre os 20 maiores clientes do banco estão empresas como a Petrobras, a Vale e a Braskem, além de diversos Estados brasileiros.

A presença de grandes empresas na carteira do banco ilustra algo que tenho salientado: ao emprestar para quem pode se financiar de outras formas, o BNDES estrangula o mercado de crédito. Ao permitir que alguns estados se endividem em demasia, o BNDES, com o aval do governo, induz situação periclitante para as finanças subnacionais.

O BNDES foi fundamental para o desenvolvimento do país. O banco financiou os primeiros projetos na área de energia; foi essencial para o desenvolvimento de setores como os de metais, químicos e cimento. Foi peça-chave no processo de substituição de importações, além de ter sido o alicerce das privatizações dos anos 1990.

Nada disso, entretanto, o isenta das críticas que tem recebido, sobretudo após a fracassada tentativa, extinta em 2013, de criar “campeões nacionais”. Urge uma profunda reavaliação do seu papel no século 21.

Bancos de desenvolvimento mundo afora existem para preencher lacunas e falhas de mercado. Por isso as justificativas para que o BNDES se apresente como fiador da infraestrutura, área em que o atual governo vem patinando há tempos.

De acordo com o relatório de competitividade do World Economic Forum (WEF) de 2014-2015, o Brasil continua a amargar a 104ª posição entre 142 países no quesito “qualidade da infraestrutura”. No entanto, como atestam suas próprias estatísticas, o BNDES financia diversos projetos de infraestrutura.

Como financiar a infraestrutura de modo eficaz? O primeiro passo, proposto pelo Ministro da Fazenda, é reduzir a parcela de recursos subsidiados concedidos. Além de onerar o Orçamento público, os subsídios excessivos impedem o aprofundamento dos mercados de capitais que se pretende promover.

O segundo é repensar o papel do banco a partir de experiências bem-sucedidas no resto do mundo. Embora muito tenha sido escrito sobre bancos de desenvolvimento nacionais, falta literatura que reúna estudos de caso comparativos, mostrando o que funciona e o que não funciona.

Na ausência desses estudos, a Colômbia serve como modelo para possível proposta. Criada em 2013, sua Financiera de Desarollo Nacional (FDN) é uma sociedade mista para investimentos na área de infraestrutura, usando boas práticas de project finance para atrair investidores privados locais e externos.

A instituição opera de modo estritamente comercial, com governança e procedimentos que impedem a captura por grupos de interesse. Desde a criação da FDN, a Colômbia foi da 117ª posição na classificação de infraestrutura do WEF para a 95ª.

Qual o tamanho ótimo do BNDES? Que atividades deve financiar? Que produtos e serviços deve oferecer para engajar o setor privado, em vez de afastá-lo? Sem essas respostas, não há como fazer do BNDES, hoje, aquilo para o que foi originalmente criado.

*Bolle, M. B. Do Public Development Banks Hurt Growth? Evidence from Brazil. Policy Brief nº PB15-16. Peterson Institute for International Economics. Setembro de 2015. Disponível emhttp://piie.com/publications/pb/pb15-16.pdf


Fonte: Monica Baumgarten de Bolle- Folha de S. Paulo, 10/9/2015

Lista: 30 adolescentes mais influentes

Brasileiro Adolescente Mais Influente: Kim Kataquiri
Depois de um comentário, que agradecemos, sobre um brasileiro estar na lista dos 30 jovens adolescentes mais influentes (postada anteriormente aqui), resolvemos publicar a lista completa elaborada pela Forbes. Nada mais justo. Eu, alienada, soube recentemente que há um brasileiro na lista. Então vamos lá:

Moziah Bridges, 13 - Estadunidense: Aos nove anos iniciou seu próprio negócio de gravatas borboletas (Bow ties are cool! Eu ouço um amém dos Whovians!?). Foi um bom empresário e hoje, com 13 anos, gerencia uma empresa que fatura cerca de duzentos mil dólares por ano.

Maddie Ziegler, 13 - Estadunidense: A estrela do programa Dance Moms atingiu fama global ao dançar em vídeos com bilhões de visualizações no YouTube, especialmente os da cantora Sia. Ela é ótima! Atualmente é modelo mirim e sua estreia foi para ninguém menos que Ralph Lauren. Este ano ela também fez uma apresentação em um dos episódios de Pretty Little Liars...

Rowan Blanchard, 14 - Estadunidense: Atriz e cantor norte-americana, participou do programa “Girl Meets World”. Este ano ganhou destaque como ativista e feminista. Um de seus discursos conquistou o mundo e foi replicado em diversos blogs feministas.

Ashima Shiraishi, 14 - Estadunidense: Uma das melhores escaladoras do mundo e a mais nova a completar um dos cursos mais difíceis: o “Open Your Mind Direct” na Espanha.

Ahmed Mohamed, 14 - Estadunidense: Filho de um imigrante sudanês, levou para a escola um relógio reestilizado em casa, foi tido como um terrorista, rolou conversa sobre preconceito e no fim das contas o Obama disse que o relógio dele era maneiro. Ah, os americanos! Leia mais aqui, em português.

Jazz Jennings, 15 - Estadunidense: Vive como garota desde os cinco anos, nunca teve medo de expressar suas opiniões, escolarizou desde Barbara Walters a Oprah Winfrey sobre o que é a transexualidade e, atualmente, é garota propaganda marca Clean&Clear. Este ano estreou uma série no canal TLC onde compartilha suas experiências como adolescente transgênero.

Chloe Kim, 15 - Estadunidense: Snowboarder norteamericana que se tornou a pessoa mais nova a conquistar ouro nos Winter X Games.

Flynn McGarry, 16 - Estadunidense: Com 14 anos já havia passado por cozinhas como Alinea, e Eleven Madison Park. Hoje organiza seu próprio menu degustação em seu projeto ''Pop-up Eureka.''

Martin Odegaard, 16 - Norueguês: Jogador de futebol que substituiu o Cristiano Ronaldo no segundo tempo de uma partida do Real Maddrid contra o Getafe.

