Translate

09 dezembro 2014

Novamente a Convergência

Será que os Estados Unidos irão adotar as normas internacionais de contabilidade? Na semana passada o contador da Comissão de Valores Mobiliários (SEC em inglês) dos Estados Unidos, James Schnurr, lançou uma esperança neste sentido ao falar de uma quarta alternativa. Nesta segunda-feira o mesmo funcionário da SEC novamente comentou sobre a possibilidade de num futuro próximo as empresas do maior mercado de capitais do mundo pudessem adotar as normas internacionais, conforme informou a Reuters.

Os Estados Unidos têm enfretado uma pressão do G20 em harmonizar sua contabilidade com as IFRS, usada em mais de 100 países do mundo. Apesar do namoro entre a SEC e o Iasb, o regulador das normas internacionais, os Estados Unidos não apresentam segurança pela opção das IFRS. Mas Schnurr afirmou que espera conversar com os comissários da SEC sobre as alternativas para uma mudança nas normas. Isto seria uma mudança da atitude que após as críticas realizadas em 2012 distanciaram da adoção.

Mas a Financial Accounting Foundation fez uma comunicado ontem afirmando:

We agree with Chief Accountant Schnurr that U.S. investors are best served by an independent standard setter that is first focused on the interests of those who participate in U.S. capital markets.

Ou seja, acreditamos no que fazemos aqui, nos EUA. As IFRS seriam uma informação adicional. Um balde de água fria.

VDM: Publicar a dissertação de graça?

No início de julho, recebi um e-mail, do representante de uma editora. Dizia ele que havia encontrado minha dissertação na base de dados da universidade, e que a editora gostaria de publicá-la. O formato do e-mail é o seguinte:

“Prezado [autor]:
Dirijo-me a você em representação da editora Novas Edições Acadêmicas.
Encontramos uma referência ao seu trabalho intitulado “[título]“, consultando a base de dados da [instituição de ensino superior].
Me comunico com você para oferecer-lhe a oportunidade de publicá-lo em forma de livro impresso de maneira gratuita.”

Minha primeira reação: “Piá, que massa! Vou publicar “de grátis”!“

Segundos depois lembrei dos amigos que já publicaram seus trabalhos acadêmicos, e como foi difícil para muitos ter de arcar com os custos de edição, tiragem mínima, revisão, distribuição, etc.

Segunda reação: “Quando a esmola é demais…“  [Ou: não exste almoço grátis].

Resolvi pesquisar no Google o nome da editora, mas não encontrei queixas. Então usei o nome da empresa responsável pela editora.

O grupo responsável pela marca é o VDM Publishing, grupo alemão, também responsável pela editora Lambert Academic Publishing (LAP). Usando o nome da LAP no Google, você encontrará inúmeras críticas ao grupo. Sugiro darem uma olhada nestes blogs:

1. Lambert Academic Publishing Continues to Spam

2. Why You Shouldn’t Publish with Lap Lambert, German Publishing House

3. Behind Lambert Academic Publishing’s marketing gimmick

4. Lambert Academic Publishing (or How Not to Publish Your Thesis)

Resumidamente, a prática do VDM é a seguinte: eles entram em contato com vários autores, dizendo que irão “publicar” o livro de graça. Na verdade, o que eles fazem é fornecer uma edição digital da sua dissertação ou monografia, com a capa da editora. Todo o trabalho de revisão de texto fica com o autor. Se você quiser seu livro impresso, terá de pagar. E não é barato (o site cobra em euro!), além da qualidade do material não ser das melhores.

Não vejo problemas com o estilo “on demand” em editoras que prezam pela qualidade do texto publicado, mas o que dizer das editoras do grupo VDM? Elas sequer fazem a revisão do texto ou solicitam a análise da obra por especialistas na área.

Terceira reação: “Mas se eles querem publicar em formato de livro um trabalho que já está disponível na internet, por que não?“.

Literalmente falando, seria como pegar minha dissertação, colocar uma capa com a minha foto, nome de editora e número de ISBN. O problema é que eu consultei a base do ISBN e não encontrei a editora NEA. Testei os números de ISBN de algumas obras do catálogo da editora e nenhuma constava na base.

Lá fora, ter a obra publicada por uma editora VDM não rende muitos pontos. O grupo se aproveita da máquina de produção de textos que virou o mundo científico: ter um bom currículo implica ter muitas publicações (lattes, um beijo grande!), e diante da possibilidade de publicar de graça uma dissertação ou monografia em formato de livro, quem resiste?

Mas é bom ficar de olho: caso queria publicar pelas editoras do grupo VDM, considere o risco de ceder os direitos de sua obra a um grupo internacionalmente criticado.

Texto escrito por Wellington Oliveira dos Santos – Doutorando em Educação via Pos-Graduando

Listas: As maiores empresas de Tv por assinatura

1. Net = 10.259 mil clientes
2. Sky = 5.624
3. Gatonet = 4.200
4. Oi = 964
5. GVT = 821
6. Telefônica = 714
7. Big Brasil = 157
8. Algar = 127
9. Nossa TV = 116
10. Cabo = 49
11. Outros = 413 mil

Fonte: Associação Brasileira das Tvs por Assinatura e Aneel

08 dezembro 2014

Rir é o melhor remédio


Por que os economistas são tão influentes?

“IF ECONOMISTS could manage to get themselves thought of as humble, competent people, on a level with dentists, that would be splendid!” said John Maynard Keynes, a British economist. Despite their collective failure to predict the financial crisis, let alone follow Keynes’s injunction, economists are still very influential. They write newspaper columns, advise politicians and offer expensive consulting services to business-folk far more than other academics. A new paper* tries to explain why.

One reason, say the authors, is that economists have come to believe that they are superior. A survey in 1985 found that just 9% of graduate students in economics at Harvard strongly believed that economics was “the most scientific of the social sciences”. But as economics became ever more mathematical, its practitioners grew in self-confidence. By 2003 54% of the graduate economists studying at Harvard strongly agreed with the statement. A glance at a popular blog for doctoral students in economics, econjobrumors.com, gives a taste of the contempt in which its users hold other disciplines. Sociologists “play around with big important ideas without too much effort or rigour,” one econo-nerd asserts.
The authors point out that economists demonstrate their self-belief in subtler ways too. Articles in the American Economic Review cite the top 25 political-science journals one-fifth as often as the articles in the American Political Science Review cite the top 25 economics journals. Another study found that American economics professors were less likely than their peers in other subjects to agree with the notion that “interdisciplinary knowledge is better than knowledge obtained by a single discipline.”

The odd thing, the authors argue, is that we believe in economists almost as much as they believe in themselves. Journalists and politicians seek strong arguments and clear answers. Most academics are reticent types: historians, for instance, question whether you can learn anything from history. “For a moderate fee,” jokes Deirdre McCloskey, an economic historian, “an economist will tell you with all the confidence of a witch doctor that interest rates will rise 56 basis points next month or that dropping agricultural subsidies will increase Swiss national income by 14.8%.”

* “The superiority of economists”, by M. Fourcade, E. Ollion and Y. Algan, MaxPo Discussion Paper 14/3.

Fonte: aqui

07 dezembro 2014

Rir é o melhor remédio


Pressão dos Pares no avião

So you’re sitting on a plane, somewhere in the back. Sweat is rising off this human stew, and in horror you watch it condense, trickling down the window glass. You slam the blind shut. Eww.

Of course the feeling is irrational—you’re flying, through the sky!—but you hate everything right now. The airline, for its stinginess. The flight attendant, for pouring you half a can of Coke, then taking the can back. But most of all, you hate your fellow passengers. You hate humanity.
Someone next to you swipes his credit card to buy an in-flight movie, which again reminds you of the insult, the nickel and diming, of air travel.

And yet. After analyzing a confidential database of passenger and time-stamped purchase records, a Stanford professor discovered that if someone next to you buys something on the plane, you’re 30 percent more likely to buy something yourself.
That’s the power of peer pressure.

In a recent working paper, Pedro Gardete looked at 65,525 transactions across 1,966 flights and more than 257,000 passengers. He parsed the data into thousands of mini-experiments such as this:
If someone beside you ordered a snack or a film, Gardete was able to see whether later you did, too. In this natural experiment, the person sitting directly in front of you was the control subject. Purchases were made on a touchscreen; that person wouldn’t have been able to see anything. If you bought something, and the person in front of you didn’t, peer pressure may have been the reason.

Because he had reservation data, Gardete could exclude people flying together, and he controlled for all kinds of other factors such as seat choice. This is purely the effect of a stranger’s choice — not just that, but a stranger whom you might be resenting because he is sitting next to you, and this is a plane.

By adding up thousands of these little experiments, Gardete, an assistant professor of marketing at Stanford, came up with an estimate. On average, people bought stuff 15 to 16 percent of the time. But if you saw someone next to you order something, your chances of buying something, too, jumped by 30 percent, or about four percentage points.

“That magnitude I really didn’t expect,” Gardete says. “It’s crazy, crazy.”

The beauty of this paper is that it looks at social influences in a controlled situation. (What’s more of a trap than an airplane seat?) These natural experiments are hard to come by.
Economists and social scientists have long wondered about the power of peer pressure, but it’s one of the trickiest research problems.

“Social effects in consumption are very hard to measure,” Gardete says. “Just think of a supermarket. The number of things happening in a supermarket are so huge that it’s very hard to measure anything.”

[...]
Fonte: aqui

Joy Sun: Será que você deveria doar de forma diferente?

A tecnologia nos permite doar dinheiro diretamente às pessoas mais pobres do planeta. Devemos fazer isso? Nesta palestra instigante, Joy Sun, veterana em assistência humanitária, aborda duas formas de ajudar os pobres.

Artigos de segunda

Sobre publicação de pesquisa científica, da VEja:

Um espectro assombra a comunidade científica in­­ternacional: o dos periódicos sem credibilidade. Não é difícil entender o porquê. Alguns dos avanços mais extraordinários da ciência vieram a público pela primeira vez sob a forma de artigos editados em veículos de peso. Neles prevalece aquilo que está no coração da própria metodologia científica, a peer review, ou seja, a revisão pelos pares. Esse processo visa a replicar os resultados de um estudo, a fim de comprová-lo, sem a presença de seu autor ou autores. Não há outra maneira de fazer a ciência merecer esse nome — e andar para a frente. Dois exemplos bastam para dar a dimensão exata da importância dos autênticos periódicos científicos: a teoria da relatividade, do alemão Albert Einstein, teve seu registro de nascimento documentado numa série de quatro ensaios veiculados entre março e setembro de 1905 nos Annalen der Physik, um dos mais antigos mensários do gênero, fundado em 1790, em Berlim; já a estrutura do DNA, desvendada pelo britânico Francis Crick e pelo americano James Watson, foi apresentada ao mundo num breve texto assinado por eles na edição de 25 de abril de 1953 da Nature, prestigiosa revista inglesa cujo número de estreia circulou em novembro de 1869. Além de colocarem as novas pesquisas — e seus autores, claro — no centro das atenções, as publicações que primam pelo rigor científico impulsionam os estudos nas áreas envolvidas, fazendo girar, assim, a roda do conhecimento.

Um fenômeno recente, no entanto, está pondo em risco esse círculo virtuoso: a proliferação de editoras que mantêm periódicos cujo único obstáculo para a veiculação de artigos pseudoacadêmicos é o pagamento de uma taxa de publicação, que varia muito, mas costuma começar na casa dos 600 dólares. Pouco importa se os textos se baseiam em má ou nenhuma pesquisa; se são originais ou plagiários; se obedecem a mínimos critérios de metodologia e seriedade. Como a produção ensaística é um valioso critério para ascensão profissional no universo acadêmico, e tendo em vista que a publicação de artigos em veículos de credibilidade costuma seguir um implacável e lento processo de seleção, um número cada vez mais expressivo de cientistas tem recorrido ao expediente de pagar para ter, rapidamente, seus textos editados. Se para os pseudocientistas o volume de artigos publicados pode permitir galgar importantes degraus de prestígio intelectual — inflando também a vaidade pessoal —, para os proprietários dos periódicos científicos de segunda linha, como em qualquer negócio, o aumento de clientes costuma significar um faturamento maior.