Amandla Stenberg, 17 - Estadunidense: Atriz que se tornou ainda mais famosa por criticar pessoas brancas que utilizam características da cultura negra para se destacar, mas não ajudam a lutar pela igualdade de raças.

Shawn Mendes, 17 - Estadunidense: Estrela do Vine, cantor, se tornou o artista mais jovem a entrar na Billboard200 com o álbum Handwritten.

Jaden Smith, 17 - Estadunidense: Filho do Will Smith

Malia Obama, 17 - Estadunidense. Filha do Obama.

Ariel Winter, 17 - Estadunidense: Atriz que realizou uma redução nos seios em decorrência de sexismo e bullying. Ela é a Alex da série “Modern Family” que atraia uma audiência de dez milhões de pessoas por semana (está no Netflix e eu MAIS que recomendo).

William Turton, 17 - Estadunidense: Um repórter que entende muito de segurança on line e usa o talento para escrever para o The Daily Dot.

Silentó, 17 - Estadunidense: Um rapper que ficou famoso pela música “Watch Me (Whip/Nae Nae)”. Nós postamos um vídeo fofo da mãe grávida com a filha dançando, lembra?

Bindi Irwin, 17 - Australiana: Filha de Steve Irwin, O Caçador De Crocodilos, apresentava o programa As Aventuras de Bindi no canal Discovery Kids. Este ano se tornou a favorita dos fãs no programa “Dancing With The Stars”.

Olivia Hallisey, 17 - Estadunidense: Desenvolveu uma nova forma de testar o vírus Ebola que não requer refrigeração ou eletricidade.

Malala Yousafzai, 18 - Paquistanesa: Luta pelo direito de escolarização das mulheres, incentivou os políticos a remanejarem algumas de suas tropas e gastos para proteger crianças que queriam estudar. Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz

Kylie Jenner, 18 - Estadunidense: Membro da família Kardashian, estrela das redes sociais.

Tiffany Zhong, 18 - Estadunidense: Analista e sócia da Binary Capital que gerencia mais de US$ 130 milhões em investimentos.

Maisie Williams, 18 - Estadunidense: Atriz que interpreta a Arya em Game of Thrones. Este ano também irá fazer uma participação em Doctor Who.

Lydia Ko, 18 - Neozelandesa: Bateu o recorde de Tiger Woods sendo considerada a mais nova no ranking de número um do mundo.

Katie Ledecky, 18 – Estadunidense: Tido como o novo Michael Phelps.

Zendaya, 19 - Estadunidense: Atriz, estilista, cantora. Defende a aceitação corporal.

Joshua Wong, 19 - Chinês: O rosto mais visível do movimento pró-democracia de Hong Kong.

Kendall Jenner, 19 - Estadunidense: Membro da família Kardashian, tem um currículo considerado impressionante no mundo fashion e a foto com mais likes na história do Instagram.

Bethany Mota, 19 - Estadunidense: Youtuber. Fala sobre estilo de vida, moda e etc.

Kim Kataguiri, 19 - Brasileiro: começou a ser conhecido por vídeos satíricos no YouTube e logo se engajou no movimento contra a presidente Dilma Rousseff e o PT. É cofundador do Movimento Brasil Livre e cita como inspirações Ronald Reagan e Margaret Thatcher.

Lele Pons, 19 - Estadunidense: Pessoa mais assistida no Vine.... depois disso conquistou outras coisas como sua própria linha de joias.

Tansparência e Accountability no Brasil

Há duas semanas tivemos a apresentação dos trabalhos de iniciação científica na Universidade de Brasília. Como orientador estive presente, mas tive a satisfação de ver trabalhos interessantes sendo realizados por jovens estudantes de contabilidade.

Um desses trabalhos chamou-me a atenção.Ana Paula de Melo Batista, sob a orientação de Beatriz Morgan, investigou a evidenciação das normas internacionais de contabilidade pública nos portais do Executivo e Legislativo brasileiro. A conclusão que Ana Paula chegou é bastante interessante:

Verificou‐se que o BSPN [Balanço do Setor Público Nacional] é apenas uma iniciativa da Secretaria do Tesouro Nacional em apresentar algumas mudanças relacionadas ao processo de convergência. Uma dessas alterações foi à separação da informação patrimonial contábil da orçamentária e a segregação dos ativos e passivos em circulantes e não circulantes. O BSPN é falho com relação à evidenciação das Notas Explicativas, não tendo sido encontrado o resumo de políticas contábeis, aspectos sobre eventos futuros que apresentem risco significante de possíveis ajustes, reconhecimento e mensuração de todas as informações apresentadas e o regime de escrituração adotado. No caso das informações não financeiras, de acordo com a estrutura proposta por Pina et. al (2006), o Brasil possui resultados satisfatórios. Os parlamentares de ambos os poderes divulgam informações com relação a sua carreira política e fornecem informações como e‐mail, telefone e endereço. No entanto, o Poder Executivo não dá acesso direto à Presidente da República.

09 novembro 2015

Rir é o melhor remédio








Finanças pessoais: Dias Chuvosos Versus Emergências

Um dos pilares da boa educação financeira, como explanado por Miranda Marquit, é saber poupar para diferentes momentos problemáticos. É importante que você tenha algo como uma poupança “Plano B”, caso algo dê errado e você se encontre meio a um turbilhão de problemas financeiros. Esse tipo de plano de contingência é conhecido como “fundo emergencial” ou uma poupança para tempos difíceis (dias de chuva). Para muitos soa como coisas iguais, mas é essencial distinguir entre os diferentes tipos de obstáculos.

O que é um Fundo Emergencial?

Um fundo emergencial é o que você precisa para cobrir despesas caso fique desempregado por alguns meses, ou caso você adoeça e tenha despesas médicas inesperadas. Não é dinheiro para algo programado, mas sim um plano de contingência.

O seu fundo emergencial deve ser utilizado para eventos mais sérios e que podem durar semanas ou meses. Construir um fundo emergencial de forma apropriada demanda cogitar o que aconteceria se você necessitasse de uma forma alternativa para cobrir as suas despesas, levando em consideração que a sua principal fonte de renda foi impactada, ou que você passou por uma grande catástrofe financeira representando a drenagem dos seus fundos.