Não era esse, é verdade, o objetivo inicial das publicações do chamado modelo open access, surgidas na Europa e nos Estados Unidos na década de 90. A ideia era ampliar a difusão do conhecimento e oferecer mais oportunidades aos intelectuais de países em desenvolvimento. Não demorou, porém, para que o escopo ganhasse outros contornos. Abrindo mão do rigor — a americana Science (1880), para se ter uma ideia, publica apenas 7% dos artigos que recebe — e reduzindo ao mínimo o tempo para a veiculação dos textos, os novos periódicos viraram um atalho para os maus cientistas e uma boa fonte de renda para quem se dispôs a, digamos assim, empreender nesse novo ramo. As revistas e jornais científicos tradicionais não cobram especificamente pela edição de artigos, embora, muitas vezes, exijam que os textos venham acompanhados de gráficos e fotos, o que incorre em custos, e, após a divulgação, cobram de todos aqueles que quiserem visualizar o paper — em média, 32 dólares. De qualquer modo, não parecem exigências descabidas.

Nem todo veículo open access, ressalte-se, tem como principal característica o desleixo científico; entretanto, todo meio científico desleixado é open access. O Brasil aderiu a esse modelo com preocupante entusiasmo. Já são mais de 1 000 publicações no gênero, o que põe o país atrás apenas dos EUA (onde elas passam de 1 200). Ao mesmo tempo, um rápido levantamento on-line permite constatar que é grande o número de pesquisadores brasileiros que recorrem a periódicos questionáveis, daqui ou do exterior, para divulgar seus trabalhos. Impressiona ainda mais o fato de muitos desses veículos serem bem avaliados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), agência de fomento à pesquisa ligada ao Ministério da Educação. Sob sua batuta está o Qualis, um sistema de avaliação da qualidade dos periódicos científicos, que atribui a eles conceitos A, B e C, decrescentes, segundo determinados parâmetros. Tais notas são consideradas por universidades e instituições na hora de conceder financiamentos ou mesmo promoções aos pesquisadores que frequentam as páginas daqueles veículos. Se as publicações que desprezam o apuro científico forem bem avaliadas pela Capes — e isso ocorre, como se verá adiante —, é evidente que decorrerá disso uma grave distorção.Haverá pesquisadores beneficiados a partir de falsos méritos. E isso, muitas vezes, com recursos públicos. Agora, o pior: é possível detectar entre os clientes dos meios sem credibilidade professores que fazem parte da Capes, ou seja, exatamente aqueles que deveriam zelar pela excelência da produção acadêmica do país.

Se fossem quadros de baixo escalão, já seria péssimo. Contudo, o próprio presidente da instituição, o biomédico Jorge Almeida Guimarães, aceitou se valer de um veículo de credibilidade duvidosa para publicar o trecho de um livro do qual é coautor. Mediante pagamento de 670 euros (cerca de 2 100 reais), a editora croata InTech Open disponibilizou na internet o capítulo “Lesão renal aguda induzida por cobras e artrópodes venenosos”, escrito por Guimarães e dois pesquisadores das universidades federais de Minas e do Rio Grande do Sul. No texto, eles afirmam que picadas de cobras e de artrópodes venenosos são importantes problemas de saúde pública negligenciados pelas autoridades brasileiras e estrangeiras. A InTech, que já mudou de nome pelo menos quatro vezes desde que foi fundada, em 2004, está na lista negra de periódicos científicos elaborada por Jeffrey Beall, bibliotecário da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, uma referência no assunto. A exemplo do índex preparado por Lars Bjørnshauge, ex-diretor das bibliotecas da Universidade de Lund, na Suécia, a relação montada por Beall é consultada periodicamente por instituições e pesquisadores do exterior na hora de fazerem suas avaliações. Procurada por VEJA, a assessoria de imprensa da Capes respondeu que Guimarães não tinha disponibilidade de agenda para tratar do assunto.

Outro acadêmico cuja posição implicaria cuidar da qualidade das pesquisas no Brasil, mas que também usufrui as facilidades dos veículos de baixa credibilidade, é Jailson Bittencourt de Andrade, professor da Universidade Federal da Bahia, conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e consultor do CNPq, da Capes, da Fapesp e da Finep. Andrade — que não respondeu ao pedido de entrevista da reportagem — assina como coautor um texto publicado na Scientific Research Publishing (Scirp) ao preço de 1 000 dólares (pouco mais de 2 500 reais). Essa editora chinesa é a mesma usada pelo egípcio Mohamed El Naschie, pretenso contestador da teoria da relatividade, cuja trajetória de derrapagens foi apontada pela Nature em 2008. Em 2010, a revista publicou outro texto alertando para as práticas antiéticas da própria Scirp, que copiava artigos respeitáveis de outros sites e os adicionava às páginas de seus mais de 200 jornais com o propósito de fazê-los parecer confiáveis. Além disso, a Scirp acrescentava ao seu quadro editorial nomes vistosos que nem sabiam de sua existência.

Esse recurso, aliás, é mais frequente no submundo acadêmico do que se poderia supor. Dele se vale, para ficar em apenas mais um caso, a editora Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI) — onde também constam artigos de Andrade. O fundador da MDPI, Shu-Kun Lin, tem seu nome associado a casos de corrupção e plágio.

A editora diz estar baseada na Suíça e até cobra pela publicação de artigos na moeda local, no entanto grande parte de seus funcionários fica na China. O biólogo e geneticista italiano Mario Capecchi, que ganhou o Nobel de Medicina em 2007, foi incluído no conselho editorial da MDPI sem ser consultado. Nessa problemática editora, que cobra 1 600 francos suíços (4 200 reais) para veicular artigos científicos, foi publicado o paper “Diagnóstico molecular e patogênese da hemocromatose hereditária”, que tem entre seus autores o pr­ó-reitor de pesquisa da USP, José Eduardo Krieger. “Em trabalhos escritos a muitas mãos, nem sempre minha vontade prevalece”, justifica-se Krieger.

Pode-se alegar que muitos pesquisadores acabam publicando artigos em veículos sem rigor acadêmico induzidos pela pontuação que eles ostentam no Qualis. O nigeriano African Journal of Agricultural Research aparece com o conceito A2 na classificação da Capes, ou seja, apenas um degrau abaixo da nota máxima, A1, atribuída à Science e à Nature. Pois bem: o jornal virou motivo de chacota na Indonésia no início deste ano após aceitar um documento científico copiado da web e com o nome dos verdadeiros autores substituído pelo de dois artistas da região.

A fim de testar a idoneidade de editoras do modelo open access com perfil duvidoso, o biólogo e jornalista John Bohannon enviou um manuscrito científico falso a 304 periódicos sediados em dezenas de países. Um deles foi a publicação brasileira Genetics and Molecular Research (GMR), de propriedade do biólogo Francisco Alberto de Moura Duarte, professor titular aposentado da Universidade de São Paulo e presidente da Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto. Além de o trabalho conter erros crassos, os biólogos que o assinavam (Roboodee Agnor, Annyassee Barree e Bellakah Motoday) foram simplesmente inventados, assim como o Instituto de Medicina Wassee, do qual diziam fazer parte, supostamente sediado na Eritreia. Das 304 editoras, 157 caíram na armadilha do americano e publicaram o artigo falso. A GMR, que tem jornais classificados com as notas A1 e A2 no Qualis, estava entre elas. “O jornalista agiu de m­á-fé”, defende-se Duarte. A experiência de Bohannon, que rendeu uma longa reportagem na Science no ano passado, lembra um escândalo que ficou conhecido como Caso Sokal. Em 1996, o físico e matemático Alan Sokal, da Universidade de Nova York, enviou propositalmente um artigo-embuste para a revista pós-moderna Social Text, vinculada à Duke University Press. A ideia era comprovar que um ensaio cheio de meias verdades e teorias sem sentido poderia ser publicado se fosse bem escrito e exaltasse as posições ideológicas dos editores. O paper afirmava, entre outras coisas, que o número pi, uma das mais antigas constantes da geometria, não passava de um produto do pensamento ocidental, ou seja, se tivesse sido descoberto por chineses, não seria igual a 3,1416 — e ainda assim foi publicado sem restrições. Simultaneamente com a veiculação da Social Text, Sokal anunciou a fraude em outra publicação, a Lingua Franca, e descreveu o artigo como “um pasticho de jargões esquerdistas, referências aduladoras, citações pomposas e completo nonsense”.

Embora os efeitos perversos dos periódicos científicos desleixados sejam ainda pouco discutidos — e até pouco conhecidos — no Brasil, em outros países já provocaram terremotos acadêmicos. Em fevereiro deste ano, Ibrahim Gashi, reitor da Universidade de Pristina, em Kosovo, foi parar na imprensa por divulgar artigos em várias revistas suspeitas. Seu objetivo era acelerar um processo de promoção. Os estudantes da universidade se revoltaram e precisaram ser contidos pela polícia. A situação só se acalmou quando Gashi renunciou. Caso similar ocorreu naquele mesmo mês na Universidade da Islândia, onde Þórhallur Örn Guðlaugsson, professor associado de administração, que ganhava bônus por texto publicado, foi suspenso após a descoberta de que se valia de veículos sem credibilidade para divulgar seus artigos.

A revolta dos estudantes de Kosovo é completamente justificável. Ao usufruir os serviços de um jornal, revista ou site acadêmico que tudo publica mediante pagamento, o pesquisador contribuiu para uma cadeia de equívocos — que pode até influenciar na escolha de uma universidade bem posicionada num ranking de instituições de ensino superior baseado, em parte, na produtividade do corpo docente. Tal tipo de distorção, infelizmente, já alcança o Brasil. Na análise da Thomson Reuters, empresa com a maior base de dados sobre trabalhos científicos no mundo, o país galgou onze posições, entre 1993 e 2013, no ranking das nações que produzem a maior quantidade de estudos — hoje ocupa o 13º lugar.

Se esses estudos fossem de boa qualidade, teriam impacto em outro levantamento, o da revista britânica Times Higher Education. Trata-se do mais respeitado ranking internacional de universidades, que leva em conta treze indicadores para elencar as 500 melhores instituições de ensino superior do mundo. A excelência das pesquisas é o item que mais influencia a classificação. Há anos que apenas duas universidades brasileiras figuram entre as 500 e, de 2011 a 2014, tanto a Universidade de São Paulo (USP) como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) perderam posições — a USP caiu 35 e a Unicamp, 38. Diz o editor Phil Baty, responsável pelo levantamento da Times Higher Education: “O Brasil não deve se preocupar em aumentar o volume de suas publicações, mas, sim, focar em estudos de alto impacto que ampliem os limites de nossa compreensão do mundo”. Em outras palavras, as instituições acadêmicas do país precisam não perder de vista que veículos científicos de segunda só publicam artigos de segunda. E, com eles, a ciência não vai a lugar algum.

06 dezembro 2014

Rir é o melhor remédio


Suborno no mundo

Corruption knows no boundaries, or borders, according to a new study released by The Organization for Economic Cooperation and Development.
The OECD analyzed 427 foreign bribery cases that were closed between 1999 and 2014. What the researchers found is a steady stream of illicit money exchanges between multinational businesses and public officials in both poor and rich countries.

"We have learned that bribes are being paid across sectors to officials from countries at all stages of economic development," the researchers wrote. "Corporate leadership is involved, or at least aware, of the practice of foreign bribery in most cases, rebutting perceptions of bribery as the act of rogue employees."
Although the number of foreign bribery cases resulting in a punishment has fallen since its peak in 2011, it remains historically high.