A sua meta deve ser montar o seu fundo de forma que ele tenha em média o equivalente a seis meses das suas despesas representadas ali. Pode ser que leve algum tempo para você conseguir juntar tudo isso, mas o fundamental é que você não toque nele. Esqueça que ele existe! Não fique tentado a trocar de carro ou viajar com essa poupança.

O que é um Fundo para Dias Chuvosos?

Um fundo para “dias chuvosos” é algo menos catastrófico, uma poupança para lidar com um evento único e inesperado para o qual você não tenha dinheiro imediato em sua conta corrente.

Como exemplo temos a reposição de eletrodomésticos quebrados, reparo de automóveis. Também pode ser utilizado para uma viagem em cima da hora quando você precisa visitar um parente doente ou até mesmo comparecer a um velório. Ao contrário do fundo emergencial que é montado de uma forma que possa aguentar uma drenagem longínqua, o fundo para dias chuvosos pode ter em torno de R$ 5.000. Isso já é o suficiente.


É importante poupar para viagens e diversão, mas lembre-se, também, de estar preparado para possíveis catástrofes. Ter esses dois fundos fará com que, frente a empecilhos da vida, o estresse seja diminuído e você possa lidar melhor com a situação e direcionar a sua energia para a resolução daquele problema, sem se preocupar tanto com as finanças.

Clichês Tributários

[...]

No amplo universo dos clichês tributários, o maior deles é a presunção de que tributo é responsável por todos os males ou instrumento capaz de prover todos os remédios. As desigualdades, de todos os matizes, são chagas que ameaçam a coesão social. Nenhum governo, com um mínimo de responsabilidade social, pode abdicar do propósito de enfrentá-las. É um equívoco, todavia, pretender que a política tributária seja um meio eficaz para alcançar esse objetivo, pois não há evidências que deem sustentação à tese.

As proposições que vinculam tributo à redução das desigualdades, como as de Thomas Piketty (“O capital no século XXI”), são de uma impressionante ingenuidade. Presumem que os contribuintes são incapazes de reagir às pretensões de aumento da tributação e abdicam da mobilidade que a globalização propicia ou dos sempre eficientes serviços dos planejadores tributários.

As mudanças recentes no perfil das desigualdades brasileiras estiveram claramente ligadas à estabilidade monetária, às transferências de renda, às regras de reajuste do salário mínimo, ao aumento na oferta de empregos, etc. Nada que lembre, ainda que remotamente, a política tributária.

A despeito disso, não há como negar que os privilégios tributários das aplicações financeiras, inclusive no mercado de renda variável, tanto quanto os subsídios creditícios concedidos pelo BNDES, são mecanismos ostensivos de acumulação de capital que devem ser revistos.

Outro clichê muito difundido é qualificar como regressivos ou progressivos os sistemas tributários, com base em prevalência da tributação da renda ou do consumo, especialmente quando se tem em conta que a tributação do consumo no Brasil – aliás, infelizmente – pouco se assemelha à de outros países. Alguns qualificam as contribuições do PIS e da Cofins como tributos incidentes sobre o consumo, e não sobre a renda, embora tenham, em relação ao Imposto de Renda, a mesma base de cálculo, no regime cumulativo, e muita semelhança, como atesta farta jurisprudência administrativa e judicial, no regime não cumulativo.

À luz dessa hipótese insubsistente, concluem que a tributação no Brasil é regressiva. Se aquelas contribuições, contudo, forem contabilizadas no campo da tributação da renda, a conclusão simplesmente se inverte. O que, no meu entender, também não autoriza afirmar que a tributação brasileira é progressiva.

Essas inferências são de um simplismo comovente. Já é tempo de abandonarmos falsas teorias e clichês.

Sobre jabuticabas e clichês- Everardo Maciel

Fonte: O Estado de S. Paulo, 5/11/2015

08 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


Conselhos de Contabilidade



Do site do Conselho Federal de Contabilidade:

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é uma Autarquia Especial Corporativa dotada de personalidade jurídica de direito público. Criado e regido por legislação específica, o Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, o CFC possui estrutura, organização e funcionamento regulamentados pela Resolução CFC nº 1.370, de 8 de dezembro de 2011, que aprova o Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade. O CFC é integrado por um representante de cada estado e mais o Distrito Federal, no total de 27 conselheiros efetivos e igual número de suplentes – Lei nº 11.160/05 -, e tem, dentre outras finalidades, nos termos da legislação em vigor, principalmente a de orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil, por intermédio dos Conselhos Regionais de Contabilidade , cada um em sua base jurisdicional, nos Estados e no Distrito Federal; decidir, em última instância, os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais, além de regular acerca dos princípios contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada, bem como editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional. Em 2010 foi sancionada pelo Presidente da República a Lei 12.249 /2010, que institui a obrigatoriedade do Exame de Suficiência na área contábil.

Há uma postagem interessante na seção "História da Contabilidade" que vale a leitura!


Mais postagens: Aqui

Processo Eleitoral do CRC – Pleito 2015


Quem já possui o registro no Conselho participará, nos dias 17 e 18, da votação para a renovação de 1/3 do Plenário.

Para isso, o site oficial é o eleicaocrc.com.br Infelizmente a seção Chapas ainda está “em construção” mas, por meio das mídias sociais e dos web sites que procuramos exaustivamente, enviamos solicitações para uma entrevista para todas as chapas e Conselhos que encontramos. Hoje publicaremos duas: a primeira a chegar foi a da Sunny, do CRC-RN. Também recebemos logo a resposta do Coutinho, representando o CRC-CE.

Procurem as chapas do estado de vocês, votem de forma consciente. E nos locais em que há não apenas chapa única, como também completa falta de informação, que cobremos ainda mais daqueles que nos representam. Mesmo que não haja concorrência, gostaria que o Conselho da minha região tivesse se preocupado em mostrar a cara de alguma forma, assim como fez o pessoal do CRC-PI. Parabéns a todos que se esforçaram para que participemos de uma eleição transparente e participativa.

Apesar de em cima da hora, ainda esperamos receber alguns e-mails e publicara algumas entrevistas no próximo domingo, 15 de novembro. Agradecemos imensamente as duas chapas que nos responderam de forma oportuna. Uma das nossas motivações foi aproximar o público aos conselheiros e esperamos que ajuda, assim como inspire outras ações que engrandeçam cada vez mais o nosso sistema.




Mais: Você pode clicar aqui para acessar o Manual do Sistema Eleitoral CFC 2015. Para quem precisar justificar, nesse documento há as informações necessárias. 

Entrevista: Chapa 2 CRC Ceará

Francisco Coutinho - Chapa 2 CRCCE
Blog_CF: Nos dias 17 e 18 de novembro haverá eleição para renovação de um terço do Plenário. O que isso significa?
COUTINHO: A eleição de 17 e 18 de novembro de 2015, dependendo dos profissionais da área contábil, poderá ser histórica, ou seja, pela primeira vez uma na renovação de um terço dos conselheiros efetivos da chapa de oposição eleita mudará todo o conselho diretor, inclusive a presidência.

Blog_CF: Quando falamos em Conselho Regional, a primeira coisa que vem a mente de um contador é a anuidade do Conselho. Como esse dinheiro é distribuído entre as regiões do Brasil? Onde é possível encontrar prestações de contas à sociedade?
COUTINHO: Dos valores recebidos pelos conselhos regionais de contabilidade, um percentual será destinado ao Conselho Federal de Contabilidade – CFC e o saldo remanescente é destinado as despesas de cada regional. A prestação de conta pode ser acompanhada através do portal da transparência.

Blog_CF: Uma reclamação constante é que não há acesso a informações a não ser que o interessado se dirija até um CRC ou uma delegacia. Todavia, atualmente espera-se uma maior presença online para a resolução de problemas, seja por meio de chats, e-mails ou enriquecendo as informações nas páginas de cada órgão. Qual a sua opinião sobre isso?
COUTINHO: Uma das nossas propostas é dar mais transparência às prestações de contas do Conselho Regional de Contabilidade do Ceará para que se possa acompanhar de perto como é investido o valor das anuidades.

Blog_CF: Há um site próprio para as eleições e é nele, inclusive, que os contadores vão utilizar nos dias 17 e 18 de novembro. Eu entrei no site e quando procurei as chapas do Distrito Federal caí em uma página “ainda em construção” (que persistiu até o dia sete de novembro). Quando vamos a “perguntas frequentes” no site das eleições, está escrito: “No endereço eletrônico acima estarão disponíveis, também, as chapas concorrentes ao pleito, os regulamentos que regem o pleito, o calendário eleitoral, texto contendo as dúvidas frequentes e suas respostas, bem como a página ‘Fale Conosco’, na qual constam o telefone da central de atendimento e o web chat, disponíveis 20 dias antes das eleições, das 8h às 12h e das 14h às 18h, horário de Brasília, de segunda a sexta-feira. Após as 18h as solicitações serão enviadas para uma caixa postal – e-mail e respondidas pela equipe de atendimento. Durante o período de votação, o atendimento será ininterrupto.” Todavia não consegui descobrir as Chapas que estão concorrendo pelo meu voto. No site de diversos Conselhos Regionais é como se não estivéssemos em período eleitoral, no site do CFC, deveríamos ser direcionados a um link que apresenta erro. Há um aparente descaso as eleições e aos eleitores. Qual a importância que o Conselho Federal de Contabilidade dá a tudo isso? Qual a influência que cada Conselho Regional tem, neste momento? O que a sua Chapa fez para informar melhor o seu público? Em quais plataformas a sua Chapa está presente e qual a interatividade com o público?
COUTINHO: Na verdade o Conselho Federal de Contabilidade juntamente com os regionais no período de eleição tem como função a regulamentação e acompanhamento da operacionalização do processo eleitoral. Para informar os eleitores sobre as propostas de nossa chapa, procuramos ter um contato mais próximo deles, para isso criamos uma página de divulgação no Facebook (crccedetodos), também estamos presentes no instagram (crcdetodos) e criamos um site (www.crcdetodos.com) onde são divulgadas propostas e informações de interesse geral para a área contábil e, principalmente, promovemos o debate e discussão das propostas por meio de grupos no whatsapp. Além da utilização das mídias digitais, estamos trabalhando com a visitação às delegacias em todo o Estado, procurando ouvir os anseios da categoria.

Blog_CF: A internet possui uma importância inquestionável. Qual o plano da sua chapa para que o site do seu Conselho Regional esteja mais atualizado? Como o público pode ajudar e participar?
COUTINHO: Na verdade como já havia falado, nossa chapa 2 tem uma página no facebook (crccedetodos) e no instagram (crcdetodos) onde tem todas as informações do movimento da nossa campanha, e temos também o site: crcdetodos.com, onde os profissionais de contabilidade podem conhecer todas as nossas propostas e os candidatos através de breves currículos. O site do Conselho Regional precisa ser repaginado, mais interativo e com mais informações para o contabilista. O portal da transparência deve ser mais claro e mais didático para o entendimento dos gastos da entidade. A informação tem que ser rápida, clara e eficiente. 

Blog_CF: De tudo o que a sua chapa propõe e acredita, qual o item de mais fácil e rápida aplicação?
COUTINHO: Nossas propostas têm como base a valorização da profissão do contador através da formação continuada e o combate ao exercício irregular da profissão com fiscalização eficiente e também a melhor integração do Jovem Contabilista.

Blog_CF: De tudo o que a sua chapa propõe e acredita, qual o item mais te toca?
COUTINHO: Formação profissional.

Blog_CF: Que conselho você daria a estudantes a respeito de oportunidades de trabalho no mercado contábil? Qual melhor conselho profissional já foi lhe dado?
COUTINHO: O melhor conselho seria manter-se atualizados, a profissão contábil é de grande responsabilidade com seu cliente/empregador, mas principalmente consigo mesmo, portanto, atualização de modo geral é indispensável.

Blog_CF: Você acredita que há empecilhos para as mulheres na contabilidade ou já estamos em um estado de neutralidade de gêneros?
COUTINHO: Não existe.

Blog_CF: Se você tivesse que passar cinco anos na prisão (com privilégios), o que finalmente teria a chance de fazer?
COUTINHO: Ler bons livros e rezar.