And there have been cases  affects at least 86 countries around the globe.

That should raise an eyebrow. After all, these are business executives and government officials who have actually been caught, meaning that they likely only represent a fraction of the total number involved in under the table cash exchanges. While the report doesn't name any of the corporations, finding one currently embattled by corruption accusations isn't hard. Wal-Mart, the world's largest retailers, is currently being probed for bribery in a number of countries, after the company disclosed potential violations in Mexico.

But what is truly unique about the study is the level of detail it uncovers about how the bribes are being paid, where they are being paid, why they are being paid, who is offering them, and to whom they are being offered.

 And there have been cases  affects at least 86 countries around the globe.
That should raise an eyebrow. After all, these are business executives and government officials who have actually been caught, meaning that they likely only represent a fraction of the total number involved in under the table cash exchanges. While the report doesn't name any of the corporations, finding one currently embattled by corruption accusations isn't hard. Wal-Mart, the world's largest retailers, is currently being probed for bribery in a number of countries, after the company disclosed potential violations in Mexico.
But what is truly unique about the study is the level of detail it uncovers about how the bribes are being paid, where they are being paid, why they are being paid, who is offering them, and to whom they are being offered.

 Continua aqui

Quarta alternativa

O contador-chefe da SEC, Schnurr, disse que no passada existiram três alternativas para o uso das normas internacionais nos EUA. A primeira foi a adoção das IFRS; a segunda, opção de usar as IFRS; a terceira, o endosso das novas normas e sua incorporação ao US GAAP. Mas Schunrr afirmou que estão estudando uma quarta alternativa para esta adoção, mas não revelou qual é. Mistério.

Listas: Edifícios mais caros

Fonte: Aqui

05 dezembro 2014

Rir é o melhor remédio


Som da Sexta - Stromae

A partir de hoje o Blog Contabilidade Financeira dá início ao projeto Som da Sexta. Toda sexta vou postar músicas que julgo interessante, desde música, antiga, erudita até contemporânea. Não será seguida nenhuma ordem cronológica ou critério específico. A escolha dos artistas será bem aleatória.Espero que os leitores gostem.

Começo com o Stromae, cantor belga de 29 anos, que faz muito sucesso na Europa e estorou nas paradas de sucesso com a música Alors on dance.

Escolhi as duas músicas que acho mais legais desse artista: Papaoutai e Alors on danse, que bem no começo diz:

Quem diz estudo, diz trabalho

Quem diz moeda, diz nota

Quem diz dinheiro, diz despesa

Quem diz crédito, diz débito

Alors on danse e chante!!








Idade dos jogadores e performance na Copa



Following his squad’s early exit, Vicente del Bosque, the Spanish manager, dismissed concerns that his men were over the hill. “This is a mature team with players in their prime”, he insisted. On the surface, the results of the 2010 World Cup seem to confirm that he had little reason to worry. In that tournament, there was no statistically significant relationship between teams’ average age and their final standing. The two youngest teams were Spain and North Korea: one finished first, the other dead last.

However, it is hard to detect the impact of a factor like age using a sample of just 32 teams in a single World Cup, because so many other variables also influence performance. After all, Spain and North Korea differed in every meaningful way except for their average age. In order to isolate the age factor, we must compare teams of otherwise roughly similar skill. One simple way to control for overall quality is to limit the study to defending World Cup champions, all of whom were good enough to win a title four years before the tournament in question.


And within this group, age seems to have a remarkably strong impact. The single strongest factor that influenced their performance was probably the (close to) home-field advantage: teams that played on their own continent performed nearly six places better in the final standings than those that had to travel further afield. But after adjusting for the effect of geography, a one-year increase in average age was associated with a four-place drop in performance (see chart). In other words, if a reigning champion simply brought back its roster from four years before, its mean age would increase by four years, and it would be expected to finish a dismal 17th. Although the sample of title defenders is small, the examples seem compelling. When Italy repeated as the victor in 1938—it is still only one of two teams to win back-to-back Cups—it had the second-youngest team of any returning champion in tournament history. One-third of Cup victors won with an average age below 26, including Spain itself in 2010. Conversely, France in 2002 and Italy in 2010 sent two of the oldest squads, and neither won a single match.

Had the oddsmakers placed greater weight on this variable, they would have been far more bearish on Spain’s chances—and on Argentina’s. The players on this year’s edition of La Roja had an average age of 28, two years older than those who won in South Africa in 2010. Based on that factor alone, they would not have even be expected to reach the quarterfinals. Yet even this rather gray Spanish squad was not the oldest in the 2014 World Cup. That honour goes to Mr Messi and Co.—who have the added misfortune of facing a Belgian team that is the tournament’s second-youngest.

Why do a few piddling birthdays seem to be the difference between triumph and collapse? While there is clearly some value to experience and mastering the intricacies of the game, the raw physical demands of football at the highest level have grown increasingly extreme. In the 1970s players ran a modest four km (2.5 miles) per match; today the figure is over ten. In most other continuous-play sports, managers have the flexibility to rest older veterans to keep them fresh for key moments: the San Antonio Spurs won the National Basketball Association this year by keeping their three biggest stars on the bench 43% of the time. But football’s limit of just three substitutions per match puts a premium on endurance above all else. And it takes a huge amount of guile and technique to compensate for even a small loss of foot speed or stamina. As a result, modern football players tend to peak between the ages of 23 and 25, and are usually well into their decline phase by their late 20s.

Managers are understandably reluctant to leave stars with a relatively recent record of success on the bench or off the team altogether. In addition to prompting an uproar from fans, promoting a green youngster over a battle-tested veteran could easily sow friction among players. But the evidence suggests that managers would be well-advised to kill their darlings at the first opportunity. For all but the most precocious or durable players, even a second World Cup appearance is probably one too many.