Blog_CF: Escreva sobre algo que te inspirou nos últimos dias...
COUTINHO: A luta por mudanças no Conselho Regional de Contabilidade do Ceará.
  
Rapidinhas:
Último livro que leu: Contabilidade Empresarial (José Carlos Marion)
Livro favorito: Contabilidade Prática na Construção Civil (minha autoria)
Filme favorito: Padre Felipe Nery
Animal preferido: Ovelha
Qual é o seu próximo compromisso social: Almoço em Iguatu com as lideranças da área.
Se você pudesse ser o melhor em algo, o que escolheria: Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Ceará
Se você pudesse ter um superpoder por um dia, qual seria: Acabar com a corrupção no Brasil.
Você tem uma música preferida: Músicas católicas.

Quem te inspira: Minha família

Entrevista: Chapa 1 CRC Rio Grande do Norte

Sunny Maia: Suplente da Chapa 1 do CRCRN
Blog_CF: Nos dias 17 e 18 de novembro haverá eleição para renovação de um terço do Plenário. O que isso significa?
Sunny: A eleição é a oportunidade de o profissional influir diretamente no andamento do Conselho de Contabilidade ao qual ele é vinculado. Neste sentido, ao votar, implicitamente ele está concordando com as proposições de determinada chapa, daí a relevância de o profissional procurar se informar a respeito das ideias listadas.

Blog_CF: Quando falamos em Conselho de Contabilidade, a primeira coisa que vem a mente de um contador é a anuidade que pagamos. Como esse dinheiro é distribuído entre as regiões do Brasil? Onde é possível encontrar prestações de contas à sociedade?
Sunny: O valor da anuidade é pago ao CRC ao qual o profissional está vinculado. Esse valor é distribuído entre o próprio regional e o Conselho Federal de Contabilidade. Como entidade pública, o sistema CFC/CRCs obedece a Lei de Acesso à Informação. Assim, nos sites dos regionais há um ícone que direciona a uma página específica, local onde você pode encontrar informações financeiras, jurídicas e de gestão, dentre muitas outras.

Blog_CF: Uma reclamação constante é que não há acesso a informações a não ser que o interessado se dirija até um CRC ou uma delegacia. Todavia, atualmente espera-se uma maior presença online para a resolução de problemas, seja por meio de chats, e-mails ou enriquecendo as informações nas páginas de cada órgão. Qual a sua opinião sobre isso?
Sunny: A reclamação, poderíamos dizer, que procedia até dez anos atrás. De lá para cá, muita coisa mudou. Por exemplo, no CRCRN, todas as informações de capacitações, jurídicas, prestações de contas contábeis, estão lá, acessíveis on-line. Além disso, já existe ouvidoria e todos os setores possuem telefone funcional, também disponíveis pelo site. Não bastasse, há o envio de boletins eletrônicos e perfis no Facebook e no twitter, justamente para essa demanda mais urgente. E justamente esse aspecto da transparência será um dos lemas da nossa chapa, pois entendemos que o CRCRN é uma instituição pública.

Blog_CF: Há um site próprio para as eleições e é nele, inclusive, que os contadores vão utilizar nos dias 17 e 18 de novembro. Eu entrei no site e quando procurei as chapas do Distrito Federal caí em uma página “ainda em construção” (que persistiu até o dia primeiro de novembro). Quando vamos a “perguntas frequentes” no site das eleições, está escrito: No endereço eletrônico acima estarão disponíveis, também, as chapas concorrentes ao pleito, os regulamentos que regem o pleito, o calendário eleitoral, texto contendo as dúvidas frequentes e suas respostas, bem como a página ‘Fale Conosco’, na qual constam o telefone da central de atendimento e o web chat, disponíveis 20 dias antes das eleições, das 8h às 12h e das 14h às 18h, horário de Brasília, de segunda a sexta-feira. Após as 18h as solicitações serão enviadas para uma caixa postal – e-mail e respondidas pela equipe de atendimento. Durante o período de votação, o atendimento será ininterrupto.” Todavia não consegui descobrir as Chapas que estão concorrendo pelo meu voto. No site de diversos Conselhos Regionais é como se não estivéssemos em período eleitoral, no site do CFC, deveríamos ser direcionados a um link que apresenta erro. ? Há um aparente descaso as eleições e aos eleitores.  Qual a importância que o Conselho Federal de Contabilidade dá a tudo isso? Qual a influência que cada Conselho Regional tem, neste momento? O que a sua Chapa fez para informar melhor o seu público? Em quais plataformas a sua Chapa está presente e qual a interatividade com o público?
Sunny: Em relação ao sistema de votação, ele é gerido pelo Conselho Federal de Contabilidade e as chapas não tem influencia alguma. Em relação ao CRCRN, há um banner principal, de forma fixa, informando a respeito das eleições, sobretudo datas. Além disso, estão sendo enviados boletins especiais apenas sobre isso, destacando aspectos como data de corte e disponibilização do site. A nossa chapa especificamente, está enviando e-mails a todos os profissionais, com as nossas propostas e destacando o link relativo ao site das eleições, onde já é possível acessar muita informação, e criamos um perfil no Facebook.

Blog_CF: A internet possui uma importância inquestionável. Qual o plano da sua chapa para que o site do seu Conselho Regional esteja mais atualizado? Como o público pode ajudar e participar?
Sunny: O site do CRCRN é muito bom, pois permite uma navegação intuitiva e de fácil acesso. Dentre nossas propostas, está inclusive a elaboração de uma Política de Editoração/Comunicação, com o objetivo também de maximizar ainda mais a comunicação. De qualquer forma, através dos canais que citei, como ouvidoria e perfis sociais, o público pode contribuir.

Blog_CF: De tudo o que a sua chapa propõe e acredita, qual o item de mais fácil e rápida aplicação?
Sunny: Acredito que a Política de Editoração/Comunicação seja a que primeiro sairá do papel.