Fonte: aqui

Evidenciação na Deloitte 2

Sobre a divulgação dos dados de salários da Deloitte, o NYT apresenta alguns aspectos interessantes. A Deloitte tem vendido serviços de inteligência e consultoria para empresa sobre como proteger dados. Há quatro meses a Deloitte publicou um artigo no The Wall Street Journal sobre como as empresas podem rapidamente identificar empregados que pegam dados internos.

Listas: Os Pets mais populares

Nos Estados Unidos

1. Peixe = 151,1 milhões
2. Gato = 86,4 milhões
3. Cachorro = 78,2
4. Pássaro = 16,2
5. Animal pequeno = 16
6. Réptil = 13
7. Peixe de água salgada = 8,6
8. Cavalo = 7,9

Inglaterra

1. Peixe = 50 milhões
2. Cachorros = 8,5
3. Gatos = 8,5
4. Coelhos = 1
5. Pássaros = 1
6. Suínos = 1
7. Aves = 1

Fonte: Aqui (via aqui) [A fonte possui informações interessantes sobre o custo destes animais.]

04 dezembro 2014

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

"Valor Justo não funcionou"

Num momento de turbulências nunca antes sentidas pelos navegantes do imprevisível mercado de capitais brasileiro, o presidente da Amec, a associação dos acionistas minoritários, acredita que é a hora de discutir a governança da contabilidade. “É urgente”, disse.

Em debate durante o 23º Congresso da Apimec, associação dos analistas de investimentos, realizado nesta semana em Porto Alegre, Cunha disse que “não há transparência que permita controle por investidores e reguladores”.


Cunha, que é conselheiro independente da Petrobras, era um dos convidados do painel “Os desafios na precificação de ativos: gestores x analistas x auditores”. Antes dele, falou o sócio da auditoria PricewaterhouseCoopers (PwC), Carlos Biedermann, e o analista do J.P. Morgan André Baggio.

O debate girou em torno das dificuldades impostas pela adoção das normas internacionais de contabilidade (IFRS, na sigla em inglês), a partir de 2010. Grosso modo, as IFRS são uma tentativa de trazer os resultados financeiros para mais perto da realidade e substituir o modelo anterior, que primava pela formalidade. Mas essa não está sendo uma transição indolor. O “valor justo” como panaceia para todos o males não funcionou, disse Cunha.

E se o balanço hoje é algo muito mais opinativo, os investidores precisam cobrar cada vez mais e se impor diante do “poder discricionário” da administração, acredita.

Esse poder se impõe com grande força nas reestruturações societárias e seus já notórios laudos de avaliação feitos por bancos ou especialistas a pedido das empresas. “Erros grosseiros estão sendo aceitos”, disse. “Já vi premissas feitas no início do ano nas quais o PIB de 2014 crescia 4% e o câmbio ficava em R$ 1,95.”

Apesar disso, não há precedente de condenação de avaliadores, disse Cunha. E finalizou: “Enquanto os laudos servirem como uma ‘licença para matar’, não vamos ter um mercado de capitais de verdade.”


Governança também para a contabilidade - Nelson Niero - Valor Econômico

Grifo do Blog

Evidenciação na Deloitte

Recentemente um hacker entrou nos arquivos da Sony Pictures. Parece que o hacker acessou um computador da empresa, de um ex-funcionário da Deloitte. A consequência disto é que o hacker obteve a relação de salários de 30 mil empregados da empresa de auditoria. Os dados são antigos mas revelam que um diretor da área de riscos em Los Angeles ganhou 460 mil dólares em 2005. Dezenas de outros empregados conseguiram mais de 400 mil dólares.

A figura abaixo é um extrato destas informações.

Auditoria

O regulador do mercado de capitais da Arábia Saudita irá banir a empresa de auditoria Deloitte. A empresa ficará proibida de auditar empresas com ações negociadas no mercado de capitais em razão de problemas com seu trabalho numa entidade chamada MMG.

James Peterson lembra que nos últimos anos as empresas de auditoria sofreram diversas punições nos mais diferentes mercados. Eis uma pequena relação apresentada por Peterson:

Itália = Big Six em 2000
Rússia = PwC em 2002 a 2004
Índia = PwC - 2009
Japão - PwC - 2006

Olhe a relação acima. Agora um pequeno teste: quem é o auditor da empresa brasileira envolvida no maior escândalo contábil dos últimos anos?

Imposto Google

El Gobierno británico concretó ayer su ofensiva contra las compañías multinacionales que tributan en otros países por los beneficios que obtienen en Reino Unido. Se gravará con “una tasa del 25% los beneficios que las multinacionales obtienen por su actividad económica en el país y que luego desvían para tributar a otro país”, anunció George Osborne (foto), el ministro de Economía.

Fue uno de los puntos más destacados de la llamada declaración de otoño, un discurso en el que el titular de Economía adelanta lo que será el presupuesto del Estado del próximo marzo, y que este año tiene una especial relevancia: se trata de uno de los últimos eventos en el calendario político antes de las elecciones generales del próximo mes de mayo. Las declaraciones de otoño constituyen una especie de presupuestos en sí mismas, y el de este miércoles incluía medidas que se aplicarán antes de que los británicos acudan a las urnas.


Fonte: Aqui

Listas: Países menos Corruptos

Índice Trace de Corrupção

1 Irlanda
2 Canadá
3 Nova Zelândia
4 Hong Kong
5 Suécia
6 Finlândia
7 Cingapura
8 Japão
9 Alemanha
10 EUA

Este índice foi criado pela RAND e classifica cada país com base no risco de corrupção relacionados ao negócio e os fatores de risco específico exclusivos de cada país.

O Brasil? Em 149o. lugar de um total de 197 países. A pontuação do Brasil, muito pior que aquela da Transparência Internacional, ocorre em razão do grande relacionamento das empresas com o governo.