Blog_CF: De tudo o que a sua chapa propõe e acredita, qual o item mais te toca?
Sunny: A proposta de interiorização do CRCRN, pois acredito que o Conselho precisa ser visto enquanto instituição pela sociedade. E isso só será possível nas cidades mais afastadas da capital quando tivermos membros nossos em todas as regiões. Como ex-presidente do CRCRN Jovem, percebi essa situação nos momentos em que precisávamos realizar uma capacitação e não tínhamos um apoio naquela determinada cidade dentro da comissão.

Blog_CF: Que conselho você daria a estudantes a respeito de oportunidades de trabalho no mercado contábil? Qual o melhor conselho profissional já foi lhe dado?
Sunny: O mercado contábil nos oferece oportunidades muito variadas, pois quase todas as instituições precisam de uma Contador. Porém, um conselho que eu daria seria trabalhar com foco na técnica, no estudo continuado, na ética e na responsabilidade. E o melhor conselho profissional que já recebi foi: seja empreendedor em tudo que você for fizer!!

Blog_CF: Você acredita que há empecilhos para as mulheres na contabilidade ou já estamos em um estado de neutralidade de gêneros?
Sunny: A diferenciação de gêneros é algo da sociedade brasileira. Usualmente, a mulher recebe um salário menor do que o homem, por exemplo. Contudo, dentro da classe contábil, acredito que revertemos a situação do reconhecimento. A gestão da presidente Maria Clara frente ao Conselho Federal de Contabilidade é demonstração disso. Ela levou o nome da contabilidade brasileira para além do nosso país. Aqui no Rio Grande do Norte também tivemos duas presidente de destaque, as contadoras Jucileide Ferreira Leitão e Maria do Rosário de Oliveira.
Blog_CF: Se você tivesse que passar cinco anos na prisão (com privilégios), o que finalmente teria a chance de fazer?
Sunny: Escrever um livro.

Blog_CF: Escreva sobre algo que te inspirou nos últimos dias...
Sunny: Um vídeo que assisti de Abílio Diniz, onde ele fala que devemos procurar passar coisas paras as pessoas que possam ser úteis. Ajudar ao próximo realmente me motiva buscar novos conhecimentos e desafios.

Rapidinhas:
Último livro que leu: A Startup Enxuta
Livro favorito: Paixão por Vencer
Filme favorito: Uma Mente Brilhante
Animal preferido: Cachorro
Qual é o seu próximo compromisso social? Criar e desenvolver, juntamente com o CRC JOVEM, programas voltados para as comunidades carentes.
Se você pudesse ser o melhor em algo, o que escolheria?  Ser justo.
Se você pudesse ter um superpoder por um dia, qual seria? Ler a mente das pessoas.
Você tem uma música preferida? Tempo Perdido – Legião Urbana
Quem te inspira? José Carlos Fortes.


Historia da Contabilidade: Balanços Publicados nos anos 40 do século XIX - Parte 2

Continuação

Em 1847 publicou-se em Salvador o balanço do Banco Commercial, que a direção do banco apresentava na assembleia geral (1). Depois de uma breve introdução, o texto comentava o desempenho da entidade no ano anterior. Na metade do texto, apresentava a conta de “ganhos e perdas”:

O texto continua e no seu final a administração faz sete propostas, para deliberação na assembleia, referente principalmente a destinação do lucro e subscrição de ações.

Uma comissão de exame foi criada para analisar o desempenho, cujo balanço publicado encontra-se a seguir:

O parecer é o seguinte:

Sendo a comissão d´exame, por vós nomeada, convidada pela ilustre direção em tempo devido para o exame da escripturação, e de quanto determina o art. 50 dos estatutos, forão-lhe franqueados todos os esclarecimentos pedidos; e à vista do que delles colligio, tem de communicar-vos, que as operações da caixa, e toda a escripturação, achão-se em dia, regularmente lançadas, feitas com o maior aceio, e na devida fórma mercantil. O comportamento dos empregados no cumprimento de seos deveres, nada deixa a deseja, e a commissão é de parecer, que confirmeis a indicação, que com tanta justiça propoz a illustre direção em seo relatorio de 31 de julho de 1846, sobre o augmento de ordenados do fiel, guarda livros, e cobrador. (...)

Finalmente, a commissão apresenta-vos aqui descripto o balanço geral, fixado em 31 de dezembro p. p., que lhe for ministrado pela illustre direção; e dele entrareis no conhecimento do estado activo e passivo do Banco (2)

É muito interessante o parecer, já que o mesmo é que apresenta o balanço da entidade.

No ano seguinte é a vez do Banco Commercial do Rio de Janeiro divulgar suas demonstrações (3) ou a Caixa Geral da Bahia (4), nos mesmos moldes do estabelecimento do Maranhão e da Bahia.

(1) Correio Mercantil, 5 fev de 1847, p 2 ed 37 ano XIV.
(2) Idem, p. 3. Linguagem da época.
(3) Correio Mercantil e instructivo politico universal, p 3, ano v, n 25, 1848.
(4) Correio Mercantil, 5 nov de 1848, ed 247 ano xvi p 1-2

07 novembro 2015

Rir é o melhor remédio




Fonte: Drama Universitário

Fato da Semana: Materialidade (45 de 2015)

Fato da Semana: Esta foi uma semana com muitos fatos. Se o leitor observar, nesta semana o blog comentou sobre o escândalo da Valeant , a divulgação de informação confidencial do Vaticano, a nova composição da SEC e as novas normas do CPC . Os dois primeiros realmente não foram fatos da semana (sendo que o segundo provocou muito debate no Face e nos comentários do blog) e os dois últimos talvez não sejam suficientemente relevantes para serem considerado um fato da semana.

A discussão sobre materialidade parece, mesmo, o fato da semana. Um texto de um periódico mostra como não existe convergência em torno deste conceito, as novas normas discutem este assunto e o fato de uma grande empresa estar divulgando um fato de uns poucos milhares de dólares também foi assunto. E uma pesquisa mostrou que a redução das notas explicativas não afetou a qualidade das demonstrações contábeis.


Qual a relevância disto? A discussão é importante por determinar que informação deve chegar ao usuário das demonstrações contábeis. Também é possível discutir sobre a própria solução apresentada pelo Iasb e outros reguladores que consideram que este conceito deve estar associado ao processo decisório do usuário. Mas como saber disto? Não conhecemos quase nada do usuário.