03 dezembro 2014

Rir é o melhor remédio







Arte da Rua

Curso de Contabilidade Básica: Dívida Líquida

Os índices tradicionais de endividamento relacionam o passivo (circulante e não circulante) com o ativo, o patrimônio líquido ou alguma conta do resultado. Entretanto, dentro do passivo encontram-se desde empréstimos e financiamentos até contas relacionadas com o ciclo operacional da empresa. Se quisermos saber realmente a dívida de uma empresa esta talvez não seja uma medida adequada.

A alternativa é considerar somente aquele passivo que gera despesa financeira, retirando as contas como fornecedores, obrigações fiscais, passivos com partes relacionadas, dividendos a pagar, provisões, entre outras contas. Mas parte desta dívida poderia ser paga com a reserva de caixa e equivalentes existente na empresa. Assim, um número interessante para verificar o endividamento de uma empresa é o conceito de dívida líquida.

A dívida líquida refere-se ao volume de empréstimos e financiamentos menos o caixa e equivalentes. Representa a quantidade de dinheiro que a empresa necessita para zerar o passivo que gera despesa financeira.

Vamos verificar como podemos calcular este índice para a Arteris, um empresa que faz gestão de estradas no Brasil. Inicialmente reproduzimos parte do ativo:
O volume de Caixa e Aplicações Financeiras de curto prazo da empresa é de R$987 milhões. A seguir parte do passivo da empresa:


O valor de empréstimos e financiamentos corresponde a R$5.061 milhões (R$968 mais R$4.093 milhões). Como a empresa possui R$987 milhões de ativos de maior liquidez (caixa e equivalentes), a necessidade de recursos para liquidar os empréstimos e financiamentos é de: R$5.061 milhões – R$987 milhões = R$4.074 milhões.

Vejamos agora como a empresa apresentou estas informações. A figura abaixo foi retirada das demonstrações encerradas no final de setembro. O valor não corresponde ao que encontramos já que a empresa considerou também R$88 milhões de aplicações financeiras de longo prazo (marcamos este valor na primeira imagem da postagem).

Observe que a dívida líquida aumentou nos últimos doze meses, indicando que o endividamento oneroso da empresa tem crescido com o passar do tempo. A informação da dívida líquida deve ser considerada como complementar aos índices tradicionais de endividamento.

Rating da Petrobras

A agência de rating Fitch informou que a corrupção na Petrobras pode afetar a qualidade do crédito da empresa. Os problemas podem afetar a produção, o acesso ao mercado de crédito e pode gerar despesas.

A Fitch disse que o crescimento da produção é fundamental para manter a classificação atual da empresa.

Listas: Os mais pesquisados

Fonte: Bing

02 dezembro 2014

Rir é o melhor remédio

Os autores de "livros de autoajuda" ajudam a quem?

(Aproveitando, Paulo Coelho está na lista dos 300 mais ricos dos que vivem na Suíça)

Relatório de Auditoria

Ontem mostramos um resultado interessante de uma pesquisa realizada por Tatiane Sá referente a participação das Big Four no mercado de auditoria. Na mesma pesquisa, Sá apurou o número de relatórios de auditoria modificado. O resultado encontra-se a seguir:


No auge da adoção das IFRS o número de relatórios modificados atingiu 18% do total, quase um quinto. Nos últimos anos este percentual tem reduzido, atingindo 9% em 2013, o menor nível de 2008 até hoje.

McDonald´s

Essa é a ideia por trás do McMass ("McMissa"), grupo cujo objetivo é colocar uma franquia do McDonald´s dentro de uma igreja.

Liderado por Paul Di Lucca, diretor de criação da agência de brading religioso Lux Dei, o grupo lançou uma página no site de crowdfunding IndieGoGo. Ele pretende arrecadar US$ 1 milhão para construir a primeira igreja do McDonald´s.

O dinheiro será destinado à compra da franquia e à construção. Atualmente, o grupo busca uma igreja para estabelecer uma parceria.


Fonte: Aqui

Maconha na China

A China tem uma das mais eficientes censuras do mundo. Mas isto não impede a criatividade da população. O site Quartz mostra que o culto ao dirigente máximo, Xi Jinping, também tem estendido para sua mulher, Peng Liyuan, uma ex-cantora. Xi tenta propagar a ideia paternalista do dirigente, designando de “papai” Xi e “mamãe” Peng.

Acontece que a pronuncia de “papai” em conjunto com “mamãe” resulta na palavra “maconha”. O jogo de palavra foi aproveitado – e depois proibido – para falar da nova era da China.

Listas: Viciados em Internet

Percentagem de pessoas que estão online

01 dezembro 2014

Rir é o melhor remédio


Banho de homem e mulher

Jean Tirole e a economia brasileria



Amigos e colegas de academia de Jean Tirole, professor francês que levou o Nobel de Economia nesta segunda-feira, afirmaram que não se surpreenderam com a premiação — e que muitas de suas pesquisas acabaram influenciando o mercado brasileiro. Tirole é acadêmico da Universidade de Toulouse e é considerado um dos grandes pesquisadores no campo da concorrência e competitividade.

Ao site de VEJA, Patrick Rey, também professor do Instituto de Economia da Universidade de Toulouse, disse que Tirole sempre foi um professor excepcional e que não é de hoje que o colega era um dos favoritos a vencer o Nobel de Economia. Os dois escreveram juntos artigos na área de regulação e competição de mercado, incluindo um voltado ao setor de telecomunicações. Rey mencionou a gratificação que é ter um francês faturando o prêmio, tradicionalmente vencido por americanos, e lembrou o nome dos outros dois compatriotas vencedores: Gérard Debreu, em 1983, e Maurice Allais, em 1988.

Glen Weyl, pesquisador do Microsoft Research New England, falou com entusiasmo sobre a premiação e destacou a contribuição dos estudos de Tirole também para o Brasil. "À medida que o Brasil se desenvolve, ele vai se tornando um dos mais ativos países em questões antitruste, impedindo fusões entre grandes multinacionais e empresas brasileiras. Os princípios por trás dessa política pró-competitividade vêm dos trabalhos de Jean. Muitas reformas dos governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma também se beneficiaram de suas pesquisas", disse Weyl. "Olhando por este lado, Jean fez uma contribuição fundamental para a política econômica e economia do Brasil", completou.

[...]

O professor da FGV e do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Aloisio Araújo, citou a influência dos trabalhos de Tirole na abertura do setor elétrico brasileiro à iniciativa privada e a divisão entre geradoras, distribuidoras e transmissoras. O Brasil baseou-se, segundo ele, no modelo inglês, que, por sua vez, foi inspirado pelas pesquisas de Tirole e Jean-Jacques Laffont, seu parceiro de trabalhos sobre regulação.

"Ainda há muito para o Brasil aprender com suas pesquisas, especialmente na área de competição. A pergunta que deveria ser debatida é se o Brasil tem um índice de concentração muito elevado em alguns setores, como o de telefonia celular", disse ao site de VEJA. O estudioso afirma que o tema é pouco discutido no Brasil. Exemplo disso, segundo Araújo, é a inexistência das discussões sobre regulação no debate eleitoral.

Fonte: aqui

Adoção das IFRS no Brasil e as Big Four

Um levantamento de dados realizado por Tatiane Sá conduziu ao seguinte gráfico:

A percentagem diz respeito ao número de empresas que escolheram uma das Big Four para fazer o relatório de auditoria. Como as empresas permaneceram constantes ao longo da série e dizem respeito as companhias abertas, o gráfico mostra um aumento expressivo na participação do mercado pelas quatro grandes empresas. De 56,6% para os balanços encerrados no final de 2008 o valor atinge a 74,7% em 2011. O percentual diminuiu nos dois últimos anos.

Parece que as empresas de capital aberto buscaram entre 2008 a 2011 a expertise das Big Four. E após o processo de adoção das normas estas empresas aumentaram em 10% participação no mercado.

Fontes...

Um texto publicado no Valor Econômico (Lava-Jato faz banco adotar cautela em crédito a empresas, 28 de nov de 2014) ajuda nossa reflexão sobre a relevância das fontes citadas nos jornais. Recentemente criticamos um jornal que usou "especialistas" que não eram bem especialistas. Agora o Valor afirma:

Segundo fontes de bancos ouvidas pelo Valor, que pediram para não ser identificadas, o crédito tende a ficar bem mais restritivo caso as empresas, e não apenas seus executivos, sejam consideradas responsáveis por atos ilícitos. Nesse caso, o financiamento a essas empresas esbarraria nas normas de conduta das instituições financeiras.


E dá-lhe "um vice-presidente de um banco de médio porte", "um alto executivo de um banco estrangeiro", "executivo de crédito de um banco de varejo", "uma fonte graduada de um banco nacional", entre outras fontes não identificadas.

Petrobras

A empresa Petrobras divulgou um comunicado ontem sobre os problemas com a operação da Polícia Federal Lava-Jato: 


Segundo o comunicado, “importantes medidas” foram adotadas desde que as denúncias e investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, alcançaram a Petrobras. A companhia destaca a criação, aprovada pelo conselho de administração, da diretoria de governança, risco e conformidade.

“Em sessenta dias, essa nova diretoria estará exercendo suas funções, após a conclusão do detalhamento de sua estrutura e modelo de atuação”, diz a companhia. A missão do novo diretor será “assegurar a conformidade de processos e mitigar riscos nas atividades da companhia, dentre eles os de fraude e corrupção, garantindo a aderência a leis, normas, padrões e regulamentos, internos e externos à companhia”.

A companhia também listou as medidas adotadas no aprofundamento das investigações, entre elas a constituição de comissões internas de apuração e a contratação de dois escritórios de advocacia independentes especializados em investigação.

“Concomitante às investigações e ao aprimoramento de sua governança, a Petrobras seguirá com as medidas jurídicas visando ao ressarcimento dos supostos recursos desviados e eventuais sobrepreços, bem como dos danos à imagem da companhia”, diz o texto.

Listas: Os melhores livros do Financial Times

Economia

Fragile by Design: The Political Origins of Banking Crises and Scarce Credit - Charles Calomiris e Stephen Haber
Microeconomics: A Very Short Introduction - Avinash Dixit
Political Order and Political Decay: From the Industrial Revolution to the Globalisation of Democracy - Francis Fukuyama
Stress Test: Reflections on Financial Crises - Timothy Geithner
How to Speak Money = John Lanchester
Thrive: The Power of Evidence-based Psychological Therapies - Richard Layard e David Clark
European Spring: Why Our Economies and Politics are in a Mess and How to Put Them Right - Philippe Legrain
House of Debt: How They (and You) Caused the Great Recession, and How We Can Prevent it from Happening Again - Atif Mian e Amir Sufi
War: What is it Good for? The Role of Conflict in Civilisation, from Primates to Robots - Ian Morris
Capital in the Twenty-First Century - Thomas Piketty
The Dollar Trap: How the US Dollar Tightened its Grip on Global Finance - Eswar Prasad
The Euro Trap: On Bursting Bubbles, Budgets and Beliefs - Hans-Werner Sinn

Negócios

Dragnet Nation: A Quest for Privacy, Security and Freedom in a World of Relentless Surveillance - Julia Angwin
The Second Machine Age: Work, Progress, and Prosperity in a Time of Brilliant Technologies - Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee
Hack Attack: How the Truth Caught Up with Rupert Murdoch - Nick Davies
Shredded: Inside RBS, the Bank that Broke Britain - Ian Fraser
The Boom: How Fracking Ignited the American Energy Revolution and Changed the World - Russell Gold
A Bigger Prize: Why Competition Isn’t Everything and How We Do Better - Margaret Heffernan
The Innovators: How a Group of Hackers, Geniuses and Geeks Created the Digital Revolution , by Walter Isaacson
Flash Boys: Cracking the Money Code - Michael Lewis
The Shifts and the Shocks: What We’ve Learned – and Have Still to Learn – from the Financial Crisis - Martin Wolf

Fonte: Aqui