Positivo ou negativo? Positivo.

Desdobramentos - Precisamos discutir mais sobre este assunto. Num mundo com excesso de informação, coibir a produção de informação inútil é muito difícil. Temos ainda muito o que pesquisar.


Correção Monetária

O Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão desta quinta-feira (5), deu provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 201512 e declarou constitucional o artigo 3º, inciso I, da Lei 8.200/1991. A norma trata da correção monetária das demonstrações financeiras para efeitos fiscais e societários. Para a maioria dos ministros, o dispositivo questionado não representaria um empréstimo compulsório ilegítimo, mas sim um favor fiscal criado pelo legislador.

O recurso foi interposto pela União contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que havia acolhido recurso da Cerâmica Marbeth Ltda. e julgado inconstitucional o dispositivo. Para a empresa, a dedução da variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e do BTN Fiscal, prevista na norma, seria uma espécie ilegal de empréstimo compulsório.


Já haviam votado no sentido de desprover o recurso, mantendo a inconstitucionalidade do dispositivo, o relator do RE, ministro Marco Aurélio, e os ministros Ricardo Lewandowski e Ayres Britto (aposentado). Divergiram do relator, votando pelo provimento do RE, os ministros Eros Grau e Joaquim Barbosa (ambos aposentados) e a ministra Cármen Lúcia. O julgamento estava suspenso por pedido de vista do ministro Cezar Peluso (aposentado).


Na sessão desta quinta (5), acompanharam a divergência os ministros Teori Zavascki (sucessor do ministro Peluso), Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello. A ministra Rosa Weber acompanhou o relator pelo desprovimento do RE.


Favor fiscal


Ao acompanhar a divergência, o ministro Teori Zavascki baseou seu voto-vista na decisão do Plenário no julgamento do RE 201465, que versava sobre o mesmo dispositivo. Na oportunidade, predominou o entendimento de que o artigo 3º, inciso I, da Lei 8.200/1990 não representaria ilegítima e disfarçada espécie de empréstimo, mas sim um favor fiscal criado pelo legislador.
Naquela ocasião, por maioria de votos, o STF reconheceu que o dispositivo não modificou a disciplina da base de cálculo do imposto de renda referente ao balanço de 1990, e nem determinou aplicação ao período base de 1990 da variação do IPC, mas tão somente reconheceu os efeitos econômicos decorrentes da metodologia de cálculo da correção monetária.


Ao prever hipótese nova de dedução na determinação do lucro real, o dispositivo constitui-se como favor fiscal ditado por opção de política legislativa, não se podendo falar em empréstimo compulsório, assentou o Plenário do STF na ocasião.

Fonte: Aqui

Nota Explicativa e Qualidade

A redução do número de páginas de notas explicativas nos balanços em 2014 não comprometeu, ao menos neste primeiro momento, a qualidade da informação prestada aos investidores, conforme estudo preliminar coordenado pela professora Edilene Santana Santos, da Escola de Administração de São Paulo da FGV e que envolveu pesquisadores da Federal do Ceará, USP-RP e Unifesp.

(...) Apesar de a comparação não ser com 2013, a diferença é atribuída à publicação da orientação número 7 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (OCPC-07), que passou a valer para as demonstrações financeiras de 2014, e que faz um alerta às empresas, para que avaliem a relevância quando forem decidir sobre a inclusão de uma informação em nota explicativa, com o objetivo de se evitar um excesso de dados inúteis.

E embora a orientação seja para os preparadores do balanço, a chancela dada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que aprovou o uso da OCPC-07, também serviu para dar tranquilidade aos auditores de que eles não serão cobrados caso se perceba no futuro que uma informação exigida formalmente pela norma, mas pouco relevante, foi omitida.(...)


Um detalhe da pesquisa foi revelado mais adiante:
Os pesquisadores então pegaram todas as empresas que tinham cortado o tamanho das notas em pelo menos 30%, restando 18 companhias, e verificaram, dentro deste grupo, se a qualidade da informação requerida por sete pronunciamentos contábeis tinha diminuído.

Conforme o estudo, houve melhoria nos dados referentes a quatro pronunciamentos, que tratavam de baixa no valor de ativos, intangível, partes relacionadas e combinação de negócios.

Dos três pronunciamentos em que houve piora, Edilene pondera que em dois casos, referentes a instrumentos financeiros e participações societárias, houve mudanças recentes nas normas, que podem explicar a variação.

O principal ponto de atenção foi a nota sobre provisões para contingências, cuja norma não sofreu alterações nos últimos anos, mas que teve o índice de cumprimento de divulgação de informações caindo de 40% para 35% entre 2010 e 2014.


Baseado somente nos parágrafos acima, não é possível afirmar que a "redução de nota explicativa não diminuiu qualidade", o título do texto do Valor Econômico. Mas sem dúvida, é um incentivo para o aparecimento de novos estudos sobre o assunto.

06 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


Materialidade

O quanto uma informação é vital para os investidores depende muito de como definir uma informação de “material” ou “imaterial”.

Como o CFO Journal informou na terça-feira, pelo menos meia dúzia de entidades de normatização, incluindo criadores de regras contábeis, SEC e bolsa de valores, possuem algumas diretrizes sobre quais informações devem ser apresentadas aos investidores e quando. (...) As empresas estão cada vez mais preocupadas com que tantas interpretações diferentes de materialidade seja parte do problema ele [Tom Quaadman] disse.

Aqui algumas das definições de materialidade de cinco diferentes reguladores:

Suprema Corte dos EUA:
Em 1976 o juiz Thurgood Marshall escreveu esta definição de materialidade na decisão TCS Industries, Inc. versus Northway Inc. e tem sido considerada nos casos de fraudes de valores mobiliários:

“An omitted fact is material if there is a substantial likelihood that a reasonable shareholder would consider it important in deciding how to vote.”

Comissão de Valores Mobiliários (SEC)
A SEC atualizou sua definição de materialidade ao longo dos anos para alinhar mais com a Suprema Corte. De acordo com a entidade de proteção dos investidores dos EUA a informação é material se:

“when used to qualify a requirement for the furnishing of information as to any subject, [materiality] limits the information required to those matters to which there is a substantial likelihood that a reasonable investor would attach importance in determining whether to purchase the security registered.”

Financial Accounting Standards Board (FASB)
O FASB recentemente propôs deixar seu próprio padrão de materialidade e adotar o padrão da Suprema Corte para deixar claro que materialidade é um conceito jurídico. O conceito atual:

Information is material if omitting it or misstating it could influence decisions that users make on the basis of the financial information of a specific reporting entity. In other words, materiality is an entity-specific aspect of relevance based on the nature or magnitude or both of the items to which the information relates in the context of an individual entity’s financial report. Consequently, the Board cannot specify a uniform quantitative threshold for materiality or predetermine what could be material in a particular situation.

International Accounting Standards Board
O Iasb está considerando alterar seu padrão de materialidade de forma que ele possa focar na informação “que possa ser razoavelmente esperada” para influenciar os investidores e explica que a materialidade pode ser aplicada como um filtro nas demonstrações financeiras. De acordo com a estrutura conceitual atual do Iasb para demonstrações financeiras:

“Information is material if omitting it or misstating it could influence decisions that users make on the basis of financial information about a specific reporting entity. In other words, materiality is an entity-specific aspect of relevance based on the nature and magnitude, or both, of the items to which the information relates in the context of an individual entity’s financial report.”

Public Company Accounting Oversight Board
Auditores e seus clientes corporativos, por extensão, também devem considerar a materialidade quando eles decidem como irão avaliar os livros de uma empresa. O PCAOB inclui a definição da suprema Corte dos EUA mas fornece suas instruções específicas para os auditores:

To obtain reasonable assurance about whether the financial statements are free of material misstatement, the auditor should plan and perform audit procedures to detect misstatements that, individually or in combination with other misstatements, would result in material misstatement of the financial statements. This includes being alert while planning and performing audit procedures for misstatements that could be material due to quantitative or qualitative factors.
…To plan the nature, timing, and extent of audit procedures, the auditor should establish a materiality level for the financial statements as a whole that is appropriate in light of the particular circumstances. This includes consideration of the company’s earnings and other relevant factors. To determine the nature, timing, and extent of audit procedures, the materiality level for the financial statements as a whole needs to be expressed as a specified amount.

Fonte: WSJ

Auditoria nas eleições

Olha o prestígio da profissão:

O vice-presidente jurídico do PSDB e líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), o líder da Oposição Bruno Araújo (PE) e o coordenador jurídico do PSDB, Flávio Henrique Costa Pereira, apresentaram nesta quarta-feira (4/11) os resultados de uma auditoria especial realizada pelo PSDB sobre as urnas nas eleições presidenciais de 2014.

As constatações da auditoria são, no mínimo, preocupantes. De acordo com o resultado, os procedimentos de perícia previstos em leis e regulamentos da Justiça Eleitoral são “insuficientes para a garantia da transparência do processo de eleições”. Isso porque a auditoria constatou, entre outros problemas, que o sistema eletrônico de votação imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não foi projetado para permitir uma auditoria externa independente e efetiva, já que o modelo de auditoria é comandado pela própria Corte, e não se encaixa em nenhum dos modelos reconhecidos internacionalmente.

Por conta disso, não é possível concluir se houve ou não fraude nas eleições. Não porque o sistema eleitoral brasileiro, nas palavras do líder Carlos Sampaio, “é inviolável, mas sim porque o sistema implantado pelo TSE é inaferível, inauditável”.

O levantamento, iniciado em dezembro de 2014 e concluído no mês passado, foi feito com a participação de peritos e especialistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), com o objetivo de “fortalecer a confiança no processo eleitoral, já que inúmeras denúncias de fraudes foram veiculadas por eleitores nas redes sociais”. (...)

Além de propor a participação ativa de candidatos, partidos e coligações em todas as etapas do processo eleitoral, a auditoria expõe a necessidade da realização de testes por amostragem nas urnas eletrônicas, para garantir a confiabilidade dos aparelhos; a unificação do horário de encerramento da votação em todo o território brasileiro; a implantação do sistema biométrico já nas próximas eleições; e a criação de um Conselho de Acompanhamento das Eleições, que será composto por membros dos partidos políticos, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Justiça Eleitoral e técnicos do Congresso Nacional.

Fonte: Aqui (Grifo deste blog)

05 novembro 2015

Mudança nas normas

Alterados procedimentos contábeis brasileiros

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) edita hoje, 05/11/2016 a Deliberação CVM 739 que aprova o Documento de Revisão de Pronunciamentos Técnicos nº 08.

O Documento reúne revisões de procedimentos contábeis brasileiros com base nas alterações realizadas pelo International Accounting Standards Board (IASB), a serem adotadas mundialmente.


“É nosso compromisso trazer essas mudanças para o Brasil, após amplo debate sobre a melhor forma de aplicação à nossa realidade”, esclareceu o superintendente de normas contábeis e de auditoria, José Carlos Bezerra.

O Documento ainda promove mudanças nos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) em decorrência de alterações realizadas nos seguintes procedimentos:

• contabilização de plantas portadoras, de aquisições de participação em operações conjuntas, e de venda ou contribuição de ativos entre investidor e coligada ou empreendimento controlado em conjunto;

• esclarecimentos sobre métodos de depreciação e amortização;

• revisão anual do IASB, ciclo 2012-2014;

• aplicação de exceção na consolidação de entidades de investimento; e

• aplicação prática do conceito de materialidade/relevância.


Os Pronunciamentos Técnicos a serem alterados, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, são: CPC 01 (R1), CPC 04 (R1), CPC 06 (R1), CPC 18 (R2), CPC 19 (R2), CPC 20 (R1), CPC 21 (R1), CPC 22, CPC 26 (R1), CPC 27, CPC 28, CPC 29, CPC 31, CPC 33 (R1), CPC 36 (R3), CPC 37 (R1), CPC 40 (R1) e CPC 45.

Todas as propostas de mudanças são para vigência para exercícios sociais anuais que se iniciarem a partir de 1º de janeiro de 2016.

Rir é o melhor remédio